Fanfic: "Dois em um" (vondy)

Postando mais aqui, e nunca me canso de agradecer por vcs comentarem queridas! Thaila, acredite, ninguém está mais anciosa do que eu pra esse encontro, rsrs.... Nath, minha querida é clarro que não esqueci de vc, eu ñ entendi o resto do seu comentário, enfim depois a gente se fala ;D

Dulce digitava algumas ideias no seu notebook, estava sem o mínimo sono, a semana que havia ficado parada parecia que tinha sido um século. Se já estava empolgada só de voltar ao trabalho, agora que tinha um desafio desses pela frente estava à mil. Não tinha nem almoçado direito, o que resultara numa bela bronca de Angel, revirou os olhos lembrando-se da tal bronca que não havia sido a única do dia. Havia telefonado para sua mãe mais cedo para contar a novidade, a princípio ela não entendeu direito, Blanca sempre dizia que ela tinha arrumado uma “profissão esquisita”, sorriu. Mas apesar disso entendera que aquilo era um passo importante na vida da filha, lhe deu os parabéns e prometeu uma visitinha no próximo mês. Foi uma pena não ter conseguido falar com o pai, pois ele estava no trabalho, mas sua mãe assegurou-lhe que contaria a novidade. Negou com a cabeça sorrindo novamente ao lembrar da reação da mãe quando dissera que tinha uma novidade... “você vai casar? Está grávida?”... Por Deus, será que as mulheres só pensavam nisso? É obvio que já havia pensado também, mas apenas vagamente, não via isso como uma prioridade em sua vida, se viesse bem, se não paciência, também não iria morrer por causa disso. É claro que se sentia sozinha, na verdade bastante, mas tinha Annie, quer dizer mais ou menos, Angel, Poncho... e o seu trabalho, seu fiel companheiro de todas as horas, sorriu melancólica. Não queria se tornar uma velha amargurada, isso não, mas também não gostava de depender de outras pessoas para ser feliz, poderia conseguir isso sozinha. Ou não? Teve os pensamentos interrompidos pelo toque insistente do seu celular.

Dul: alô! – atendeu mal humorada

Poncho: poxa, eu já tive recepções mais calorosas sabia?

Dul: ai desculpa Poncho, eu nem tinha visto que era você! Como é que tá o meu personal-trainer favorito? – perguntou sorrindo

Poncho: deixa de ser falsa, eu ainda não esqueci o bolo que você me deu na semana passada hein! – fingiu-se de bravo

Dul: credo não seja assim! Eu até me esforcei pra acordar cedo, mas me deu uma preguiça sabe... – manhosa

Poncho: sei... – irônico

Dul: e nem vem tá, se eu não fui também foi por culpa sua, você ia ficar me enchendo o saco falando da Annie, e não sei mais lá o que...

Poncho: poxa que amiga você é hein! Tudo bem deixa esse seu amigo chato, bobão e apaixonado aqui sozinho, fica aí sozinha também que eu vou chamar outra pra ir numa super festa comigo, tchau Dulce Maria...

Dul: ai Poncho para de frescura! Deixa de ser dramático tá?

Poncho: mas Dul...

Dul: mas nada, deixa de ser chorão!

Poncho: ah legal, é a segunda vez nessa noite que me chamam disso! Eu sou sensível, é diferente, tem muitas mulheres que gostam de homens assim sabia?

Dul: pois me inclua fora dessa lista tá certo? Além do mais eu não to nem um pouco a procura... – falou determinada

Poncho: tá bom mulher maravilha, você vai vir com aquele papo de novo que tá ótima, que não precisa de mais nada e não sei mais lá o que... – ironizou repetindo as palavras dela

Dul: é a mais pura verdade, eu estou ótima, melhor impossível! E antes que você pergunte eu não vou casar e não estou grávida!

Poncho: calma aí ruiva! – falou sorrindo – mas enfim, me conta o que te deixou toda alegrinha assim...

Dul: ai Poncho é maravilhoso, você não vai acreditar... – contou toda animada ao amigo a novidade, e Poncho ouvia tudo atento, se pudesse vê-la agora tinha certeza que seus lindos olhos estariam brilhando.

Poncho: pra você ficar feliz desse jeito tinha que ser trabalho né? – deu um risinho e ela bufou – mas relaxa aí, eu sei que isso é importante pra você Dul e eu fico feliz por ti, parabéns! – falou sincero – e caraca é o México’s live! Aquilo lá é cheio de artistas super famosos, gente importante e sem falar nas gatas né! – riu

Dul: mas vocês homens são todos iguais mesmo... bom de qualquer modo eu agradeço o seu incentivo eu realmente estou precisando...

Poncho: que isso, você sabe que pode contar sempre comigo... apesar de você nunca me ajudar quando eu preciso, eu ainda estou aqui para o que você precisar...

Dul: meu Deus como você é dramático garoto! Fala sério, e além de dramático é ingrato também né? Depois de tudo o que eu já fiz por você seu mal agradecido! – Poncho deu uma gargalhada gostosa do outro lado da linha e ela não teve como não rir também. Adorava conversar com ele, apesar de serem diferentes se davam super bem e era isso que o fazia especial. Tinha Poncho como um irmão, que mesmo sendo mais velho, pelo seu comportamento estava mais para irmão mais novo mesmo... adorava esse jeito de criança dele, e que apesar disso, nas horas difíceis e no momento em que precisava ele sempre estava lá pra lhe confortar. Tinham lá as suas desavenças as vezes, mas nada que não fosse resolvido por um belo puxão de orelha nele. E tinha que admitir, Poncho e Annie realmente eram muito parecidos, aqueles dois juntos não daria boa coisa, sorriu.

Poncho: tudo bem, já fez muita coisa mesmo, mas o que eu mais te peço você nunca fez! – emburrado

Dul: ela já sabe de você pelo o que meu lembro... – irônica

Poncho: porque eu atendi seu telefone naquele dia senão ela ia morrer sem saber que eu existo!

Dul: credo Poncho vira essa boca pra lá! E não vamos discutir de novo por causa disso, o que tiver que ser será, não precisa ficar me alfinetando...

Poncho: nossa essa foi profunda hein, o que tiver que ser será, gostei! Mas bem que você podia dar uma ajudinha né? – sorriu

Dul: ai eu desisto de você sabia? Que coisa chata! Mas cadê aquela sua funcionária bonitinha que te chamou pra sair? Aquela que achou o meu celular...

Poncho: ah a Alice... – suspirou – a Alice é bacana, super gente boa, mas eu não sei... eu não quero dar falsas esperanças pra ela, eu já tinha até decidido que ia sair com ela, mas acabei mudando de idéia...

Dul: nossa como você é complicado!

Poncho: olha quem fala! Tá bom senhorita “eu sou feliz sozinha”, só não esquece de me convidar pro seu casamento com o seu trabalho, e também quero ser o padrinho do filho de vocês. – ela deu uma risada irônica – fala sério Dul, você fala assim, mas eu tenho certeza que você tá doidinha pra arrumar alguém, eu sei que tá! Você fica sozinha aí nesse apartamento, eu aposto que... – ela o interrompeu

Dul: Nem ouse terminar essa frase, senão você é um homem morto Alfonso Herrera! – ele deu uma risadinha, ela estava de TPM, com certeza.

Poncho: tudo bem, não está mais aqui quem falou, mas você sabe que eu tenho razão. – ela suspirou – o que você tá fazendo? – mudou de assunto

Dul: agora nada, mas eu tava trabalhando até você me ligar...  – sorriu, ele mais ainda, era TPM mesmo, a grande inimiga dos amigos e namorados. – e você? – perguntou levantando-se, foi até a geladeira e pegou uma garrafinha de suco, precisava ingerir alguma coisa senão acabaria passando mal.

Poncho: tem certeza que você não sabe? – perguntou divertido

Dul: assistindo a novela das oito – respondeu revirando os olhos – Poncho você é único!

Poncho: eu gosto dá licença! Hei, isso aí foi um elogio? – ela riu

Dul: entenda como quiser tá... – fizeram um breve silêncio até que ela se lembrou – hei, e que festa é essa que você falou?

Poncho: ah sim, eu já ia esquecendo, você com essa sua TPM me faz esquecer qualquer coisa!

Dul: hei, eu não to de TPM coisa nenhuma! – suspirou – tá bom, talvez eu esteja, mas só um pouquinho, mas me fala da festa logo que eu já to curiosa!

Poncho: tá bom, é uma festa do grupo Uckermann, você conhece né?

Dul: claro, conheço sim, eles são os maiores patrocinadores do evento que eu te falei, são gente super importante...

Poncho: e como eu sou importante também... – ela riu sarcástica – cala boca Dul! Deixa eu me achar um pouco... – sorriram – bom, a festa vai ser amanhã, se arruma bem gatona aí que eu passo pra te buscar. – ordenou

Dul: primeiro você não deveria perguntar se eu quero ir? E como você conseguiu convite pra essa festa posso saber?

Poncho: ai Dul tudo você quer saber, credo! E não tem essa de não ir não, você tá me devendo, você vai e pronto!

Dul: tá bom mandão eu vou! Mas não é porque você tá me obrigando não. Eu comprei um vestido novo e ainda não tive chance de usar... – respondeu sorrindo

Poncho: poxa, obrigado pela parte que me toca, me emocionei! E respondendo a sua pergunta, quem ganhou os convites foi a Mai, e ela pediu que eu te levasse pra vocês se conhecerem.

Dul: a Mai? Poxa que legal! Eu tava louca pra conhecer ela mesmo, você disse que fazia um tempão que vocês não se falavam...

Poncho: pois é, fazia mesmo, eu até me assustei quando vi que ela tava me ligando... mas enfim, a gente se reencontra, você conhece ela, ah e ela vai levar um amigo também acho que você vai gostar dele.

Dul: ih, isso não é nenhuma tentativa de me empurrar pra cima de ninguém não né? – ele sorriu

Poncho: não, pode ficar tranquila, e pelo o que eu já percebi, acho que nós é que vamos dar uma de cupido nessa noite...

Dul: hum, gostei! Mas o que se passa nessa sua cabecinha hein?

Poncho: essa sua curiosidade me assusta garota! Deus me livre! Mas eu vou ficar te devendo essa, amanhã eu te conto todos os detalhes.

Dul: ai você sempre faz isso comigo Poncho! Por favor me conta, só um pedacinho pequenininho? – fez voz de bebê, mas ele disse não – que coisa, não custa nada, você vai me deixar dormir assim, eu posso ter pesadelos, acordar assustada no meio da noite, cair da cama, bater a cabeça e morrer, aí a culpa vai ser sua! – ele gargalhou

Poncho: depois eu que sou dramático né? Dul, você não existe!

Dul: tá bom, eu já entendi você não vai falar nada, tudo bem! Mas depois não reclama! – suspirou contrariada – a que horas você vai passar aqui amanhã?

Poncho: muito bem, assim que eu gosto, - riu – eu passo as 8, e sem atrasos por favor!

Dul: sim senhor, o senhor é quem manda e eu só obedeço – irônica – agora você vê se dorme hoje, porque eu não vou a festa nenhuma com acompanhante com cara amassada, fica bem gatão também viu?

Poncho: eu já sou gatão minha querida, não precisa nem pedir.

Dul: tá certo, eu espero que sobre lugar pra mim no seu carro porque o seu ego ocupa quase tudo... – disse divertida

Poncho: olha eu vou ignorar os maus tratos que você me deu hoje ok! E eu vou aceitar a sua sugestão, vou dormir um pouco mais cedo hoje... – ficaram em silêncio  – bom, é isso né?

Dul: hum? – perguntou sonolenta

Poncho: você já tá cochilando aí Dul! Por isso que tá me mandando dormir né sua monstrinha! – ela riu já se acomodando no sofá – e vê se vai pra cama que eu tenho certeza que você já tá toda encolhida aí no sofá que eu te conheço.

Dul: ai Poncho eu odeio você!

Poncho: também te amo ruiva, agora levanta daí e vai pro quarto... já levantou?

Dul: já, to indo pro meu quarto. – foi caminhando com os olhos meio fechados, pois se os abrisse totalmente perderia o sono – pronto cheguei! – e se jogou na cama.

Poncho: ótimo, então boa noite, beijo e até amanhã!

Dul: beijo! – falou rapidamente e desligou logo em seguida, largando o telefone no criado mudo ao lado da cama. Poncho olhou para o telefone incrédulo. Filha da mãe, praticamente desligou o telefone da minha cara, pensou. Levantou-se sorrindo, apagou todas as luzes de casa e foi para o quarto também. Dulce falava dele, mas ela também era uma criançona. Uma criança solitária, ela negava, mas ele sabia que ela se sentia assim. Tinha certeza que ela e Maite se dariam bem, sorriu lembrando-se da morena. Outra menininha metida a valentona, sem dúvidas aquelas duas se dariam muito bem. Deitou em sua cama e olhou rindo para uma foto em tamanho grande de uma certa loira na parede. Suas amigas podiam falar o que quisessem dele, era meio bebezão mesmo, mas no fundo tinha lá o seu lado maduro. Sabia que viajava um pouco as vezes, mas também não achava que era bom ter sempre os pés no chão. Sonhar um pouco as vezes era bom. Mas em uma coisa Dulce tinha razão, iria deixar rolar, se for pra ser, será. Ajeitou-se na cama preparando-se para mais uma longa noite daquela insônia que tanto o atormentava. Ficou alguns minutos passando a letra de uma música mentalmente e por incrível que pareça ele logo dormiu.

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