Fanfic: Feitiços do Amor- AyA [♥] (adp) [FINALIZADA]
— Mas ele mudou — o oficial persistiu firme. — Vá ao hospital para que um médico examine seu rosto, srta. Portillo. Seu pai e eu iremos esperar pela viatura lá fora, porque...
— Não! — ela reagiu aflita. — Por favor, poupe-nos dessa vergonha! Não quero toda a vizinhança testemunhando mais um espetáculo deprimente protagonizado por meu pai.
— Está bem, então ficarei perto da porta, de onde poderei ver a viatura. Os policiais a deixarão no hospital. É caminho...
— Faço questão de levá-la —Alfonso anunciou, sem pensar na razão de tal atitude. Não confiava naquela mulher, não acreditava em sua história... mas ela era digna de piedade naquele momento. Não podia deixá-la sozinha naquelas condições, e estava mesmo planejando voltar ao hospital. Além do mais, quaisquer que fossem seus motivos, ela providenciara socorro para Christopher. Seu irmão poderia estar morto, não fosse a presteza daquela mulher.
— Mas... — ela tentou protestar.
— Vá mudar de roupa —Alfonso ordenou com firmeza. — Recuso-me a ser visto em público com alguém nesses trajes.
Anahí gostaria de ter forças para brigar, mas estava cansada e dolorida. Iria para a cama, se aquele homem teimoso e arrogante a deixasse em paz. Mas podia ter algum osso fraturado no rosto. Esperava que o convênio médico cobrisse o segundo "acidente" em poucos meses.
Quando a viatura chegou, ela fechou a porta para não ver o pai furioso sendo arrastado para dentro do automóvel. Os vizinhos nem deviam estar surpresos, tal a freqüência do evento nos últimos tempos. Mesmo assim, odiava saber que todos tinham consciência do inferno que se instalara em sua casa.
— Vou mudar de roupa — ela avisou sem encará-lo.
Sozinho,Alfonso olhou em volta e viu um ambiente sem nenhum encanto. A única coisa brilhante nele eram os livros, centenas deles em prateleiras e caixas, empilhados sobre mesas e cadeiras. Era estranho. Aquelas pessoas não tinham dinheiro, a julgar pelo estado da mobília e da casa. Só havia uma pequena televisão e um aparelho de som, mas, na caixa de CDs, os clássicos dominavam a coleção. Que família peculiar! E onde estaria a mãe? Teria deixado o marido? Por isso ele bebia? Fazia sentido. Sabia tudo sobre pais que abandonavam os filhos. A mãe dele partira sem olhar para trás quando os cinco filhos ainda eram pequenos.
Anahí voltou minutos mais tarde e, com exceção do hematoma no rosto, não a teria reconhecido. Ela usava um conjunto bege sob um casaco de tweed, e os cabelos louros estavam presos em um coque clássico. O rosto não exibia um único traço de maquiagem. Os sapatos eram baixos, e a bolsa parecia ser nova.
— Aqui estão o celular e a carteira de seu irmão. Esqueci-me de devolvê-los ao oficial Sanders.
Alfonso guardou os objetos no bolso. Talvez ela nem os tivesse devolvido, não fosse por sua presença naquela casa. Não confiava nela, apesar do que dissera o policial.
— Vamos. O carro está lá fora.
Ela hesitou, mas só por um minuto. Não fugiria de um exame depois de tudo que havia acontecido. Conhecia os problemas que podiam ocorrer por conta de uma simples negligência.
Anahí acompanhou-o e acomodou-se no carro luxuoso. O irmão dele, Simon Herrera, era procurador geral do estado.Alfonso possuía um rancho, e notara as roupas que Christopher, o homem que ainda permanecia no hospital, vestia na noite anterior.Alfonso calçava botas caríssimas e vestia uma camisa de seda que devia custar mais do que ela ganhava em três meses. A riqueza da família era evidente. Considerando sua aparência na noite anterior, era fácil compreender as acusações que o sujeito fizera contra seu caráter.
Em silêncio, ela conservava a toalha envolvendo alguns blocos de gelo pressionada contra o rosto, esperando que assim pudesse conter o inchaço. Não precisava de um médico para saber que o golpe fora violento. A dor era quase insuportável.
— Levei um soco no rosto há alguns anos — ele contou. — Ainda lembro a dor. Imagino que também esteja sentindo uma dor horrível.
Anahí engoliu em seco, tocada pela preocupação de alguém que nem a conhecia. Lágrimas ameaçavam transbordar de seus olhos, mas nunca chorava. Essa era uma fraqueza que não podia ter.
Autor(a): pink
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— Obrigada por me levar ao hospital — disse, controlando o tremor na voz.— Sempre se veste daquela maneira para sair à noite?— Já disse que fui a uma festa de Halloween. Era a única fantasia que eu tinha.— Gosta de festas? — A pergunta soou sarcástica.— Foi a primeira... em quase quatro anos. Desculpe, mas ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 120
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jl Postado em 24/06/2011 - 14:12:12
Surtos eternos '-'
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jl Postado em 24/06/2011 - 14:12:06
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jl Postado em 24/06/2011 - 14:12:02
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jl Postado em 24/06/2011 - 14:11:58
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jl Postado em 24/06/2011 - 14:11:53
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jl Postado em 24/06/2011 - 14:11:50
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jl Postado em 24/06/2011 - 14:11:47
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jl Postado em 24/06/2011 - 14:11:44
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jl Postado em 24/06/2011 - 14:11:40
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jl Postado em 24/06/2011 - 14:11:37
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