Fanfic: Lost Memories (Vondy) *Terminada*

Capítulo 30: Olhos Azuis

Logo apoz eu acordar, Christopher apareceu rapidamente. Não sei como ele soube que eu havia acordado, mas ao ver o sangue em meu lençol, veio ligeiro em minha direção.

-Dulce! Você está bem? – perguntava olhando para meu rosto, procurando um ferimento ou algo qualquer.

- Estou bem... – levei minha mão a cabeça novamente.

- Não me esconda! O que está sentindo?

- Nada... para de se preocupar...

- Tenho que me preocupar sim! Veja o quanto de sangue que você perdeu!

Eu sentia o cheiro forte do meu sangue ao lençol. Minha boca estava com um gosto salgado. Senti meu corpo fraco e cansado. Parecia que eu havia dormido em cima de um saco cheio de pedras.

- Preciso pegar um ar...

- Certo. Venha, eu te ajudo a se levantar.

Apoiei meu corpo ao dele e juntos nos levantamos. Minhas pernas vacilaram, fazendo Christopher ter que suportar todo o meu peso. Mas ele não se importou e me carregou em seus braços para fora do quarto.

- Me sinto uma idiota... – comentei vendo o modo como ele me carregava.

- Por que? Imaginava que um principe encantado iria lhe carregar assim um dia, ao invez de um simples médico?

- Engraçadinho...

Ele me levou para fora de casa, me deitando em sua grama do jardim.

- Agora que me sinto idiota mesmo... – falei, percebendo o local onde estava deitada.

- Fico feliz que tenha aparado a grama, depois lhe pago – falou se deitando ao meu lado.

- O que seus vizinhos vão dizer quando nos pegarem deitados no meio da rua?

- Tecnicamente, estamos em meu jardim. E não me importo com o que eles pensam. Na verdade, nunca fui muito sociavel.

Me deitei de lado, olhando na direção dele.

- Mentira! Você! Pouco sociavel?

- Verdade! Gosto de ajudar as pessoas, mas me involver com elas de maneira mais... como posso dizer... intima, é um pouco complicado.

- Não acredito em você. Anahí é sua amiga a um bom tempo, isso prova que está fazendo uma pessima analogia de si mesmo.

- Nossa! Falou como uma verdadeira psicologa. Se não fosse pintora ou jornalista, deveria entrar no ramo da psicologia.

- Falo a verdade. Não sei de onde tirou essa de anti-social.

Derrepente, o semblante dele mudou. Parecia distante, igualmente a alguns dias atraz, quando conversamos na praia.

- Anahí só minha amiga porque é diferente... ela me ajudou muito mais, que eu por ela...

Não imaginei que Anahí era tão importante para ele.

- O que aconteceu? – perguntei sem pensar.

- Passei por alguns problemas no passado... e minha vida estava meio que... sem sentido... se não fosse ela...

Senti uma grande tristeza naquelas palavras. E de alguma maneira, eu queria saber o que tanto fazia Christopher sofrer daquele modo.

- Eu sou sua amiga. Pronto, é a prova que você precisava para ver que não é anti-social.

Ele soltou um sorrisinho.

- Você é bem divertida, Dulce. Fico feliz que me considera seu amigo. Mas você também é diferente... não têm como considerar.

Fiquei sem entender.

-Você ainda não me falou sobre o que lembrou... – disse ele.

Mundando de assunto... Ele continuou a olhar para aquele céu que estava bastante estrelado, apesar de que algumas nuvens também estavam presentes. E olhando aquela cena, me deparei em outro momento de minha vida.

Eu estava em uma campina enorme. Estava a noite e o céu estava bastante estrelado com algumas nuvens aparecendo em alguns pontos. Um brisa gelada tocou minha pele levemente. Foi então que percebi que havia mais alguem ao meu lado, segurando a minha mão. E quando me virei para olhar, avistei um garoto, de quaze 16 anos sorrindo para mim. Seus olhos azuis eram lindos, assim como seu cabelo castanho. E logo depois de contemplar sua beleza percebi que era o mesmo que havia me dado o buquê.

Quando dei por mim, já estava novamente deitada ao lado de Christopher. A dor mais forte até aquele momento surgiu em minha cabeça. Foi tanto,que comecei a gritar.

- Dulce! Droga! – falou Christopher desesperado.

Meus gritos de dor aumentaram. Senti o saguem meu meu nariz sair em uma quantidade ainda maior. Minha visão estremeceu.

-Dulce! Dulce! – repetia ele.

Logo depois, tudo se apagou.