Fanfic: Lost Memories (Vondy) *Terminada*

Capítulo 35: O primeiro

Passei a manhã arrumando a casa. Eu precisava me destrair um pouco e mesmo que fosse estranho dar uma de secretária para me afastar de meus problemas, era a única maneira que eu conseguia pensar para esvaziar minha mente.

Dessa vez , Anahí me ajudou. Acho que ela estava preocupada em eu ter outro de meus desmaios e sangramentos. Fiquei chateada comigo mesma em estar dando ainda mais preocupações e trabalho para os dois. Coloquei na minha cabeça que faria o maximo possivel para parecer estar bem e poder sair logo da vida deles.

Expressando assim, parece até que eu os odeio, mas vocês sabem que não. Vocês, como mais ninguem, sabem de meus motivos para me afastar, para ter que resolver esse problema sozinha. Eu deveria ter feito isso, ter tomado essa decisão desde o inicio. Depender e evolve-los nesse meu problema foi meu pior erro. Infelizmente somente agora eu havia percebido.

- O que acha de eu arranjar um emprego? – perguntei enquanto limpavamos a grama na frente da casa. Havia enormes árvores pela vizinhaça e as folhas que caiam se espalhava a todo canto.

- Um emprego? – Anahí não esperava que eu toca-se nesse assunto. Pelo menos, não naquelas circunstâncias. – Não acha que ainda é cedo?

- Cedo? Como assim, cedo? Tenho que seguir com minha vida, não é o que vocês dizem? Conseguir um emprego é a primeira etapa, eu acho...

Anahí regava algumas plantas enquanto eu ainda retirava as folhas da grama com um rastelo.

- Certo... – concordou ela ainda parecendo não gostar de minha idéia – E o que pretende fazer?

- Não sei... o que eu sei fazer?

- Acho que deveria perguntar isso para si mesma.

Parei um instante. O que poderia ser de meu agrado? Que profissão eu deveria trabalhar? Espera, e o que importava eu escolher uma profissão? Qualquer uma servia. Eu só iria arranjar para começar a demostrar que não precisava dos cuidados deles. Ou seja, era o inicio do meu plano para me afastar.

- Um que fosse, pelo menos, facil... – pensei.

- Bem, vai depender do que você achar facil... para mim, o importante é o que você gosta em conjunto com a quantidade de dinheiro que ira ganhar.

- Parece complicado escolher com você falando dessa maneira...

Ela soltou um sorrisinho enquanto regava alguns pinheiros que servia para cercar a casa com a do visinho.

- Dulce... e se você tiver um de seus ataques enquanto está no trabalho?

Parei de varrer no mesmo instante. Eu não havia pensado nisso. Agora eu estava condenada a me preocupar com isso a minha vida toda?

- Bem... – tentei pensar em alguma coisa. – O médico disse que se eu não tentasse procurar pelas lembranças, dificilmente apareceriam.

- E se acabar acontecendo, mesmo tendo pouca chances?

- Anahí, por que todo esse pessimismo? Até parece que você não quer me ver tentar ter uma nova vida.

- Uma nova vida parece meio radical. Você deveria fazer as coisas mais devagar...

- Acho que está exagerando. Vou conversar com Christopher, aposto que ele vai concordar comigo.

- Não tenha tanta certeza. Ele é ainda mais protetor do que eu. Agora vou entrar, preciso ver se chegou um e-mail sobre um paciente.

- Sei... acabei de ver eu celular acender. Chegou mais uma mensangem...

- Impressão sua – disse ela correndo para dentro da casa já pegando o celular.

Balacei a cabeça em negação e continuei a retirar as folhas. Quando terminei, me sentei e frente a casa e respirei fundo. O céu estava limpo e o sol ao topo indicava que já se estava ao meio dia. Olhando para a rua, percebi que aquela região era inacreditavelmente traquila, comparado a outros lugares que eu já virá na cidade – até porque conheço pouco, as únicas lembranças que tinho eram com Christopher ou Anahí.

Um casal passava lentamente, com as mão dadas. Pareciam felizes e que tudo ao seu redor trasmitisem o mesmo. Derrepente, minha visão começou a ficar clara, e notei que estava tendo outro de meus flash.

Eu estava em uma linda praia. Parecia deserta, pois a minha frente não se via ninguem, apenas o mar ao meu lado, molhando meus pés com suas ondas já pequenas com a chegada a areia. Então, percebi que não estava sozinha, pois senti uma mão apertar a minha. Eu estava de mãos dadas com alguem.

- Está gostando? – ele perguntou. O mesmo rapaz de minha lembranças anteriores. Os mesmos olhos azuis.

- Sim... – pela primeira vez consegui escutar minha voz, que parecia bem feliz. – Como conseguio achar esse lugar? – estranhamente eu não conseguia controlar minha voz, nem minha boca. Eu simplismente dizia...

- Você sabe... sempre gostei de explorações desde pequeno. Essa praia só foi mais um achado e eu queria mostrar para você.

- Se moracemos em uma cidade grande, duvido que aqui não estivesse cheio de turistas... esse lugar é lindo!

- Uma vantagem de viver no interior. Você poderia continuar aqui... o pessoal gosta dos seus trabalhos e até têm uma clientela fiel...

- Por favor... vamos parar com esse assunto... sabe que eu quero mais, preciso mostrar para outras pessoas o meu talento, preciso sentir que minha arte pode ser apreciada.

- E ela é. Eu aprecio! Se não, minha parede do quarto não estaria cheia de seus quadros.

Começamos a rir. Ele ficou em minha frente, aprocimando seu rosto lentamente do meu. Colocou sua mão ao meu rosto, me acaricinado. Aquele suave toque me arrepiou. E logo depois ele me beijou. Meu primeiro beijo...