Fanfics Brasil - 38 Promessa Duradora (terminada)

Fanfic: Promessa Duradora (terminada)


Capítulo: 38



 


- Assim sou eu, todo paixão, sem refinamentos.


Alfonso negou com a cabeça quando viu que Anahí tentava devolver o frango a seu prato.


- Não? - disse ela com voz afetada.


- Nesse prato não há comida suficiente nem para alimentar a um mosquito - respondeu ele, desviando a mão até devolvê-la a seu prato.


- Está bem assim.


Estava bem para acabar deprimindo-se ao mais mínimo esforço.


- Senhor Herrera, uma dama não deve demonstrar apetite na mesa.


- Que deve demonstrar, então?


- Uma conversação refinada, além de contribuir com companhia e boas maneiras.


- Que tal se esquecer o primeiro e o último e contribui em seu lugar de apetite?


- Isso não seria correto.


Alfonso fechou os olhos e contou até dez. Nunca até então tinha escutado aquelas estupidezes que Anahí repetia como se fossem o evangelho.


- Enfim, suponho que isso o explica tudo.


Ela arqueou as sobrancelhas, sentida saudades, e mordeu um pedaço de frango.


- O que é que explica?


- Explica por que não se vê muitas damas por estes lados.


Alfonso aguardou até que a viu beber para continuar seu raciocínio:


- Sem dúvida! Todas morreram enquanto estavam explicando alguma dessas regras ridículas que supunha seguir ao pé da letra.


Anahí soltou uma gargalhada que a engasgou e fez que a limonada que tinha na boca saísse disparada, salpicando toda a manta. Só os velozes reflexos de Alfonso o liberaram de ver-se orvalhado. Com a mesma velocidade tomou em seus braços e começou a dar golpes nas costas. Talvez o primeiro golpe tivesse sido forte, pois ela deu um forte suspiro. Maldita seja, sempre esquecia quão delicada era. Assim que recuperou o fôlego começou a repreendê-lo de novo:


- Senhor Herrera, você é uma reprovação de primeira classe!


Alfonso elevou o queixo para ver melhor aquele rosto avermelhado.


- Está me insultando ou me fazendo um elogio?


- Todos os livros de boas maneiras assinalam que deveria estar lhe insultando, ou ao menos chamando a atenção por sua falta de respeito.


- Mas não o faz.


Anahí negou com um gesto.


- Não.


- Por alguma razão em particular?


Anahí o surpreendeu com um alegre sorriso, franco e faiscante.


- Não, porque pensei o mesmo muitas vezes.


Alfonso meditou aquela frase e todas suas implicações.


- Significa isso que está disposta a negociar em alguma medida o que podem e o que não podem fazer as damas?


- Não posso falar em nome de todas as mulheres, cavalheiro.


- É obvio que fala só para você mesma.


- Muito bem.


- Acredito que poderia chegar a tutelar-me alguma vez? Cada vez que me chama senhor Herrera tenho que olhar por cima do ombro para me assegurar que é você quem fala.


- Acreditei que acabaria acostumando-se.


- Tenho que confessar que esperava que deixasse de fazê-lo.


- E já não tem paciência para esperar que deixe de fazê-lo? - disse ela, voltando a arquear as sobrancelhas.


- Um homem inteligente está sempre atento às oportunidades que possam surgir para conseguir seus objetivos.


Anahí apoiou a cabeça em seu ombro.


- E você é um homem muito inteligente.


- Dois louvores em uma hora! Será melhor que o deixe, ou começarei a pensar que está me dando adulação.


Notou que o corpo da Anahí se esticava entre seus braços. Aproximou a rosto a seu pequeno chapéu, mas algo o cravou perto da orelha.


- Ai! - exclamou, esfregando-se dolorido - Seria possível que fizesse algo por desarmar esse chapéu?


Anahí sorriu, com tal doçura que Alfonso notou que lhe arrepiavam os cabelos da nuca. Jogou o chapéu para trás e começou a desfazer os laços que o sujeitavam a seu queixo. Ao tê-la sentada sobre o colo, Alfonso desfrutava de uma privilegiada perspectiva de seus seios. E eram umas vistas tremendamente atrativas.


Devia levar muito tempo com os olhos fixos naquela parte de sua anatomia, porque Anahí baixou os braços de repente, e o chapéu aterrissou em seu colo.


- Sinto muito.


Então tocou a ele arquear as sobrancelhas.


- Por quê?


- Não queria escandalizá-lo.


- Me escandalizar?


- Havia-me dito que estava bem.


- Ah, sim?


- Não voltarei a fazê-lo.


Que não voltaria...?


- Por Deus, fazer o que?


- Já disse que sinto.


- Já sei. O problema é que ainda estou me voltando louco com o primeiro «o sinto». Do que está se desculpando? - perguntou por fim, lhe elevando o queixo.


Anahí o disse, mas Alfonso teve que lhe pedir que o repetisse, porque o havia dito com voz tão fraca que não a ouviu.


- Não ter posto o espartilho.


- E acha que vale a pena perder o sorriso por essa tolice?


- Parece que entendi mal seu gesto de consternação.


Alfonso precisou lhe dar várias voltas àquela frase até conseguir decifrar seu sentido.


- Fala de minha forma de te olhar fixamente?


- Sim - respondeu ela, retorcendo as mãos.


- Anahí, parece-me que vamos ter que repassar um pouco sua educação. Esse olhar não era de consternação: era de pura e simples admiração - disse, enquanto via que sua esposa o contemplava desconcertada - Tem os seios mais bonitos que já vi.


Alfonso teve que reconhecer que sua esposa tinha muito valor, porque manteve os olhos abertos, apesar de que suas bochechas se voltaram tão vermelhas como uma cereja, enquanto lhe respondia:


- Se isso é o que pensa, por que não os tocou mais?


Aquela era a última resposta que Alfonso tivesse sonhado obter, uma resposta que o deixou tão estremecido que Anahí teria podido derrubar de um sopro. Pela terceira vez em sua vida, a segunda esse mês, notou um calor abrasador no pescoço. E com ele chegou uma tremenda gargalhada:


- Maldita seja, mulher! Como vou parecer forte e capaz se fizer que me ruborize como um escolar?


- Fica muito bem de vermelho.


- Será melhor que reze para que não caia sobre nós nenhum malfeitor nestes momentos, porque, armado ou não, não causaria nele mais que um ataque de risada.


- Eu gosto de você, Alfonso Herrera.


Aquela confissão, pronunciada com uma voz doce como o mel, cortou em seco as gargalhadas de Alfonso.


- Também gosto de você, Anahí.


- Então, por que não tem feito nada até agora?


Boa pergunta, embora Alfonso não estivesse seguro de até que ponto desejava respondê-la.


 




DOIS CAPITULOS AS VOCES, CONTINUO COM COMENTARIOS


BESOS!!!


 


 


 



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Autor(a): annytha

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pessoal ainda continuo com problemas para posta, mas logo que possivel os post voltaram a normal, só pesso que não deixem de comenta!!!     - Vai responder? - quis saber Anahí, estudando cuidadosamente a expressão de seu rosto. Aquele homem era tão colorido como um dia de outono. - Sim - respondeu ele, acariciando seu r ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 927



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  • annytha Postado em 13/01/2012 - 20:05:22

    desculpam pela demora pra posta, tava outra vez sem net, mas ja estamos quase no final dessa web, logo teremos surpresas aqui, assim tambem como novas historias!!!

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:41

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:40

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:36

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