Fanfics Brasil - 29° Capítulo Promessa Duradora (terminada)

Fanfic: Promessa Duradora (terminada)


Capítulo: 29° Capítulo

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jl gracias pelos comentarios, capitulo dedicado a vc!!!
ayaremember e como gosta heim
besos as duas!!!


Um
homem inteligente tinha que encontrar o modo de fazer-se querer por uma mulher
assim. Se o conseguia, Alfonso não teria que ficar nunca mais olhando de fora
para dentro. Anahí não era mulher que deixasse de lado quem quer que lhe
importasse. Só terei que recordar o longe que tinha chegado para salvar seu
rancho.


Alfonso
saiu da quadra e fechou o portão. Sim: a chave para firmar aquele matrimônio
estava em assegurar lealdade a Anahí. Era uma mulher franca e honrada;
consegui-lo não deveria ser muito difícil. Não tinha mais que meditá-lo com
calma.


Anahí
contemplou como Alfonso se dirigia para ela, com seu passo tranqüilo que
transmitia segurança, cortando a distância entre eles com aquela forma de
mover-se enganosamente preguiçosa que tinha. Voltou a admirar uma vez mais sua
boa aparência, costas largas, quadris estreitos e grande fortaleza, tanto por
dentro como por fora.


Deus,
como ia conseguir segurar um homem como aquele, um homem tão ardente, além disso?
Moveu a cabeça de um lado a outro, desalentada diante sua própria estupidez.
Como era possível que se deixou enganar por suas maneiras de simples vaqueiro?
Era sentido comum! Ninguém podia ter feito o que ele fez aos trinta e dois anos
sem contar com uma vontade de ferro e a inteligência suficiente para aplicá-la
como é devido. Deus, às vezes era tão estúpida que ficava surpresa por ainda
estar viva. Menos mal que as características que começava a descobrir nele eram
fortalezas e não debilidades.


Alisou
a parte dianteira da saia. Por muito que se remetesse a blusa ou tentasse
alisar a saia, a malha insistia em seguir mostrando aquelas reveladoras rugas.


Seguia
sem poder dar crédito à forma em que acabava de comportar-se, por muito que
fosse com seu marido com quem se deu uma «queda». Era muito difícil suportar o
contínuo aviso que constituíam as rugas de sua roupa. Estava convencida de que
Alfonso pensava que era uma mulher fresca, sobre tudo depois do acontecido
nessa mesma manhã. Embora agora insistisse em que não tinha importado, Anahí
estava segura de que, assim que suspeitasse dela, acabaria trazendo aquilo à
comparação. No futuro teria que ser muito cuidadosa para não lhe dar nem o
menor motivo de suspeita.


-
Pronta? - sussurrou ele assim que chegou a sua altura.


Anahí
iria ao inferno de cabeça, disso estava segura, porque o mero som da voz de
Alfonso foi suficiente para evocar a lembrança de outras frases pronunciadas
com o mesmo acento miserável, e lhe pisando os calcanhares, essas lembranças
chegou o pecado da luxúria, tão impróprio de uma dama. Talvez fosse certo que
se parecia com sua mãe. Respirou fundo, endireitou as costas e se revestiu de
toda a dignidade que pôde reunir. Por muito que interiormente fosse justamente
o contrário ao que deve ser uma dama, isso não significava que tivesse que
mostrá-lo a outros.


-
Estou pronta.


Alfonso
arqueou a sobrancelha.


-
Isto não vai funcionar se ficar com esse rosto tenso.


-
O que é o que não vai funcionar?


-
Nosso passeio de volta a casa. 


Passeio?
Ela estava pensando, mas bem em uma louca fuga.


-
Pensa ir dando um passeio?


-
Sim.


Então
seu marido ofereceu o braço, enquanto com o que ficava livre a convidava a
aceitá-lo.


-
Quanto antes consigamos entrar na casa, logo obterei meu bolo de chocolate.


Anahí
apelou a todo seu orgulho e se aproximou de seu lado. Alfonso deslizou ao
momento a mão para sua cintura, sob o braço dela.


-
Fique tranqüila. - ordenou.


-
Estou tranqüila.


-
Não parece.


-
Pois eu estou!


-
Anahí, quando um homem rodeia com seu braço a uma mulher e ela está relaxada,
tudo encaixa de forma natural.


A
jovem demorou alguns segundos em adivinhar o que queria dizer.


-
Você é um perito nesses temas?


-
Rodeei suficientes cinturas para estar completamente seguro.


Ela
respondeu, com a voz mais melindrosa que pôde compor:


-
Estou segura da forma que posso, senhor Herrera, mas eu estou bastante
convencida de que sua experiência no assunto teve lugar fora dos círculos
apropriados.


-
Como?


-
Tal como comentamos, nenhuma mulher decente sai de sua casa sem espartilho.


Anahí
soube exatamente em que momento Alfonso compreendeu o que estava dizendo,
porque seu pescoço avermelhou ligeiramente, e a mão que descansava sobre seu
quadril refletiu a mesma tensão que pôde notar em sua mandíbula. Ela só tinha
pretendido tomar a dianteira, fazer provar um pouco de seu próprio veneno, não
insultá-lo; mas isso era o que tinha feito, sem dúvida. Posou a mão sobre a que
ele seguia apoiando em seu quadril.


-
Lamento.


-
Não há nada que lamentar - disse ele, conduzindo-a fora do estábulo.


-
Não pretendia insultá-lo.


-
Nunca pretendi ocultar de onde venho.


Mas
tampouco o tinha publicando. Saíram à plena luz do sol, e ela elevou a mão para
proteger os olhos.


-
De toda forma eu sinto muito.


Ele
não disse nenhuma palavra, limitou-se a seguir atravessando o pátio, escolhendo
o caminho pelo que era menos provável que se encontrassem alguém. A mão com que
rodeava sua cintura constituía uma barreira natural que evitava que se pudessem
ver as rugas da saia. Anahí olhou aquela mão, espalmada sobre o ângulo de seu
quadril. Era uma mão enorme, que ocupava mais da metade de sua cintura, uma mão
forte mais que com suavidade, uma mão que, ela sabia instintivamente, não
duvidaria em sacrificar-se para pô-la a salvo, não porque a amasse
apaixonadamente, a não ser tão somente porque Alfonso acreditava que um homem
devia proteger o que era dele.


Todos
os homens que se diziam honoráveis, ao menos que Anahí conhecesse, valorizava a
respeitabilidade na medida em que vivessem ou não de acordo com seu conceito de
honra. Entretanto, o conceito de honra de Alfonso era instintivo. Certamente
valorizava a respeitabilidade até certo ponto, e o que ela virtualmente acabava
de lhe dizer era que não o considerava respeitável. A luz do sol se converteu
em sombra quando chegaram sob os largos ramos do velho carvalho, ao lado da
porta traseira da casa. Anahí se deteve bruscamente, segurando o braço de
Alfonso para que fizesse o mesmo, e aproveitou sua surpresa para lhe soltar e
olhá-lo nos olhos.


-
Eu disse que sentia muito.


-
Eu ouvi.


Seu
gesto era tão indiferente que ela começou a acreditar que se equivocou em suas
hipóteses.


-
Eu também ouvi dizer que não tinha importância, mais tem sim, se isso faz você
acreditar que penso que não é um homem respeitável.


-
Está pondo muita importância em cima disso para que possa cumprir minha parte
do trato - disse ele, assinalando com a mão para a porta traseira - Dez passos
mais e terei merecido esse bolo de chocolate.


Afastou-lhe
a mão com um gesto.


-
Não vai mudar de assunto.


-
De que assunto?


Anahí
cruzou os braços, exasperada.


-
Do assunto de acreditar que eu penso que não é um homem respeitável!


Alfonso
suspirou e a olhou com gesto sereno. Ela não pôde achar em seu olhar nenhum
alivio à frustração que sentia.


-
Se esperava contrair matrimônio com um homem admirável aos olhos da sociedade,
digamos que não escolheu muito bem.


-
Não me parece.


-
Minha mãe era uma prostituta que se deitava com qualquer um, por muito que
estivesse bêbado ou doente, sempre que com isso pudesse conseguir um pouco mais
de ópio. Meu pai foi um dos milhares que se aliviaram entre suas coxas -
relatou Alfonso, e essa vez foi ele quem repeliu a mão que Anahí estendia - Se
por acaso não sabe o que isso significa, passei meus primeiros anos em um
bordel do Santo Antonio, levando recados para as mulheres que trabalhavam nele.
Mais tarde percorri as ruas em busca de comida, dormindo nos becos. O melhor
que me aconteceu na vida foi à morte de minha mãe quando cumpri os treze.


Alfonso
tinha relatado os detalhes de seu nascimento com um tom neutro e desapaixonado,
sem dúvida tentando fazer Anahí acreditar que tudo aquilo não lhe afetava mais.
Ela compreendia bem aquela necessidade de se autoproteger, porque ela fazia o
mesmo.


-
Está tentando me escandalizar?


Alfonso
suspirou, tirou bruscamente o chapéu e passou a mão pelo cabelo.


-
Não.


-
Alegro-me, porque o velho Sam já tinha me contado o que sabia sobre seu
passado.


-
Nunca pensei que fosse mentirosa.


-
Bem. A única coisa que me disse foi que teve alguns começos muito duros, mais
que era honrado e justo nas brigas, um homem para poder confiar.


-
Danem-se.


-
Poderia deixar de fazer isso?


-
O que?


-
Atuar como se sempre soubesse o que vou dizer. É um costume muito irritante.


-
Não foste dizer que meu passado não tem importância? Não disse que o que
interessaram você foram minhas excelentes qualidades?


Alfonso
teve o descaramento de mostrar-se jovial enquanto roubava todas suas frases.
Anahí teve vontade de esbofeteá-lo.


-
Para ser um homem tão inteligente você é incrivelmente tolo! - exclamou.


Dizendo
isso girou nos próprios pés e entrou com pressa na casa, deixando Alfonso
plantado para que meditasse sobre o assunto. A porta mosqueteira se fechou com
grande estrépito atrás dela, o que a satisfez enormemente. Pouco antes de
chegar à cozinha se deteve, para dar tempo a seus olhos se acostumarem à
penumbra, e levou um susto de morte quando a porta mosqueteira voltou a
fechar-se com força. Voltou-se e distinguiu a silhueta de Alfonso. Ao parecer
não era homem dado a muitas meditações.


-
Não ponha essa face de assustada; não vim dar-lhe uma surra, embora estaria em
meu direito depois dessa forma que falou.


Anahí
elevou o queixo e disse:


-
Tolo é o que faz tolices.


-
E segue insistindo!


Sim,
embora não tinha nem idéia do por que.


-
Eu gostaria de ficar a sós.


-
Deve-me um bolo de chocolate.


Anahí
se dirigiu para a despensa, abriu a porta e tirou o bolo. Reprimiu as vontades
de atirá-lo sobre a mesa; pelo contrário, deixou-o brandamente no centro. O que
na realidade desejava fazer era jogar no rosto de Alfonso. Como se atreveu a
aproveitar do embaço dela enquanto estava se desculpando!


-
Nunca em minha vida tentei me escapulir de pagar minhas dívidas - respondeu.


Seguidamente
empilhou os pratos sujos que tinham ficado depois da visita do Aaron e os levou
a pia. Depois voltou para a mesa com um garfo e um prato e os dispôs
energicamente diante de Alfonso. Depois de alinhar o garfo sobre o guardanapo,
pegou a faca e o afundou no centro do bolo. Deu um passo atrás e fez um gesto
para Alfonso, convidando-o a sentar-se:


-
Bom proveito.


 



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 927



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  • annytha Postado em 13/01/2012 - 20:05:22

    desculpam pela demora pra posta, tava outra vez sem net, mas ja estamos quase no final dessa web, logo teremos surpresas aqui, assim tambem como novas historias!!!

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:41

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:40

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:36

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