Fanfic: Promessa Duradora (terminada)
mandycolucci, myrninaa; adorei ver as duas aqui, que bom que gostaram do primeiro capitulo, mas um dedicado a vcs!!!
De
repente, a íntima discussão se viu interrompida por uivos e exclamações de
baixo escalam que povoaram a sala. O pálido rosto do Derrick avermelhou. Seu
olhar foi passando de um bagunceiro a outro, como se cada comentário fosse um
golpe descarregado por um punho invisível.
Se
Anahí procurava vingança não poderia ter escolhido uma arma mais letal, pensou
Alfonso. A melhor forma de conseguir que um homem reaja é atacar a sua mãe ou
sua virilidade. Naqueles territórios, o respeito era algo muito delicado; onde
ganhei muito duramente. E uma vez perdido, não havia forma de recuperá-lo.
Por
isso Alfonso podia vislumbrar de seu lugar, que Derrick tinha sido um péssimo
marido, e Anahí tinha conseguido vingar-se. Embora não lhe parecia que aqueles
dois tivessem a mínima possibilidade de formar um casamento bem sucedido,
aquele jogo estava a ponto de concluir. Alguém tinha que ceder, e para Alfonso
não parecia que Derrick fosse fazer-lo. Anahí tinha seu marido completamente
vencido. Pela forma que Derrick estava sentado, com as costas muito retas e os
punhos armados, Alfonso imaginou que ele planejava começar a utilizá-los. Não
estava seguro se a jovem fitava Derrick, ou se estava tão decepcionada com o
marido que tinha escolhido continuar com suas provocações, porque, diante da
incredulidade de Alfonso, ela continuou jogando lenha na fogueira:
-
E Jesse Graham disse que tudo que tenho que fazer é pedir a anulação de nosso
casamento.
-
Você foi a um advogado?
Alfonso
voltou a apoiar os pés dianteiros de sua cadeira no chão. Talvez tivesse
julgado mal a situação: Se o jogador desejava sair no mínimo com sua dignidade
intacta daquela confusão precisaria reorganizar suas forças em outro lugar.
Anahí era uma mulher cheia de recursos. Um inoportuno entusiasmo veio a unir-se
à excitação que notava em suas carnes. Maldita seja! Alfonso não tinha nenhuma
necessidade de misturar-se em tudo aquilo.
-
As mulheres têm tão poucas opções que não podemos nos permitir estar mal
informadas - explicou Anahí- Especialmente quando uma comete a insensatez de
casar-se, por causa de uma patética desculpa, com um homem como você.
Derrick
saltou rugindo de sua cadeira. Logo que tinha conseguido ficar em pé, um
tamborete se estrelou contra seu rosto jogando-o bruscamente ao chão, onde
ficou estendido lutando por distinguir que estava acima e que abaixo.
Alfonso
ficou boquiaberto como o resto da clientela do salão ante o incrível espetáculo
daquela dama que, depois de soltar o que sobrara do tamborete, voltou-se e
arrebatou com destreza um revólver do coldre de um homem que nesses momentos se
afastava prudentemente da mesa. A mulher comprovou a arma para assegurar-se de
que estava carregada, com uma familiaridade que tranqüilizou Alfonso, levantou
o percussor e apontou a seu marido justo entre as sobrancelhas.
-
Eu em seu lugar ficaria onde estou - disse, em voz muito baixa e sem perder a
calma.
-
Cadela! Vou te dar uma surra que recordará enquanto estiver viva! - exclamou Derrick,
tentando que seu nariz deixasse de sangrar.
Anahí
desviou ligeiramente o revólver para a esquerda de sua cabeça, em cima de sua
sobrancelha onde em outra época tinha considerado uma perfeita imperfeição.
-
Não, não o fará.
Nunca
mais voltaria a pôr a mão em cima; disso estava segura. Antes morta que
permitir que isso acontecesse.
Derrick
tirou um lenço para enxugar o sangue do nariz.
-
E quem me impedirá disso?
Os
lábios da Anahí não conseguiram desenhar o sorriso de segurança que desejava
lhe mostrar; compreendeu que não tinha conseguido esboçar mais que uma careta.
Esperava que ao menos não parecesse muito patética. Não queria demonstrar
fragilidade para todos os presentes.
-
Antes de me tornar a senhorita Anahí Portilla, essa a que dizia amar, foi
durante dezesseis anos a indomável filha de Portilla Bill. E lhe asseguro que
os quatro anos que passei depois naquela refinada escola de senhoritas do leste
não poliram muito minhas maneiras.
-
Já sabia que você não me era estranha! - exclamou um velho paroquiano, sentado
no extremo mais afastado da barra, ao tempo que se dava uma palmada na coxa.
Derrick
a olhou atrás do enrugado lenço encharcado de sangue que apertava contra o
nariz, sem que o golpe que acabava de receber atenuasse seu gesto cético.
-
Supõe-se que isso tem algum significado para mim?
-
Significa que se tiver sido você que fez esse olho roxo a Annie, será melhor
que ande com muito cuidado! - uivou o velho da barra.
-
Fecha a boca, louco! - exclamou Derrick, sem afastar os olhos da arma dirigida
para sua cabeça.
-
Você não está em posição de mandar em nada.
-
Logo estarei!
-
É tão típico em você o sarcasmo até nas situações mais humilhantes! - disse
Anahí, dando um passo a frente - Não acredito que fui tão ingênua para pensar
que a educação e a aparência significavam algo em um homem.
Era
um engano que não voltaria a cometer.
Anahí
assinalou com o cotovelo o montão de dinheiro que seguia sobre a mesa.
-
Poderia alguém contar duzentos e vinte dólares desse monte?
-
Você havia dito duzentos! - protestou Derrick, ao tempo que um jovem vaqueiro
se preparava para ajudar.
-
Isso foi antes que tivesse que reembolsar ao dono deste magnífico local o custo
de uma cadeira.
-
Aqui tem seu dinheiro, senhora.
-
Tenho as mãos ocupadas. Poderia colocar isso no meu bolso? Mais sem que fique
entre meu quase esposo e eu. - acrescentou, ao ver que o jovem ia situar-se
frente a ela.
Durante
alguns momentos todos puderam ver como o jovem se agitava indeciso entre se
aproximar ou não do quadril direito de Anahí, sem chegar sequer a lhe roçar a
saia.
-
Mas como faço isso?
O
tom da pergunta foi mais cortante do que ela tivesse desejado, traindo o
nervosismo que sentia. Respirou fundo e contou até dez, mantendo a compostura
por pura força de vontade, enquanto o menino murmurava uma sobressaltada
desculpa com o rosto vermelho de vergonha e embutia o dinheiro no bolso de sua
saia com tal força, que chegou a fazer que perdesse ligeiramente o equilíbrio.
As gargalhadas que celebraram seu pequeno tropeção voltaram a pôr os nervos à
prova. A única razão pela quais aquelas pessoas não a tinha tomado era porque
estavam desfrutando do espetáculo, mas a situação podia mudar a qualquer
momento. Tinha que acabar o que tinha começado e sair dali o quanto antes
possível, se de verdade queria fazê-lo.
Anahí
deu dois cautelosos passos atrás.
-
Até nunca, Derrick.
-
Nos veremos no rancho, Annie - replicou o citado.
Ela
sabia que a segurança que ele demonstrava nos direitos que tinha conseguia
atemorizá-la. Derrick queria-a insegura de novo, como se fosse uma cadela guia
de ruas que esqueceu qual é seu lugar. O fato de que ele acreditasse seriamente
que sua astúcia ia funcionar não servia mais que para lhe demonstrar o pouco
que Derrick a conhecia.
A
advertência ficou flutuando na pesada atmosfera do lugar, repleta de fumaça de
tabaco. Anahí sabia que todos os olhares convergiam nela; podia sentir como se
fossem mãos que a buscassem das trevas. Alguns riam a gargalhadas, outros
soltavam injúrias, mas todos esperavam que se acovardasse e recuasse. Não
pensava fazer nenhuma das duas coisas. Já contava com aquela ameaça: Alguém tão
cegamente egoísta como Derrick nunca levaria a sério uma mulher. Aquela certeza
não evitou que um estremecimento de medo lhe percorresse a espinha ao pensar
que Derrick poderia pôr as mãos em cima dela alguma vez. Seu dedo se esticou
sobre o gatilho. Único motivo de não atirar era a lembrança da voz de seu pai,
lhe dizendo em tom de sarcasmo: «Se perder o controle, Annie, perde tudo».
Não
tinha a menor intenção de voltar a perder nada, nunca mais.
Quando
notou que os músculos do rosto estavam rígidos devido ao esforço para aparentar
indiferença tentou que seu tom de voz convencesse:
-
Se você se atrever a pôr os pés no solo de Rocking C à única coisa que vai
conseguir é uma bala entre seus olhos.
-
Não acredito.
A
tranqüilidade com que tinha respondido Derrick lhe causou um estremecimento de
dúvida. Respirou profundamente, e imediatamente se arrependeu de havê-lo feito:
a fumaça acumulada no sombrio local lhe queimaram os pulmões. Conteve um acesso
de tosse e equipou de forças: Não ia chorar; não tinha intenção de mostrar
fraqueza. Ao contrário, sustentaria o revólver com mais decisão e acabaria o
que tinha começado, reparando o engano do dia anterior:
-
Mantenha-se longe de minhas terras, Derrick.
Procurou
pronunciar cada palavra com precisão, para obter o máximo efeito. Entretanto,
poderia ter economizado o esforço: Derrick não moveu nem um músculo,
demonstrando que ela não tinha conseguido quebrar sua arrogância. Em lugar
disso, enxugou umas gotas de sangue do lábio com o dorso da mão e exibiu um
selvagem sorriso, pleno de segurança em si mesmo:
-
Não vai fugir Annie?
Por
que os homens acreditavam que só por ser mulher, seu caráter era fraco?
-
Você está enganado. - replicou ela.
Anahí
tava a ponto de apertar o gatilho, tanto que lhe doíam os dedos pelo esforço de
conter-se. Odiava-o por ter convertido em terror a ilusão que sentiu em sua
noite de núpcias. Odiava-o por ser fraco quando ela necessitava de alguém
forte, mas sobre tudo o odiava por ter traído sua confiança.
Ele
seguiu falando enquanto tentava limpar o sangue da camisa:
-
Se me matar, Annie, vai ter que começar tudo desde o princípio: perderá o
rancho, a escritura do banco ficará sem pagar e não terá um marido que
solucione seus problemas.
Deus!
Realmente tinha acreditado que os trajes e as maneiras daquele homem o tornavam
diferente dos outros.
-
Eu darei um jeito de alguma forma.
-
Não conseguirá a tempo.
Então,
Derrick soltou com suavidade o que mais podia feri-la, olhando-a com gesto
calculador.
-
Portilla Bill amava esse rancho mais que a sua vida. O que ele diria se
soubesse que sua filha perdesse o Rocking C por causa de um ataque de histeria
nupcial?
-
Não tenho a menor intenção de perder nada - respondeu ela com calma.
Disso
estava segura: não ia perder o rancho. Talvez não fosse o filho que seu pai
tinha desejado, mas tinha chegado a derramar seu próprio sangue por aquelas
terras, trabalhando com tanto afinco como qualquer homem, ao menos até que Portilla
Bill descobriu que podia aproveitar de outra maneira sua condição de mulher. O
Rocking C era seu por direito, tanto como a inteligência que tinha herdado de
sua mãe e a teimosia de seu pai. Não pensava em entregar a ninguém, e muito
menos a um esbanjador como Derrick. Doíam-lhe as mãos pelo peso da arma. Voltou
a levantar o canhão para apontar de novo.
-
Não tenho a mínima intenção de perdê-lo, e ponto.
Derrick
estava tão sereno como ela.
-
Se persistir com esta loucura, isso é o que acontecerá.
Depois
continuou, em tom mais baixo e duro:
-
E também poderia jogar seu nome à rua no momento em que quiser, e ensinar qual
é o seu lugar.
Apesar
dos esforços de Anahí, uma faísca de medo quebrou sua fortaleza. Decidiu fingir
não escutar os murmúrios de outros clientes do local; seu olhar ficou fixo no
espaço que havia entre as sobrancelhas do Derrick: Se fizesse um só movimento
em direção a ela seria um homem morto.
-
Já terminou?
-
Não. Embora você deseje esquecer que ontem nos unimos em matrimônio, à lei não
é flexível.
O
sorriso que Derrick dedicou a toda a sala era um aberto convite a que os homens
presentes se compadecessem de sua situação.
Anahí
não tinha bala suficiente na arma para disparar a todos os que responderam ao
sorriso do Derrick com outra que expressava sua simpatia. Começou a tremer por
dentro. Oh, Deus! E se todos se voltassem contra ela? Percorreu a estadia com o
olhar, procurando um rosto amigo. De repente seus olhos encontraram com olhos
escuros que a fitavam. O desconhecido estava sentado de costas à parede. Apesar
de sua despreocupada atitude, havia algo em sua postura que a convenceu de que
estava tão absorto na conversação como todos outros. Olhava-a com uma
intensidade desconcertante, mas tranqüilizadora, como a convidando a confiar
nele. Não era tão estúpida para acreditar naquele convite, mas, se chegasse a
desencadear o inferno sobre ela, esperava que aquele homem estivesse entre os
poucos que a defendem.
-
Estamos casados, Annie - disse Derrick, encarando-a e reafirmando sua posição
graças a muda aprovação de outros clientes - O Rocking C é meu.
-
Se fosse assim, eu deveria desperdiçar uma bala do revolver - replicou Anahí
com voz serena, sem permitir-se demonstrar nem a mais mínima dúvida.
e ai alguem quer dar um palpite de como vai termina essa discussão?
besos e gracias pelos comentarios.
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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jl, mandycolucci, ayaremember espero que estejam certa se não Annie esta encrencada, e gracias as tres por comenta, capitulo dedicado as vocês e tambem aos meus leitores fantasma!!! Talvez estivesse ficando louca, mas teria jurado que aquele homem alto de olhos escuros acabava de fazer um gesto de aprovação, levantando o polegar, ao tempo que e ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 927
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annytha Postado em 13/01/2012 - 20:05:22
desculpam pela demora pra posta, tava outra vez sem net, mas ja estamos quase no final dessa web, logo teremos surpresas aqui, assim tambem como novas historias!!!
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:41
Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:40
Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:36
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