Fanfics Brasil - Capítulo 63: Pai e Mãe Lost Memories (Vondy) *Terminada*

Fanfic: Lost Memories (Vondy) *Terminada*


Capítulo: Capítulo 63: Pai e Mãe

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Capítulo 63: Pai e Mãe


 


O rosto de meu pai estava totalmente assustado após receber a noticia de que eu iria me casar. Era outono, o pinheiro em frente a nossa casa estava totalmente seco e muitas de suas folhas ainda se encontravam no gramado.


Por causa do frio intenso, minha mãe colocou as luvas e se aproximou de meu pai colocado apoiando-se em seu ombro. Eu olhava para ela agradecendo pelo apoio, mesmo sem nenhuma palavra se quer dita. Mamãe tinha esse poder de doma-lo somente com um gesto, o que era muito útil naquele momento.


O fato era que depois de vários anos ao lado de  Gabriel , finalmente decidimos nos casar. Obviamente que eu sabia que tamanha decisão seria difícil de ter a aprovação de meu pai, mesmo ele sabendo o quanto Gabriel era um bom homem.


- Dulce... não acha que.. – ele realmente estava surpreso. – Não acha que esta meio cedo?


Olhei para ele com descrença.


- Pai... eu namoro o Gabriel  a quase cinco anos...


- Eu sei, mas...


- Não seja tão protetor – falou minha mãe o interrompendo. – Até você gosta do rapaz, não acha que já está na hora deles finalmente viverem juntos?


Minha mãe o olhou por alguns segundos. Pronto, aquele foi o golpe final. Respirando fundo, meu pai assentiu. Com um enorme sorriso ao rosto eu o abracei em agradecimento.


Gabriel me pediu-o em casamento oficialmente no outro dia. A preparação demorou dois meses. Na igreja, nenhum familiar nosso apareceu, isso porque meus pais vieram de outro país quando pequenos, suas únicas famílias que eram meus avos não haviam tido se quer mais nenhum filho. Ou seja, nossa família se resumia entre nos três.


Mas isso não impedi-o da igreja estar lotada no dia da cerimonia. Eu havia conquistado uma pequena fama por causa de minhas pinturas, o que me fez conhecer bastante gente. Lembro-me perfeitamente daquele dia, das pessoas sorrindo para mim enquanto eu andava em direção ao altar, de como  Gabriel  estava lindo a minha espera. Foi um dia realmente magico, algo que não pude aceitar ter esquecido.


Meu pai havia feito a mobila para nossa nova casa. Mamãe nos visitava de vez em quando... Consegui rever algumas de suas visitas, mas parecia que elas aconteciam cada vez menos.


Então, o ambiente mudou. Eu estava sozinha dentro de um carro. O céu estava nublado, o vento gelado soprava vagarosamente me fazendo um arrepio. Percebi que eu havia estacionado em frente à casa de meus pais. Estava diferente de como eu costumava vê-la, era como se fizesse anos que eu não passava ali. E realmente fazia anos, mas eu não conseguia saber o motivo para demorar tanto em visita-los.


Me aproximei da porta da frente. Estava tudo quieto. A casa estava toda arrumada como minha mãe sempre deixava, mas tudo parecia sombrio, sem vida. Escutei um barulho vindo da cozinha e ao chegar a porta avistei minha mãe lavando a louça.


Levei um enorme choque ao ver alguns fios brancos em seu cabelo. Era como se eu não a visse a anos e realmente eu não a virá, mas novamente eu não lembrava a razão para não ter a visitado.


- Mãe... – falei para que ela me percebe-se.


Minha mãe se virou devagar e ao me ver parecia não acreditar. Pude enxergar um brilho em seus olhos. Ela colocou o prato que lavava de lado e veio em minha direção. Uma lagrima percorria seu rosto, e antes mesmo que ela pudesse me tocar, que fosse falar algo, uma enorme dor em seu coração a fez parar e levar sua mão a ele.


Ela se ajoelhou ainda sentindo dor. Eu não sabia o que fazer, então me aproximei para tentar ajuda-la. Mas ao chegar perto, ela parou e caio ao chão. Fiquei totalmente paralisada. Meu pai surgiu na porta logo em seguida. Não consigo lembrar o que aconteceu logo sem seguida. Tudo parecia turvo, negro, horrível.


Quando consegui enxergar algo, percebi que já não estava em casa e sim ao hospital. Era a sala de espera. Meu pai, quase que irreconhecível, estava ao meu lado de cabeça baixa. Então um médico surgiu pelo corredor e olhou em nossa direção e a próximas palavras deles me marcou para sempre:


- Fizemos tudo que podíamos, mas infelizmente...


Meu pai ficou estático. Não movia uma parte se quer de seu corpo. Era como se ele tivesse tentando acreditar que não estava em um pesadelo.


- Sua mãe tinha um coração fraco... qualquer emoção forte de mais poderia ocasionar o ataque cárdico...


Emoção forte... ela havia me visto depois de anos... não haveria emoção mais forte que essa... então... então... eu era a culpada...


Uma semana depois meu pai morreu... ele não havia aguentado a dor de perder minha mãe... e eu não sabia se iria  suportar a de perder eles...


Quando enfim voltei ao normal. Uma enorme dor veio a minha cabeça. Mas eu não ligava para essa dor, meu coração estava totalmente dilacerado. Meus pais... eles... eles estavam mortos.


Corri para fora da casa. O homem do taxi gritou meu nome. Eu não sabia o que estava fazendo, tudo que passara pela minha cabeça era que eu havia perdido meus pais, minha família. Eu não podia acreditar... eles haviam morrido... eu... eu... eu nunca mais vou vê-los...


Em um dos terrenos vazios da rua, se tinha aceso a uma enorme campina que se estendia por esse lado da cidade. Corri em direção a ela sem motivo. Lagrimas percorriam meu rosto e se espalhavam ao vento.


Como e pude duvidar deles? Como eu pude pensar que eles havia me abandonado quando na verdade eu havia os abandonado bem antes? E por que, por que eu fiquei tanto tempo sem vê-los?


Eu não conseguia raciocinar direito, tudo que me importava era que eu nunca mais os veria, nunca mais poderia dizer o quanto eles eram importantes para mim... Eu não conseguia aceitar isso...


Ao topo de um dos montes da campina haviam duas lápides, e percebi imediatamente que eram as mesmas de uma pintura que eu havia feito. Corri em direção a elas e ao chegar perto, por alguma razão imaginei que os nomes de meus pais estivessem cravadas nelas.


Mas ao ler, não consegui me sustentar em pé e acabei caindo de joelhos ao chão. Sangue saia de meu nariz, de meus ouvidos e de minha boca também... aquelas lapides... aquelas lapides... aqueles nomes... aqueles nomes... 




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Autor(a): Walter

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1018



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  • anne_mx Postado em 29/03/2016 - 03:03:38

    O fim eu n entendi ficou meio que sem nexo sla mais a fic foi incrivel e muito bem escrita !!!

  • thailavondy Postado em 01/06/2012 - 18:15:16

    eu é que tenho que agradece-lo por mais uma vez me aguentar quando pegava no seu pé pra postar, e vc mais uma vez arrasou. Sinceramente não imaginava esse fim, acho que vc conseguiu seu objetivo:fazer emocionar e criar misterios envolventes, uma coisa é certa a dul conseguiu essa nova oportunidade para recomeçar quando ela passou a se dar bem com suas lembranças

  • thailavondy Postado em 30/05/2012 - 15:12:07

    depois quando eu te elogio vc fica todo "que é isso" "imagina" olha ai que capitulo maravilhoso e cheio de misterio e surpresa

  • megstar Postado em 28/05/2012 - 22:15:30

    Mas ja vai ser o ultimo, poxa. Posta mais q to q não me aguento d curiosidade. Bjss

  • maah_torres Postado em 28/05/2012 - 20:36:34

    posta maaais

  • maah_torres Postado em 28/05/2012 - 20:36:33

    posta maaais

  • thailavondy Postado em 28/05/2012 - 15:32:30

    meu capitulo que quase me fez chorar vc ainda me mata Walter poxa não pode me dar esse susto, como assim o proximo é o ultimo? o.o, to chocada, to abalada e nem sei o que dizer e isso é raro!!! Poxa to muito doida e olha vou digerir o capitulo e depois volto e faço um comentario mais decente :)

  • thailavondy Postado em 28/05/2012 - 13:45:24

    ta me devendo um post mocinho

  • thailavondy Postado em 28/05/2012 - 13:42:49

    ta me devendo um post mocinho

  • thailavondy Postado em 25/05/2012 - 18:09:28

    muito curiosa!!! quero muito ler a web!!!!


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