Fanfic: "Dois em um" (vondy)

Jujuvondy, que bom que você apareceu querida! Muito obrigada!

Thaila, amore vc me enche sim mas é de alegria ;D . Obrigada por estar sempre comentando e também pela preocupação. Agora estou novinha em folha!

Eram por volta das 9 da noite quando Maite saiu de seu estúdio. A rua já estava um pouco deserta e escura, qualquer garotinha ingênua sentiria medo, mas ela não. Já tinha vivido o suficiente para não se assustar com coisas pequenas. Remexeu sua bolsa procurando as chaves do carro, e depois de encontrá-la destravou as portas e entrou no veículo. Cerca de 10 minutos depois já entrava pelos portões de seu condomínio, um lugar agradável e seguro, com casas iguais um pouco afastadas umas das outras. Não gostava de edifícios, pessoas morando empilhadas lhe dava uma sensação ruim só de entrar num lugar daqueles. Gostava de ter o seu próprio espaço, sem se incomodar com vizinhos barulhentos ou infiltrações no apartamento de cima. Adorava plantas, depois da fotografia, cuidar do pequeno jardim a frente de casa era o seu hobby favorito. Entrou em casa sorrindo ao sentir o gostoso cheiro de desinfetante, havia sido o dia de a faxineira fazer o seu trabalho e a casa estava um brinco. Subiu a pequena escada de madeira e entrou em seu quarto logo se jogando na cama depois de tirar os sapatos. Pegou a telefone, sorriu um pouco pensando no que iria fazer agora, discou o número que tinha gravado na mente e esperou chamar... dois toques depois ouviu uma voz divertida do outro lado da linha.

- Meu Deus eu acho que eu to delirando! Maite Perroni me ligando? Não pode ser!  – ela sorriu

Mai: como você sabe que sou eu?

- Já inventaram uma coisa chamada identificador de chamadas sabia?

Mai: também não subestime a minha inteligência Alfonso! – fingiu estar brava e foi a vez dele sorrir – eu te acordei?

Poncho: você sabe que eu não durmo antes da meia noite, ou melhor, você já deve ter esquecido né? Pensei que nem sabia mais o meu número.

Mai: deixa de ser dramático vai, quanto tempo a gente não se fala? Uns dois meses?

Poncho: cinco! – ela riu – você sabe muito bem não se faça. – suspirou – mas então me diga qual o motivo desse milagre?

Mai: Poncho não fica bravo comigo não... – fez uma voz manhosa – eu ando super ocupada e eu sei que você também, a gente não faz nada em comum, aí fica difícil né?

Poncho: eu sei, e justamente por não termos nada em comum que somos amigos hoje não é? – os dois riram alto. Fazia mais ou menos 1 ano que haviam se conhecido, através de um encontro as cegas que Rick (seu assistente) e uma amigo de Poncho haviam armado. Tinha relutado bastante para não ir, mas foi praticamente obrigada. E para a infelicidade de ambos, o encontro havia sido um completo desastre, o achou bonito é lógico, mas bastou que abrisse a boca para que ela visse a roubada que haviam se metido. Não brigaram, mas não pode deixar de chama-lo de “bebezão” e ele rebateu dizendo que ela tinha jeito de velha, o que havia resultado em um pequeno desentendimento, nada demais, no final da noite só estava com o vestido sujo de molho de macarrão e ele com suco no cabelo, mas nenhum dano físico. E por incrível que pareça haviam se tornado amigos por causa disso, falavam-se basicamente pelo telefone, mas haviam compartilhado horas e horas de conversas animadas e que rendiam boas risadas.

Mai: não tem como não rir, quando eu lembro daquele dia... – suspirou -  e nem vem, eu não liguei pra você e você também não me ligou, então estamos quites!

Poncho: eu sei, eu falei só pra te deixar bravinha mesmo – sorriu – eu andei um pouco atolado de trabalho, mas agora tá aliviando um pouco.

Mai: e a sua academia?

Poncho: tá ótima, e você ainda me deve uma visita lá? Belas amigas ingratas que eu tenho, a Dul apareceu lá semana passada, prometeu que ia voltar e nada! – bufou com seu jeito de “bebezão” que ela costumava dizer.

Mai: tudo bem, um dia eu apareço por lá pode ser?

Poncho: pode ser... – falou não acreditando muito nela

Mai: bom, mas respondendo a sua perguntinha, eu tenho um motivo pra te ligar sim...

Poncho: tá aí, eu sabia, já vou logo avisando que eu não tenho dinheiro pra emprestar...

Mai: Poncho! – riu – você seria a última pessoa a quem eu pediria dinheiro emprestado sabia? – ele riu também – eu quero te convidar pra uma festa...

Poncho: festa? Quando? Onde? De quem?

Mai: calma aí! – o interrompeu senão ele não ia mais parar de perguntar – eu ganhei uns convites pra uma festa chique que vai ter amanhã, é de uma empresa, grupo Uckermann já ouviu falar?

Poncho: aquela dos shoppings? – ela afirmou – já ouvi falar bastante, tá ficando importante hein dona Mai?

Mai: quem me dera – riu – então, eu ganhei os convites... – ele a interrompeu

Poncho: aí você pensou em chamar o seu amigo bonitão aqui pra te acompanhar! – todo convencido

Mai: não... – falou categórica – como eu ia dizendo, eu tenho dois convites, aí eu vou dar um pra você e eu quero que você leve a Dul pra mim conhecer!

Poncho: poxa, que consideração hein! Se você quiser eu te dou o telefone dela aí você leva só ela pra festa já que não precisa de mim...

Mai: deixa de ser chorão Poncho, é claro que eu quero te ver também, mas você sabe que eu sou doida pra conhecer a Dulce, você fala tanto dela...

Poncho: tudo bem... – deu um risinho – é que eu to meio sensível hoje – ela riu também – pode deixar que eu trato de levar ela nem que seja amarrada, você vai gostar dela, vocês são muito parecidas...

Mai: ai que ótimo! – deu um gritinho animada – olha a sua criancice me contagiando... – Poncho riu

Poncho: e você vai sozinha?  - ela suspirou devagar

Mai: aí é que tá, eu quero chamar o Christian, mas ele anda tão estranho que eu acho que ele não vai querer ir...

Poncho: hum, por que será? – ele falou baixinho pra si mesmo e ela ouviu

Mai: eu não sei, quer dizer eu imagino, mas eu to deixando ele se sentir a vontade pra me contar.

Poncho: entendo... – num dos poucos encontros que tiveram, Mai o havia levado pra assistir a uma peça de Christian e os dois foram apresentados. Gostou dele, e também por ele ser o melhor amigo da morena, sentia-se preocupado também... – mas sei lá, tenta convencer ele, vai ser bom, e poxa... pelo tanto que você me falava dele e pelo pouco que conheci, eu não consigo imaginar o Christian pra baixo...

Mai: pois é, eu também não, é tão estranho e ao mesmo tempo ruim ver ele assim, eu tento ajudar, mas sinceramente eu não sei se consigo... – Poncho percebeu a voz triste da amiga e sentiu vontade de ajudar também

Poncho: bom, mas não custa nada tentar né, e eu tenho certeza que ele vai te escutar, ele sempre te escuta...

Mai: tomara mesmo, eu vou atrás dele amanhã... mas então, tem certeza que a Dulce vai?

Poncho: ah ela vai sim, ela me deve essa! – deu uma risadinha – então chegamos na hora que você me dispensa porque trabalhou muito o dia todo e tá morrendo de cansada, acertei?

Mai: ai, acertou! – afundou a cabeça no travesseiro, já sentia os olhos pesados e seu corpo pedia por um bom banho quente. – você parece que lê os meus pensamentos sabia?

Poncho: ih, tá se arrependendo de ter me dispensado é? Agora eu também não quero mais! – falou divertido.

Mai: você nem tá convencido né? Mas pode ficar triste, porque eu não me arrependi! – ele gargalhou

Poncho: depois eu que sou convencido...

Mai: aprendi com você! - Despediram-se com mais algumas gracinhas e ela ficou de ligar na manhã do dia seguinte para acertarem os detalhes da festa. A morena colocou o telefone no gancho sorrindo, se tivesse uma amiga com certeza ela diria “você só pode ser maluca”, pensou... onde já se viu ter dois amigos lindos e não ter qualquer interesse por nenhum deles? E pra piorar, o Christopher também apareceu e virou mais um da lista, suspirou. Realmente a situação não estava nada boa pro seu lado, será que era fria ou algo assim? Será que não gostava de homens? Oh céus, isso não, será? As experiências que já teve apesar de não terem sido boas sentimentalmente, mas fisicamente tinham sido satisfatórias. Esfregou as mãos no rosto, só podia estar maluca mesmo, resolveu ir logo tomar banho de uma vez, o dia seguinte prometia, ainda tinha que falar com Christian e sabia que não seria uma conversa fácil.

Thaila vc não acertou, rsrsrs...  eu não sei se vc lembra, mas lá na descrição dos personagens eu já dizia que a Mai era amiga do Poncho. Continue opinando, eu adoro.

Bjus, amo todas vcs!