Fanfic: Promessa Duradora (terminada)
mais um capitulo pelo tempo sem posta
Anahí
girou sobre seus calcanhares com um sorriso no rosto e entrou a toda pressa na
casa, decidindo que as amoras que tinha recolhido antes de partir serviriam
para fazer um bolo. Ao menos assim teria um pouco de sobremesa que oferecer.
Anahí
secou as mãos no bordado do avental. O jantar estava pronto e fumegante, igual
a ela: apesar da brisa que entrava pela porta aberta, a cozinha era um úmido
inferno. Jogou uma olhada pela janela e viu que a escuridão começava a invadir
o pátio deserto. Fixou-se no galinheiro, situado atrás do enorme carvalho: já
não ficava nenhuma galinha no exterior; certamente estavam já dentro, como era
de costume, aguardando que ela fechasse a porta para que passassem a noite a
salvo.
Quem
dera que ela pudesse escolher a mesma opção, mas ao cair à noite devia começar
o primeiro pagamento de sua dívida. Por muito que se repetisse uma e outra vez
que não era para tanto, pois era algo que faziam diariamente as mulheres de
todo o mundo, estava nervosa, na verdade completamente apavorada. E não era
somente por não saber se Herrera era brusco na cama ou não; em realidade, essa
era a menor de suas preocupações. O que mais a aterrorizava era que, devido a
sua ignorância nesses temas, fizesse ela em sua noite de bodas algo tão
estúpido que aquele homem ficasse rindo dela durante meses. Deus odiava parecer
incompetente!
Olhou
as batatas, que estavam cozinhando, espetou o garfo um pouco mais bruscamente
do que o necessário. Estavam tão duras que nem sequer conseguiu as perfurar um
pouco. Deixou o garfo sobre a mesa que havia junto à cozinha e voltou a dar uma
olhada no pátio. Ainda faltava mais de um quarto de hora para introduzir no
forno o pão de milho. Podia aproveitar esse tempo para recolher os ovos recém
postos e os ter assim preparados para o café da manhã. Ir pelos ovos
significava ter que cruzar o pátio, o qual, da morte de seu pai, equivalia
penetrar em território inimigo. O alarme que acelerou no seu coração a fez
reafirmar-se em sua decisão. Não pensava converter-se em uma prisioneira dentro
de sua própria casa, maldita seja!
Desprendeu
a cesta dos ovos de um prego que havia junto à porta e saiu ao pátio traseiro,
deixando que a brisa da tarde lhe acariciasse o rosto. Os habituais sons do
entardecer a envolveram, e relaxou embalada por eles. De vez em quando se ouvia
o canto de um grilo. Logo o coro de seus companheiros invadiria o campo, mas a
sensação era de calma e tranqüilidade, quase como uma promessa de tempos
melhores.
Fechou
os olhos, apurando aquela esperança que a envolvia como a lembrança dos braços
de sua mãe. Deus, esperava que tudo se transcorresse para melhor. Nunca se
havia sentido tão aterrada, nem tinha feito jamais uma aposta tão arriscada
como quando entrou no local da DELL e pediu a Alfonso Herrera que se casasse
com ela. Logo que podia acreditar que o tinha feito, embora em momentos
desesperados tenha que recorrer-se a medidas desesperadas.
Seu
único consolo era que, ao contrário de Derrick, que tinha mentido e ocultado
sua verdadeira personalidade diante de uma fachada educada e máscula, Alfonso
era um homem de verdade. Disso tinha certeza, porque ela sabia que aquele homem
era perfeitamente capaz de levar o rancho. Alfonso Herrera tinha a coragem, a
determinação e a reputação, tudo o que ela necessitava para devolver a
prosperidade ao Rocking C. Ou ao menos assim ela esperava.
A
dúvida se abriu mais fundo em seu coração, penetrando em seu cérebro. Por um
segundo, todas as decisões que tinha tomado a observavam, afundando-a em
insegurança, até que conseguiu as afugentar de novo com uma implacável manobra
nascida de sua larga prática. Abriu os olhos e contemplou o pátio e os
edifícios anexos: Aquele era seu lar, o lugar que sua mãe chamava seu refúgio,
o lugar onde ela, Anahí Ann Portilla, tinha nascido.
Tinha
estado naquele pátio quando era menina, da mão de sua mãe, quando o carvalho
era apenas uma arvorezinha, e tinha escutado com os olhos abertos o relato do
muito que cresceria aquela árvore, a base de amor e cuidados, até converter-se
em uma árvore capaz de protegê-los e guiá-los. Seu pai lhes disse que morreria,
e que ambas perdiam o tempo tentando salvá-lo, mas sua mãe se limitou a
inclinar-se para lhe sussurrar ao ouvido que devia acreditar em suas palavras.
Após regava aquela árvore diariamente, ansiando que seus desejos se
convertessem na realidade. E a árvore tinha crescido, ano após ano, como um
testemunho vivo de amor e determinação.
Olhou
enternecida a silhueta do carvalho, recordando sorridente o passado. Quando
pequena se sentia frustrada com seus lentos progressos. Já adulta havia sentido
admiração pelo que sua firme determinação por sobreviver tinha conseguido.
Agora alcançava mais de dez metros de altura, e as que não eram mais que umas
quantas manchas escuras sobre a terra, agora tinham se tornado em uma espessa
sombra.
Sempre
que sua vida se tornava complicada recordava a sua mãe e aquela árvore. Ambas
tinham enfrentado um destino adverso e tinham conseguido ganhar um lugar no
mundo. Ela tinha feito o mesmo, e não no Este, nem em nenhuma cidade qualquer:
Suas raízes estavam firmemente arraigadas no Rocking C, com seus amplos espaços
abertos, seus constantes desafios e suas implacáveis questões. Entretanto,
igual ao carvalho, tinha conseguido crescer forte naquele lugar.
E
ali pensava ficar. Casar-se com Alfonso tinha sido o mais apropriado, sabia por
instinto. Quão único necessitava para ter êxito era acreditar que levava
correto seu rumo, e ser o bastante forte e decidida para conduzi-lo a um final
feliz.
Olhou
a cesta que segurava na mão. Aquela força e aquela determinação incluíam em ir
ao galinheiro a procura de ovos, para assim poder oferecer algo a seu marido
como café da manhã nupcial.
A
sensação de paz que sentia deu passo ao desconforto. Voltou a examinar o pátio:
Parecia deserto. Entretanto, duvidava. Desde que seu pai morreu, o capataz do
rancho tinha estado jogando com ela de gato e rato, encurralando-a quando não
havia ninguém diante e tomando liberdades impróprias, indo mais longe cada vez.
A princípio acreditou ser capaz de dirigir a situação, mas tudo tinha piorado.
Pensou
em queixar-se, mas despedir Rodrigo não afastaria a ameaça. Desgraçadamente,
uma mulher só era vista na maioria das vezes como um objetivo a derrubar, de
modo que tinha feito o mais sensato: Sair em busca de um marido.
Entretanto,
sua pressa havia marcado sua face. E não ter estudado o suficiente Derrick
tinha criado um problema ainda maior, acreditando-se todo aquele rebanho de
mentiras. Por sorte já tinha solucionado aquele desastre, já que do contrário
estaria sentenciada. Ninguém ia ficar sentado contemplando como ela escolhia um
terceiro marido entre o escasso punhado de candidatos que estavam de passagem
na cidade, pensou, enquanto espionava sob a escura sombra da árvore.
Esteve
a ponto de deixar cair à cesta quando acreditou ver uma sombra movendo-se sob
os amplos ramos do grande carvalho. O alarme fez que lhe arrepiassem os cabelos
da nuca. Respirou fundo para acalmar seu coração acelerado enquanto
esquadrinhava cuidadosamente a área. O único que se movia eram as folhas,
ondulando na brisa. Quando já seus pulmões estavam a ponto de explodir de tanto
conter o fôlego, decidiu que tinha confundido os ramos movidos pelo vento com
as ameaçadoras pisadas do capataz do rancho.
Deixou
escapar um sonoro suspiro de alívio. O poder de libertar-se da constante ameaça
que representava Rodrigo De La Rata era
uma das vantagens que esperava obter ao haver se casado com o Herrera. Fossem
quais fossem seus defeitos, estava segura de que Alfonso não era dos que fazem
caso omisso do fato de que outro homem esteja perseguindo sua esposa, embora
esse homem fosse forte e sempre andasse procurando briga.
Não,
disse para si mesma, recordando a fama e as largas costas de seu marido: Rodrigo
não amedrontaria um homem como Alfonso. Segurou com mais força a cesta, saiu do
alpendre e voltou a recordar-se que tinha feito o correto ao casar-se com
Alfonso Herrera. Era um homem grande e bom, e mais que capaz de enfrentar todas
as ameaças do rancho, viessem em forma de bandidos ou de capatazes.
Seu
passo ficou mais cauteloso enquanto rodeava a sombra do carvalho. Mordeu o
lábio ao dar-se conta de que Alfonso não teria nenhuma razão para acreditar
nela se reclamasse ou ele a encontrasse em posição comprometedora junto ao Rodrigo.
Não tinham tido tempo de conhecê-lo, nem de estabelecer nenhum grau de
confiança entre eles. Se alguma vez tinha a necessidade de lhe explicar suas
dificuldades com o capataz deveria escolher cuidadosamente suas palavras; não
precisava complicar a vida deixando que seu marido chegasse a conclusões
precipitadas.
Quando
estava a dois passos do galinheiro, uma pesada mão segurou seu ombro provocando
uma forte náusea. Antes que tivesse tempo de voltar para o intruso ou de
gritar, viu sendo empurrada contra o enorme corpo de um homem. A realidade lhe
golpeou o rosto junto com um forte aroma de álcool e suor. Por um momento o
pânico a paralisou e não soube o que fazer.
-
Olá, Annie.
Sua
voz era em tom suave, um suspiro grave e íntimo, tão obscena como os
excrementos de frango que havia a seus pés.
-
Solte-me, Rodrigo.
Sua
resposta foi breve e aterradora:
-
Não.
Pôde
ver os olhos azuis e injetados em sangue, sentiu seus dedos dolorosamente cravados
no braço e compreendeu com cristalina claridade que, fosse qual fosse o futuro
que lhe esperava junto a Alfonso, tinha que ser melhor que aquilo.
Rodrigo
continuou seu discurso apaixonado:
-
Disse que estaria te esperando...
Anahí
tratou de escapar, mas em lugar de soltá-la, ele a apertou com mais força.
Quando viu que aquele homem sorria respondeu com uma involuntária careta de
horror, e imediatamente se odiou a si mesmo por isso.
-
Você sentiu falta de mim? - perguntou ele, entrecerrando os olhos com gesto
malicioso e zombador.
Esteve
a ponto de lhe gritar um «É obvio que não», mas se conteve. Sabia que devia
manter o controle por cima de tudo. Não podia permitir que ele notasse o tremor
que a percorria de cima abaixo. Oh, Deus, estava tão farta de tudo aquilo! Os
dedos de Rodrigo se cravaram ainda mais em sua carne. A dor estendeu para sua
garganta quando ele a rodeou com seu enorme braço. Queria gritar até ficar
rouca, queria berrar e dizer vários impropérios, mas em lugar disso teve que
obrigar-se a deixar escapar um enojado «Desculpa» de sua dolorida garganta.
O
sorriso do Rodrigo se fez mais amplo, para fazê-la saber que não era
suficiente. Nunca seria suficiente.
opps, cade Alfonso nessas horas pra salva Anahi de La Rata em, odeio esse narigudo medito a besta.
bom, desabafo feito, capitulos postado, quero comentarios.
O que sera de Anahi Herrera?
Autor(a): annytha
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jl que vc esteja certa, e Poncho realmente apareça, senão Anahí vai ter que se livra sozinha do nojento!!!mandycolucci é com vc mesmo Ponchão rsrsrsrsr, acabe com o da ratinha, e depois que venha a sua tão esperada recompensa!!!rsrsrsrs gracias pelos comentarios, capitulo dedicado as duas Alfonso rodeou o celeiro, atraído pa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 927
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annytha Postado em 13/01/2012 - 20:05:22
desculpam pela demora pra posta, tava outra vez sem net, mas ja estamos quase no final dessa web, logo teremos surpresas aqui, assim tambem como novas historias!!!
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:41
Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:40
Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:36
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