Fanfic:  Feitiços do Amor- AyA [♥] (adp) [FINALIZADA]

Christopher, o paciente, adormeceu outra vez. Anahí permaneceu ao lado dele, sem saber o que fazer. Cinco minutos mais tarde,Alfonso Herrera voltou acompanhado por um policial uniformizado. Ele parecia familiar. Sim, já o vira antes, mas... onde?
— É ela —Alfonso apontou para Anahí. — Assinarei todos os formulários necessários assim que tiver certeza de que meu irmão vai ficar bem. Por hora, tire-a daqui.
— Não se incomode, senhor. Vou cuidar disso. — O policial algemou seus pulsos com tanta eficiência, que Anahí foi levada para fora do quarto antes que conseguisse protestar.
— Estou sendo presa? — perguntou atônita. — Por quê? Não fiz nada de errado!
— Ah, eu sei! Já ouvi isso antes. Nenhum acusado fez nada de errado. Vestida desse jeito, andando pela rua sozinha depois da meia-noite... Quer me convencer de que é honesta? O que fez com o celular e a carteira da vítima?
— Estão na minha bolsa, mas...
O policial arrancou a bolsa de seu braço e levou-a para fora do prédio.
— Está encrencada, moça. Escolheu o homem errado para roubar.
— Eu não roubei ninguém! Foram dois homens... Não pude vê-los na escuridão, mas eles estavam parados ao lado do sr. Herrera quando passei pela rua.
—Prevaricação pode ser crime passível de punição.
— Eu não estava prevaricando! Saí de uma festa de Halloween fantasiada de dançarina de cabaré! — gritou, furiosa por ser acusada de um crime, quando só tentara ajudar um semelhante. Anahí leu o nome do policial no crachá preso ao uniforme. — Oficial Sanders, precisa acreditar em mim!
Ele não disse nada. Firme, porém sem ser rude, levou-a para a viatura e acomodou-a no banco de trás.
— Espere! — Anahí exclamou antes que o policial pudesse fechar a porta. — Tire minha carteira da bolsa e olhe dentro dela. Agora!
O oficial atendeu ao pedido com um suspiro resignado. Depois de examinar cada compartimento da carteira de Anahí, disse:
— Sabia que a conhecia de algum lugar, Portillo. — O uso do sobrenome era comum, principalmente entre as pessoas com quem ela trabalhava.
— Não roubei o sr. Herrera. E posso provar onde eu estava quando ele foi assaltado.
O oficial Sanders decidiu ouvi-la. Depois de anotar o endereço de Dulce Maria,ele entrou na viatura e seguiu até lá. Depois de falar com a dona da casa que, intoxicada por várias substâncias, ria sem parar, o policial retornou ao automóvel, tirou as algemas dos pulsos de Anahí e libertou-a.
— Sinto muito — disse. — Não a reconheci de imediato. Sabia apenas o que o sr. Herrera afirmava, e ele estava perturbado demais para ser claro. Tem de admitir que não parece muito profissional com essa roupa.
— Eu sei que não. E o sr. Herrera está preocupado com o irmão. Não sabe o que aconteceu, e me viu vestida assim quando entrou no quarto do hospital. Christopher Herrera disse que sua carteira e o celular haviam desaparecido, e o homem tirou a conclusão mais lógica naquelas circunstâncias. Por outro lado, os dois sujeitos que agrediram nossa vítima teriam levado sua carteira, não fosse minha aparição surpreendente, e eles continuam soltos.
— Pode me levar ao local onde o encontrou?
— É claro que sim! Foi nesta rua, alguns metros depois da esquina...
No lugar apontado por Anahí, o policial encontrou um papel de doce e uma ponta de cigarro.
— Sabe se o sr. Herrera fuma ou gosta de comer doces? 
— Lamento, oficial, mas não conheço o homem. Ele só teve forças para dizer o nome do irmão e onde ele morava.