Fanfic: "Dois em um" (vondy)

Depois de deixarem Dulce em casa, Mai e Christian seguiram no táxi até a casa da morena. Chegando lá o loiro pagou a corrida e caminharam cambaleantes até a porta. Precisava cuidar dela e sabia que ela não se importaria com isso.

Mai: Christian? O que você faz aqui? – falou meio grogue e ele não evitou sorrir.

Christian: eita mas você tá que tá hoje hein!

Mai: olha quem fala!

Christian: melhor do que você eu estou pode ter certeza. – e ele realmente estava bem melhor. Tomou a chave dela que com muito custo tentava enfiar na fechadura, abriu a porta e a conduziu até a escada. E com muito custo conseguiram chegar ao andar de cima, a depositou na grande cama enquanto ela ainda acordada dizia algumas incoerências. – vem Maizita você precisa de um banho bem frio.

Mai: ah não Christian...

Christian: ah não coisa nenhuma! Vem logo porque senão amanhã você vai acordar com uma baita dor de cabeça, vem... – e foi levando-a até o banheiro. – eu vou sair pra você tomar seu banho...

Mai: não Christian espera! Não me deixa sozinha...

Christian: eu não vou te deixar só Mai, eu vou estar aqui fora.

Mai: não, eu quero que você fique aqui! – o abraçou forte impedindo que ele saísse – você disse que queria que eu te ajudasse não disse? Então deixa... – sussurrou segurando o rosto dele entre as mãos.

Christian: não você não sabe o que tá falando... – retirou as mãos dela delicadamente. Ela baixou a cabeça, caminhou até o box e foi abrindo o zíper do vestido. Ele desviou o olhar e mirou-se no espelho da pia... respirou fundo, lavou o rosto e correu para ampará-la quando ela ia caindo... – não sou bem eu que precisa de ajuda aqui... – brincou e ela deu um risinho. Ele a colocou em baixo do chuveiro e ela se encolheu ao sentir a água gelada em sua pele.

Mai: tá muito fria!

Christian: amanhã você vai me agradecer por isso. – deixou-a embaixo do chuveiro por mais alguns instantes e ajudou-a a por um roupão.

Mai: você está todo molhado... – ela estava sentada na cama, ele tirou o terno completamente ensopado e foi em direção ao banheiro. Tomou um banho frio também, demorou algum tempo a mais, precisava botar as ideias no lugar, aquele não era o melhor momento para isso, mas era o que tinha. Terminou o banho sentindo-se perfeitamente bem, os vestígios de álcool em seu sangue não lhe causavam nada mais do que um leve cansaço. Voltou para o quarto só de calça e a encontrou na mesma posição de antes, a diferença era que agora seu corpo tremia de frio.

Christian: hei... – foi em direção à janela fechando-a rapidamente e sentou-se ao seu lado abraçando-a – é melhor você se vestir e... – ela não o deixou terminar.

Mai: me desculpa... desculpa se eu falei alguma besteira... – ele percebeu por sua voz que ela também estava em perfeito estado de sobriedade e suspirou.

Christian: você não falou nenhuma besteira, apenas... – e se calou. Não podia continuar, era sim aquilo que ela havia falado, era daquele exato modo que ele queria que ela o ajudasse, mas não tinha coragem o suficiente para admitir isso, e além do mais não podia se aproveitar da fragilidade emocional dela.

Mai: não diga nada, por favor... – ela o mirou e ele respirou fundo nervoso pela proximidade de seus rostos. – eu não sei o que se passa exatamente na sua cabeça nem na minha e isso não me interessa... eu só preciso saber o que se passa aqui... – tocou levemente o peito dele sentindo seu coração que batia rapidamente – e aqui... – pegou a mão dele e levou de encontro a seu peito também.

Christian: talvez nós possamos ajudar um ao outro... – falou num sussurro. Estava se rendendo, sabia que não era forte o suficiente, mas era impossível fazer algo de sensato com ela tão próxima assim dele e aqueles olhos escuros o mirando tão intensamente. – eu acho que vou me arrepender disso amanhã...

Mai: você deve pensar menos no amanhã e mais no agora... – foram se aproximando mais e ele se rendeu completamente. Naquele momento não precisavam mais de palavras, seus atos falavam por si só. Ele sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo quando as mãos delicadas dela lhe tocaram por toda a extensão de seus braços e foi tudo o que precisou para que o controle fugisse totalmente. Abriu-lhe o roupão com facilidade e o mesmo foi deslizando sobre seus ombros. Surpreendeu-se ao ver que ela não estava mais com suas roupas íntimas, pois havia lhe dado banho com elas, mas não teve mais como pensar nisso quando recebeu mais uma carícia ousada. E assim seguiu aquele fim de noite, se tocaram, se beijaram, se entregaram, se amaram... se amaram? Não sabiam. Tudo o que sabiam era que queriam viver aquele momento, guardando cada detalhe, cada gesto, cada suspiro. Palavras não eram necessárias, e como da primeira vez há anos atrás ele a fez sua, mas com uma diferença, não era mais um garoto assustado fazendo descobertas com a melhor amiga, agora era um homem feito, tinha os sentimentos confusos ainda, mas eram  com relação a ela, somente a ela. Sabia perfeitamente o que queria e não precisava sair daquele quarto para conseguir...

Mirou o teto tomado pela escuridão, ouvia a respiração tranquila dela sobre seu peito,  sinal que estava adormecida. Suspirou pesado, sentindo o cansaço lhe invadir com toda força e foi fechando os olhos lentamente. O amanhã era incerto, não conseguia raciocinar direito nesse momento e antes que pensasse nas repercussões do que tinham feito, acabou adormecendo tendo ela em seus braços.

Gente foi o melhor que pude fazer, sei que não passou nem perto de bom, to num momento de crise que estou tentando superar. Obrigada as que comentaram na minha ausência.  Mtos bjus, me desejem sorte!