Fanfic: Lost Memories (Vondy) *Terminada*

Capítulo 33: Minha culpa

Desespero. Essa era a única palavra que poderia me definir naquele momento. Eu não conseguia raciocinar nada. Não conseguia nem mesmo respirar...

- Eu sei que vai ser dificil no começo... mas você deve pensar em sua saúde...

- Não! Não! – eu gritava, com lagrimas ao meu rosto – Têm que haver uma maneira!

- Dulce! Acalme-se! – disse o anjo segurando meu braço.

- Dar essa noticia também não me agrada. Mas por favor, entenda a sua situação. Esses sangramentos vão aumentar cada vez mais, lesões em seus orgãos incluindo seu cerebro vão acontecer e se agravar.

- Mas dr., como ela vai evitar essas lembranças se acontecem sem ela querer? – perguntou o anjo.

Eu nem mesmo havia percebido isso. Mesmo se eu tenta-se deixar de recuperar minha memória, ainda assim as lembranças viriam.

- Sim, é verdade. Mas as chances de você ter uma de suas lembranças diminuem se deixar de procura-las. E caso aconteça, aconselho a dar um celular a ela. Avisar da recaida é a única maneira de evitar algo mais grave.

Eu acho que não havia entendido direito. Além de não poder recuperar minha memória, ainda estava correndo perigo de vida mesmo deixado de busca-la?

- Bem, quero voltar a ve-la daqui a um mês. Apenas para um checkup.Christopher, peço que ainda fique de olho nela, pelo menos por mais algum tempo. Continue a fazer relatórios, tanto das lembranças que ela ainda vai ter, quanto do estado de saude.

Ele confirmou com a cabeça e se levantou comprimentando o dr. Aklanto. Eu continuei sentada ali, paralisada com tudo que estava acotecendo, até Christopher segurar minha mão e me ajudar a levantar. Seguimos em direção ao carro em silêncio.

Na estrada para casa, percebi que ele tentava puxar algum assunto, mas exitava logo em seguida. Eu relamente não queria conversar... Não demorou tanto para chegarmos. Me dirigi direto para meu quarto e deitei em minha cama afogando meu rosto ao traviseiro.

Lagrimas churgiram ao meu rosto. Ao imaginar que nunca poderia ver minha familia, que nunca poderia ter minha vida de volta, que todas aquelas perguntas que me rondavam não teriam respostas, me trouxe uma raiva enorme. Gritei com meu rosto naquele traviseiro. Eu queria entender a razão daquela injustiça estar acontecendo comigo. O que eu havia feito de tão ruim para merecer aquele castigo?

Naquele momento, para mim, não havia mais uma razão para viver. Eu seria algo que exitia, mas que estava vazio, incompleto, sem alma... A morte me parecia algo atraente... Nada mais me importava, nada mais fazia sentido. O que seria de minha vida agora?

Enscutei alguns passos vindo da porta. Não reagi e continuei a chorar enfiada em meu traviseiro. Foi quando senti alguem pousar seus braços em minhas costas e começar a chorar.

- Me descuple... me desculpe...

Era a voz de Christopher...

- É tudo minha culpa... que merda de médico eu sou? Como pude deixar a situação chegar a esse limite? Você está sofrendo por minha causa... – ele continuou a chorar – Me perdoa... me perdoa...