Fanfic: Estrangeira

A Ucker pergutaram algo relacionado ao seu CD e à turnê que faria pelo Brasil em Agosto. À Dulce, a última pergunta que lhe fizeram chamou a atenção de Ucker.

Repórter: Em Junho lhe fizeram a proposta de pousar nua e você voltou a recusar. Por quê?

Dulce: Apesar de minha música não ser somente para crianças, muitas me
acompanham e sinto responsabilidade com isso. Não pelas fotos, porque as
fotos ficam maravilhosas, mas o contexto dessas revistas às vezes é um
pouquinho… e como não quero promover isso, não! 

Ucker fitou-a de certa forma orgulhoso. Dulce, desde a época do RBD, era muito preocupada com seus fãs e com o exemplo que dava à eles. Ele admirava isso. Sua determinação. O fato de resistir à ofertas tentadoras, milionárias para posar nua, só para defender sua honra e proteger os fãs mais jovens. Aquilo também o acalmava, odiaria que Dulce pousasse nua, mesmo sabendo que era algo profissional, ele gostava de achar que ela era dele, mesmo que nunca tivesse sido.

- Ok, está encerrada a Coletiva. Obrigado!

Todos levantaram e se cumprimentaram amigavelmente, depois posicionaram-se para uma foto em conjunto. Aos poucos o local foi esvaziando, e só restaram 6 ou 7 pessoas. Anahí abraçou Dulce e logo depois, Ucker, despediu-se e foi saindo. Ucker olhou para Dulce já com um ar de saudade. Ela entendeu que ele não saberia se despedir, então lhe abraçou de surpresa, com força. Ucker retribuiu com vontade aquele abraço. Pôde sentir o perfume dos cabelos ruivos de Dulce. Era o mesmo perfume gostoso de antes. Só então se deu conta do quanto aquela doce menina era presente em suas lembranças e de como no fundo, ele lembrava muito bem dela e ainda a conhecia como ninguém. Era muito bom estar assim de novo, com ela em seus braços. Mesmo sendo um abraço de despedida, ele sentia que muitos outros estariam por vir.

Dulce podia até ter se tornado uma mulher, isso era bem óbvio, já não era aquela menina que dividiu tudo com ele por 4 anos. Mas ainda cabia em seus braços como uma criança, aninhada. Ainda era pequenininha, mesmo de salto, tinha as mãos, o rosto, tudo tão pequeno, tão delicado, que o enchia de ternura. Dulce era seu bebê.

Um bebê que naquele momento estava fazendo seu coração acelerar naquele abraço.

Seus pensamentos foram interrompidos quando sentiu Dulce desmanchar o abraço e fitá-lo com um sorriso terno, de canto de boca. Tinha um brilho tão lindo nos olhos!

Eles se entreolharam e os olhares se cruzaram, o que os deixou envergonhados e ambos abaixaram a cabeça por um instante. O que estaria acontecendo ali, meu Deus, que ligação era aquela?

Ucker levantou a cabeça e deu fim ao silêncio.

Ucker: Você já vai?

Dulce sorriu: "Já"? É uma da manhã seu bobo!

Ucker: Eu sei, rsrs. Pergunta idiota né?

Dulce: Não me surpreende, você sempre foi meio idiota =P

Ucker fez uma cara de triste: epaa, magoou!

Dulce soltou uma bela gargalhada divertida. Ele adorou escutar aquela gargalhada tão linda e contagiante de novo. Sentiu-se feliz por fazê-la rir, mesmo que se percebesse que ela estava extremamente cansada.

Dulce: Mas é meu idiota! Não é?

Ucker: Sempre! *sorriu malicioso*

Dulce: eei, esse sorriso de pervertido devorador de mulheres não, hein?! Falei na inocência!

Ucker: Inocência é? rsrs Ok então, se vc tá dizendo...

Dulce: kkkkk, tenho que ir agora. Sabe que Pedro é perfeccionista, não podemos demorar aqui, porque amanhã tenho que estar disposta pra trabalhar. Cheguei dos EUA dia 03 e já tenho a agenda lotada outra vez.

Ucker: pois é, eu sei bem o que é! Bom trabalho e bom descanso pra você.

Dulce sorriu: Pra vc tbm. Adeus. *Lhe deu um beijo na bochecha, que ele retribuiu no mesmo instante*

Dulce virou-se e deu um passo, mas sentiu a mão grande de Ucker no seu braço impedindo-a de prosseguir. Ela virou-se para ele outra vez e se olharam nos olhos.

Ucker quase sussurrando: Posso mesmo te ligar?

Dulce: Deve! *Sorriu, e ele também, soltando-a* Bye

Quanto tentou sair, mais uma vez sentiu Ucker lhe puxar, agora com mais força, para um abraço gostoso e confortante.

Ucker: Se cuida meu doce.

Ela partiu, deixando-o ali, quase sozinho. Ele olhou para um ponto fixo qualquer e sorriu lembrando de tudo o que aconteceu naquela sala.

"Dul!", sussurrou voltando à realidade e se preparando para voltar para seu hotel. Merecia - e precisava - descansar.