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Dulce voltou pelo mesmo caminho em que havia passado correndo para alcançar Mai, um enorme corredor com um lindo tapete persa estendido, e quando já se aproximava de sua porta ouviu Maite gritar seu nome. Ela vinha correndo na direção de Dulce, que ainda estava de costas ao ouvir o grito.

(música da cena. Ne-yo - Sexy Love)

Mai - Dulce! Espera! - ela pediu.

Dulce se virou lentamente e Mai parou no meio do caminho.
Ainda meio que distantes, as duas se encararam e assim ficaram por alguns segundos.

10 segundos foi o tempo que Maite contou até retomar os passos e caminhar firmemente em direção a Dulce.

Dulce pensou - omg! oq essa louca vai fazer?

Maite parou diante de Dulce e a encarou abandonando suas coisas no chão mais uma vez.

nervosa, ela desatou a falar sem mais nem menos, em uma velocidade espantosa e sem o menor sentido. - ok! Já chega! Eu não sei porque, nem como, nem quando, nem onde, onde? Ah isso não interessa né, pq se interessasse eu nao estaria falando, oq eu to dizendo? nao faz sentido meu Deus, ah, ok! Desculpa! Talvez eu esteja nervosa, mas não pense que tem motivo.. Porque NÃO TEM! Sério, nao tem mesmo.. nao acredita né? Eu sei, também não acreditaria se você dissesse que não tem motivo pra estar rindo de mim desse jeito.. Mas tudo bem! Não se preocupa! Ta tudo na mais perfeita ordem, tirando o meu nervosismo excessivo e sem o menor sentido, na verdade eu nem sei por que voltei aqui. Talvez porque isso ta cutucando a minha cabeça desde a maldita hora que eu acordei e, não pense nada por favor! não tem.. na verdade, talvez tenha.. Ah isso também não importa.. - e desatou a falar como se não pudesse parar.

Dulce só conseguia rir, não uma gargalhada nem um riso sem graça, mas um sorriso doce e meigo, que não demostrava graça, mas sim felicidade.

Mai - eu sei, deve ta super engraçado me ver assim né? Eu talvez esteja nervosa, pq quando eu fico nervosa eu fico tipo assim e começo a falar sem mais nem menos, e uma coisas que não fazem o menor sentido e começo a engolir as virgulas, talvez isso seja fome, mas também engulo os pontos entao talvez eu seja uma esfomiada mas pq eu to dizendo isso meu Deus! Não faz sentido! - e continuava.

Dulce - MAITE! - disse rindo e em um tom de voz um pouco elevado.

Mai - O QUEEEE? - respondeu gritando e já sem ar.

Sem nem esperar que Maite recuperasse o ar. Dulce levou as mãos ao rosto de Mai e com carinho tocou seu queixo a puxando para perto e logo sentindo seus labios se tocarem suavemente.
Todos aqueles pensamentos confusos e loucuras que passavam pela cabeça de Mai quando tentava conversar com Dulce, simplismente desapareceram, não conseguia pensar em mais nada.
Muito além do que o simples selinho que haviam trocado na noite anterior, Maite logo tratou de invadir a boca de Dulce com sua lingua, a encaixando entre seus labios e os abrindo devagar. A ruiva ficou paralizada com o que sentiu naquele momento, sentiu a entrega de Mai e decidiu que devia fazer o mesmo, deixando sua lingua percorrer a boca de Maite até suas linguas se tocarem. Suas bocas se encaixavam com perfeição e as sensações eram interminaveis, o frio na barriga que sentiu no momento que tomou a atitude permanecia em Dulce e com Maite não era muito diferente. Mai passou as mãos pela cintura da ruiva a envolvendo e trazendo para um pouco mais perto.
Um beijo calmo e suave, que foi diminuindo aos poucos, quando finalmente se tocaram que não era o lugar exato para que aquilo acontecesse.
Com alguns selinhos elas se separaram devagar e ainda de olhos fechados, era como se aquilo tivesse durado uma eternidade e como se nenhuma das duas quizesse acordar nunca daquilo.

Dulce sorriu ainda de olhos fechados e Mai a admirava. Sem trocar sequer uma palavras as duas foram juntas de volta ao ap de Dulce.