Fanfic: Tєntαção - AyA - adaptada

Anahí “Herrera” teve de segurar-se por um momento antes que esquecesse de como andar, o choque e surpresa que sentia no momento em que recebera o resultado do exame de sangue a atingira como uma imensa e pesada pedra. A raiva a atingira em cheio já a dor era extasiada. Podia-se ler certamente no papel branco e liso:

Resultado: Positivo

Anahí chegava à negar que estava grávida, mas não o fato só da gravidez em si, mas sim o de estar grávida do futuro ex marido. Mas estava escrito no papel, seu nome e sobre-nome a ausência do siclo menstrual e o visivel resultado que ela teimava em continuar à observar. Positivo. Positivo. Positivo. 

Deus. O que será agora? Um bebê não acabará com a minha vida, longe disso, melhorará tudo. Porém.. como contarei isto à Alfonso? Ele me traiu. Com a minha melhor amiga. Bom, “ex” melhor amiga. E agora acha que ele têm o direito de saber que será pai? Nada disso. Não mesmo! Não contarei à ele. 

Com as mãos pequenas e delicadas, abanou-se rapidamente, antes que as lágrimas transbordassem. Seria assim? Ou então, era assim a descoberta de uma gravidez? Você descobre e chora? Ou será apenas ela que estaria passando por isso? 

Oh Céus. Que pesadelo! Não era para ser daquela forma, nunca esteve em seus planos ter uma descoberta daquela forma. Ela ainda enfrentava a ex amiga e marido em uma separação crucial. Não sabia se as feridas estavam cicatrizadas, e já teria um bebê. 

Respirou fundo. Ligue para Maitê. A voz dizia ao fundo de sua mente, ela ouvia atentamente, sem saber se era alucinação, cansaço ou a bobagem de que estava ouvindo coisas por conta da emoção. Ligue para Maitê. Mas que coisa! A voz ainda conhecia Maitê e ainda lhe dava ordens. 

— Ligar para Maitê. — repetiu, dessa vez com a voz alta e clara. Assim que entendeu que ela mesma pensara isso, moveu-se devagar para pegar o telefone que encontrava-se na mesinha central do local aonde estava. Tirou-o da base e discou o número de Maitê. Ela queria roer as unhas, mas quando ia tentar viu que as unhas de ambas mãos já estavam ruídas demais. Droga! Pensou indo para a segunda opção de nevorsismo, morder os lábios.

— Alô. — disse a voz do outro lado da linha. Anahí estava tão apressada para desabafar com Maitê que sua primeira reação foi tossir. E logo algo revirou fortemente em seu estômago. — Alô!? — insistiu Maitê em saber quem era. Anahí não teve outra alternativa, à não ser desligar o telefone e correr para o banheiro mais próximo da casa. 

De um jeito desleixado, apoiada com as duas mãos no vaso sanitário, Anahí vomitou mais e mais, e mais. Quando não agüentava mais aquela ruim sensação e aquele gosto péssimo na boca, quis levantar-se, se lavar e chorar, mas o que pôde fazer foi apenas chorar, e ficou daquela forma. Sentia-se vulnerável demais. Sem valor próprio, sem amor, sem um marido, sem amigas, sem confiança em ninguém, ela sentia-se sozinha. Como sentia falta dos pais, como queria tê-los por perto. Mas no meio daquela meia-guerra que havia ela não poderia abandonar o país aonde morava e ir viver com os pais. A única pessoa que lhe sobrara é seu pequeno bebezinho, aquele ou aquela que não tinha culpa de nada, pobre feto que se a mãe deixasse levar pela dor e ficasse abalada, sofreria as conseqüencias.

Limpou as lágrimas. Chorar nunca fora seu forte, mas pela gravidez e o que andara passando, chorar parecia ser um dos remédios precisos para uma melhora.

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O tique-toque do relógio iria estourar os tímpanos dela à qualquer momento. Após recuperar-se do momento frágil e tenso entre choro e vômito, Anahí tomou um banho quente e comeu um lanche natural. Estava sozinha na mansão, já que Alfonso dera folga para os empregados, o que ficara foi apenas George, o motorista deles. 

Suspirou, enquanto abraçada à um travesseiro e deitada na cama box de casal ela pensava, imaginava e sonhava com coisas boas, apenas coisas boas. Mas detestava ficar pensando, tinha sempre medo de que tudo mudasse e se tornasse seu pior pesadelo. Pior que isso certamente seria difícil de ficar, mas ela tinha de ser forte. Pelo menos para o bem dela e de seu bebê.

Tocou o ventre, ainda liso. O alisou por algum tempo.

— Você é o único por quem me importo. Somente você! — disse emocionada. Uma das coisas que precisava fazer é falar com Maitê, aliás, de qualquer forma ela deveria falar com Maitê. Sua amiga há anos, mas como fazia algum tempo que não se viam, Dulce acabou ficando em seu lugar de melhor amiga, porém, após as descobertas constrangedoras de envolvimento entre ela e seu marido, nunca mais Dulce seria sua amiga, e Anahí não estava disposta à errar novamente.

— Mai? — disse Anahí com uma mão no ventre e a outra segurando o telefone, trêmula. 

— Oi, Annie. — Anahí fez silêncio. — Annie? Está tudo bem?

— Não, Mai. — admitiu. — Eui fui traída! Pela minha melhor amiga e pelo meu marido, aqueles dois .. safados! — disse emburrada. — Eu quase não acredito ainda. Já deveria saber que Dulce nunca foi minha amiga de verdade, e Alfonso, bom, prefiro não comentar sobre ele. 

— Annie. Você sabe que eu te adoro e quero seu bem, então, porque você não vem aqui pra gente ficar juntas e conversar? 

— Não sei, Mai. — disse meia desconcertada. Maitê bufou.

— Sabe sim. E quer saber mais, nós precisamos conversar seriamente. Então venha para cá imediatamente. 

— OK. Estou sozinha em casa mesmo. Vou pedir para o motorista me levar até aí. Beijos. 

— Beijo. — respondeu Maitê. Anahí desligou o telefone sentindo-se melhor dos enjôos. 

— E a intensão é piorar, ainda mais essa. Oh, Senhor! — disse num suspiro cansado e emburrado. — Tudo por você, meu bebê!. — sorriu, frente ao espelho, com a blusa levantada e olhando a barriguinha.

jl & theangelanni: Amores. Obrigado pelos comentários. O post era para ser maior, mas não agüentei e tive de postá-lo logo! *------*