Fanfic: Lost Memories (Vondy) *Terminada*

Capítulo 02: Um sorriso lindo 

Aquela sensação era horrivel. Por que eu não conseguia lembrar quem eu era? Por que eu não conseguia nem mesmo saber meu nome? Onde estavam as minhas lembranças, a minha vida? Comecei a sentir uma dor em meu coração, que me fez começar a chorar. Era a primeira vez que eu sentia aquilo, mas já desejava nunca mais senti-lo.

- Não precisa chorar - ele me disse com uma voz serena. - Venha, pegue minha mão.

Limpei as poucas lagrimas que haviam surgido em meu rosto e levei minha mão a dele. Me impressionei pelo fato delas serem macias e cuidadosas. Então era assim o toque de um anjo?

- Me parece que você está com amnesia- disse ele me avaliando. - Você sabe onde é o seu quarto?

 Será que era aquele lugar que eu havia acordado? Aquele era meu quarto?

- Acho que sei...

- Então, te acompanho até ele.

- Eu não quero ficar ali. Preciso saber onde eu estou, preciso saber que eu sou.

- Sim, sei que é frustante não se lembrar de nada, mais preciso saber pelo menos o numero de seu quarto para te ajudar.

Não entendi muito bem o que ele queria dizer. Minha cabeça ainda doia e eu não conseguia raciocinar direito, tudo o que eu queria era poder me lembrar de algo, de qualquer coisa. O anjo me conduzio pelo corredor até encontrarmos meu quarto com a porta aberta. Ele olhou o numero que estava em minha cama com o diagnostico, enquanto eu ficava o observando.

Ele era mais alto que eu, forte, barba feita e um cabelo penteado para traz. Parecia que tudo que ele fazia era calmo e devagar, como se não tivesse pressa de fazer as coisas. Não sei bem se eu tinha algum gosto para homens, mais ele com certeza, era lindo.

- De acordo com as informações aqui, eu posso te ajudar. Vamos até a recepção.

- Você vai me ajudar?

- É o meu dever, apesar de eu não ter muito tempo agora. Venha.

Ele saio pelo quarto e eu o segui. Passamos pelo corredor e entramos em um elevador. Não demorou muito para ele parar e as portas abrirem novamente.

O corredor que se revelou mostrava varias pessoas transitando. Muitas delas estava machucadas, com curativos ou sendo carregadas por macas. Outros estavam usando a mesma roupa que o Christopher. Acho que eles também eram anjos e estavam ajudando as pessoas. 

O anjo seguio para uma bancada onde eu acho que era a recepção daquele lugar. Segui atraz dele olhando aquelas varias pessoas que passavam, algumas apressadas, outras chorando. Um homem correu com uma criança nos braços pedindo para todos sairem da frente. Meu coração começou a doer novamente. Acho que eu sabia que lugar era aquele... eu sabia mais não lembrava. Christopher encostou ao balcão.

- E ai Cintya? Preciso que fassa um favor para mim.

A mulher que aparentava ter uns quarenta anos lhe enviou um sorriso e ajeitou seus oclinhos no rosto.

- Ainda não foi para casa? Só você mesmo para fazer hora extra... - ela começou a me fitar. - E quem é ela?

- Uma paciente que encontrei vagando pelo hospital. Ela está com amnesia e achei que poderia ajuda-la.

Cintya me enviou um sorriso. Me escondi atraz do Christopher, mas lhe enviei um sorriso também. Eu não estava gostando daquele movimento todo e algo me dizia que aquele não era um local que as pessoas gostassem de ir.

- Documentos? -perguntou Cintya.

- Ela está com amnesia Cintya e você sabe que os documentos ficam com a familia.

- Certo... e como posso ajuda-lo?

- Hum... quem é o medico que cuidava do paciente do quarto 35?

- É o quarto dela?

- Sim.

- Um momento - disse enquanto consultava o computador.

Christopher se virou para mim. Eu precisava olhar para cima para poder ve-lo.

- Está se sentido bem? - ele me perguntou.

- Sim... - consegui falar. - Obrigado por me ajudar.

- Já disse que só estou fazendo o meu trabalho -me enviando um sorriso.

Os anjos tem o sorriso mais lindo e radiante que se pode imaginar e o de Christopher podia fazer qualquer um se sentir melhor. Cintya puxou a camisa de Christopher.

- Está aqui garanhão...

- Cintya...

- Pegue logo e ajude essa moça, e por favor, vai descançar. Você está trabalhando de mais.

- Tá...tá - mexendo as mãos como se não liguase. -  Vamos, parece que o seu medico é o Doutor Armando Tales.