Fanfics Brasil - Capítulo 50: Exposição de lembranças Lost Memories (Vondy) *Terminada*

Fanfic: Lost Memories (Vondy) *Terminada*


Capítulo: Capítulo 50: Exposição de lembranças

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Capítulo 50: Exposição de lembranças


 


Anahí apareceu logo em seguida. Tive sorte dela não ter aparecido no momento em que tive a recaída ou poderia desistir da investigação e me levar para o hospital no mesmo instante. Ela se aproximou de mim e avistou a medalha em minhas mãos.


- O que é isso? - perguntou.


- Uma medalha que ganhei de um concurso de uma pequena cidade onde eu morava - expliquei enquanto colocava a medalha em meu pescoço. Pode parecer brega mais decidi usa-la a partir dali. – Junto dela ganhei uma quantia em dinheiro. Foi com esse dinheiro que consegui comprar esse apartamento.


Ela estava atenta enquanto eu continuava a explicar minhas descobertas.


- Parece que eu havia conseguido que alguns donos de exposições dessa cidade exibissem minhas obras. Mas eu tinha um curto prazo de tempo para entregar o material, o que me obrigou a comprar esse apartamento.


- Hum... – ela expressou enquanto me encarava. Parecia averiguar se eu não tinha passado mal a tantas informações recebidas. – Então pode-se presumir que você estava vindo para esse apartamento durante a viajem que sofreu o acidente... 


-Não sei... disso e ainda não tenho certeza, mas faz sentido.


Ela se afastou, agora andando ao redor da sala enquanto olhava para as caixas abertas. Continuei a tentar lembrar se era essa mesma a razão da viajem, mas não consegui nada. Não fazia sentido então a lembrança que tive antes do acidente que tive tempos atrás, onde eu percorria a estrada em alta velocidade carregando o envelope no banco ao lado.


- Estranho... – comentou Anahí depois de algum tempo. – Por que só têm roupas suas aqui?


- Como assim? – indaguei sem entender.


- Se você estava de mudança, por que não vejo roupas do seu marido?


Era uma boa pergunta. Somente roupas que me pertenciam estavam nas caixas, nenhuma peça masculina.


- Talvez ele viesse depois... - tentei supor.


- Acha mesmo que seu marido iria deixar você vir para a cidade grande sozinha?


- Bem... eu... talvez... – eu não sabia o que dizer.


- Não faz sentido... ou ele era retardado de te deixar sozinha ou têm alguma coisa errada ai...


Senti alguma coisa me incomodando. Um pressentimento ruim... Será que seria um sinal do motivo de meu próprio marido não ter me visitado durante os três anos que eu fiquei em coma? Comecei a ficar preocupada...


- Acho que você já terminou de olhar a maioria das caixas – avaliou Anahí. – Seria uma boa ideia você ver o que têm na outra sala, mas...


- Mas, o que?


- Acho que será impossível não ter algum tipo de visão lá dentro... eu não quero...


Me levantei do chão aonde vasculhava a ultima caixa antes que ela termina-se. Se havia algo de tão importante que me fizesse ter um flash eu precisava ver. Anahí me segurou antes que eu pudesse entrar.


- “Não vá com tanta sede a pote” – disse segurando meu braço, bem em frente à porta. – Você precisa se preocupar com a sua saúde.


- Já estou cansada desse papo!


Puxei meu braço com força e abri a porta. Avistei primeiramente, um belo armário feito de madeira, assim como todos os meus moveis naquela casa. Adentrando ainda mais, encontrei várias pinturas expostas em cima de cavaletes como em exposições. Decidi me aproximar para conseguir ver o que estava pintado sobre as telas.


- Dulce... – disse Anahí num tom de preocupação – Por favor, se sentir algo, não hesite em me falar.


Eu não a escutei. Minha curiosidade para saber o que estava exposto ali era maior. No total havia três quadros. Dirigi-me para o que estava mais próximo. Nele havia uma paisagem noturna. Havia varias estrelas no céu e uma capina com uma grama que aparentavam estar tremulas por causa do vento que as tocava. Ao longe, podiam-se ver duas pessoas deitadas, uma ao lado da outra. Aquele quadro era muito parecido com uma lembrança que eu havia tido com Gabriel há um tempo.


Então lembrei que eu havia pintado aqueles três quadros para praticar antes de criar as obras da exposição. Decidi pintar três cenas ou momentos que eu achava marcante em minha vida e aquele primeiro quadro retratava o momento que descobri meu amor por Gabriel.


Não senti nada de estranho, nenhuma dor. Até porque nenhum flash aconteceu e tudo que aquele quadro retratava eu já havia lembrado, pelo menos, em parte.


Me dirigi para o segundo quadro. Nele havia outra paisagem. Era uma casa, uma antiga casa de madeira, com um gramado e uma cerca branca. Ao lado, se tinha um enorme pinheiro. Foi então que senti algo novamente vindo e eu já sábia que era outra de minhas lembranças.


 


Nem sei ao certo quando vi aquela casa pela primeira vez. Acho que desde que me entendo por gente eu morava nela. Ficava em uma das ruas mais valorizadas da pequena cidade onde eu morava, sendo até uma das mais belas. Toda feita de madeira. Consigo recordar as tantas vezes que imaginei a quantidade de arvores que foram cortadas para fazê-la e sempre perguntava a meu pai o porquê dele morar nela sabendo disso.


- Já falei Dulce – dizia meu pai respirando fundo, procurando paciência para minhas entrevistas. – De cada arvore cortada, plantaram mais quatro para compensar.


Meu pai, na época em questão, era bem jovem, e exalava saúde. Olhos castanhos, cabelos lisos e negros que bagunçavam com uma simples brisa e um corpo bem torneado por causa do trabalho.


- Como o senhor sabe? – perguntei. Eu tinha oito anos na época. – Não me lembro da mamãe me contar que o senhor construiu essa casa.


- Foi o seu avô... – disse ele ainda procurando se concentrar em seu afazer.


- E quem garante que ele tenha plantado?


- Dulce, vocês está duvidando da palavra de seu avô? – ele parecia sério.


Recuei. Eu sabia muito bem que meu pai não iria mentir, ainda mais colocando o meu avô no meio.


- E enquanto a dor que as árvores sofreram antes de morrer? – acrescentei. – Como fica as pobrezinhas que morreram sem poder se defender?


Ele se levantou, desistindo de sua tarefa. Mamãe surgiu da porta ao fundo com alguns pinceis na mão. Ela era mais jovem que meu pai, olhos negros e cabelos da mesma cor. Sua pele branca dava a impressão que ela era feita de porcelana ou era tão delicada como uma flor.


- Importunando seu pai de novo? – perguntou se aproximando de mim e vendo meu pai coçando a cabeça em agonia.


- Ela me enche de perguntas todo dia... parece a mãe quando têm um ataque de ciúmes...


Mamãe o encarou. Segurei-me para não rir da cara que meu pai fez.


- O que a senhora está fazendo com esses pinceis? – perguntei curiosa.


- Pintando na sacada, quer me ajudar?


Balancei a cabeça animada. Mamãe trabalhava na prefeitura no meio de semana, mas quando tinha tempo gostava de pintar paisagens. Foi com ela que aprendi a pintar. Quando íamos para a sacada, escutamos um enorme estalado e depois algo pesado parecia ter caído ao chão.


- O que foi isso? – perguntou papai.


- Veio lá da frente – falou mamãe já seguindo para a porta.


Quando nos aproximamos, papai largou na frente e seguiu para de baixo do pinheiro falando para mamãe ligar para o hospital. Me aproximei para olhar o que estava acontecendo. Um garoto que parecia ter a minha idade estava desmaiado e com a cabeça sangrando. No momento eu não o conhecia, mas eu sabia que ele era. Gabriel.


 


Eu estava de volta ao apartamento. Novamente junto a aquelas lembranças também recuperei outras informações. Agora eu sabia quando eu havia conhecido Gabriel e também sabiá que meus pais me amavam ao ponto de ter que haver uma razão muito boa para eles terem se esquecido de mim. E o mais importante, eu lembrei o nome da cidade onde eu morava...


Logo ao constatar isso, senti uma dor enorme em minha cabeça. Uma dor tão forte que nem se igualava as anteriores. Meus ouvidos zuniam fortemente, minhas pernas perderam a força e cai de joelhos no chão tampado minha audição com as mãos. Meu corpo inteiro tremeu e se contorceu em dor. Meu nariz sangrava bastante, manchando minhas roupas.


 Eu gritava de dor, segurando minha cabeça e mexendo meu corpo em agonia. Anahí se aproximou e tentou me amparar. Ela tentava falar no celular em desespero, mas eu não conseguia escutar, eu só ouvia um forte zunido. A dor era tanta que comecei a chorar. E antes de desmaiar, acabei vomitando sangue...



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Autor(a): Walter

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1018



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  • anne_mx Postado em 29/03/2016 - 03:03:38

    O fim eu n entendi ficou meio que sem nexo sla mais a fic foi incrivel e muito bem escrita !!!

  • thailavondy Postado em 01/06/2012 - 18:15:16

    eu é que tenho que agradece-lo por mais uma vez me aguentar quando pegava no seu pé pra postar, e vc mais uma vez arrasou. Sinceramente não imaginava esse fim, acho que vc conseguiu seu objetivo:fazer emocionar e criar misterios envolventes, uma coisa é certa a dul conseguiu essa nova oportunidade para recomeçar quando ela passou a se dar bem com suas lembranças

  • thailavondy Postado em 30/05/2012 - 15:12:07

    depois quando eu te elogio vc fica todo "que é isso" "imagina" olha ai que capitulo maravilhoso e cheio de misterio e surpresa

  • megstar Postado em 28/05/2012 - 22:15:30

    Mas ja vai ser o ultimo, poxa. Posta mais q to q não me aguento d curiosidade. Bjss

  • maah_torres Postado em 28/05/2012 - 20:36:34

    posta maaais

  • maah_torres Postado em 28/05/2012 - 20:36:33

    posta maaais

  • thailavondy Postado em 28/05/2012 - 15:32:30

    meu capitulo que quase me fez chorar vc ainda me mata Walter poxa não pode me dar esse susto, como assim o proximo é o ultimo? o.o, to chocada, to abalada e nem sei o que dizer e isso é raro!!! Poxa to muito doida e olha vou digerir o capitulo e depois volto e faço um comentario mais decente :)

  • thailavondy Postado em 28/05/2012 - 13:45:24

    ta me devendo um post mocinho

  • thailavondy Postado em 28/05/2012 - 13:42:49

    ta me devendo um post mocinho

  • thailavondy Postado em 25/05/2012 - 18:09:28

    muito curiosa!!! quero muito ler a web!!!!


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