Fanfics Brasil - Capítulo 1 Promessa Duradora (terminada)

Fanfic: Promessa Duradora (terminada)


Capítulo: Capítulo 1

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Que
uma dama entrasse resolutamente no negócio da DELL não era coisa que ocorre
todos os dias. Umas quantas rameiras honravam o lugar com sua presença, mas
Alfonso apostaria todos os dólares que levava no bolso que uma dama vestida
como é devido e com as costas erguidas como um jogador de pôquer nunca tinha
entrado naquele lugar sujo que chamavam salão. Um a um, outros clientes foram
percebendo a presença da intrusa vestida de cinza. A gritaria de vozes foi
diminuindo de tom e o pianista precavido mudou o ritmo para algo mais lento,
mostrando seu assombro.


Alfonso
contemplou como a mulher perambulava de um lado a outro, sem dúvida tentando
distinguir alguém através da escuridão que envolvia o local. Levou o uísque aos
lábios, bebeu um gole e aguardou. Perguntou-se se ela procurava um marido ou um
amante. Esperava que fosse o primeiro: Uma esposa em busca de seu errante
cônjuge prometia um espetáculo muito mais interessante.


A
dama tirou as luvas dando firmes puxões a cada dedo. Alfonso podia ver cada
detalhe de sua silhueta, recortada contra a claridade da entrada. Era pequena e
estava em forma, com quadris suavemente moldados que fez Alfonso pensar em quão
gostoso seria afundar-se nela e cavalgá-la até o amanhecer. Bebeu outro gole de
uísque. Enquanto o líquido queimava sua garganta ele tentou analisar por que a
visão daquela mulher tinha feito que seu membro reagisse até ficar duro como
uma pedra. Talvez fosse a atitude dela, a meio caminho entre o pânico e a
determinação, o que tinha despertado seu interesse. Claro que talvez fosse
porque ele era exatamente o contrário, e seu corpo respondia daquela maneira
desejando o que nunca poderia ter. As damas respeitáveis como aquelas se
casavam com juízes ou banqueiros. Nunca as via menos de uma milha de distância
de um vaqueiro errante como ele. Que aquela mulher estivesse pisando na soleira
do salão mais sórdido da cidade não alterava para nada esse fato.


O
sol apareceu por detrás de uma nuvem. O débil raio de luz penetrou pela porta,
iluminando a figura da mulher. A ereção de Alfonso ameaçou torna-se dolorosa, e
ele esteve a ponto de desperdiçar um gole daquela bebida de ínfima qualidade ao
engasgar-se devido à surpresa.


Poderíamos
contemplar durante anos um rosto assim sem cansar-se jamais de admirá-lo. Não
porque fosse formosa, embora saltava à vista que era cheia de encantos: Era a
forma em que suas linhas se harmonizavam, criando um delicado equilíbrio de
força, senso de humor e sensualidade a flor de pele que o deixou tão
boquiaberto como se fosse um adolescente sem experiência. Um rosto como aquele
expressava caráter e resistência. Um rosto como aquele despertava imagem de
corpos nus e noites longas de luxúria. E sua boca... Maldita seja! Sua boca era
uma fantasia em si mesmo. Alfonso não podia tentar sequer pôr freio às imagens
que aqueles grossos lábios tinham evocado em sua mente.


Mexeu-se
na cadeira para aliviar a pressão entre suas pernas e recuperou o domínio de
sua mente. Aquela mulher podia ser a mais incrível fantasia feita realidade em
tão pequeno e delicado pacote, mas também era tão inalcançável como a lua. E
quanto antes se obrigasse a si mesmo a aceitá-lo, melhor para ele. Tinha
deixado de desejar o que não podia conseguir mais ou menos na mesma época em
que compreendeu que um jogador de pôquer, filho de uma prostituta e de passagem
na cidade, tão somente servia para uma coisa aos olhos dos aldeãos: Para lavar
os trapos sujos de outros. Com os anos se tornou um perito caça recompensas, e
algum dia pensava reunir todo o dinheiro que tinha ganhado jogando o laço em
ladrões e assassinos e comprar com ele um futuro, para si mesmo e para seus
filhos. Algum dia.


Obrigou
seus dedos a afrouxar a pressão sobre o copo, a ponto de estalar. Não sabia o
motivo pelo que aquela mulher estava despertando velhos demônios, mas, fosse
qual fosse não gostou. Adaptou-se muito tempo atrás à forma em que funcionava o
mundo, e não tinha pensado permitir que a imagem de uma mulher, por muito tentadora
que fosse, alterasse a tranqüila atitude que tinha conseguido adotar frente às
ironias da vida.


Um
quarteto de jogadores de pôquer que estavam duas mesas além da sua romperam a
gritar. Um elegante jogador profissional, sentado de costas à porta, soltou um
uivo de alegria e se equilibrou sobre a mesa para recolher seus lucros.


Como
se essa fosse o sinal que tinha estado esperando, a mulher ficou em alerta: Com
a cabeça muito erguida e os ombros jogados para trás, cruzou o salão lotado com
tal determinação que conseguiu que as empregadas que cruzavam seu caminho
saíssem fugindo em busca de refúgio. Alfonso liberou por fim o fôlego que
estava prendendo e jogou para trás sua cadeira, balançando-a sobre as patas
traseiras até tocar a parede com os ombros. Elevou o copo e brindou em silêncio
a forma do pescoço da mulher. Não havia muitas que tivessem que enfrentar os
vícios de seus homens.


-
Olá, Derrick.


Sua
voz era bem modulada, sem um mínimo de sotaque.


O
loiro jogador deixou imediatamente de contabilizar seus lucros. A mulher deu a
volta na mesa, murmurando desculpas, para deter-se junto a ele. O ofuscante
brilho dos abajures de petróleo ressaltava os reflexos avermelhados de seu
cabelo, penteados com esmero. Esses brilhos não eram nada ao lado da fúria que
cintilava em seus intensos olhos verdes. Um deles estava arroxeado.


-
Que demônios! O que faz aqui, Annie? - rugiu Derrick.


O
nome lhe soou mal a Alfonso: ninguém que vestisse com tanta elegância podia
chamar-se Annie.


-
Vim por meu dinheiro.


-
Não vou dar nada que já não tenha lhe dado. - replicou o jogador em um tom
sarcástico que conseguiu que Alfonso desejasse fazer engolir seus próprios
dentes.


A
mulher não parecia compartilhar sua irritação. Fria como o gelo, respondeu:


-
Está equivocado...


Cruzando
por cima do braço de seu marido, a mulher arrebatou um punhado de notas.


-...
isto é meu.



ia contando a metade do maço quando um dos outros jogadores conseguiram reagir.


-
Estamos na metade da partida, Derrick!


-
O senhor James vai se retirar - respondeu ela, sem deixar de atender a suas
contas.



que o senhor James tinha outros planos.


-
Devolve o dinheiro à mesa, Anahí!


Esse
sim que é um nome adequado para a dama, pensou Alfonso.


Anahí
deixou por fim de contar.


-
Deve-me duzentos dólares mais.


-
Eu não devo nada, mulher.      


Apesar
da segurança que tentava mostrar na sua voz, as mãos de Derrick se crisparam ao
que subtraía de seus lucros.


-
Devolve-o, Annie.


Anahí
guardou em um saquinho as notas que tinha confiscado. Nem o menor gesto delatou
que tivesse notado o tom de advertência que havia na voz de seu marido.


-
Esta manhã retirou quatrocentos dólares de minha conta bancária, um dinheiro
que pertence por direito aos peões, que desempenharam todo um mês de duro
trabalho. Acabo de recuperar duzentos. Entregue os duzentos restantes, e ambos
poderemos dar por concluída esta desafortunada cena.


-
Desde quando sou um homem que tem que dar contas a sua esposa? - quis saber Derrick.


Tirou
um charuto do bolso e seguidamente prendeu um fósforo na sola de suas botas.
Anahí deixou cair um anel de ouro sobre a mesa.


-
Não estamos casados.


Derrick
a olhou fixamente por cima da mão que mantinha cavada enquanto aproximava o
fósforo de seu charuto.


-
O que disse?


Alfonso
se fixou na conhecida bitola que adornava o extremo do charuto. O marido de
Anahí tinha gostos muito caros.


-
Isso é o que seria minha vida se de verdade estivesse unida em matrimônio com
alguém como você - respondeu ela com voz neutra- Felizmente não é assim.


Derrick
empurrou sua cadeira para trás e arremessou o fósforo à lixeira mais próxima.
Depois de fazê-lo, sua mão se crispou em um punho. Fez um gesto para o anel que
havia sobre a mesa, assinalando-o com a ponta do charuto:


-
É obvio que estamos casados! E como seu marido, eu ordeno que volte a pôr esse
anel e que retorne ao lar a que pertence!


Anahí
não fez o menor gesto de recolher o anel nem de dirigir-se para a porta.
Limitou-se a ficar ali alguns segundos, sem fazer outra coisa do que sustentar
o olhar ferino que seu marido dirigia. A tensão entre ambos era tanta que
poderia mascar.


Ao
redor de Alfonso os homens começaram a se mexerem, inquietos. Não havia dúvida
de que aquela discussão estava se tornando cada vez mais desagradável. Erguida
a postura de Anahí confirmava que se tratava de uma mulher orgulhosa, muito
altiva para deixar-se passar para trás. E o comportamento de Derrick também
significava que estava desejando estrangulá-la. Alfonso não sabia o que
pensaria o resto da clientela do salão, mas em seu caso ia ser muito difícil
suportar o espetáculo de um homem batendo na mulher, fosse ou não sua esposa.


Anahí
quebrou com um suspiro o duelo de olhares.


-
Valente imbecil!


Alfonso
se perguntou se a aversão que tinha notado na voz da Anahí se dirigia ao Derrick
ou para si mesma, pois a cada segundo que passava, ia se tornando óbvio que não
tinha feito uma boa eleição no respectivo matrimônio.


Derrick
emitiu um rouco grunhido pisoteando o charuto sob o salto de sua bota e
afirmou.


-
Esta noite vou cobrar em suas carnes por essa sua afronta.


Anahí
guardou calmamente as luvas e o saquinho no bolso de sua saia.


-
Esta noite não fará mais que chorar enquanto se embebeda, imagino. Porque
devido ao que é uma incapacidade habitual em você, o que você chama de nosso
«matrimônio» não foi consumado.


 


Uma linda, romantica, divertida e hot historia, todos os elementos juntos em um só, ja sabem só as melhores vão se divertir bastante.


comentem se querem mais!!!


besos a todas!!!



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 927



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  • annytha Postado em 13/01/2012 - 20:05:22

    desculpam pela demora pra posta, tava outra vez sem net, mas ja estamos quase no final dessa web, logo teremos surpresas aqui, assim tambem como novas historias!!!

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:41

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:40

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:36

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