Fanfic: Promessa Duradora (terminada)
jl, mandycolucci, ayaremember espero que estejam certa se não Annie esta encrencada, e gracias as tres por comenta, capitulo dedicado as vocês e tambem aos meus leitores fantasma!!!
Talvez
estivesse ficando louca, mas teria jurado que aquele homem alto de olhos
escuros acabava de fazer um gesto de aprovação, levantando o polegar, ao tempo
que empurrava o chapéu para trás. Apesar da escassa luz do recinto não havia
dúvida que era atraente e a segurança que transmitia seu rosto. E necessitava
daquela segurança e, graças a isso, quando seguiu falando sua voz não mostrou
outra coisa que fortaleza:
-
Para sua sorte, nosso matrimônio não foi legal.
-
Reverendo!
Anahí
seguiu o olhar de Derrick até o canto mais afastado do salão. Um homem, tão
completamente vestido de negro que semelhava um corvo, jazia desabado sobre uma
mesa. Quando Derrick voltou a chamá-lo aos gritos, aquele vulto trocou de
posição, gemeu e levantou a cabeça.
-
O que... O que?
-
Reverendo, foi legal o matrimônio que você realizou ontem?
-
Foi tão legal como às partes implicadas querem que o seja. - sussurrou o
esgotado sujeito, antes de girar-se a um lado sacudido por violentos espasmos.
O
único movimento que Anahí fez diante daquele espetáculo desagradável foi uma
leve piscada.
-
Vou te esclarecer umas coisas, Derrick - ofereceu no mesmo tom sereno que tinha
utilizado do momento em que entrou pelas portas oscilantes- Conforme o
sacerdote da comunidade freqüenta assiduamente este ambiente, a administração
reconhece que os matrimônios celebrados pelo reverendo Pete como legais, apenas
quando ambas as partes estejam de acordo com sua união.
Anahí
se encolheu de ombros antes de concluir:
-
Infelizmente pra você, eu não estou satisfeita.
Derrick
limpou o rosto, olhou o sangue que manchava suas calças e depois olhou para o
canhão do revólver.
-
O que pensa que está fazendo? - exploro por fim.
-
Estou salvando meu rancho de um gastador.
-�
Que está salvando seu rancho! - respondeu ele,
voltando a apoiar a cabeça contra a parede e rompendo a rir- Sua estúpida! Em
primeiro lugar, foi fácil demais conseguir ludibriá-la, pois você tinha pressa
demais de casar.
Por
fim deixou de rir a tempo suficiente para acabar seu raciocínio:
-
Ou você esqueceu que os peões se negam a aceitar ordens de uma mulher? Ou que
os bancos se negam a conceder créditos às mulheres? Ou que os ladrões estão a
três meses atacando seu precioso rancho, desde que souberam que Portilla Bill
tinha morrido?
-
Não esqueci nada.
-
Então sabe que precisa de mim.
-
Não.
-
Sabe sim! Você precisa de alguém para administrar seu rancho, e eu necessito de
seu rancho para financiar meus pequenos prazeres.
-
O que preciso é de um homem, Derrick James, e por esse motivo você está fora do
jogo.
-
Necessita de um homem, em mais de um sentido! - interveio alguém de uma
lateral.
Anahí
mordeu a língua para não soltar a réplica para aquela ofensa e deixou que os
homens da sala se divertissem especulando. Tinha assuntos mais importantes para
se preocupar. Procurou seu amigo com o olhar. Quando o viu no canto, fez-lhe um
gesto, antes de terminar de assentir sutilmente, ele devolveu o gesto e se
levantou de sua cadeira. Ela ajeitou melhor o revólver, respirou fundo e
começou a rezar enquanto o via avançar com a extremidade do olho, sem deixar de
apontar a arma para o Derrick. Tal como suspeitava, o ancião se dirigiu para a
mesa que estava à direita da Anahí. Quanto mais se aproximava do desconhecido de
olhos escuros e gestos resolvidos, mais rezava por ele. Uma pessoa com o queixo
tão teimoso não devia ser nada fácil de lhe dar. E necessitava desesperadamente
que tomasse partido por ela.
Um
toque no ombro desviou a atenção de Alfonso, centrado até então em seu uísque e
no espetáculo que era oferecido diante de seus olhos. Preocupou-se em ajeitar o
chapéu: gasto, esfarrapado e com manchas de suor, era óbvio que tinha conhecido
dias melhores. O rosto que aparecia debaixo daquele Stetson não estava em melhor
forma. Tinha a mesma cor terra que a aba do chapéu, e um pouco enrugado igual
uma carta de dez anos. O brilho dos olhos, de uma esvaída cor azul, denotava
curiosidade, o que fez que Alfonso se perguntasse se aquele homem conhecia sua
reputação.
-
Estava pensando que grande homem seria necessário para domar esse lindo mustang
aí - sussurrou o avô, lhe piscando um olho.
-
No mínimo um homem valente - respondeu Alfonso.
Bebeu
outro gole de seu uísque, incapaz de afastar os olhos da mulher. Maldita seja
por debaixo daquela aparência esguia se escondia um verdadeiro vulcão.
-
Annie sempre teve bastante caráter.
Alfonso
dirigiu um olhar jovial ao ancião.
-
Caráter é arremessar pratos no marido quando ele entra pela porta. Isto, isto
é... Demônios, não sei nem o que é - concluiu, movendo a cabeça de um lado a
outro.
-
Suponho que tenha arremessado mais de um prato em sua vida - riu o velho.
Depois
limpou a borda de seu copo de uísque com sua manga suja, bebeu o conteúdo de um
gole e enxugou a barba com o dorso da mão.
-
Se Annie não deixa ver seu lado mais doce não é por sua culpa: Portilla Bill a
ensinou a ser dura.
«Dura»
não era a palavra que Alfonso utilizaria para defini-la, mas sim «fascinante».
Um homem poderia chegar muito longe com uma mulher assim a seu lado.
-
É incrível - respondeu ao velho.
-
É uma mulher e tanto.
-
Seu marido é um imbecil.
-
Sobre o imbecil não vou discutir, mas não é seu marido.
Alfonso
afastou seu pé ao ver que o homem reforçava sua afirmação cuspindo junto a ele.
Depois acenou a Anahí com a mão que sustentava o copo:
-
É parente dela? - quis saber.
O
velho pareceu surpreso, e depois sorriu, como se lhe divertisse a
possibilidade.
-
Não, mais jamais me envergonharia se caso fosse.
Olhou
para a garrafa que Alfonso tinha a sua frente, onde continha um pouco da
bebida.
-
Importa-se? - perguntou.
-
Vá em frente.
O
velho não se incomodou em servir-se no copo que tinha em cima da mesa. Esvaziou
o conteúdo da garrafa de um gole e depois enxugou a boca com a manga da camisa
antes de esclarecer:
-
Comecei a trabalhar para seu pai quando ela era só uma menina.
-
E você é leal - disse Alfonso, afirmando mais que perguntando.
-
O bastante para animá-lo a fazer. . .
Disse-o
em um tom que não dava margem a réplica.
-
Agradeço.
Ou
ao menos o faria se tivesse a menor idéia do que queria dizer aquele homem...
O
velho olhou para trás, fez um gesto a Anahí e depois se voltou de novo para
Alfonso.
-
Obrigado pelo trago.
O
homem parecia simpático, de modo que Alfonso assentiu com um gesto e disse:
-
Foi uma companhia muito agradável.
O
rosto do ancião se franziu em um sorriso que apareceu sua dentadura, amarelada
e gasta.
-
Estou seguro de que assim lhe parecerá dentro de pouco.
Droga!
Será que todos nessa cidade são esquisitos?- perguntou-se Alfonso, movendo a
cabeça de um lado a outro enquanto o velho voltava a desaparecer entre a
multidão que rodeava Anahí, rindo daquela brincadeira que só ele entendia. A
voz do Derrick se elevou sobre as apostas que iniciou entre murmúrios, fazendo
que Alfonso prestasse atenção ao drama conjugal que se representava diante dos
seus olhos. Tirou o ancião de sua mente e se acomodou no assento para ver
melhor.
-
Essas terras são minhas, e não vou permitir que nem você e nenhum aproveitador
bêbado me tirem isso com artifício! Se dê por vencido, Derrick.
-
Nunca! Não pode conservar esse rancho sem um homem do seu lado!
Alfonso
suspirou consciente de que tinham alcançado a essência da questão. Por mais que
admirasse o valor de uma mulher, ela não conseguiria conservar o rancho sem um
homem.
-
Já pensei nisso - respondeu ela.
E
de repente voltou-se aqueles olhos verdes em sua direção:
-
É você Alfonso Herrera?
Ele
baixou ligeiramente a cabeça para ocultar a expressão de seu rosto.
-
Talvez.
-
Alfonso Herrera, aquele que conseguiu capturar sozinho o famoso bando do Crull?
Alfonso
baixou um pouco mais a cabeça; não fazia nenhuma graça à forma em que se
estavam encorajando os homens do canto. Tinha ido à cidade para relaxar, não
para ter que brigar com meninos inexperientes empenhados em ganhar uma
reputação à custa de seu cadáver. Estava muito perto de conseguir o que sonhava
para arriscar tudo assim.
-
Talvez.
-
Alfonso Herrera, o mesmo que liderou a expedição do Kingman?
Suspirou,
pois sabia reconhecer aquele gesto de irredutível determinação.
-
Sim.
A
voz da Anahí tremeu ao formular a seguinte pergunta:
-
Alfonso Herrera, o homem que evitou ontem que o ferreiro desse uma surra no
pequeno Willy Jones?
Pareceu
interessante que fosse precisamente essa pergunta a que lhe fizesse perder a
compostura. Endireitou-se na cadeira e afastou o chapéu do rosto.
-
Sim, esse sou eu.
Anahí
soltou um último suspiro entrecortado e seu rosto se voltou tão neutro como sua
voz:
-
Dizem por aí que você está tentando comprar uma pequena extensão de terra por
estas bandas.
-
Se está pensando em me oferecer o Rocking C, digo que isso está fora de minhas
possibilidades. Procuro algo pequeno, de duzentos acres.
Tinha
demorado quinze anos para economizar o dinheiro necessário para aquele sonho.
Quinze anos de muito esforço de sua parte, trabalhou como caça recompensas e
trabalhou duramente no que pudesse lhe proporcionar dinheiro de forma honrada.
-
Mais se eu oferecesse, estaria interessado?
Alfonso
levantou o chapéu em um aceno; Deus, aquela mulher sim, tinha valor.
-
Sinto muito, senhora. Por muito tentadora que seja a perspectiva, não há
maneira de estirar meus lucros para que possa me permitir comprar dois mil
acres de terra.
Algum
dia poderia fazê-lo. Sim, faria. E quando conseguisse, nenhum homem se
atreveria a olhá-lo por cima do ombro; ninguém cuspiria a seus pés e nem
separaria suas filhas de seu lado.
-
E se eu disser que não lhe custaria nenhum centavo?
Alfonso
deixou o copo sobre a mesa.
-
Então começaria a suspeitar. Especialmente quando a propriedade está em
disputa.
-
Se você aceitar minhas condições não haverá disputa alguma.
-
Desculpe-me, mas não acredito que me possa garantir isso.
-
Jesse Graham diz que o meu marido perante a lei tem o direito a propriedade da
terra.
-
E pelo que sei você já está casada.
-
Segundo a Lei, já estou separada de Derrick, senhor Herrera. A questão é, o que
você faria com Rocking C?
-
Bom, eu teria que pensar um pouco.
-
Eu peço que me diga.
-
Eu faria tudo que fosse possível...
Alfonso
levantou de novo o copo de uísque, notou o quase imperceptível tremor de sua
mão e bebeu um gole para tranqüilizar-se. Primeiro os irmãos Crull e sua
substanciosa recompensa, que tinham caído em suas mãos como frutos
amadurecidos, e agora isto! Não havia dúvida de que tinha muita sorte.
-
Senhor Herrera?
-
Estou pensando o mais depressa que posso.
-
Talvez se me dissesse o que o preocupa poderia ajudá-lo.
Ao
ver que não respondia, ela insistiu:
-
É certo que tivemos alguns problemas com ladrões recentemente, mas estou certa
de que, assim que tenhamos alguém a frente a que eles respeitem, os foragidos
deixarão em paz o Rocking C e irão em busca de outro objetivo mais fácil.
-
Não me preocupam os bandidos, senhora, pois sempre haverá alguém que tentara
roubar-lhe.
-
Então é por Derrick? Asseguro-lhe que não pode reclamar nenhum direito perante
a lei.
Alfonso
sorriu, olhando com desprezo o homem, agora muito calado.
-
Esse covarde não merece sequer o esforço de matá-lo.
-
Será que está com medo de casar? - perguntou ela, incrédula.
Alfonso
suspirou.
-
Temo que tenha acertado senhora.
-
Mas, para o homem, o matrimônio não é mais que uma parte do acordo! Não vai
limitar em nada seus direitos! E você ganha ainda mais... Sobre mim -
acrescentou a mulher, apertando os lábios.
-
E isso é uma tremenda responsabilidade para assumir - respondeu Alfonso.
Depois
acrescentou, olhando significativamente à arma que ela sustentava:
-
Não parece que você queira cooperar muito.
-
É isso o que lhe preocupa?
-
Sim.
Alfonso
bebeu um último gole de uísque. Deus! Se aquela mulher torna-se sua esposa, não
só conseguiria o maior rancho dos arredores, mas também alguns filhos que
teriam por mãe uma dama, o que garantiria que se criariam gozando do respeito
de todos.
-
Este território é área perigosa - seguiu dizendo - Uma das principais virtudes
que espero encontrar em minha esposa é que saiba ficar em seu lugar quando eu o
diga.
-
Deseja minha obediência.
-
Não seria ruim.
-
Você a tem.
-
O que?
-
Minha obediência.
Anahí
seguia mantendo um gesto neutro que chegava à perfeição com o controlado tom de
voz. O que faria falta para comover esta mulher?
-
Fico muito grato. Assim que acertarmos o trato, pedirei que me dê sua palavra
sobre esse ponto.
-
Agradeceria que se apressasse em fazê-lo.
Alfonso
se perguntou se a mulher teria medo daquele jogador.
-
Por quê?
-
Meus braços estão cansados.
e ai, algum comentario?
Poncho ira aceita a proposta de casamento de Annie sim ou Não???
é o lema do momento!!!
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
jl,mandycolucci, myrninaa tenho um pressentimentos que todas irão adora essa web, lhe garanto!!! rsrsrsrs ah e amei os comentarios viu, me diverti muito!!! e perdão outra vez pela demora, ja sabem, semana apertada, mas ai vai mais um capitulo!!! E ele que acreditava que ia confessar seus medos! Riu de sua própria ingenuidade ao tempo que ficava de p&e ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 927
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
annytha Postado em 13/01/2012 - 20:05:22
desculpam pela demora pra posta, tava outra vez sem net, mas ja estamos quase no final dessa web, logo teremos surpresas aqui, assim tambem como novas historias!!!
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:41
Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:40
Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37
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jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:36
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