Fanfics Brasil - Capítulo 20 Promessa Duradora (terminada)

Fanfic: Promessa Duradora (terminada)


Capítulo: Capítulo 20

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Resultou que preocupar-se com os problemas de Alfonso para conseguir empréstimos era algo muito discutível. Na manhã seguinte, o problema em pessoa galopou até a porta principal de sua casa, personificado em Aaron, montado em seu cavalo zaino. Alfonso saltou da cama assim que ouviu o som das ferraduras. Apesar de seu explícito «Fique aqui», Anahí foi com ele até a janela, com muito mais agilidade, já que ela não ia saltando para embutir-se em seu jeans ao mesmo tempo. Não teve mais que envolver-se na bata. Enquanto Alfonso abotoava a braguilha das calças ela já estava junto a ele. Sem fazer caso ao olhar exasperado de seu marido, Anahí afastou as cortinas de seu lado.
Não podia acreditar o que via. Dois dias antes tinha enviado uma mensagem a Aaron dizendo que precisava falar com ele, mas sem acrescentar que fosse urgente. De fato tinha especificado que podia ser a qualquer hora depois do café da manhã. O sol do amanhecer cintilou nos rebites de prata que adornavam seu chapéu. Anahí deu um suspiro ao vê-lo e compreender a catástrofe que se abatia sobre ela: Alfonso nunca era muito pormenorizada com o estômago vazio.
— Annie! — gritou Aaron com voz alterada pela urgência — Annie! Está bem?
Alfonso soltou a cortina de seu lado.
— O homem parece ter algo importante em mente.
— O que te faz pensar isso? — disse ela, retrocedendo também.
— Talvez a agitação de seu cavalo, ou os gritos que solta.
— Você acha? — disse ela, procurando parecer inocente.
Pelas pressas se via que Aaron não devia estar em casa quando chegou sua nota, e em conseqüência se tornou louco de preocupação. Anahí voltou a olhar pela janela e viu Puma que vinha do dormitório comunitário, onde tinha passado a noite. Suspirou, aliviada. Puma entreteria Aaron enquanto ela se ocupava de seu marido.
Alfonso acariciou a rosto com uma expressão séria no rosto que não chegava bem com a delicadeza daquele gesto.
— Sim acredito — suspirou — O que você fez, Anahí?
Ela se atou o cinturão da bata, evitando o olhar de Alfonso.
— O que te faz pensar que fiz alguma coisa?
Aaron voltou a gritar, e da janela se ouviu a rouca voz de Puma em resposta.
Alfonso passou o dedo abaixo do rosto até levantar o queixo, para obrigá-la a olhá-lo nos olhos.
— Faz-me pensar isso o fato de que está evitando me olhar, que se apertar um pouco mais esse cinturão deixará de respirar, e o fato de que me dizem isso as tripas.
Anahí não pôde sustentar seu olhar.
— Suas tripas podem equivocar-se.
A mão de Alfonso deslizou para seu pescoço até descansar sobre a nuca. Um pequeno puxão a obrigou a olhá-lo de novo.
— Você acha que estão equivocadas?
Ela respirou fundo, mas, em lugar de tentar enrolá-lo, sua boca não saiu outra coisa que a pura verdade:
— Enviei-lhe uma nota.
— Depois que acordássemos que me dirigiria isto?
— É obvio que não! Enviei faz dois dias — respondeu ela, alegrando-se de não ter mentido um momento antes.
Alfonso ficou olhando-a um momento antes de relaxar a postura. Seus dedos, que seguiam colocados entre seus cabelos, começaram a acariciar a pele.
— Alegro-me de ouvi-lo.
— Assim estava disposta a acreditar que tinha faltado a minha promessa!
— Parecia possível, dada a situação.
— E a situação consiste em que teme que confie mais no Aaron que em você?
— Conhece-o toda a sua vida.
— Mas você é meu marido.
— Sei que tem um forte sentido do dever, mas...
— Você é meu marido!
Desta vez Alfonso não a contrariou. Anahí ficou olhando-o. Pôde ouvir que, no piso de abaixo, Puma convidava a Aaron a entrar no escritório. Sem dúvida subiria em alguns momentos; Aaron não era fácil de dissuadir. Entretanto, por esta vez não teria mais remédio que aguardar: havia algo que ela tinha que esclarecer com seu marido.
— Aaron e eu crescemos juntos. Conheço-o e confiou nele, e acredito que está equivocado ao julgá-lo, mas isso não significa que vou ficar contra você.
— Entretanto, enviou-lhe uma nota.
— Só queria saber se tinha visto alguém pelos arredores, alguém suspeito. Pensava concretamente em seu anterior capataz, Rodrigo.
— Acha que é ele quem está causando problemas?
Anahí suspirou. Alfonso não tinha por que utilizar aquele tom cético.
— Acredito que é bastante ruim para tentá-lo.
Alfonso ficou olhando um ponto indefinido da parede, meditando o que sua esposa acabava de lhe dizer. Anahí acariciou a rosto, atraindo sua atenção.
— E respeito esses ridículos medos que tem sobre minha lealdade...
— Não tenho nenhuma dúvida sobre sua lealdade.
Ela seguiu falando, como se não a tivessem interrompido.
— Você é meu marido, o homem que confio meu rancho, minha vida e os filhos que possamos ter. Se colocar isso em uma balança e o tentar equilibrar com o afeto que sinto pelo Aaron poderá ver que não há comparação possível.
Alfonso não moveu nem um músculo, mas suas emoções foram por dentro. Ela suspirou: era óbvio que teria que pôr toda a carne no assador, como Alfonso estava acostumado a dizer:
— Não acredito que tenha razão no que pensa do Aaron, mas, se isto acaba convertendo-se em uma confrontação e as coisas não vão como eu acredito que deveriam, quando tudo acabar seguirei aqui, a seu lado.
— Está falando sério?
— Não tenho por costume dizer as coisas sem pensar.
Alfonso ia responder, mas os interromperam alguns golpes na porta que precederam à saudação de Puma:
— Já levantaram?
— Sim.
— Têm visita.
— Já o ouvimos. Diga que estou descendo.
— Quer ver Anahí.
Alfonso pousou um dedo sobre os lábios de sua esposa, evitando que dissesse nada. Olhou-a aos olhos e lhe disse:
— Terá que conformar-se comigo.
— Será melhor que se apresse. — grunhiu Puma — Parece que a falta de sono lhe tirou a sua paciência.
— Agora mesmo estou descendo.
Assim que ouviu que os passos de Puma se afastavam da porta, a jovem se liberou da mão de Alfonso.
— Não existe nenhuma razão para que não deva descer e falar com Aaron.
— Anahí — disse Alfonso, com seu estilo tranqüilo e decidido — Até que esteja tão seguro da honradez desse homem como você está, não quero que se aproxime nem a dois quilômetros dele.
Ato seguido se dirigiu ao vestidor, e ela foi detrás.
— Será mais provável que possam manter uma conversação inteligente se ele se assegurar de que estou bem.
Alfonso abriu uma gaveta e tirou uma camisa. Enquanto se vestia, respondeu:
— Não necessito que seja inteligente, apenas sincera.
— Pois isso será mais singelo de obter se ambos estão tranqüilos e razoáveis — insistiu ela.
Alfonso abotoou a camisa até a metade. Sua aparência era terrivelmente atraente e seguro de si mesmo.
— Não vai descer, Anahí. Esse homem vem armado com pistolas.
— Todo mundo leva pistola.
Alfonso levantou uma sobrancelha.
— Acaba de dizer a um momento que confia em mim.
Anahí deu um forte pisão no chão.
— Não volte contra mim o que te digo!
Alfonso recolheu suas botas e se sentou na cama, levantando esta vez as duas sobrancelhas:
— E como faço isso exatamente?
— Tenta me fazer sentir culpada para que deixe de tentar raciocinar com você.
Ele colocou o pé direito na bota, dando um pisão para que entrasse bem. Quando se calçava a segunda, perguntou:
— E funciona?
Anahí cruzou de braços.
— Mais ou menos.
Alfonso ficou em pé e colocou as abas da camisa dentro da calça.
— Nisto não há termos médios, Anahí: ou confia em mim ou não.
Uma parte dela desejava discutir, mas compreendeu que tinha razão: ou confiava que Alfonso soubesse dirigir aquele assunto, ou não.
— Não brigará com ele?
— Não, a menos que me provoque.
— Promete?
Alfonso já se dirigia para a porta, mas se deteve um momento.
— Prometo que não vou machucar seu precioso Aaron a menos que seja a única alternativa.
Anahí não ia ter mais remédio que utilizar um martelo reservatório de água para dominar o teimoso orgulho de seu marido.
— Não era Aaron que me preocupava!
Alfonso voltou a deter-se e se voltou para ela. Aproveitando que tinha chamado sua atenção, acrescentou, no caso de:
— E o que disse antes não era certo.
— Sobre o que?
— Não estava tentando dizer que confiava em você.
Alfonso levantou uma sobrancelha, surpreso, sem dizer nada. Ela se mordeu o lábio e depois arriscou tudo:
— Tentava te dizer que te amo.


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Autor(a): annytha

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dedicado a jl, gracias pelos 900 comentarios, adorei!! Alfonso ficou tão rígido como se o acabassem de empalar, sem mover um só músculo, mas seus olhos arderam até voltar-se negros como o carvão. Anahí sentiu que o coração lhe retumbava nos ouvidos, ensurdecendo-a. Sua impetuosa revelação podia t ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 927



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  • annytha Postado em 13/01/2012 - 20:05:22

    desculpam pela demora pra posta, tava outra vez sem net, mas ja estamos quase no final dessa web, logo teremos surpresas aqui, assim tambem como novas historias!!!

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:41

    Essa web me cansa as ezes de ler.... é muito blá blá blá neh, mas De certo que foi o rodrigo mesmo U_U

  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:40

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:39

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:38

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:37

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  • jl Postado em 22/12/2011 - 16:08:36

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