Fanfic: Promessa Duradora (terminada)

jl explicando, Anahi havia se casado com Derrick sim tambem na tentativa de salva o rancho, porém ele havia só lhe roubado o dinheiro, por isso ela invadiu o bar onde ele tava exigindo o dinheiro de volta, e dizendo que eles não era mais casados pois nunca ouve consumação do casamento, assim com casamento ja anulado ela viu nosso Ponchito muito bem disposto a ter ela como esposa, e ainda por cima a ganhar um rancho como presente.
espero que tenha entendido esse pequeno resumo, ja sobre o resto vai ter que espera.
mandycolucci concerteza, com los A nada es imposible, ainda mais quando se trata de fogo no meio os dois entendem muito bem do assunto.
ayaremember oh disposta a paga com prestação e juros não é bebe, por Ponchito tudo vale.
vamei os comentarios, e desculpem a demora, aproveitando os ultimos dias de ferias.
mas ja de volta.
capitulo dedicado a todas vcs

Chegaram
ao rancho ao entardecer. O edifício principal, de duas alturas, tinha péssima
aparência. O lugar pedia cuidados urgentes, pois apresentava a opaca cor
cinzenta da penetrada mal lavada. A reparação que ela tinha efetuado nos
degraus da entrada ficava uma sombra que não servia mais que para destacar a
porcaria daquele trabalho.

Alguém
tinha deixado umas quantas provisões na entrada, e os frangos estavam bicando
os grãos de milho deixados sobre o alpendre de madeira. Um dos cães, ou um
coiote, tinha quebrado um saco cheio de toucinho e, procurando mais, tinha
destroçado o resto. Anahí sentiu vontades de chorar, mas em lugar disso se
endireitou e disse:

-
Sinto muito.

-
É um bonito lugar, com essas montanhas ao fundo.

A
diplomática resposta a surpreendeu.

-
Meu pai dizia que minha mãe chamava essas montanhas de nossos Guardiões, porque
se elevavam assim sobre nós para afugentar a maldade.

-
Sim; acredito que poderiam fazê-lo.

A
diligência se deteve junto ao bebedouro que havia antes do estábulo. O sedento
cavalo se inclinou ofegante sobre a água. Os cavalos de Alfonso, atados depois
do veículo, relinchavam esperançados. Alfonso desceu de um salto e caminhou
decidido para a parte dianteira.

-
Poderia descer e trazer para Shameless junto ao velho Sauzal?

Anahí
recolheu às saias e fez o que lhe pedia.

-
Não sabia que se chamava Sauzal... - comentou enquanto isso.

-
Quando vínhamos para aqui me ocorreu que tinha cara de Sauzal.

-
E que cara tem um Sauzal? - não pôde evitar lhe perguntar ela, enquanto trazia
o cavalo de Alfonso junta ao outro.

Entregou-lhe
as rédeas do cavalo enganchado a diligência.

-
Uma como esta.

Alfonso
não sorriu ao dizê-lo e, ela pôde ver o motivo ao aproximar-se do bebedouro: A
água estava completamente turva, e em sua superfície flutuava uma espécie de
limo verde. Anahí desejou que a terra a tragasse.

-
Deixei ordem de que...

Interrompeu
sua desculpa ao ver que Alfonso se dirigia à bomba de água. O que importava se
tinha dado ordens ou não? O fato de que seus empregados tivessem permitido que
a água para os cavalos não se renovasse durante tanto tempo era uma humilhante
prova do pouco que respeitava sua autoridade.

Alfonso
voltou com dois cubos e deixou um diante cada cavalo. Anahí sujeitou com mais
força as rédeas do Shameless. Fosse qual fosse o ângulo do qual seu marido
queria atacá-la, ela não tinha argumentos para defender-se. O rancho era um
desastre. Não tinha conseguido controlar nada.

Alfonso
lhe levantou o queixo com um dedo, um gesto que começava a ser familiar. Anahí
tentou não fechar os olhos: merecia aquilo.

-
Evita-me o olhar porque está envergonhada?

-
Não o estaria você, não estaria?

-
Sim, mas eu não sou uma mulher que tenta levar um rancho, sozinha.

Sauzal
deu um puxão para libertar-se das rédeas e alcançar a água, e Anahí afastou o
queixo do alcance de Alfonso com a mesma urgência. Apertou os dentes para
controlar-se e arrojou as rédeas às mãos dele. Inútil, aquele homem pensava que
era uma inútil!

-
Pelo silêncio que há os homens ainda não retornaram.

-
Quantos são?

-
Eram dez quando saí daqui.

Alfonso
elevou a sobrancelha esquerda.

-
Com quantos podemos contar para que voltem?

Ela
começou a tirar as luvas, atirando de cada dedo, antes de responder.

-
Não tenho nem a menor idéia. Quer que faça as apresentações assim que cheguem?

-
Melhor pela manhã.

Respirou
fundo, guardou as luvas em seu saquinho e desejou que aquele homem fosse dado a
falar demais: Ao menos assim saberia o que estava pensando, e em que parte
devia ela reforçar suas defesas.

-
Que tal se entrar na casa e prepara algo de jantar enquanto que eu acomodo ao
Sauzal e ao Shameless?

Anahí
sentiu que o ressentimento a invadia feito ondas diante daquela forma de dispensá-la.
E, entretanto, o que esperava? Respeito, quando nada mais ver seu lar aquele
homem tinha podido comprovar a amplitude de seu fracasso?

-
Prefere um file ou presunto cozido? - perguntou diplomaticamente enquanto ele
levava os cavalos.

Ele
se deteve tão rápido que Shameless se chocou com sua cabeça. Alfonso retrocedeu
dois passos antes de perguntar:

-
Tem molho doce para acompanhar esse presunto?

-
Acredito que sim.

Shameless
lhe deu um empurrão com o focinho, ansioso por chegar ao estábulo. Alfonso não
se moveu. Ela recordou a amável reação que tivera depois de ver o caos no que
estava sumido o rancho e suavizou o tom a seu pesar:

-
Há algo mais que possa lhe oferecer?

-
Pode ser purê de batatas?        

O
purê de batatas era tão habitual como o pão fresco, mas ele o pediu com a mesma
emoção que demonstraria um mineiro se acreditasse estar vendo uma pepita de
mais de um quilo. Anahí o olhou da cabeça aos pés. Era um homem de grande
tamanho. A noite anterior tinha jantado tanto como ela, e recordava bem rapidamente
que tinha feito desaparecer sua comida do prato e o atentamente que a tinha
contemplado enquanto ela acabava o seu. Recordou também como enfrentou ao Derrick.

-
Certamente poderei prepará-lo.

Ele
fez um gesto de saudação com a mão livre.

-
Agradeço-lhe isso.

Anahí
o viu de repente com outros olhos: o cabelo castanho escuro, que necessitava
urgentemente um bom corte, ondulava por cima do pescoço da camisa. Sua roupa
era confortável, mas se olhasse com mais atenção, perceberia que estava muito
gasta pelo uso. Era alto e forte, disso não havia dúvida, mas agora se
perguntava se seu corpo esguio era natural ou vinha dada pela escassez de boas
comidas.

-
Se os coiotes não comeram todo o milho, certamente poderei preparar umas tortas
fritas - ofereceu, enquanto se perguntava se o motivo de que não pudesse lhe
ver a mão seria porque estava segurando o estômago com ela.

Esta
vez foi Sauzal o que empurrou a Alfonso, mas ele voltou a ficar imóvel. Talvez
fossem imaginações delas, mas de repente pareceu ver certa vulnerabilidade
nele, quando lhe ouviu mencionar como de passada:

-
Seguro que às tortas fritas viriam bem depois do café.

-
Talvez possa prepará-la. - Sempre que tivesse ficado um pouco de café, pensou
em dizê-lo.

-
Morro de vontade.

Seguia
sem olhar seu rosto, mas, em lugar de ir, os cavalos tiveram que trotar para ir
a seu ritmo quando enfiou para o estábulo. Parte da frustração da Anahí se
transformou em diversão ao compreender que Alfonso a considerava imprescindível
em uma das zonas do rancho.

-
Está assumindo um grande risco, Herrera! - exclamou ao ver que se afastava.

-
Isso, eu espero.