Fanfic: Lost Memories (Vondy) *Terminada*

Capítulo 41: O nome de um anjo

Quando consegui me recompor, Christopher já estava se preparando para me levar ao hospital. Eu estava deitada na cama, com alguns gazes perto ao nariz. Consegui me levantar, e seguir até o quarto dele. O anjo estava colocando a camisa quando me viu entrar.

- O que está fazendo? – ele correu em minha direção – Você precisa ficar quieta.

- Não me leve... ao hospital... – até minha voz estava fraca.

- Sem chances, está vendo o seu estado? Agora, se apoie em mim.

Ele passou o braço abaixo do meu e me ajudou a ficar de pé.

- Não... por favor...

Christopher começou e me levar em direção ao carro, mas reuni forças e lhe empurrei para o lado. Ao me soltar, senti minhas pernas tremerem e logo me joguei a parede para me apoiar.

- Eu não vou... – falei.

- Pare com isso! Por que essa teimosia?

- Não preciso ir ao hospital, eu já estou melhor.

- Acha que está conseguindo me enganar. Dulce, você mal se aguenta em pé.

- Se... se me levar... eu nunca vou... te perdoar...

Ele se conteve. Fechou suas mãos como se segura-se algo dentro de si. Veio em minha direção e me carregou até a cama.

- Não acredito que estou fazendo isso... – disse para si mesmo, enquanto me olhava deitada.

- Obrigada...

- Por favor, não me agradeça... eu não estou fazendo o certo.

Me senti mal por te-lo feito aquilo. Mas eu não iria para um hospital. Se eu fosse, com certeza não sairia de lá tão cedo. Me colocariam em observação e, com certeza, recuperar minha memória seria impossível.

- Ainda sente dor? – perguntou ele.

- Não, apenas uma fraqueza...

Minha respiração também estava bastante rápida e isso me assustava.

- É por causa da perda de sangue... você quase formou uma poça naquele quarto... vou preparar algo para você comer.. se precisar de algo é só gritar.

Ele saio do quarto logo em seguida. Enquanto isso, eu refletia sobre a lembrança que tive. O fato era que o dono daqueles olhos azuis havia participado de minha vida bem mais do que eu imaginava. Aquela casa ficava na mesma cidade que a dos meus pais onde eu havia lembrado em uma de meus flashes passados e talvez até mesmo no mesmo lugar que ficava aquele parque onde eu havia recebido o buque de flores.

Eu desejava sair dali. Mas os meus pais insitiram em eu ficar. Diziam que era mais facil começar a vida perto de que conheciamos. Percebi que não haveria outra maneira, pois tinha algumas questões sobre o trabalho que eu ainda não havia resolvido.

 Disso tudo eu havia me lembrado depois daquela cena. Mas o que mais me chocou foi o fato de eu descobrir que o dono dos olhos azuis era muito mais que meu namorado. Nós haviamos nos casado... e aquela mão com uma aliança que estava pintada no quadro, era outra lembrança anterior a da casa que eu iria morar. Foi no dia em que ele me pedio em casamento. Estavamos na mesma praia que eu havia recordado em uma de minhas lembranças ao lado dele. E agora eu havia conseguido lembrar seu nome... Gabriel... meu esposo se chamava Gabriel...