Fanfic: "Dois em um" (vondy)

Ih, pelo visto a web já começou a sofrer da síndrome da falta de comentários, mas tudo bem eu já esperava por isso. Thaila querida, muito obrigada pelos seus comentários, eu adoro quando as leitoras dão palpites e comentam sobre a web, é muito incentivador pra mim... Demorei a postar hoje porque ainda tava escrevendo, mas como eu já disse antes, não é todo dia que vai ter post, e não sei se vai ter amanhã :/

Espero que entendam. Bjocas!

Cap. dedicado à thailavondy, minha leitora mais fiel.

- Christopher?

Chris: Maite? – olhou intrigado para a morena à sua frente – é você?

Mai: não, a rainha da Inglaterra! Claro que sou eu bobo! E o que você tá fazendo por aqui? – perguntou sorrindo

Chris: eu.. er... bem...

Mai: tudo bem, vem comigo! Virgínia cuide bem das minhas meninas hein! – lançou um olhar repreendedor para a secretária que assentiu calada – não liga não, ela é mal humorada assim com todo mundo... – o conduziu até o seu escritório.

Chris: eu percebi mesmo... - sentou-se na cadeira a frente da mesa de Maite – o que você é afinal? cafetina ou algo assim? – Maite gargalhou

Mai: você não mudou nada né seu moleque! – ele deu um sorrisinho – mas eu não sou cafetina, se é nisso que você está interessado é melhor procurar outro lugar...

Chris: e você também não mudou nada! – sorriram – mas enfim, foi bom te encontrar, você que manda aqui não é?

Mai: é sou eu sim, e antes que você que você me atribua outra profissão grotesca, eu sou fotógrafa tá? – ele deu um sorrisinho mas logo ficou sério, compreendendo bem o que aquilo correspondia. – o que foi? – percebendo a tensão nos olhos dele

Chris: hum... eu preciso falar um assunto com você... – coçou a cabeça agoniado – mas eu não sei se é certo...

Mai: bom... – o olhou intrigada – eu imagino que seja um motivo sério, mas se você não me contar eu não sei como te ajudar... – ele suspirou – mas antes... me conta como é que o garoto insuportável que me atormentava tanto na escola veio parar aqui na minha frente... – perguntou divertida, talvez assim ele ficasse mais a vontade para falar...

Chris: você ainda lembra desse tempo? Já faz o que? Uns dez anos?

Mai: foi o único tempo que eu te conheci. E na verdade foram quartoze anos, você mudou de escola na 5ª série. E eu nem sei como te reconheci, você mudou bastante!

Chris: ao contrário de você né? Continua a mesma, jeito de mandona, essa cara de sabe-tudo, se bem que você até mudou um pouco também – olhou involuntariamente para os seios dela que percebeu

Mai: Christopher! – o repreendeu prendendo o riso

Chris: desculpe, eu não fiz por mal eu juro! – se pôs sério e ela acreditou sorrindo

Mai: tudo bem relaxa. Mas respondendo a sua outra pergunta, eu realmente lembro de tudo mesmo, por exemplo – fez cara de pensativa – eu lembro bem daquela vez que você passou tinta guache no meu cabelo, também quando você jogou o meu caderno de ciências na privada do banheiro, deixa eu ver o que mais? Ah! E teve também aquela vez que você colocou a minha mochila de ursinho pendurada no ventilador!

Chris: nossa que memória hein dona Maite! – sorriram – hei, quem disse que foi eu na história da mochila?

Mai: você acabou de dizer agora, e fala sério né Christopher aquilo era a sua cara!

Chris: tá bom eu confesso, mas não me crucifica não porque eu não fiz nada sozinho!

Mai: eu sei bem, você e os seus cúmplices, vocês infernizavam o colégio todo... -  fez cara de brava – todo mundo deu graças a Deus quando vocês foram embora!

Chris: credo, eu não pensei que fosse tão odiado assim – sorriu – sabe, eu gosto de me lembrar daqueles tempos – suspirou – eram bons tempos, eu fazia o que queria e tudo o que eu levava era um puxão de orelha – ela sorriu – é... muitos bons tempos!

Mai: pelo visto as coisas mudaram né? – ele assentiu – então, me conta vai! Eu sei que a gente nunca foi lá os melhores amigos do mundo – enfatizou – mas como você mesmo falou, é bom relembrar os velhos tempos...

Chris: ah, mas eu te achava legal, só que você tinha aquele jeitão de brava que dava até medo!

Mai: ai não exagera! – pensou um pouco – quer dizer, eu era meio chatinha mesmo né? – sorriram – mas então, o que te aconteceu? Como é que tá o seu irmão?  Vocês ainda tem a mesma cara?

Chris: infelizmente sim! – deu um sorrisinho

Mai: sabe quem eu nem lembrei dele agora na recepção, na hora só me veio o seu nome na cabeça, mas também ele estudava na outra turma e ele era tão caladinho...

Chris: pois se você visse ele agora não ia nem acreditar na mudança...

Mai: nossa, ele deve ter mudado mesmo – suspirou – mas é a vida né! O mundo muda, as pessoas mudam também, e eu não sou mais tão chata daquele jeito não.

Chris: mas é sério, você era muito chata mesmo – ela fez cara de ofendida – você não deixava ninguém chegar perto de ti, eu não sei o que aquele seu amigo lá fez, como era o nome dele mesmo?

Mai: Christian... – falou sorrindo – ele entrou pouco antes de você sair eu lembro...- suspirou – ele era diferente...

Chris: eu sei bem como ele era diferente! – deu um sorriso torto

Mai: como assim? Não entendi?

Chris: ah fala sério Mai, aquele cara era caidinho por você, todo mundo sabia disso, vai me dizer que vocês nunca tiveram nada?

Mai: meu Deus, que gente pretenciosa! A gente só tinha 11 anos! – suspirou – e ele não era caidinho por mim coisa nenhuma, nós éramos amigos nada mais. Quer dizer, nós somos amigos!

Chris: ah então vocês ainda se falam? – ela assentiu – que legal... – ele ficou uns instantes calado e a morena  o fitava silenciosamente. Maite tinha muita sorte mesmo, pensou... se ainda se falavam até hoje é porque tinham uma grande amizade, e uma amizade duradoura assim era algo raro hoje em dia, e ele a invejava por isso. As vezes se sentia sozinho, lhe faltava algo que não sabia o que era e talvez uns amigos poderiam lhe preencher esse vazio. Olhou discretamente para a jovem na sua frente, lembrava bem de Maite nos tempos da escola, adorava infernizá-la por causa daquele seu jeito toda certinha, mas pelo visto ela havia se dado bem. Estava adorando reencontrá-la, sempre que podia aproveitava para recordar os seus tempos de criança, o tempo em que não tinha nada com que se preocupar, que tudo acabava dando certo apesar de tudo.

Mai: viajando? – ela perguntou sorrindo, o tirando de seus pensamentos...

Chris: ah desculpa, você tá cheia de coisas pra fazer e eu aqui tomando o seu tempo...

Mai: que nada! Tá na hora do meu intervalo mesmo, eu só fui lá na frente pegar uns papeis, mas enfim nada importante... – deu uma olhada em sua mesa e mirou o amigo – então, será que agora a gente já pode ter aquela conversinha? – ele riu nervoso – eu não faço idéia do que você tá procurando, já que você nem sabia qual é o meu trabalho – ele suspirou

Chris: é verdade... – passou a mão nos cabelos, era algo que fazia sempre que estava nervoso ou angustiado – e pra ser franco nem eu sem bem o que eu to procurando – ela assentiu confusa – bom, eu vim atrás da minha irmã...

Mai: sua irmã? E ela veio pra cá? – ele afirmou – bom, se ela estivesse lá fora você já tinha visto, eu já falei com algumas meninas hoje, mas todas já foram embora...

Chris: eu sei, eu vi ela saindo agora a pouco e... poxa vida... – suspirou – isso vai dar uma confusão danada lá em casa, a Hilary não...

Mai: a Hilary? – o interrompeu – eu nem imaginei que... – parou um pouco – mas é claro! – bateu na testa – Uckermann! Como eu não percebi antes! Eu sabia que já tinha ouvido esse sobrenome em algum lugar, eu só não lembrava de onde.

Chris: pois é...

Mai: e agora eu entendo o motivo da preocupação, ela já me explicou em partes essa história – suspirou – eu entendo o que você tá sentindo.

Chris: mas então? Ela tá trabalhando pra você? – a morena pensou meio indecisa – por favor Mai, eu preciso saber é importante! Eu prometo que não vou contar pra ninguém.

Mai: promete mesmo hein? A Hilary tá muito insegura, ela quer isso pra ela, mas ela teme as consequências, que pelo que eu notei são bem sérias...

Chris: sabe.. – se ajeitou na cadeira – eu particularmente acho isso um exagero, os meus pais não podem controlar a vida dela desse jeito, ela já tá bem grandinha, mas parece que ninguém entende isso... e o pior é que ela tem medo deles, medo do que eles podem fazer, eu e o Luis não somos assim, a gente disse que não queria e pronto, ele não puderam fazer nada que não fosse aceitar.

Mai: e você já parou pra pensar que é justamente por isso que ela tem medo? – ele pareceu confuso – você e o Luis sempre foram os “rebeldes” da casa, sempre levaram problemas pros pais de vocês, e ela não quer seguir pelo mesmo caminho, eles devem esperar que ela seja diferente e ela não quer decepcionar.

Chris: eu não tinha pensado por esse lado sabe... ela sempre foi a certinha da casa, mas eu sei que os certinhos são os piores – ele falou sério, e Maite deu uma risadinha

Mai: isso não é uma indireta né?

Chris: não, não por favor, não me entende mal, eu acho que me expressei errado, eu só quis dizer que...

Mai: tudo bem, eu entendi o que você quis dizer... – ele ficou mais um tempo pensativo – eu acho que você deve falar com ela, sei lá, entender o que ela tá sentindo, talvez você a ajude. – ele sorriu

Chris: você tem razão, na verdade você tem toda a razão!
Mai: eu sei que eu sou o máximo, mas não exagera tá? – riram juntos

Chris: tudo bem, mas eu acho que agora eu já to extrapolando o seu tempo, e convenhamos, você não pode deixar todas aquelas belezas esperando lá fora, isso é até maldade!

Mai: ah, acabei de perceber a sua nova face, de pivete a pegador, parabéns Christopher Uckermann você evoluiu bastante! – ele riu com vontade

Chris: muito obrigado pelo elogio, ganhei o meu dia com isso... mas então, eu acho melhor eu ir logo – levantou-se e ela fez o mesmo – muito obrigado Mai, de verdade, você me ajudou bastante e obrigado também pela minha irmã, eu sei que de algum modo você deve ter ajudado ela também...

Mai: eu fiz o que eu pude... deixa eu te levar até a porta...

Chris: então, nos vemos?

Mai: a sua irmã me deu uns convites de uma festa da empresa do pai de vocês!

Chris: ah que ótimo! Você vai né? – ela afirmou – então a gente se fala na festa – fez menção de abraça-la mas ela o deteve

Mai: espera! Me mostra as mãos! – ele fez confuso – eu quero ter certeza que não tem nenhuma tesoura ou um pote de tinta prontos pra atacar o meu cabelo. – ele riu

Chris: tá, eu já percebi que você não esquece mesmo das coisas, mas eu prometo que dessa vez estou em missão de paz. – deram um abraço rápido e se despediram.

Mai: tá certo, agora vai lá e passa reto das meninas hein! Ainda não confio em você! – ele apenas balançou a cabeça e saiu sorrindo. Maite voltou para sua mesa e falou com a secretária para chamar a próxima modelo. No meio da conversa acabou esquecendo de dizer a Christopher que Hilary havia sido aprovada, mas enfim,, eles iriam conversar e ela não devia se meter mesmo. Estava feliz por ter reencontrado o amigo, na verdade colega, realmente não tinha boas recordações dele dos tempos da escola – deu um sorrisinho – ele era uma peste, mas desde aquela época sabia que era uma boa pessoa. E agora mais do que nunca sentia isso, viu nos olhos dele a preocupação com a irmã, e podia até ser um pouco cedo, principalmente pra ela que sempre foi muito reservada com as pessoas, mas já o via como um amigo, sentiu isso desde o momento que o viu. Olhou os convites em sua mesa, já sabia quem iria chamar, só esperava não receber um “não” como resposta.