Fanfics Brasil - 30° Capítulo Promessa Duradora (terminada)

Fanfic: Promessa Duradora (terminada)


Capítulo: 30° Capítulo

347 visualizações Denunciar


mandycolucci sem problemas migah, apareça por aqui sempre que poder ok, adoro seus comentarios
e jl gracias por comenta tanto aqui.
besos capitulo dedicado as duas!!!


Alfonso
contemplou o serviço de mesa, cuidadosamente disposto, o bolo com sua formosa
cobertura de chocolate e a faca no centro, oscilando levemente ainda. Não havia
dúvida, sua esposa começava a perder um pouco de rigidez.


-
Já está brilhante!


-
Sim - respondeu ela, com aquele tom tão cuidadosamente preciso que Alfonso
começava a odiar.


-
Fez alguma cilada?


-
Não é culpa minha que tenha decidido negociar antes de assegurar-se de todos os
detalhes.


-
Se isso quer dizer que mereço isso por apostar às cegas, suponho que tem razão
- disse Alfonso, liberando a faca de sua prisão e fazendo um gesto para o
solitário prato - Não pensa prová-lo?


-
Não; reservo meu apetite para o jantar.


Alfonso
apanhou um pouco de brilho com o dedo antes que caísse sobre a toalha de
quadros e o meteu na boca com um gesto tão natural como respirar. O rico sabor
se estendeu por sua boca, seduzindo-o com sua promessa.


-
Não há dúvida de que sabe cozinhar!


-
Obrigada.


-
Tem certeza que não quer um pouco? - perguntou, enquanto cortava o bolo.


-
Não, mas sirva-se. Eu subirei para me pôr apresentável.


Em
um instante tinha saído da estadia, e ficou ele e aquele bolo de chocolate que
lhe estava enchendo a boca de saliva. Deveria estar encantado: Não tinha
provado o bolo de chocolate mais que umas poucas vezes em sua vida, mas tinham
sido as suficientes para convencê-lo de que era seu favorito. E agora tinha um
bolo inteiro diante dele.


Não
havia recebido o salário de uma semana, e dispunha de todo o tempo do mundo
para desfrutá-lo. Deveria estar dando saltos de alegria.


E,
entretanto, tudo que pensava era na expressão da Anahí quando Ballard estava
com ela. A cozinha tinha parecido então um lugar quente, acolhedor, quase
sedutor. Serviu-se de uma porção de bolo. Ali estava, destacando sobre o fundo
branco, escuro e tentador com sua cobertura de chocolate. Deveria estar
salivando de gosto, outra vez, e, entretanto lhe pareceu muito solitário, em
meio da contrastante brancura do prato. Era como se algo faltasse. Compreendeu
que também a cozinha lhe dava essa sensação, fria e nada acolhedora.


Talvez
fosse a pilha de pratos que esperavam ser lavados. Deixou ali o bolo e foi
encher a pia com a água quente que havia em uma panela. Verteu sabão em um
trapo que havia ao lado e começou a limpar tudo aquilo. Ao acabar olhou a seu
redor. Os pratos secando no escorredor eram uma melhora, mas seguia sentindo
faltar algo. Por mais que olhasse não conseguia assinalar o que era que estava
mau. Pelo que estava seguro era de que não conseguiria saborear o bolo as suas
largas até que tudo estivesse perfeito.


-
Não comeu o bolo.


Anahí
tinha retornado. Alfonso se voltou para ela e pôde ver que pôs um vestido de
quadros vermelhos que lhe dava uma aparência tão formal que lhe deu vontade de
lhe torcer o coque a um lado.


-
Decidi lavar antes os pratos.


Alfonso
jogou o trapo dentro da pia, mas caiu no chão e salpicou água para fora.
Reprimiu um palavrão e o pegou de novo para secar a ofensa.


Ela
correu a seu lado, como se tratasse de uma emergência.


-
Oh, Meu deus! Não tinha por que fazê-lo!


-
Não é mais que um pouco de água.


-
Não; refiro aos pratos - disse ela, enquanto permanecia a seu lado retorcendo
as mãos, muito nervosa - Eu que deveria ter feito isso. Entrou justo quando ia
começar a lavar, e não tive tempo de limpar.


Alfonso
teve a nítida impressão de que Anahí o teria afastado para um lado de um
empurrão se acreditasse poder fazê-lo impunemente.


-
Não passa nada.


-
Se passar. E é por minha culpa; eu deveria havê-lo feito.


Alfonso
a sujeitou pelos ombros e ela deu um suspiro.


-
Anahí, eu lavei os pratos porque eu estava aqui e eles estavam aí. Nada mais.


-
Mas não comeu o bolo!


Aquilo
ao parecer era muito mau sintoma.


-
Ele não vai a nenhuma parte.


Anahí
olhou para a mesa e voltou a retorcer as mãos.


-
Nem sequer servi um café! - exclamou.


Correu
para os fogões, deteve-se em seco a meio caminho e se voltou para desculpar-se
de novo:


-
Sei que não equivale a desculpa, mas desejava tanto estar apresentável...


Se
Alfonso não recordava mal, o que tinha ocorrido era que se zangou por causa de
suas brincadeiras.


-
Eu mesmo posso me servir isso.


Dirigiu
um olhar que gritava «Não te atreva!» com mais firmeza que se o tivesse exclamado
em voz alta, e ato seguido fez um gesto para a mesa.


-
Sente-se e coma seu bolo; eu trarei o café.


-
Não tem problema se ele estiver frio.


Alfonso
poderia ter economizado a frase, a julgar pelo pouco caso que fez.


Sentou-se
à mesa. Talvez fosse só sua imaginação, mas a parte de bolo parecia ter
melhorado de aparência durante sua ausência. Sua boca se encheu de saliva assim
que o viu. Quando Anahí voltou com a xícara de café na mão, Alfonso se
envergonhou um pouco ao dar-se conta de que se serviu mais de um terço do bolo.
Ela se fixou no tamanho da porção ao colocar a xícara diante ele, mas em lugar
de franzir o cenho pareceu tranqüilizar-se.


Aguardou
na expectativa a primeira dentada, mas Alfonso não estava disposto a comer com
ela espreitando como se fosse à garçonete de um restaurante. Empurrou a cadeira
que havia a seu lado com o pé e lhe disse:


-
Sente-se.


-
Deixa que vá preparando o jantar.


-
É necessário fazê-lo agora mesmo?


-
Não.


-
Então se sente.


Anahí
se sentou, inclinando a cadeira um pouco para ele, com as mãos cruzadas sobre a
mesa, como se não soubesse bem o que fazer. Alfonso cortou com o garfo uma
parte de bolo. Os olhos da Anahí seguiram todo o percurso do garfo para sua
boca, e ficaram presos no seu rosto enquanto o mastigava. Quando se dispôs a ir
para a seguinte parte, seus olhos voltaram a seguir o garfo.


-
Está segura de que não quer um pouco? - perguntou ele.


-
Meu pai matou a minha mãe.


Aquela
frase caiu como uma laje entre ambos. Alfonso notou que uma migalha ficava
engasgada na traquéia. Aferrou velozmente a xícara de café, agradecendo a Deus
que não estivesse quente, pois de outro modo teria amanhecido sem garganta.


Ela
seguiu como se nada tivesse passado.


-
Pensei que devia saber se por um acaso acreditava que, ao casar-se comigo,
tinha conseguido uma esposa respeitável.


Alfonso
pestanejou, pois lacrimejavam os olhos, e olhou a sua mulher como se acabasse
de atirar um pacote de dinamite. Não pensava tocá-lo até ter averiguado alguns
detalhes. Tomou outra parte do bolo, mastigou-o e o tragou antes de perguntar.


-
Por quê?


-
Surpreendeu-a com um vizinho, quando eu tinha oito anos. A situação em que
estavam era bastante comprometedora para que ele achasse necessário matá-la.


-
Não poderia ter se limitado a jogá-la fora de casa?


-
Parece que não. Conforme me disseram, ela tinha por costume comportar-se de uma
forma pouco correta.


Alfonso
tomou um pouco mais de bolo.


-
É a isso que mencionava Aaron quando disse que parecia com sua mãe?


 - Sim. As pessoas não esquecem facilmente.


Isso
sabia bem Alfonso. Em quase todos os lugares havia alguém de quem todos se
burlavam. O sistema funcionava bem para a maioria das pessoas, a não ser que
fossemos o centro daquelas brincadeiras; nesse caso era bastante duro de
suportar.


-
Sim, temos boa memória para coisas assim - respondeu, fatiando com o dedo a
capa de chocolate que tinha ficado na borda do prato - Julgaram a seu pai por
isso?


-
Não. Não estava muito claro como tinha ocorrido tudo. Alguns diziam que em
realidade tinha sido o outro homem que a matou. No final declararam que tinha
sido um acidente.


-
Deus! E você seguiu vivendo aqui com seu pai, depois daquilo?


-
Sim. Por sorte não acreditou que estivesse predestinada a seguir o mesmo
caminho que ela.


Alfonso
pensou que tinham opiniões muito diferentes sobre o que significava ter sorte.
Por muito que tivesse odiado a sua mãe, ele teria disparado sem duvidar de quem
a tivesse matado em tais circunstâncias.


-
Enfim, se isso tranqüilizar você, direi que não sou dos que atacam às pessoas
por um ponto ocorrido em seu passado.


Anahí
deu um suspiro de surpresa, mas depois sua expressão se relaxou um pouco.


-
Claro, suponho que não, com tudo o que terá tido que sofrer.


Era
muito difícil saber o que acontece com aquela mulher, embora estivesse
começando a compreendê-la: quanto mais formal era seu comportamento, mais
insegura se sentia.


Alfonso
levantou e segurou outro garfo limpo da pia. Sentou-se e empurrou o prato até
colocá-lo entre ambos, lhe oferecendo depois o talher.


-
Venha, prove um pouco.


-
Não posso. 


-
Por quê? Quero compartilhá-lo com você.


Anahí
olhou-o surpreendida, e depois um pouco envergonhada.


-
A verdade é que não sei por que.


-
Sempre acreditei que, quando a gente não sabe explicar-se por que não é capaz
de fazer algo, talvez seja porque não há nenhuma razão pela que deva
reprimir-se - disse, lhe pondo o garfo na mão - Você por um lado e eu pelo
outro.


Anahí
ficou um momento olhando fixamente o prato. E Alfonso pareceu que estava
meditando sobre algo. Por fim deu alguns pequenos golpes no prato com sua mão.


-
Está me dando à parte com mais chocolate.


-
E isso te incomoda?


Ela
duvidou um momento. Ele já quase o esperava; ao parecer, aquela mulher não
estava muito acostumada a que tirassem o sarro sem má intenção. Por fim se
decidiu a responder:


-
Sim.


Alfonso
sorriu para ouvir seu tom de dúvida, tão impróprio dela. Depois suspirou fundo.


-
Gosto de te agradar, mulher - disse, girando o prato até que o brilho cruzou
uma imaginária linha divisória - Está contente agora?


Anahí
sorriu, timidamente:


-
Mais ou menos - disse, imitando o estilo de Alfonso.


Ele
se pôs a rir quando viu que ela lhe adiantava a primeira parte, assegurando uma
parte de brilho que ele considerava em seu território. Não ia deixar ganhar por
alguém que não aumentava mais que a metade que ele, especialmente se tratava-se
de um bolo de chocolate!


A
seguinte parte de brilho acabou na boca dele. O terceiro foi um choque de
vontades.


-
Tira esse garfo do meu bolo, mulher! - grunhiu ele, brincalhão.


No
momento, ela tirou seu garfo de dentro do de Alfonso.


-
É obvio.


Anahí
não deu nem a menor amostra de irritação ao colocar o garfo na borda do prato,
com grande precisão.


-
Oh! Maldita seja!


-
Lhe agradeceria que não utilizasse esse vocabulário em minha presença - disse
ela, cruzando pudorosamente as mãos sobre a mesa para sublinhar a contida
reprimenda.


Estava
claro que entender com a própria esposa era algo muito complicado,
especialmente com uma tão excitável como Anahí. Deveria ser tremendamente
difícil conseguir a aprovação de um homem suspeito de ter matado a sua mãe. Ela
tinha declarado afortunada de ter seguido a seu lado, mas Alfonso preferia
reservar-se sua opinião sobre o assunto. Havia muitas coisas naquela mulher que
não encaixavam: não entendia as brincadeiras, invadia-lhe o pânico diante o
menor sinal de ofensa, defendia-se com a ferocidade de um texugo diante de um
homem que dobrava em tamanho, e ardia como o fogo entre seus braços. Como
demônio ia conseguir entendê-la se não encaixava a regra alguma?


Alfonso
empurrou o prato até colocar a parte em disputa do lado da Anahí.


-
Só era uma brincadeira!


-
Ordenou-me claramente que soltasse o bolo.


-
Estávamos jogando.       


-
E o que tem isso que ver? - quis saber ela, e seu tom não deixou à menor duvida
sobre a seriedade de sua pergunta.


Alfonso
se recostou em seu assento e a olhou fixamente. Sim, dizia a sério.


-
Tem tudo a ver, acredito.


-
Senhor Herrera, dei-lhe minha palavra de ser obediente. Seria de grande ajuda
que me explicasse o que é o que quer dizer com isso.


-
Não é capaz de distinguir quando falo a sério e quando estou brincando?


-
Não.


Naquela
única palavra se resumia tudo.


Alfonso
tomou sua xícara, bebeu um gole e meditou sobre o assunto. Quando o rico aroma
do café se mesclou com o sabor do chocolate o compreendeu por fim:


-
Não confia em mim.


Ao
momento pôde ver que os nódulos da Anahí se voltavam brancos devido à tensão.


-
Quero a verdade - advertiu Alfonso.


As
mãos se relaxaram quando por fim respondeu.


-
Não - disse, em um tom desafiante mais sincero.


-
É porque não me conhece?


Anahí
elevou o queixo, e ele se dispôs a escutar outra demonstração de orgulho.


-
Sim.


Alfonso
fez um intento às cegas:


-
E não está acostumada a confiar nos homens...


-
Até agora não conheci muitos que merecessem o respeito que exigem.


-
Respeito... ou obediência?


-
Exato - disse ela, apartando sua cadeira da mesa - Tenho que começar a preparar
o jantar.


Alfonso
aceitou de boa vontade a mudança de assunto.


-
O que vamos jantar?


-
Guisado de veado com tortinhas.


-
Vai conseguir me engordar!


Anahí
o olhou da cabeça aos pés enquanto carregava a lenha para a cozinha.


-
Não lhe viriam mal alguns quilos.


-
Vamos ver se vai me falar isso dentro de um mês.


Ela
levantou e segurou um avental que estava pendurado na parede, dizendo enquanto
o colocava:


-
Deixarei de falar se vir que seu cavalo lhe dobra o lombo.


Alfonso
soltou uma risada.


-
Agradeço que o tenha em conta.


Anahí
levou a grande panela de guisado da despensa ao fogão. Aquele homem a confundia
tanto que nunca sabia o que fazer ou dizer. Às vezes acreditava que falava a
sério e acabava tomando o cabelo, ou lhe ladrava alguma ordem que a deixava
tremendo como uma folha. Estava cansada, envergonhada e confusa.


-
De nada.


Comentem!!!


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): annytha

Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

ayaremember Ponchito super romantico!!! um ponto a mais pra ele!!!besos e gracias pelo por comenta!!! Removeu o conteúdo da panela e depois foi para a mesa de trabalho para amassar as tortinhas. Depois dela se fez o silêncio. Notava os olhos de Alfonso fixas sobre ela, esperando que fizesse algo, não sabia o que. Mesclou farinha e levedura, acrescent ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 927



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • annytha Postado em 13/01/2012 - 20:05:22

    desculpam pela demora pra posta, tava outra vez sem net, mas ja estamos quase no final dessa web, logo teremos surpresas aqui, assim tambem como novas historias!!!

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:41

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:40

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:36

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais