Fanfics Brasil - Capítulo 6 Promessa Duradora (terminada)

Fanfic: Promessa Duradora (terminada)


Capítulo: Capítulo 6

1426 visualizações Denunciar


ayaremember não só a linha amiga, com o Poncho em casa perdemos a linha, a agulha, a maquina de costura, some tudo!! rsrsrsrsrs besos!!! e sem esquecer, adoro seu twitter!!!
jl hot é pouco, vcs não perdem por espera.
ciitah ahh morri, é isso ai, a vida da volta. quem viu Anahi no começo pra ver-la agora heim...
são as reviravolta da vida.


 


 


    O mau
de ter um marido que soubesse fazer todas as coisas era que isso a deixava sem
desculpas para evitar as tarefas caseiras. Anahí inundou na água o trapo branco
e esmagou umas bolinhas de pó que revoavam no ar antes de voltar para a tarefa
de limpar a leitosa tulipa do abajur da sala. Tentou com todas suas forças
manter os olhos fixos em sua tarefa, mas o sol de finais de verão não fazia
mais que tentá-la. De vez em quando penetrava uma suave brisa com aroma de
rosas que a fazia dançar e despertava nela todo tipo de desejos. Começou a
esfregar uma mancha de fuligem, tentando não pensar em o quanto estaria bem cavalgando
pelas montanhas, detendo-se talvez um momento para nadar em algum rio.


Deteve-se
um momento, suspirou e retomou sua tarefa. Tinha existido uma época em que os
impulsos tinham governado sua vida, mas aquilo acabou. Sua impulsividade
poderia ter custado seu lar, sua família e tudo que considerasse valioso. Não
era nenhuma menina imatura, incapaz de compreender as conseqüências de suas
ações nem a magnitude de suas responsabilidades. Era uma dama, e também a
proprietária de um rancho. As damas não pulavam pelo campo sem escolta, nem
muito menos se banhavam nos rios. As damas se ocupavam de seus lares, fingiam
não suar e sorriam embora estivessem derretendo de calor com mais rapidez que
uma vela sobre uma estufa.


Voltou
a suspirar e utilizou uma esquina de seu avental para secar o suor da testa.
Olhou a mancha e fez uma careta. Aquilo de ser uma dama ia acabar com ela.
Desgraçadamente formava parte do trato acordado com seu marido. Dado que aquele
homem estava disposto a lutar com alguns problemas tais que chegavam inclusive
a pôr em risco sua vida ao fazer-se responsável de Rocking C, ela se via
aprisionada dentro de seu papel de senhora da casa. Era uma questão de honra
oferecer a seu marido o que desejava. Ao menos para ela.


Empapou
o trapo em bicarbonato e voltou a esfregar até eliminar o último vestígio de
fuligem. Quando o conseguiu deixou escapar um suspiro de alívio, apoiou as mãos
nos ombros e se massageou os doloridos músculos. Teria desejado poder estirar
bem toda a costa, mas o maldito espartilho negava tal prazer.


Aproximou-se
da janela e aspirou à fresca brisa, deixando que levasse consigo todo seu
aborrecimento, além do aroma de bicarbonato e a cera de abelhas. Depois olhou
ao que tinha as suas costas e comprovou que seu esforço não tinha sido em vão:
a sala tinha uma magnífica aparência, cálida, atraente e resplandecente. Se
agora conseguia que ninguém fosse além da sala e da cozinha, todo aquele dia de
trabalho teria valido a pena. Sorriu ironicamente e moveu a cabeça de um lado a
outro. Como se isso fosse acontecer! Tinha certeza que Alfonso iria ao
escritório. Com todo o trabalho que tivera da morte de seu pai, Anahí nunca
tivera tempo para mantê-lo limpo. O pó se amontoava em cada esquina, junto com
as contas que não estavam em dia nos últimos três meses.


Um
relincho atraiu de novo sua atenção ao que acontecia no exterior. Um cavaleiro
estava atravessando o arco de entrada. Embora não tivesse reconhecido o cavalo
castrado, cor castanha avermelhada, nunca confundiria o homem que o montava.
Aaron! Alisou o cabelo, tirou o avental e o embutiu no guarda - tudo. Para
quando ouviu ranger o degrau do alpendre sob seu peso ela tinha já a mão sobre
o trinco da porta. Contou até três e a abriu, sorrindo ao ver que ele vacilava
ao não encontrar uma porta para golpear os nódulos para chamar.


-
Olá.


Ele
se pôs a rir em resposta.


-
Um dia destes não conseguirá me surpreender com isso.


Sua
gargalhada era de bom humor.


-
Já há quinze anos que te surpreendendo. Acreditei que teve tempo de sobra para
voltar preparado.


-
Isso é o que você imagina. - respondeu ele, fazendo-a sorrir.


Durante
aqueles quinze anos em que o tinha surpreendido mais de uma vez, ele tinha
respondido do mesmo modo as suas brincadeiras. Para ela era como uma velha
mania. O resto do mundo poderia estar caindo, mas aquilo seguiria igual. Aaron
estava sempre ali. Brigavam mais freqüentemente do que estavam de acordo, dada
a tendência dele de acreditar que sempre tinha razão, mas, havendo-se criado
quase como se fossem irmãos, de algum jeito aquilo parecia normal.


Anahí
se afastou para deixá-lo passar ao relativo frescor do vestíbulo.


-
O que o traz por aqui?


-
Na cidade se diz que esta semana você casou algumas vezes.


Ela
fez uma careta.


-
O primeiro foi um engano, que corrigi a tempo. O segundo foi de verdade.


Aaron
tirou o chapéu e o jogou no cabide. Seu cabelo castanho estava impecavelmente
penteado para trás, afastado de seu anguloso rosto. Seus olhos azuis
expressavam uma indubitável preocupação enquanto a percorriam de cima abaixo.


-
Enfim, poderia dizer que estou aqui para comprovar se as bodas número dois foi
um engano.


Não
ia ser uma visita agradável, pensou Anahí. Era óbvio que Aaron vinha em uma
daquelas missões protetoras nas que ele estava convencido de saber o que era o
melhor para ela. Fez um gesto para convidá-lo a entrar na sala.


-
Não tenho nem a menor queixa, nem espero tê-la.


Ele
a olhou de esguelha antes de escolher sentar-se na poltrona de seu pai.


-
Perfeito.


Aquela
única palavra foi pronunciada em um tom tão mordaz e condescendente que, por um
segundo, a imagem de seu pai tomou o lugar do rosto do Aaron. Pestanejou para
afugentá-la.


-
Estou satisfeita com meu matrimônio.


-
E está feliz?


-
Por Deus, Aaron! - protestou ela, recordando-se que devia sentar-se
decorosamente na poltrona de orelhas que havia frente a ele - Não faz mais que
vinte e quatro horas que o conheço! Não posso te contar nem qual é seu café da
manhã favorito, assim não espere que saiba se chegaremos a combinar.


-
E, entretanto casou com ele.


Havia
censura em sua voz, como se aquela decisão não tivesse sido única a tomar em
tais circunstâncias. Também havia uma recriminação em seus olhos azuis e em sua
atitude, o que fez que Anahí compreendesse o que recordava a seu pai: Aquele
corpo tão compacto era a viva imagem de Portilla Bill, o qual, junto com o fato
de que estivesse sentado na poltrona de seu pai, ameaçando-a com todos os fogos
do inferno mediante um suave e educado tom de voz, era suficiente para evocar
seu espírito.


-
É obvio que me casei com ele. - disse ela, alisando-a saia - Não sei se
recordar que você mesmo me aconselhou que contraísse matrimônio.


-
Aconselhei que te casasse com um dos homens dos arredores, não que escolhesse
um homem com uma reputação tão perigosa que em si mesmo é toda uma ameaça -
respondeu Aaron, como se ela não tivesse sabido seguir suas indicações.


-
Seu conselho de que contraísse matrimônio era perfeitamente válido, e o meditei
atentamente antes de tomar uma decisão.


Aaron
se recostou em seu assento e a olhou com frieza.


-
Então, por que não me consultou antes de sair à caça de um marido?


-
Por que teria que havê-lo feito?


-
Talvez porque eu poderia ter feito descartar o que obviamente era uma má
escolha.


Anahí
sacudiu uma penugem da saia e equipou-se de paciência.


-
A quem poderia me haver sugerido, que eu não tivesse recordado?


-
Ao Willy Samuel, por exemplo.


-
Ele está apaixonado por Jane Hendricks.


-
Esqueceria ela sem pensar duas vezes em troca deste rancho.


Isso
lhe dava uma idéia muito clara da importância que Willy outorgava a sua
palavra.


-
E eu ia suportar que ele me comparasse durante o resto de minha vida com sua
paixão? Parece que não seria uma boa idéia.


-
Jason Miller?


-
Gosta mais de queixar do que trabalhar.


-
Mas você poderia controlá-lo.


-
Eu, ou qualquer um preparado que saiba suborná-lo.


-
Sim, suponho que nunca poderia confiar nele - suspirou Aaron - E, além disso, é
um menino mimado.


-
Com qualquer deles teria que passar a vida dormindo com um olho aberto.


Aaron
tentou sugerir algo mais, mas ela o evitou elevando a mão para detê-lo e
continuou:


-
Já eliminamos na metade dos solteiros disponíveis na vizinhança, mas me permita
que eu fale dos dois que ficam: Jeremiah Palmer está bebendo sempre que não
está trabalhando, e não penso suportar a nenhum bêbado. Brian Pallante odeia
estes territórios, e tem a intenção de retornar ao Este logo que consiga casar
a sua irmã com qualquer um que aceite se encarregar de seu diminuto rancho. Se
lhe oferecesse o Rocking C não seria para ele mais que um novo incentivo para
vender tudo.


-
Posso falar agora?


-
É obvio.


-
Não ia sugerir a nenhum dos dois.


-
Bom, se pensava me sugerir um dos trabalhadores tenho que dizer que é uma má
escolha. A maioria de meus homens não conseguiu se encarregar de tal
responsabilidade nem que lhes oferecesse além todo o uísque e as garotas de
saloon que desejassem.


-
Anahí!


Maldita
seja! Na confiança que lhe outorgava sua larga amizade tinha esquecido que uma
dama não sabe nada sobre garotas de saloon, e muito menos as menciona.
Especialmente diante de Aaron, que tinha umas opiniões muito rígidas a respeito
das mulheres e os papéis que desempenham.


-
Sinto muito.


-
Espero que sim! - disse ele, olhando-a com reprovação.


Depois
suspirou e gesticulou com a mão:


-
Algumas vezes esqueço quem foi sua mãe.


O
mesmo ocorria a ela. Anahí olhou as mãos, que descansavam em seu colo. Tinha-as
cruzadas com tanta força que os nódulos estavam brancos. Esperava que sua mãe
tivesse conseguido desfrutar de algo da vida antes de morrer. Contou até dez e
afrouxou a tensão.


-
Minha mãe procedia de uma respeitável família do Este.


-
Papai dizia que era preciosa, mas que estava louca como uma cabra.


-
Não estava louca!


-
Conhece a história tão bem como eu. Como a definiria você?


Desesperada;
ela a definiria como uma mulher desesperada. Viver com um homem como seu pai
provocava esse tipo de reações nas mulheres.


-
Com todos seus supostos defeitos, minha mãe segue sendo minha mãe - respondeu,
suportando sem pestanejar a lástima e a censura com que ele a olhava - Prefiro
pensar que foi uma boa mulher que se equivocou em algumas de suas escolhas.


A
primeira foi pensar que seu pai era adorável; a segunda foi acreditar que ela
podia salvá-lo. A terceira tinha sido a que acabou com ela: acreditar que
poderia escapar dele.


-
Estou seguro de que isso é o que preferiria, mas por estas terras a gente tem
muito boa memória.


Aaron
se inclinou para diante e posou a mão sobre a dela. Sua palma era áspera e
calosa.


-
Tem que andar com tato, Annie, ou sua reputação acabará parecendo-se com a sua.


Ela
fingiu alisar a saia para retrair sua mão.


-
Prefiro pensar que as pessoas me aceitarão tal como sou. Não tenho feito nada
do que tenha que me envergonhar.


-
Casar-se com dois homens em dois dias soltou alguns falatórios.


Disso
estava completamente segura.


-
Me criticariam igual, fosse qual fosse minha escolha.


-
Lhe criticariam muito menos se não tivesse escolhido o último nesse tipo de
saloon que tem a DELL!


-
Nesse momento não tinha outra escolha.


-
Poderia ter ido a mim.


-
Era uma situação que requeria minha atenção pessoal.


-
Só um homem pode resolver qualquer situação que requeira entrar em um saloon! -
disse Aaron inclinando-se ainda mais para diante em seu assento, ao tempo que
se fixou ao estofado braço da poltrona - Maldita seja, Annie! Necessita de
ajuda, se não querer acabar como sua mãe. Está ficando mais maluca do que ela
nunca esteve!


Aquela
ira e a opinião que Aaron tinha dela foram para a Anahí como um murro no
estômago.


-
É isso o que pensa de mim? - sussurrou.


-
Oh, droga; claro que não, meu bem - disse ele, passando a mão pelo cabelo - O
que ocorre é que me faz zangar até tal ponto que já nem sei o que digo.


Ela
não acreditava assim. Perguntou se Alfonso pensaria o mesmo que Aaron a
respeito a seu caráter. Talvez estivesse esperando o momento em que ela
deixasse de comportar-se como uma dama e começasse a envergonhá-lo. Teria que
andar com cuidado, pensou, com muito cuidado para não arruinar tudo. Alfonso
tinha acreditado obter uma dama. Anahí se preocupava de que assim fosse, ele se
sentiria satisfeito e não iria embora.


-
Não deveria ter dito isso - se desculpou Aaron.


-
Certo, não deveria.


Ele
voltou a recostar-se na poltrona.


-
Não deveria ter falado de sua mãe. Sei que a afeta.


Não
afetava: enfurecia-a, embora ninguém parecia ver assim.


-
Obrigada - disse, muito educadamente.


-
Não sei nem como chegamos a esse assunto.


-
Você estava me explicando o pouco que te agrada meu gosto ao escolher marido, e
sugeria que tivesse sido melhor que me casasse com um dos peões do rancho.


-
Não fiz tal coisa - respondeu ele com ironia - Você saiu pela tangente antes
que pudesse te indicar que Jed Simmons teria sido um excelente marido para
você.


-
Seu capataz?


-
Não ponha esse rosto de assombro: é solteiro, conhece o rancho como a palma de
sua mão e é tão de confiança como o calendário.


Anahí
não podia evitar ficar assombrada, porque estava atônita: nunca tinha pensado
no Jed Simmons como candidato.


-
Só têm alguns anos mais do que eu, e além disso não tem má reputação -
continuou Aaron.


-
Não tinha pensado nele.


-
Se tivesse pedido conselho antes de procurar impulsivamente uma solução por si
mesma, sei que o teria feito.


-
Mas esse homem é um ditador!


-
Jed sabe o que terá que fazer e conta com que seja isso o que se faça. Meu
rancho nunca funcionou melhor.


-
Eu não gosto da forma em que trata seu cavalo.


-
Esse baio nunca aceitou bem que o selem, mas isso só indica que Jed não se
amedronta diante de nenhuma provocação.


-
Nem diante de nenhuma oportunidade para dominar o que for.


Aaron
meditou aquela frase durante um momento, com a cabeça ligeiramente inclinada
para um lado.


-
Não acredito que tivesse que se preocupar, Jed trata às mulheres com mão dura.
É um homem justo; seria um bom marido, sempre que cuidasse bem da casa e
obedecesse a suas regras.


-
Acha mesmo que eu chamaria de senhor um homem que recebeu ordens de mim cada
vez que me enviava isso para dar uma mão no rancho?


Aaron
se encolheu de ombros.


-
Não vejo problema algum. Teria que chamar de senhor qualquer marido que
tivesse.


De
repente recordou a pergunta de seu marido «E o que demônios eu tenho de mau?».
Ela tinha se zangado porque Alfonso não esperava que se dirigisse a ele com
respeito. Sentiu-se envergonhada. Sem dúvida, devia-lhe uma desculpa.


-
Bom, podemos discutir sobre se Jed teria sido ou não um bom marido, mas não tem
muito sentido, porque já estou casada.


E,
por sorte, com alguém muito distinto.


-
Precisamente vim para falar sobre isso.


-
Agradeço-lhe isso, mas não tem por que preocupar-se.


-
Estive pensando em uma solução.


-
Como?


-
Por uma boa quantidade de dinheiro, o juiz Carlson estaria disposto a anular o
matrimônio. De todas as formas não fez muita graça a forma em que celebrou.


Pelo
olhar que Aaron dirigiu, Anahí compreendeu que o juiz tinha culpado ela de
tudo. Também se deu conta de que Aaron a conhecia o bastante para acreditar na
opinião do juiz.


-
Por todos os Santos, no que se apoiaria? - perguntou, exasperada - O matrimônio
já foi consumado!


O
pescoço do Aaron avermelhou como um tomate, destacando o tom castanho
avermelhado de seu cabelo.


-
Já o supunha, tratando de um homem da reputação do Herrera - insistiu, enquanto
o rubor subia até seu rosto. - É muito... elogiável que esteja de pé esta
manhã, atendendo a suas tarefas, mas não é necessário que siga suportando-o
para sempre.


Parecia
que ele estava completamente convencido de que a encontraria empapada em sangue
aquela manhã, depois de que seu marido a tivesse violado.


-
Asseguro que estou perfeitamente bem, Aaron.


-
É uma dama e sabe que é isso o que tem que dizer. Também sou consciente de que
sua obcecada natureza não te permitiria admitir que cometeste um engano. Mas o
essencial é que uma mulher sensível como você não tem por que atar-se com um
pistoleiro.


Aquilo
estava indo muito longe. Anahí ficou em pé.


-
Não me atei com nenhum pistoleiro!


-
Se Herrera não for, falta pouco para ser!


Ela
não sabia grande coisa de seu marido, mas o instinto lhe dizia que Alfonso
estava longe de cometer tal engano. Sacudiu a saia e disse friamente.


-
Acredito que esta conversa chegou longe demais.


Aaron
a segurou pelo pulso, imobilizando-a.  


-
Deixe-me acabar!


Anahí
tentou escapar, mas ele não a soltou. Teve que escutá-lo, já que não tinha
outra opção, mas por dentro fervia de ira.


-
O juiz Carlson aceita anular o matrimônio, devido que se celebrou de maneira
fraudulenta.


Anahí
teve que suportar outro olhar cheio de reprovação antes que ele acrescentasse:


-
Parece que se negou a prometer amá-lo, honrá-lo e obedecê-lo.


-
Alfonso e eu concordamos isso entre nós, embora não teria por que te explicar
nada.


-
Estou seguro de que Herrera aceitaria qualquer acordo para pôr as garras neste
rancho, mas uma dama como você não deveria ter que suportar um tipo como ele.


Anahí
sentiu que aquela era a gota que enchia o copo.


-
Por Deus, Aaron! Crescemos juntos! Será que esqueceu o quanto sou boa em montar
a cavalo e disparo melhor que você?


Os
dedos que sujeitavam seu pulso se crisparam imperceptivelmente. Anahí conseguiu
dominar-se enquanto o respondia:


-
Não é culpa sua que lhe tenham criado assim. Apesar de todos os enganos que
cometeu, seu pai compensou por ter te criado como uma selvagem te enviando de
volta ao Este para que aprendesse as coisas que deveria ter sido ensinado por
sua mãe.


-
Era um santo!


-
Não tem por que ser tão sarcástica. Eu estava aqui enquanto crescia, e pude ver
todos seus equívocos, quão frustrado ficou ao ver que não foi o filho desejado.
Entretanto, no final fez o que devia.


Proibindo
tudo o que ela amava, lhe arrancando o coração e condenando-a a quatro anos
horrorosos de monótonas lições sobre frivolidades. Teria sido melhor que a
tivesse enviado ao cárcere.


-
E isso o compensa tudo? - quis saber ela.


-
Compensa um punhado de coisas.


Segundo
suas contas não. Nunca. Tentou escapar o braço.


-
Solte-me.


Ele
obedeceu à contra gosto.


-
Assim que te tranqüilize um pouco poderá ver que o que te estou dizendo tem
sentido, Anahí, de modo que fará bem em me atender - disse Aaron.


-
Tenho outra opção?


-
A verdade é que não.


Anahí
suspirou. Estivesse ou não de acordo com ele, Aaron acreditava sinceramente que
a estava protegendo.


-
Continue, mais deve saber que não mudarei de opinião.


-
Sendo como é, estou seguro de que Herrera aceitará uma quantia de dinheiro em
troca de não opor-se ao divórcio. Demoraremos alguns meses em solucionar tudo,
mas Jed pode vir por aqui e manter tudo em funcionamento até que seja livre de
contrair matrimônio.


Seu
plano tinha mais buracos que um pulôver comido pelas traças.


-
Deixe-me ver se estou entendendo. - disse ela, dobrando a manga da camisa
enquanto falava: - Tenho apenas que fazer para que minha vida seja perfeita é
tirar o suficiente de dinheiro de um rancho arruinado para subornar um juiz e
um pistoleiro, e ainda evitar que o banco execute a hipoteca enquanto arrumo
minha vida particular e aprendo a não irritar meu próximo marido?


-
Não é perfeito, mas será o bastante - replicou ele - Tal como disse, se não
tivesse sido tão impulsiva e tivesse me consultado antes de colocar na cabeça
que tinha que casar a todo custo, a situação não seria agora tão complicada.


-
A única razão pela qual a situação parece-lhe complicada é porque você se nega
a reconhecer que meu plano é perfeitamente bom.


-
Maldita seja, Annie! Eu mesmo me teria casado com você se Patrícia não me
tivesse apanhado já entre suas redes.


Anahí
não pôde resistir à tentação de responder:


-
Deve ter alguma falha em suas magníficas habilidades planejadoras para que
tenha sido possível que ela tenha apanhado você.


-
Era o que ela queria!


-
E suponho que você também, ou ao menos o suficiente para um compromisso.


-
Fiz o correto!


-
Sim, assumiu sua responsabilidade como um cavalheiro, mas o que quero explicar
é que o que procurava era somente um pouco de diversão, e a rondou durante
meses para consegui-lo. Ao final obteve o que procurava, mas nenhuma só vez
teve em conta em seus planos o compromisso para toda a vida que te esperava ao
outro lado.


-
Aonde quer chegar com isso?- disse ele, entreabrindo os olhos azuis para
desafiá-la a dizer o que sentia.


Isso
foi o que ela fez, sem nenhum reparo:


-
Acredito que, pelo seu próprio exemplo, seus planos mal pensados resultam a
longo prazo.


-
Era muito jovem, e homem, além disso!


-
Continua sendo jovem, já que isso ocorreu faz só dois anos, e não posso deixar
de dizer que é um homem.


Aaron
passou as mãos nos cabelos, fazendo que se soltassem os cachos que tanto odiava
e demonstrando que ela tinha acertado no alvo, por muito que o negasse.


-
Não consigo entender o que tem haver meu casamento com Patrícia com sua
situação.


-
Exatamente tudo haver: igualmente que seu casamento com Patrícia não é assunto
meu, meu casamento com Alfonso não é tampouco seu.


-
Mas não tem por que seguir casada com ele.


-
Não, não tenho, e agradeço que me lembre disso, mas eu desejo seguir casada com
Alfonso Herrera. Até onde eu sei é um homem honrado. Não gosta de beber demais,
e tem conhecimentos e experiência mais que suficientes para fazer que o Rocking
C volte a prosperar, de modo que, embora agradeça sua preocupação, não necessito
de seus conselhos.


Aaron
parecia disposto a seguir discutindo, mas se havia algo positivo no fato de ser
uma dama era a habilidade de saber dar por terminada conversações
inconvenientes. Anahí lhe deu alguns tapinhas na mão e seguiu o diálogo:


-
Para ser sincera, estou bastante satisfeita de meu gosto para encontrar marido
- disse, esmagando sua reação com um amistoso sorriso - E agora, você gostaria
de comer um pedaço de bolo de amoras antes de voltar para casa?


Aaron
ficou em pé e se deu uma palmada na calça vaqueira.


-
Vai continuar com isso não é verdade?


-
Tomei uma decisão muito sensata, não é questão de teimosia.


Aaron
lhe apertou carinhosamente o ombro.


-
Preocupo-me com você, meu bem. Não deixe que seu orgulho impeça de me pedir
ajuda se caso necessitar.


-
Não o farei.


-
Nesse caso acredito que provarei um pouco desse bolo.


Enquanto
se dirigia para a cozinha, seguida por ele, Anahí deixou escapar um suspiro de
alívio ao recordar quanto os planos de seu pai para casá-la com Aaron nunca
tinham chegado a frutificar. Eram bons amigos, mas nunca teriam encaixado bem
como marido e mulher.


 


bastante poste quero muito comentarios ok!!!


besos a todas!!!


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): annytha

Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

ayaremember que traumada nunca se viu viajando heim amiga, como sempre digo, eles nos chamam de locas mas a culpa disso é deles proprios, no fundo eles gostam disso, ficam se fazendo de misteriosos e tudo isso, mas fazer o que neh, ler web bem hot é nossa unica saida, rsrsrsrs!!!besos!!!      Se fosse um homem que assassinasse por qualquer ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 927



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • annytha Postado em 13/01/2012 - 20:05:22

    desculpam pela demora pra posta, tava outra vez sem net, mas ja estamos quase no final dessa web, logo teremos surpresas aqui, assim tambem como novas historias!!!

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:41

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:40

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:36

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais