Fanfic: Fanfic sem Título

O barulho único do departamento quase vazio era o do salto agulha da ruiva que, aparentemente, sem os saltos seria baixinha. Os cabelos estavam soltos e em ondas perfeitas, o rosto perfeitamente pálido e bem delineado em traços holandeses. Vestidinho até os joelhos, colado ao corpo e elegantes, bem perolado. Uma combinação perfeita com seus cabelos vermelhos fogo. 

— Quero falar com Christopher Uckermann. — avisou à recepcionista. A mesma assentiu, visivelmente nervosa com a mulher séria à sua frente.

— Desculpe senhorita, mas não tenho permissão para deixá-la entrar na sala dele. — respondeu à recepcionista. Dulce, – a ruiva – suspirou, mantendo-se firme tanto nos saltos quanto no olhar duro e impaciente.

— Ouça, mocinha. Sei que quase não parece, mas sou uns dois ou três anos mais velha que você, e felizmente, a mais acabada entre nós duas é você. — apontou para ela com arrogância. — Então não me dê ordens. Avise logo ao seu dono que a esposa dele está aqui e quer entrar! — falou logo. Pálida, praticamente transparente, a garota recepcionista que aparentava ter uns 25 ou 26 anos. Ela imediatamente apertou o botão no aparelho que ligava a recepção e a sala do chefe.

— Sr. Uckermann, sua esposa está aqui. — disse com a voz trêmula. Após um pigarro, a voz grossa de Christopher Uckermann respondeu:

— Deixe-a entrar, Belinda. — ele respondeu. Com um sorriso excepcionalmente agradecido e vitorioso nos lábios, Dulce, a Sra. Uckermann adentrou à sala.

— Querido. — disse Dulce suspirando de felicidade e alívio, mais doce que antes. Christopher, dono de belos olhos verdes, cabelos louros escuro e num perfeito alinhamento com gel, barba feitinha e pele clara. Estava sentado na cadeira de couro preta, atrás da mesa com o computador preto e de tela grande, com terno preto e expressão séria. — Acredita que a cretina da sua secretariazinha não queria me deixar entrar? Mas foi só ouvir meu marido ela abaixou aquela bola murcha! 

— Dulce. — a fez parar de tagarelar. — O que quer aqui à essa hora?

— Aah. — mexeu nos cachos vermelhos, dando uma volta na cadeira. — Vir ver você. Já que você anda demorando muito para chegar em casa. — disse manhosa. Christopher suspirou, revirando os olhos. Que mulherzinha mais mimada, Senhor!

— Estou trabalhando. Independente da hora que eu chegar em casa, você deveria saber que é por causa do trabalho. Você mesma adora torrar a minha grana, como acha que a consigo? Com muito trabalho. Então não venha chegando assim do nada no meu trabalho que da próxima não te deixo entrar! — falou rude. Aborrecida, Dulce foi até Christopher fazendo bico e ficando por trás da cadeira dele, colocando suas mãos pequenas por dentro do palitó dele, desabotoando os botões da camisa branca social.

— Você está cansado. Vamos para casa agora! Prometo não gastar durante a semana. — Christopher riu irônico.

— Sei.. Você mal consegue ficar dois dias sem gastar um tustão meu, quanto mais uma semana. — Dulce soltou uma risadinha safada e cretina, passando as mãos pelo peitoral musculoso dele, mordiscando a orelha dele.

— Dulce! Não me provoque. — avisou ele quase sem se controlar. Por mais que a amante dele estivesse fora da sala, ele ainda era casado e desejava a mulher, que era gostosa e safada, da forma que ele sempre adorou que fosse.

— Ainda nem comecei, querido. — pegou as ambas mãos dele, levando-as até suas nádegas, Christopher apertou as mesmas, dando um sorriso safado. — Mas só continuará em casa. Porque hoje, não transo no escritório! — falou provocativa. Sem ter como fugir, Christopher assentiu, levantando da cadeira e pegando a pasta preta.

— Certo. Vamos para casa. Apenas vou avisar à Belinda de desligar tudo aqui! Vá indo na frente. — disse à ela. Dulce soltou um gritinho animado, agarrando o marido e o beijando maliciosamente. Já sacando que o que ela queria era apenas sexo, Christopher rendeu-se à apenas ela naquela noite. Se Belinda fosse sempre seu segundo pedido do cardápio, Dulce não desconfiaria de nada. 

— Ótimo. Aguardo você no estacionamento, amor. — disse dando um selinho nele e saindo rebolando. Sem deixar de notar como ela era perfeita, Christopher sorriu malicioso. Belinda, a loura da recepção, entrou na sala assim que Dulce saiu, despedindo-se apenas com um cínico Boa Noite. 

— Não me disse que sua esposa viria aqui. E muito menos que estava ruiva. — disse surpresa. Christopher deu ombros.

— Você não deve se quer saber da minha vida pessoal, Belinda. Não se esqueça, gracinha; Você é apenas a minha secretária que me satisfaz quando quero! — falou da forma mais machista e cretina que poderia houver, segurando o queixo dela de forma carinhosa e ao mesmo tempo debochada. Hipnotizada pelos olhos claros dele, Belinda assentiu abobalhada. — Mas não rola mais nada por hoje. Estou indo para casa.

— Vai transar com a socialitezinha éh?! — incrédula. — Que boca vergonha, Ucker. — Christopher a mirou com uma sobrancelha levantada.

— Boca vergonha porquê? A mulher é minha, transo com ela quando e se eu quiser. Você não manda em mim, e não ouse xingá-la na minha frente! — disse sério e ácido.

— Mas não a xinguei em momento algum, Uckermann. Todos sabem que a sua socialite é de longe uma... — não disse o que gostaria, engoliu seco, repreendendo-se. — mulher provocativa e simplesmente perfeita como mãe.

— E esposa. — falou para provocar Belinda, que revirou os olhos, sentindo uma pontada forte no estômago e uma inveja tomar conta dela.

— Que seja. Vá logo antes que ela desconfie de algo que nem está acontecendo. — Christopher riu sarcástico e charmoso, pegando com força no braço de Belinda e a puxando pra si.

— Vou sim. Não queremos que ela saiba de nada, não é mesmo?! — sem deixar que Belinda respondesse, Christopher deu um rápido selinho nela, saindo da sala e a deixando sozinha, roendo-se por dentro.

Tudo tem seu tempo, Belinda. E o de ele ser só seu não está muito longe...!