Fanfic: Lost Memories (Vondy) *Terminada*
Capítulo 62: Abandonada
Havia se passado quase duas horas quando notei que estávamos a muito tempo fora de visão da cidade. Eu estava sentada no lado do passageiro, com meu braço encostado ao vidro do carro e apoiando meu rosto enquanto a paisagem passava devagar.
Imaginei como estaria Christopher naquele momento. Se estaria triste, se poderia enfim ter se conformado com o fim que nos sucedeu...
Era melhor assim... mentira! Eu pensava dessa maneira somente para tentar me consolar. Não era melhor, mas era o que eu deveria fazer. Christopher fez a escolha dele e pagou um preço, eu estou fazendo a minha e de certo modo acho que já estava pagando por ele.
Respirei fundo. Acho que eu deveria parar de pensar no que deixei para traz, e me focar no que me foi retirado. Faltavam apenas alguns quilômetros para enfim eu retornar a minha cidade natal. Só de pensar nisso, meu coração acelerava de ansiedade.
Será que finalmente terei minhas respostas? Será que encontrarei minha família de novo? Como eu desejava ver Daniel e meu filho. Eu tinha um filho! Mal pude acreditar quando pensei direito nisso. Espero que ele não esteja com raiva de sua mãe por ficar tanto tempo longe. Daniel teria muito que explicar.
Meu celular vibrou. Olhei o número. Era Anahí. Essa era a décima nona vez que ela ligava... Não atendi novamente. Se eu falasse com ela as coisas com certeza iriam piorar. Era melhor evitar esse tipo de situação.
Ao desligar o celular o homem sentado ao meu lado me olhou ao canto dos olhos enquanto dirigia o carro.
- Algum problema? – ele disse logo em seguida. – Quer que eu pare o carro para tomar um ar?
- Não – falei logo em seguida. – Estou bem.
- Você está suando bastante... se quiser abrir mais a janela.
- Não precisa. Acho que só estou um pouco nervosa...
Ele me olhou ao canto dos olhos novamente.
- Nervosa? – perguntou.
- Bem... é uma longa história... é que estou retornando para minha cidade depois de um bom tempo fora...
- Você mora na cidadezinha que estamos indo?
- Sim.
- Puxa, eu também moro lá.
Olhei para ele surpresa. Será que ele...
- Você conhece uma pintora chamada Dulce?
Ele pensou por um momento.
- Acho que já ouvi minha esposa falando sobre ela, mas não me lembro direito. Sabe, chegamos naquela cidade somente há um ano.
Há um ano? Eu havia me acidentado há dois anos... Ele não deve saber...
- Bem, desculpe se não pude ajuda-la. A cidade está logo em frente. – ele avisou.
Olhei pelo para-brisa e avistei algumas construções ao longe. Meu coração começou a acelerar ainda mais...
Ao adentrarmos a cidade, percebi o quanto o lugar era simples e tranquilo. Várias pessoas andavam de bicicleta pelas ruas, algo que não me lembro de ter visto na cidade grande. Pequenas lojas, algumas de roupas que eu me lembrava de comprar quando morava ali. As lembranças foram surgindo. Pessoas, conversas, encontros com outros moradores, tudo foi retornando.
O motorista virou algumas esquinas depois de chegarmos. Percebi logo ao viramos que aquela rua era onde a casa de meus pais ficava. Eu decidi visita-los primeiro. A minha indignação por terem me esquecido nunca se foi e eu desejava tirar satisfações com eles por terem feito algo tão cruel.
Minhas mãos tremiam. Eu olhava para os lados e podiam reconhecer bastante coisa. Não havia mudado quase nada em dois anos. Essa sensação do familiar era simplesmente o sentimento que eu mais desejava ter apensar de ser algo tão bobo.
O carro parou logo em seguida. Abri a porta do carro e olhei para a casa a minha frente. Era a mesma de minha lembrança com meus pais... O mesmo jardim, o mesmo cercado, o mesmo pinheiro. Mas havia muitas diferenças... O pinheiro havia ficado enorme, mas eu me lembrava de que meu pai costumava poda-lo todo ano. O jardim estava totalmente arruinado pelas ervas daninhas, algo que minha mãe nunca deixaria acontecer. E a casa, ela estava totalmente fechada.
- Senhorita? – disse o motorista ao perceber eu adentrar o jardim – O que está fazendo?
- Não... – eu me aproximava da sacada. O chão estava totalmente sujo. As janelas fechadas. – Eu não consigo entender...
- Por favor, se afaste. Essa casa está velha e...
- Pai? – gritei sem nem perceber. – Mãe?
Levei minha mão a maçaneta.
- Senhorita... Essa casa está abandonada a bastante tempo...
Parei minha mão antes que gira-se a maçaneta e me virei para traz.
- Co... como assim, abandonada? – minha respiração acelerou. - Quando essa casa foi abandonada?
- Se não me engano, a dois anos...
Foi então que tive outra visão...
Autor(a): Walter
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1018
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anne_mx Postado em 29/03/2016 - 03:03:38
O fim eu n entendi ficou meio que sem nexo sla mais a fic foi incrivel e muito bem escrita !!!
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thailavondy Postado em 01/06/2012 - 18:15:16
eu é que tenho que agradece-lo por mais uma vez me aguentar quando pegava no seu pé pra postar, e vc mais uma vez arrasou. Sinceramente não imaginava esse fim, acho que vc conseguiu seu objetivo:fazer emocionar e criar misterios envolventes, uma coisa é certa a dul conseguiu essa nova oportunidade para recomeçar quando ela passou a se dar bem com suas lembranças
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thailavondy Postado em 30/05/2012 - 15:12:07
depois quando eu te elogio vc fica todo "que é isso" "imagina" olha ai que capitulo maravilhoso e cheio de misterio e surpresa
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megstar Postado em 28/05/2012 - 22:15:30
Mas ja vai ser o ultimo, poxa. Posta mais q to q não me aguento d curiosidade. Bjss
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maah_torres Postado em 28/05/2012 - 20:36:34
posta maaais
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maah_torres Postado em 28/05/2012 - 20:36:33
posta maaais
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thailavondy Postado em 28/05/2012 - 15:32:30
meu capitulo que quase me fez chorar vc ainda me mata Walter poxa não pode me dar esse susto, como assim o proximo é o ultimo? o.o, to chocada, to abalada e nem sei o que dizer e isso é raro!!! Poxa to muito doida e olha vou digerir o capitulo e depois volto e faço um comentario mais decente :)
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thailavondy Postado em 28/05/2012 - 13:45:24
ta me devendo um post mocinho
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thailavondy Postado em 28/05/2012 - 13:42:49
ta me devendo um post mocinho
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thailavondy Postado em 25/05/2012 - 18:09:28
muito curiosa!!! quero muito ler a web!!!!