Fanfic:  Feitiços do Amor- AyA [♥] (adp) [FINALIZADA]

— Corrigan. — Ele apontou para o de olhos mais claros.
— E Simon — concluiu sorrindo ao indicar aquele que tinha apenas um braço. — Rapazes, esta é Anahí Portillo. Ela salvou Christopher.
— E bom revê-la e saber quem você é — disse Christopher, olhando com atenção para a jovem discreta que acabara de entrar. — Srta. Portillo, presumo?
— Sim, sou eu — ela confirmou encabulada. Todos olhavam para seu rosto.
Simon foi o primeiro a reagir.
— Que diabo aconteceu com você?
— O pai a espancou por ter chegado tarde em casa — explicou Alfonso.
Christopher assumia repentinamente a mesma aparência ameaçadora dos outros três.
— Onde ele está?
— Preso — respondeu Anahí. — E vai ficar lá por algumas semanas. Pelo menos sei que, na cadeia, meu pai não poderá beber.
— Ótimo. — Christopher olhou para Simon. — Talvez possa providenciar sua integração em um programa de reabilitação antes de ele deixar a prisão.
— Verei o que posso fazer — respondeu o procurador. — Somos todos gratos pelo que fez por Christopher, srta. Portillo.
— Não foi nada.
Christopher estendeu a mão e sorriu.
— Chegue mais perto. Eles são todos grandes e assustadores, mas moles como marshmallow. Não precisa sentir medo, porque estou aqui para protegê-la.
— Ela não precisa de proteção contra nós! — protestou Alfonso.
Os outros olharam para ele com surpresa e espanto.Alfonso não costumava agir daquela maneira.
Ele tossiu embaraçado. Não queria ser submetido a um interrogatório constrangedor.
— Desculpem — disse. — Não dormi bem esta noite.
Anahí estava parada ao lado da cama. Christopher segurava a mão dela e sorria com doçura.
— Já foi ao médico? — ele quis saber.
— Seu irmão me levou ao pronto-socorro ontem.
—Alfonso. O nome dele é Alfonso
— Parece bem melhor hoje, Christopher. Ainda sente dores na cabeça?
— Um pouco, mas a visão é nítida e não estou desorientado. O prognóstico é muito bom. — Estava repetindo as palavras do médico.
— É bom saber disso. Você sofreu uma agressão violenta que podia ter tido terríveis conseqüências.
— Tudo teria sido muito pior, não fosse por sua ajuda. Soube que não vai poder trabalhar por algumas semanas, até seu rosto melhorar. Sabe cozinhar?
— Sei.
— Sabe fazer pão?
— Pão?
— E biscoitos — ele explicou com expressão radiante.
— Bem, sei fazer biscoitos, e roscas, pães doces, bolos tortas...
Christopher olhou para Alfonso, que o encarava em silêncio. Sabia o que estava por acontecer, mas não sabia como agir diante do inevitável.
— Que tal passar um tempo em Jacobsville, no Texas, numa casa espaçosa de um rancho produtivo e próspero? Seu único trabalho seria fazer biscoitos todas as manhãs.
Alfonso e os outros irmãos olhavam para Christopher com evidente expectativa. Por quê? E Alfonso tinha a testa franzida, como se não gostasse da idéia. Provavelmente, ainda acreditava estar lidando com uma prostituta.
Pensando nisso, Anahí concluiu que não seria uma má idéia aceitar o emprego no rancho. Assim poderia provar que ninguém deve julgar um livro pela capa. Aquele caubói arrogante precisava de alguém que o ajudasse a reduzir o tamanho de seu ego, e sabia que era a mulher ideal para essa tarefa.
Anahí sorriu. O rosto doía, mas que importância tinha um desconforto passageiro diante de uma causa muito maior? Ela olhou para Christopher.
— Sr. Herrera, acho que gostaria muito desse trabalho.