Fanfics Brasil - Capítulo 13 Promessa Duradora (terminada)

Fanfic: Promessa Duradora (terminada)


Capítulo: Capítulo 13

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ayaremeber e ainda tem muito mais, besos e gracias pelo comentarios


Jl WAW, amei seus comentarios, simplesmente perfeito AyA


capitulo dedicado as duas.


besos


A cidade foi como um brusco despertar depois da tranqüila cavalgada. As pessoas buliam de um lado a outro. As ruas estavam cobertas de excrementos devido ao constante desfile de gado, cavalos e carruagens. Em alguns lugares havia pranchas tendidas por cima dos atoleiros mais extensos, para poder cruzar a rua. O ar cheirava a comida e a animais. O estrondo de vozes e música dos botequins se sobrepunha às tranqüilas conversações dos passantes, enquanto que as escandalosas risadas dos jeans e os empregados da ferrovia que tinham saído dominavam tudo.


- Gosta ou não, Cheyenne era antes um lugar muito tranqüilo - disse Anahí enquanto caminhavam pela calçada de pranchas de madeira.


- Acredito. - respondeu Alfonso, apartando-a do terceiro bêbado que sorteavam em poucos minutos - Alguns dizem que a ferrovia vai ser a salvação de Wyoming, que fará que todos saibam situá-la no mapa, mas eu tenho minhas dúvidas ao ver o tipo de gente que está reunindo.


- São alguns selvagens - conveio ela.


Um homem saiu cambaleando por uma porta, frente a eles, e acabou caindo sobre a calçada, dando um tremendo golpe. Outro homem saiu correndo em sua busca, disposto a continuar a briga.


- Isto é pior do que recordava - admitiu Anahí.


Alfonso notou que se agarrava com mais força a seu braço, o que lhe fez compreender que estava nervosa, embora não estava seguro de se era pela possibilidade de ver-se envolta em um tiroteio ou porque a vissem com ele. Suspirou, pensando que o mais provável era que fosse isto último. Ele não era muito boa partida que digamos, por muito útil que fosse em uma briga.


- Se tiver amizade na cidade, posso aproximar até sua casa antes de ir ao banco.


- Não faz falta - disse ela, elevando a vista para ele - Depois de tudo, tenho o famoso Alfonso Herrera a meu lado. Ninguém se atreveria a me incomodar.


- Será melhor que reze para que perguntem quem sou antes de golpear - respondeu ele, sem saber se o gesto que estava reprimindo sua esposa era um sorriso ou uma careta de preocupação.


- Não se preocupe, se for necessário fanfarronear um pouco se alguém mostrar uma atitude muito impetuosa.


- Isso espero! - replicou Alfonso.


Não estava muito seguro do que Anahí queria dizer, mas gostou daquilo da fanfarronice. Talvez significasse que gostava de ser sua esposa. A verdade era que lhe estava gostando de ser seu marido. Anahí era muito engenhosa quando não tentava comportar-se como uma dama. Não estava todo o dia grudada a ele, mas sabia demonstrar a seu modo que gostava de estar perto.


Alfonso levantou o chapéu para saudar uma dama e um cavalheiro que passavam a sua direita, e seu humor melhorou ao ver que ambos lhe devolviam a saudação. Aquilo era algo que teria que ir se acostumando. Para ele era uma novidade que o respeitassem por algo mais que sua fama. Anahí e ele estavam sendo o centro de muitos olhares enquanto atravessavam a cidade, a maioria especulativos. Entretanto, nem uma vez tinha ocorrido que alguma dama apartasse um lado a saia ao passar junto a ele. Com Anahí pendurada em seu braço, via-se claramente que não era nenhum pistoleiro errante, que tinha um lar.


- Quer comer algo na pensão do Millicent antes de retornar?


Alfonso tinha comido ali uma vez antes de conhecer Anahí. Além da que preparava sua esposa, era a melhor comida que tinha provado.


- Podemos nos permitir esse gasto? - perguntou à jovem, esperançada.


- Se não pudermos, não tem muito sentido passar pelo banco.


De repente se ouviram disparos a suas costas.


- Ao chão!


Em um abrir e fechar de olhos Alfonso fez que Anahí se tombasse em terra, cobriu-a com seu corpo e apontou o revólver para onde tinham divulgado os disparos.


- Filho da puta! - exclamou.


Se os tivesse tido a seu alcance teria estrangulado aqueles arruaceiros que disparavam ao ar. O tiroteio cessou tão bruscamente como tinha começado.


- O que foi isso?


- Não eram mais que alguns arruaceiros desafogando-se - disse Alfonso, ficando em pé.


Quando ajudava a levantar Anahí fez uma careta: sua jaqueta azul e sua saia de amazona estavam cobertas de barro.


- Sinto muito.


Ela o olhou um segundo e começou a sacudir a saia.


- Não é mais que um pouco de pó.


Era mais que isso. Alfonso lhe sujeitou uma mecha solta detrás da orelha.


- Machuquei-a?


- Só sofreu um pouco minha dignidade.


Ele fez um gesto de desolação.


- Esperava não te envergonhar em nossa primeira visita à cidade depois das bodas.


- Quem diz que estou envergonhada?


- Não o está? - perguntou ele, jogando para trás o chapéu.


- Não, não o estou - disse ela, endireitando a jaqueta e sacudindo o pó à altura do cotovelo - A verdade é que certamente serei a inveja de todas as mulheres desta cidade.


- Deixa ver se estou entendendo. - disse Alfonso, pondo os braços cruzados - Acabo de te atirar no meio da calçada, seu vestido ficou coberto de sabe o que, e isso a faz se sentir bem?


Anahí o olhou como se fosse um aluno particularmente aplicado.


- Exatamente.


- Fico feliz de ter sido útil - respondeu ele, enquanto pensava que nunca conseguiria entender aquela mulher.


Entretanto, sua esposa passou com ar muito mais desenvolvido que antes frente aos últimos três estabelecimentos, sem nenhum incidente que lamentar, e não eram imaginações delas. A qualquer outro teria passado desapercebido, pois seu gesto seguia sendo muito formal, mas em seus rostos havia uma ligeira cor rosada que delatava sua alegria, e além disso reluzia um muito discreto sorriso de satisfação. Alfonso voltou a mover a cabeça de um lado a outro enquanto abria a porta do banco e a seguia ao fresco interior. O lugar cheirava a tinta, couro e cera para madeira. Não lhe preocuparam os aromas, como tampouco o homem que estava junto às grades da caixa.


Era muito esperar que Anahí não se fixasse no Ballard, mas lhe chateou bastante que ela o distinguisse ao momento e que virtualmente desse o espetáculo, tratando de atrair sua atenção.


- Aaron! - chamou-o, saudando-o com a mão.


Como este não se voltasse imediatamente, ela voltou a chamá-lo por seu nome. Aaron se deu a volta e lhe disse algo à caixa antes de aproximar-se onde estavam.


- Anahí! Quanto me alegro de ver você!


Ballard tomou sua mão. Alfonso esperava que Anahí a retirasse, mas não o fez, o qual acabou com boa parte de seu bom humor. A etiqueta lhe obrigava a saudá-lo. Inclinou ligeiramente a cabeça:


- Aaron...


Para a atenção que este lhe emprestou bem podia haver-se economizado o esforço.


- O que a traz hoje por aqui? - perguntou a Anahí.


- Alfonso tinha alguns negócios que atender e foi tão amável de me convidar que o acompanhasse.


Aaron olhou para ele.


- E acabou já?


- Não - respondeu secamente Alfonso, pois não acreditava que aquele homem merecesse mais de uma sílaba.


- Pois então, que tal se levar Anahí? Ao acabar pode reunir-se conosco no restaurante do Ballroom Hotel.


Por uma vez Anahí não abriu a boca, mas sim esperou pacientemente que ele tomasse uma decisão, tal como corresponde ao marido. Por desgraça, era um destes casos que é uma opção como a outra. Se dissesse que não, além de que Anahí julgaria que era um gesto de pouca educação, teria que permanecer com ele durante toda a reunião com o diretor do banco, perdendo uma refinada comida. Por outra parte, não desejava que sua mulher passasse a tarde conversando e comendo no hotel de moda com um atraente vizinho.


Alfonso rodeou com o braço a cintura da Anahí.


- A verdade é que é um detalhe muito amável de sua parte, e talvez dentro de alguns anos me parecerá melhor, mas agora mesmo acredito que sou mais partidário de desfrutar da companhia da Anahí.


Maldita seja, não era mais que um bode egoísta! Certamente Anahí teria encantado desfrutar de uma muito cara comida em um hotel na moda. Entretanto, antes que pudesse chegar a emendar sua frase, ela se aproximou mais a ele.


- Obrigada. - disse ao Aaron, sem a menor amostra de descontente.


- Está segura? As negociações com o banco revistam ser largas - argüiu o homem; Alfonso não podia negar que era persistente.


Anahí pousou a mão sobre a que ele tinha em sua cintura. Embora fosse uma carícia suave como uma pluma, Alfonso teve a certeza de que sua esposa tentava tranqüilizá-lo enquanto dizia:


- Já tenho feito planos com meu marido, mas te agradeço o convite.


Alfonso sentiu um alívio completamente injustificável. O que outra coisa poderia dizer ela? Não lhe tinha deixado outra opção. Sentia-se como um completo egoísta, mas não conseguiu decidir se a retificar sua frase. Aaron não gostava, e além não confiava nele. Não o queria ter nem a dois quilômetros de seu rancho, e muito menos de sua esposa.


- Foi um prazer voltar a vê-lo, mas... não queremos distraí-lo do que tenha que fazer - disse, apartando-se para lhe deixar passo.


Aquela exibição de maneiras passou despercebida para o Ballard, mas Anahí a recompensou com uma nova carícia.


- Gostaria de vir no domingo a comer conosco? - perguntou ela.


Já podia fazer algo mais que acariciá-lo se esperava que compartilhasse a mesa com seu vizinho, pensou Alfonso. Felizmente, o próprio Aaron lhe evitou o mau gole de ter que negar o convite.


- Desgraçadamente já tenho planos - respondeu, voltando a colocar o chapéu, que tinha mantido sob o braço - Talvez em outra ocasião.


Ainda não tinha desaparecido pela porta quando Alfonso ouviu que Anahí lhe agradecia.


- Por quê?- quis saber.


- Por ser tão educado.


- Não tenho por que andar buscando confusões - disse, pensando em que provavelmente já o buscariam as confusões a ele; ao baixar a vista viu que Anahí crispava os punhos - Aconteceu alguma coisa de ruim?


- Não, só estava pensando.


- No que?


- Tolices - respondeu, encolhendo-se de ombros.


Quando Alfonso estava já a ponto de seguir insistindo, um elegante e volumoso ancião rodeou o mostrador e foi para eles.


- Senhor Herrera!


Alfonso foi a seu encontro, deixando para trás Anahí.


- Senhor  De La Rata, me alegro de voltar a vê-lo - disse lhe tendendo a mão.


O homem a estreitou com duas firmes sacudidas.


- E eu me alegro de que tenha podido vir. Teve que esperar muito tempo?


- Não muito. Entretivemo-nos com um conhecido da Anahí.


- É certo, a senhora Herrera e o senhor Ballard se conhecem desde meninos - sorriu o banqueiro.


- Isso foi o que me disseram. - respondeu Alfonso, enquanto o homem conduzia a Anahí para uma ampla poltrona de couro situado junto à pançuda estufa.


- Que tal se sentar aqui enquanto seu marido e eu falamos de nossos negócios?


Anahí pousou na cadeira com a delicadeza de uma pluma, sentando-se bem ereta, com as mãos pregadas sobre o colo e a cabeça inclinada, a perfeita imagem da feminilidade.


- Muito obrigada.


Ao momento a atitude do banqueiro se suavizou, e sua voz adquiriu um tom condescendente, como se Anahí não tivesse a menor importância. Para Alfonso, que a tinha visto golpear um homem com o tamborete de um bar e enfrentar seus mais íntimos terrores sem pestanejar, aquela foi toda uma revelação até onde podia chegar à estupidez dos homens.


- Posso oferecer um café, ou um chá?


Anahí levou a mão à garganta e se abanou brandamente com os dedos sobre ela.


 - Oh, de verdade não é um mal-estar? Fazia bastante frio do caminho ate aqui.


Frio? E um corno! Passou-se quase toda a viagem cochilando, envolta no guarda-sol de Alfonso.


O banqueiro partiu em busca da infusão com a atitude de um homem com uma importante missão a cumprir.


- O que está tramando? - perguntou Alfonso a Anahí.


- Quando me disse que ia à cidade não dava conta de que pensava vir aqui.


- Acredito que pensava mais bem em uma visita ao saloon.


Anahí jogou uma rápida olhada ao banqueiro, que estava ordenando algo a gritos a algum desgraçado aprendiz.


- Não confie nele; é do mais falso que há.


- Parece que ele tem você em melhor estima.


Ela desdenhou aquele argumento com um gesto.


- Não é mais que um homem.


E o que era Alfonso, então?


De repente, ela pareceu dar-se conta de seu engano.


- Quero dizer que não é um homem muito inteligente: acredita que as mulheres não têm cérebro.


- Já vejo que isso o converte em um idiota legítimo.


- Eu ao menos acredito assim - replicou ela secamente - Sobre tudo porque me parece que já se aproveitou de umas quantas viúvas.


- Sério?


Isso nem fazia falta perguntá-lo: Anahí falava a sério virtualmente sempre.


- Sim.


O senhor  De La Rata voltou para junto deles. Anahí segurou-lhe a mão e o beijou no rosto, coisa que deixou Alfonso tão surpreso a ponto de quase cair de costas. Sem dúvida o banqueiro o entendeu como uma demonstração de carinho por parte da esposa, mas enquanto se endireitava ficou pensando no «Tenha muito cuidado» que ela tinha aproveitado para sussurrar ao ouvido. Anahí não era mulher dada a exageros.


- O senhor Higgins lhe trará seu chá - disse o senhor  De La Rata em tom jovial enquanto se aproximava.


- Muitíssimo obrigado - sussurrou Anahí, com a adequada expressão de dama agradecida - É você um homem muito respeitador.


O banqueiro se inchou como um peru.


- Espero que o chá esteja do seu gosto.


- Estou segura de que estará. - respondeu ela.


A gata selvagem fingia ser uma gatinha caseira, e o senhor  De La Rata o estava engolindo em seco com anzol, linha e bóia. Alfonso moveu a cabeça de um lado a outro. Aquilo era suficiente para fazer duvidar se era sensato deixar que aquele homem dirigisse nada, e muito menos seu dinheiro.


- Tentarei não entreter muito seu marido - continuou o senhor  De La Rata; seguidamente fez uma ligeira inclinação de cabeça - E agora, se nos desculpar, seu marido e eu temos negócios a tratar. Não deve nos levar muito tempo; farei o possível para devolver-lhe logo que seja possível.


Anahí avermelhou e assentiu com um gesto.


- Muito obrigada.


Ato seguido, o banqueiro se voltou para Alfonso e lhe abriu a porta.


- Senhor Herrera, vamos a meu escritório?


- Recebeu a transferência?


- Oh, sim, os recursos chegaram perfeitamente. Somente ficou um pequeno detalhe para resolver...


 


Comentem ok!!!


 



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 927



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  • annytha Postado em 13/01/2012 - 20:05:22

    desculpam pela demora pra posta, tava outra vez sem net, mas ja estamos quase no final dessa web, logo teremos surpresas aqui, assim tambem como novas historias!!!

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:41

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:40

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:36

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