Fanfics Brasil - 16° Capítulo "Dois em um" (vondy)

Fanfic: "Dois em um" (vondy)


Capítulo: 16° Capítulo

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Voltei minhas lindas, muitíssimo obrigada a thaila e vondysiempre, que apareceram por aqui enquanto eu não estava! Infelizamente o fim de semana não foi tão bom pra escrever, então hoje só tem um post, mas tá bem grandinho... Comentem ;D


 


 


Vitor: só mais esses documentos, e acho que é só. Mais alguma coisa Cecília?


Cecília: não Senhor Uckermann, esses foram os últimos, com licença. – Vitor esperou a secretária sair da sala e mirou seus dois filhos que se encontravam sentados a sua frente do outro lado mesa.


Vitor: ainda não tiraram essas trombas? – falou divertido para os dois que estavam com uma cara mais feia que a outra. Apesar de estarem devidamente trajados como homens de negócios, as expressões em seus rostos os faziam parecer dois menininhos emburrados por terem ficado de castigo.


Chris: o senhor adora isso não é? – Vitor sorriu vitorioso


Luis: pensa que a gente não tem nada pra fazer... – falou baixinho só para o irmão


Vitor: eu ouvi muito bem o que você disse Luis. Eu sei que vocês tem as obrigações de vocês, mas não esqueçam que isso aqui também é uma obrigação! – falou sério. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensavam, Vitor era uma pessoa calma, até um pouco brincalhão, pelo menos com a família. Mas quando era pra falar sério ele o fazia como ninguém, principalmente com os filhos. – Já não basta vocês terem praticamente renegado todo o patrimônio de vocês...


Luis: hei pai, também não exagera! Você sabe muito bem que nem um dos dois leva jeito pra isso.


Chris: e a gente tá aqui, não tá?


Vitor: estão, e com uma cara que dá até medo, coitada da secretária quase saiu correndo daqui... – deu um risinho de leve e os garotos sorriram. Havia custado muito a entender que os dois filhos não queriam seguir carreira no grupo Uckermann, na verdade não entendia, mas já aceitava. E mesmo sem estarem a frente dos negócios como ele esperava, os filhos ainda eram donos de tudo aquilo, tinham sua participação, e precisavam ficar a par de algumas coisas de vez em quando, coisa que os deixava nem um pouco felizes.


Luis: e falando na secretária hein! – deu um assovio e os três sorriram


Vitor: vocês não se emendam mesmo! – negou com a cabeça – e quem tem já tem companhia pra festa de amanhã?


Chris: ah nem vem! Eu vou sozinho! – falou mal humorado.


Luis: e eu também... quer dizer, a não ser que a sua secretária... – falou malicioso


Chris: você só pensa nisso mesmo? – sorriram de novo. De longe Luis era o mais mulherengo dos dois, na infância era o mais tímido, mas depois mudou drasticamente, principalmente após um semestre que passara sozinho na Espanha longe do irmão.


Vitor: bom, agora se me dão licença senhores... – levantou-se abotoando o paletó – eu tenho uma reunião importante, volto daqui uns 30 minutos. Christopher, ainda quero falar com você.


Chris: ah, legal! – resmungou pra si mesmo enquanto o pai saia. Ficaram alguns instantes em silêncio, Luis assoviava baixinho enquanto Christopher batia os dedos impaciente no respaldo da cadeira. Era sempre assim, aquele silêncio, quando não estavam brigando é claro. Mas com brigas e brincadeiras de mal gosto a parte, os dois eram muito apegados, mas não sabiam conversar. Sempre que um estava longe, o outro perguntava, mas era só estarem perto que saía faísca. Durante a infância era aquela coisa, roupas iguais, brinquedos iguais, tudo igual, mas os anos foram passando e cada um foi adquirindo a própria personalidade. Mudaram bastante até se tornarem os homens que eram hoje. Christopher era mais detalhista, sempre organizado e com uma verdadeira paixão por desafios. Luis era mais bagunceiro, brigão, e acomodado. Para ele, se algo está bom, não tem porque melhorar, fica como está. Não que isso fosse um defeito, as vezes até o ajudava a aceitar com mais facilidade as dificuldades que a vida lhe impunha, ao contrário de Christopher que sempre insistia em fazer algo a mais para a situação mudar.  Mas diferenças a parte, ambos tinham uma imensa vontade de progredir fora da sombra do pai, cada um da sua maneira é claro. Christopher mirou o irmão que agora parecia um pouco distraído com algo em seu celular.


Chris: você vai esperar o papai? – perguntou num tom de voz meio baixo e casual. Luis deu um leve suspiro e depois de alguns segundos respondeu.


Luis: não sei... – ele estava com a testa franzida, parecia estar com o pensamento distante. – tem uma coisa que eu quero falar com ele, mas eu não sei se é o momento certo...


Chris: o que é? – perguntou sem delongas e Luis o mirou por alguns instantes pensando se falava ou não... – não precisa dizer se não quiser. – virou- se pra frente olhando para a janela de vidro que dava visão para a infinidade de prédios daquela área da cidade.


Luis: sobre a Hilary... – deu um suspiro e olhou para onde o irmão olhava – você sabe né?


Chris: sei! Sei bem. E acho que não é a hora certa. Ele tá meio pilhado essa semana e você sabe como esses assuntos deixam ele. – suspirou


Luis: é, eu sei. Mas eu acho que a gente tem que fazer alguma coisa...


Chris: concordo! – ficaram pensando por alguns segundos. Se havia uma coisa que compartilhavam sem qualquer desavença era um amor incondicional pela irmã. E também se sentiam um pouco culpados por toda aquela responsabilidade estar sobre ela, afinal eles haviam recusado. E conheciam bem o jeito decidido e um tanto antiquado do pai. Quando ele dizia, era aquilo e ponto, e ai de quem discordasse.


Luis: falar com a mamãe? – sugeriu meio incerto


Chris: não, duvido que ela faça alguma coisa. Você sabe que ela vive falando que não quer que a Hilary se perda na vida... – falou irônico e Luis concordou – eu acho melhor esperar passar essa festa... – era um evento importante para a empresa, e nada poderia sair errado.


Luis: você tem razão... – olhou as horas em seu relógio de pulso, e passou as mãos no rosto se encorajando a levantar – eu acho que eu já vou indo...


Chris: espera! – segurou o braço do irmão que se preparava para levantar – você tem algum compromisso agora de manhã?


Luis: não, não tenho...


Chris: então fica aí! –  meio sem jeito


Luis: por que?


Chris: por nada, sei lá... também se você não quiser ficar não fica, só to querendo saber... – falou um pouco nervoso e Luis deu um sorrisinho. Christopher não gostava de ficar sozinho de jeito nenhum, ao contrário dele. Não que gostasse de ficar só, mas solidão de vez em quando até que era bom. Servia para pensar.


Luis: tá bom eu fico. – Christopher assentiu e... silêncio, de novo o maldito silêncio. Aquilo realmente os incomodava, mas ninguém gostava de dar o braço a torcer. – essa festa... vai ser meio chata no começo, mas depois até que pode ficar interessante... – deu um risadinha


Chris: olha lá o que você vai fazer hein! Aquilo lá vai estar entupido de jornalista.


Luis: tá bom, falou o certinho! – disse irônico


Chris: você já quer começar agora? Eu achei que fossemos bater o nosso recorde, que horas são? Quase 11? – Luis sorriu. Não havia um só dia que não tivessem no mínimo um pequeno desentendimento.


Luis: eu acho que não brigamos no nosso último aniversário... – falou pensativo


Chris: mas é claro, você passou o dia todo fora e não me atendeu quando eu te liguei pra brigar porque você sumido!


Luis: eu sei que você não consegue viver longe de mim... – Christopher deu uma risada irônica


Chris: pois saiba que os melhores seis meses da minha vida foram aqueles que você passou na Espanha! – Luis ficou com uma expressão mais sombria e Christopher percebeu. Sempre que falavam nessa viagem o irmão ficava assim, ele não sabia o porque e também nunca se atreveu a perguntar. Não gostava de vê-lo daquela maneira, se sentia mal também e resolveu descontrair. -  então, o que você vai fazer depois que a parte chata da festa acabar?


Luis: muita coisa... – falou pensativo como se aquilo fosse algo extremamente importante para os dois – falando nisso, você já sabe que roupa vai? Porque a minha tem que ser parecida... – Christopher gargalhou alto lembrando-se das festas da adolescência em que eles passavam a noite enganando as meninas, saía um e vinha o outro. Era meio cafajeste, agora admitia, mas na época lhes rendera umas boas risadas.


Chris: você não acha que essa tática tá um pouco passada não?


Luis: só to querendo variar... sabe, já tá ficando chato sempre a mesma coisa: você sai com uma gata, aí eu procuro ela, me passo por você, aproveito um pouco – falou malicioso – e é em você que ela gruda! – deu um sorriso colgate


Chris: nossa meu irmão, realmente eu tenho que admitir, você é um gênio! – ironizou – só não esquece das vezes que eu fiz isso com você também, ah! E quando eu dei o endereço do seu escritório!


Luis: Hahaha, nem me lembra disso! E aquela última maluca quase me fez perder o emprego. Como é que era o nome dela? Luana? – em dúvida


Chris: não era Letícia? – em dúvida também. Olharam-se intrigados e caíram na risada. – isso tem que acabar Luis! – suspirou controlando o riso


Luis: pra que? Pra perder a sua cara de mané, depois de eu pegar a garota que você tava afim? Não mesmo... - Christopher negou com a cabeça


Chris: isso aconteceu poucas vezes tá! – Luis apenas sorriu. Sabia que por trás dessa pegação toda, o irmão estava a procura de alguém para se aquietar. Ao contrário dele, que Deus o livre, mulheres era um problema que queria bem distante, só queria simples e pura diversão.


Luis: você gosta disso!


Chris: nós gostamos! – completou. Sorriram e ficaram conversando mais algum tempo coisas sem importância, até que Vitor voltou.


Vitor: meu Deus! Que milagre! Os dois aqui e não tem nada quebrado na minha sala! – sentou-se novamente em sua cadeira. – e você? – olhou para Luis


Luis: ah eu resolvi ficar aqui tomando conta do meu maninho! –  Christopher deu um tapa em sua cabeça e ele o olhou de cara feia – me respeita hein, eu sou mais velho!


Chris: claro, eu tinha esquecido do grande fato que você é UM MINUTO mais velho! – Luis ia responder mas o pai o interrompeu


Vitor: sinceramente, vocês querem mesmo que eu presencie isso? Aqui na minha sala? – os dois deram sorrisinhos tímidos e negaram com a cabeça – ótimo, porque eu também não quero. – suspirou – podemos falar sério agora? – para Christopher


Chris: claro! – ficou sério. Tinha o seu jeito moleque sim, adorava aquelas brincadeirinhas, Luis que não escutasse isso, mas até que gostava de ter um irmão gêmeo. É claro que tinha um lado negativo nisso também, mas o que não tinha? Era bom ter alguém, que apesar de pensar diferente, o entendia como ninguém. Não precisavam de palavras, bastava um olhar, só um olhar e sabiam exatamente o que o outro estava sentindo. Mas agora era a hora de ficar sério, e isso também sabia fazer muito bem.


Vitor: bom... o grupo está patrocinando um evento musical importante que vai ter na cidade. Estamos com um patrocínio grande mesmo, vai render muita publicidade, então nós precisamos que dê tudo certo nisso.  Então eu quis me encarregar pessoalmente de selecionar a equipe que vai cuidar de cada detalhe. – pegou alguns papeis em sua mesa e entregou a Christopher – falamos com a organização do evento, eles nos deram carta branca, já tem todo o pessoal que vai trabalhar com os pequenos detalhes, iluminação, segurança, essas coisas. Mas nós precisamos de alguém para orientar toda essa gente, já contatamos uma agência de eventos eles vão mandar uma pessoa pra cuidar de toda a parte de produção e tudo e mais, enfim, precisamos de alguém que cuide também da parte de infra-estrutura. – e ficou mirando o filho que atentamente analisava os papéis com a testa franzida


Chris: o senhor tá me chamando pra trabalhar com você? – perguntou incrédulo e Luis arregalou os olhos espantado. Desde que os dois haviam renunciado de trabalhar na empresa, o pai não havia lhes dado qualquer incentivo nas respectivas profissões que haviam escolhido a seguir.


Vitor: estou! – respondeu simplesmente como se fosse a coisa mais natural do mundo. Christopher remexeu-se um pouco na cadeira e buscou se controlar. Sabia que o pai não estava lhe fazendo um favor, Vitor nunca foi de passar a mão na cabeça dos filhos e não seria agora que o faria. – eu sei o que você está pensando, e é isso mesmo. Estou contratando os seus serviços, escolhi você dentre outras opções porque confio no seu trabalho e sei que você tem bagagem pra assumir uma responsabilidade dessas.


Christopher: nós precisamos discutir os valores... – falou em tom meio sério e Luis conteve a risada.


Vitor: muito bem, aqui está! – entregou outro documento que Christopher colocou entre os demais que já tinha


Christopher: está certo, eu vou analisar bem com a minha equipe e entramos em contato. Mas já adianto que aceito a proposta.


Vitor: muito bem, então negócio fechado!


Christopher: negócio fechado! – apertaram as mãos. Luis observava atento aquela cena, realmente era algo raro de se ver. Estava orgulhoso do irmão, sem dúvidas, Christopher que nunca soubesse disso é claro. – bom, tá na minha hora...


Luis: eu acho que já vou também... ninguém aqui precisa dos meus serviços... – se fingindo de sentido


Vitor: no dia que eu for preso, eu te chamo pra me tirar da cadeia! – Christopher sorriu


Luis: tá engraçado hoje né! – levantaram-se


Vitor: foi bom ter vocês aqui pelo menos por um dia...


Chris: nem vem com chantagem não velho, que não adianta mais. – se despediram mais algumas gracinhas dos filhos e Vitor fazia o máximo para ficar sério, o que era praticamente impossível. Saíram da sala do pai e foram direto para o elevador, óbvio sem deixar de reparar nas belas funcionárias que desfilavam pela empresa.


Chris: isso tudo é nosso mesmo? – sorriram


Luis: é, mas não inclui determinados setores... – deu um tchauzinho para uma morena que passava antes da porta do elevador se fechar.


Chris: ela respondeu, você viu? – Luis afirmou...


Luis: é... Chris?


Chris: hum?


Luis: Parabéns! – Christopher arqueou uma sobrancelha e mirou o irmão – o papai confia em você... – deu um meio sorriso


Chris: eu soube disso agora.


Luis: você vai se sair bem! – Christopher o olhou mais uma vez, mas ele não o olhava, era mesmo Luis que estava ali? Sorriu negando com a cabeça e respondeu.


Chris: Obrigado!


 


*-*


 



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Autor(a): aninhadyc

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Amores, me deculpem o sumiço, infelizmente eu acabei adoecendo  to tão fraca que não consigo nem ficar muito tempo sentada e minha cabeça está pra explodir... Sinto muito não poder estar aqui, estou rezando pra melhorar até quinta feira, e escrever alguma coisa pra postar para vcs! Mais uma vez mil desculpas! Bjus! &nbs ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 646



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  • loucas Postado em 08/01/2016 - 04:03:00

    continua por favor , eu amo essa fanfic quando vc abandonou essa fanfic maravilhoosa , fiquei sem rumo , e agora ja se passaram quase 4 anos que vc abandonou , eu nao comentei antes porque nao tinha conta aqui nesse site e eu fiz conta apenas pra vir aqui pedir pra vc continuar essa fanfic que eu amo tanto

  • laisinha Postado em 01/07/2012 - 22:09:38

    postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • thailavondy Postado em 31/03/2012 - 21:00:18

    sei que to sumida mais a vida de universitaria ta doida, mais sempre que der venho ler os post e comentar por favor continua

  • thailavondy Postado em 31/03/2012 - 21:00:17

    sei que to sumida mais a vida de universitaria ta doida, mais sempre que der venho ler os post e comentar por favor continua

  • thailavondy Postado em 16/03/2012 - 13:43:42

    nossa amiga essa web é perfeita amo ela de paixão!!!!!!!!!!!!!!!!! e to na espera de post sempre

  • thailavondy Postado em 02/03/2012 - 12:38:58

    menina do ceu essa web é perfeita!!!!!!!!!!!!!!!!! to apaixonada por ela e olha a cada post fico mais curiosa

  • thailavondy Postado em 27/02/2012 - 12:49:10

    tá muito perfeita a web, se continuar assim vai arrasar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • thailavondy Postado em 27/02/2012 - 12:47:17

    tá muito perfeita a web, se continuar assim vai arrasar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • thailavondy Postado em 21/02/2012 - 21:58:13

    curtindo o carnaval e desaparece né linda????????????????????????

  • thailavondy Postado em 13/02/2012 - 13:14:50

    desculpe a ausencia esses dias mais tava sem pc


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