Fanfics Brasil - 51 Promessa Duradora (terminada)

Fanfic: Promessa Duradora (terminada)


Capítulo: 51

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Passando rapidinho pra deixa o post de hj, gracias pelos comentarios Jl!!!


Alfonso repassou os acontecimentos. A conversação tinha começado comentando a forma em que Emily evitava o contato com Puma, e a opinião de Anahí era que aquilo não era nenhum sinal de que a mulher não gostasse que um homem a tocasse. Shameless soprou e suspirou no chão. Sauzal imitou seus gestos de impaciência, mas Alfonso não fez conta.


- Está me dizendo que não é que ela o afaste que ela não quer que a toque?


Talvez não tivesse conseguido dissimular seu assombro, porque o disse em voz alta e, para ouvi-lo, sua esposa deu um suspiro.


- Fale baixo!


- Está bem. - disse ele, em um tom mais discreto - Era o que queria me dizer?


- É difícil de explicar.


- Será melhor que entremos em casa e conversemos.


- Não!


- Prefere continuar aqui fora, no frio, quando temos uma acolhedora casa a só alguns passos de distância?


- Por favor, me deixe dizer isto antes que perca mi...


Alfonso se inclinou para diante sobre a cadeira de montar.


- Que ninguém diga que interrompo a uma dama.


- É o que acaba de fazer - sussurrou ela às escondidas.


Por uma vez, Alfonso não sentiu vontades de sorrir quando a verdadeira Anahí se deixava ver por detrás de seu primoroso disfarce.


- Não estou acostumada a que me toquem. Meu pai não era muito... expressivo nesse sentido - disse, olhando-o furtivamente por entre as pestanas - Você me toca muitíssimo.


Alfonso se encolheu de ombros.  


- Muito suavemente.


- Não estou dizendo que seja ruim, mas não me sinto cômoda quando o faz.


- Faz alguns minutos que você estava tremendamente cômoda.


- Não me refiro a isso.


Respirou fundo antes de continuar:


- O certo é que me dá medo o muito que eu gosto quando me toca! - confessou de repente, sem tomar fôlego sequer.


Aquela inesperada revelação ficou flutuando entre ambos. O nó no estômago que Alfonso tinha desde que ela mencionou McKinnely e sua insatisfação com o matrimônio começou a afrouxar-se.


- Por quê?     


- Deixará de fazê-lo, e eu acostumarei a isso.


E Anahí não queria sofrer. Isso ele podia entender.


- Por que ia deixar de fazê-lo?


- Quando você se decepcionar deixará de fazê-lo.


- Olhe, já estou me cansando de que todos me digam o que vou e o que não vou fazer.


- Não me atreveria a fazer tal coisa!


- Isso é ridículo!


Alfonso procurou os botões do casaco que os mantinha unidos. Com quem acreditava estar jogando?


- Primeiro você decidiu que eu venderia a alma ao diabo por um rancho. Depois, que terei que me enrolar para que consumasse o matrimônio. Mais tarde decidiu que eu era dos que enganam. - enumerou, e sua raiva crescia com cada botão que ia soltando - Depois deu por satisfeita que não tinha o menor controle sobre minhas necessidades e que devia negociar comigo para não ser enganada; e agora me vem dizer que descobriu que cada vez que não pareço um monstro é porque estou enganando você?


Alfonso desmontou de um salto.


- Pois bem, já me cansei que me insultem.


- Eu não queria...


Ajudou-a a desmontar e a girou para a casa.


- Não, nunca quer, mas cada vez que se põe a pensar acaba me insultando, e estou muito farto de que o faça.


- Aonde vai? - quis saber.


- Vou arrumar Shameless e Sauzal para passar a noite.


Anahí se mordeu o lábio. A luz era tão escassa que apenas se podia discernir sua expressão.


- Virá depois para casa?


- Aonde quer que eu vá se não para casa? - disse ele, fazendo girar aos cavalos - Temos um trato, lembra?


- Deixará que me explique?


- Não sei se poderia suportar outra de suas explicações.


Alfonso deu meia volta e se encaminhou para o estábulo, fervendo por dentro. Não tinha feito outra coisa que tratar aquela mulher com respeito, e ela seguia considerando-o um cretino. Aquilo ia ser sempre assim, e já podia colocar isso na sua dura cabeça, porque já começava a prejudicar, maldita seja. Podia sentir os olhos de sua esposa sobre ele, observando entrar no estábulo. Fechou a porta sem voltar-se sequer.


Anahí ficou olhando a porta fechada, até que uma voz proveniente do extremo em sombras do alpendre a fez girar-se sobre seus calcanhares.


- Ele tem razão, menina.


Ouviu ranger o balanço, depois duas pisadas irregulares, e por fim apareceu o velho Sam sob a luz.


- Desde que chegou aqui esteve tentando afastá-lo de você.


- Não consigo entendê-lo! - gritou ela.


- Poderia se entendesse que ele não é como seu pai.


- Não penso que seja como ele.


- Se assim for, por que está esperando que ele se afaste?


- Isso não é verdade.


O velho Sam cuspiu por cima do corrimão lateral.


- Não nasci ontem, menina. Desde que seu pai se afastou depois da morte de sua mãe entendo que teve pânico dos homens, como se tudo o que pudessem ter de bom fosse tão somente uma enganação.


- Não é verdade!


- Se não for, será melhor que comece a pensar um pouco antes de abrir a sua boca...


O ancião se aproximou de seu lado. Pela primeira vez em dezesseis anos, em seus esvaídos olhos azuis não havia nenhuma pingo de simpatia por ela.


-... Porque isso é o que parece - concluiu.


- Eu não...


O velho Sam não deixou acabar a frase. Pousou a mão em seu ombro e o apertou carinhosamente.


- É hora de amadurecer, Anahí.


- Tenho medo - confessou em um sussurro.


O homem soltou um bufado e deixou cair sua mão.


- E quem não tem?


- E se eu disser que tenho medo e ele não der nem a mínima?


- E se não disser e ele se preocupar?    


A jovem não soube o que responder.


- A decisão a tomar é a forma de justificar, moça.


- Sei.


- Então o demonstra. - disse o velho, assinalando para o estábulo - Fala com esse homem.


- Eu falarei.


Não soou muito convincente, porque o velho Sam ficou olhando-a comprido tempo sem dizer nada, com um gesto tão sombrio como o anoitecer. Moveu a boca, e ela não soube se estava mastigando ou ensaiando um sermão. De repente suspirou, deu-se uma palmada na coxa e disse:


- Se por um acaso serve de alguma coisa, eu não acredito que seu pai pensou realmente em disparar na sua mãe. Ele a amava muito para fazer isso.


Quem dera pudesse estar tão segura disso.


- Obrigada.


O ancião arrastou os pés antes de equilibrar o peso sobre suas botas e olhá-la diretamente nos olhos.


- Sempre acreditei que se ambos não tivessem sido tão avarentos com você, mesmos para evitar ser feridos, teriam formado um matrimônio feliz.


Aquela era uma idéia completamente nova para ela.


- Não estou entendendo.


- Alguma vez você conversou com seu pai, depois que sua mãe morreu?


- Sobre ela?


- Sobre algo que não fosse em cuidado do rancho.


- Não.


- Pois bem: antes disso ele era nada falador e, se dermos por certo que sua mãe sabia o que ele sentia, ela tampouco fez algo para esclarecer o mal-entendido entre ambos.


Anahí ficou olhando fixamente ao velho Sam enquanto a verdade se desvelava ante ela. Recordou a sua mãe, sempre risonha, rindo a gargalhadas, e a seu pai com seu severo gesto, sempre controlado e tenso.


- Meu Deus!


- Deve escolher moça.


- Não quero ser como meu pai - sussurrou ela.


O velho Sam voltou a dar uma palmada na coxa e começou a afastar-se. Aos três passos se deteve e deu meia volta.


- Pois então acredito que será melhor que escolha de novo.


Por ouvir o barulho da porta batendo, Anahí se deu conta de que Alfonso não se acalmou ainda. Sentou-se na cama e começou a brincar com o pescoço de renda de sua camisola. Não era sua intenção ferir os sentimentos de seu marido. Tinha tentado dizer que queria que fizesse algo mais que deitar-se a seu lado no leito, mais como ia abordar o assunto de novo? Alfonso estava convencido que tudo o que ela fazia era planejado para enganá-lo.


E isso era muito injusto. Era ele quem se escondia sempre detrás das palavras e o silêncio, fazendo que ela tivesse que esforçar-se em compreendê-lo! Quando conseguia enganar ela, e quando não, ria as gargalhadas.


As firmes pisadas de suas botas nas escadas cortaram em seco o aborrecimento que começava a crescer nela. Sua respiração se fazia mais entrecortada a cada rangido da madeira, para deter de tudo quando os passos se detiveram frente a sua porta. O ar entrou de repente em seus pulmões devido à fúria que sentiu quando ele seguiu corredor adiante, sem sequer passar e lhe desejar boa noite. Ouviu quando abria e fechava a porta do dormitório de seu pai. Depois pôde ouvir como vertia água na bacia, como acendia a chaminé, o rangido das molas da cama, e nada mais. Teve que passar dez minutos em silencio antes de admitir que seu marido não ia aproximar-se de seu leito. E isso significava que agora ela devia tomar a iniciativa.


Cobriu os dobrados joelhos, apoiou o queixo neles e deixou que a ira fosse invadindo lentamente. Como atrevia a interrompê-la e acusá-la de um comportamento pouco adequado para uma dama, para depois faltar com a sua palavra indo dormir no outro quarto! Talvez ela não fosse muito boa expressando o que queria dizer, mais ao menos, tentava. O pouco que ele podia fazer era fechar a boca e escutá-la!


Afastou-se de repente o edredom de plumas. Estendeu a mão para a bata, mas acabou deixando-a no varal. À distância até a porta nunca lhe tinha parecido tão larga. Dirigiu-se ao quarto de convidados antes de saber bem quais eram seus planos. Quando a porta do dormitório de seu marido golpeou a parede devido à força com que a tinha aberto e se encontrou face a face com seu marido, nu da cintura para acima sobre o grande leito de dossel, começou por fim a pensar, mas desgraçadamente já era muito tarde para ser prudente. Jogou mão de todo seu valor e seguiu adiante:


- Admito que talvez fui um pouco apressada tirando conclusões - começou, olhando-o fixamente à frente, porque a visão de todo aquele músculo logo que dissimulado pela pele a punha nervosa - Mais não tem direito a me repreender por isso quando você é parte do motivo.


Alfonso cruzou de braços.


- Está me dizendo que tudo isto é por minha culpa?


 



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 927



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  • annytha Postado em 13/01/2012 - 20:05:22

    desculpam pela demora pra posta, tava outra vez sem net, mas ja estamos quase no final dessa web, logo teremos surpresas aqui, assim tambem como novas historias!!!

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:41

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:40

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:36

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