Fanfic: "Dois em um" (vondy)

Barulho. Maldito barulho. Maite colocou o travesseiro sobre a cabeça na tentativa de não ouvir mais aquele som irritante que fazia sua cabeça latejar. Esperou alguns segundos e nada, esticou o braço até a mesa de cabeceira e pegou o pequeno objeto que insistia em não se calar.

Mai: alô! – atendeu irritada

- Nossa que boa vontade hein!

Mai: ai Rick não enche o saco! O que foi?

Rick: você disse que talvez fosse passar aqui no estúdio hoje, e que era pra eu ligar caso você não aparecesse... – ela bufou.

Mai: eu to com uma ressaca daquelas, acho que é a pior da minha vida, tudo o que eu menos quero é levantar dessa cama agora... – estava de bruços, enrolada no edredom e com os olhos fechados.

Rick: ok, tudo bem você é que manda. Bom, eu já estou com todos os contratos, a Hilary veio deixar o dela, você pediu que eu avisasse.

Mai: ótimo! – deu um sorrisinho – agora me deixa dormir...

Rick: água de côco!

Mai: o que?

Rick: água de coco é ótimo pra ressaca! – falou brincalhão

Mai: tchau Rick! – desligou deixando o amigo sorrindo do outro lado da linha. Jogou o celular em um canto qualquer e encolheu-se novamente. Um, dois, três... droga! - Parabéns Rick você conseguiu tirar meu sono! – remexeu-se brava na cama. Seria ótimo se junto com o sono, aquela dor de cabeça infernal fosse embora também. Sentou-se na cama com os olhos semiabertos deixando o edredom escorregar por seu corpo. Arregalou os olhos de uma vez ao se dar conta que estava sem roupa. Céus, não lembrava de ter tirado a roupa, não lembrava nem como havia chegado em casa! Suspirou agoniada e levou as mãos a cabeça tentando lembrar de algo...

Christian: desculpa aí gente! – desligou a música rapidamente. – foi culpa da Mai! – falou com a voz borrada, e Dulce e Poncho sorriram.

Mai: minha nada! – deitou-se no sofá desajeitada o que fez os amigos sorrirem mais ainda. – Poncho manda essas cartas pra cá, dessa vez a gente acaba com esses dois!

Negou com a cabeça sorrindo, que maravilha, havia passado da conta, há anos que não fazia isso, Deus quisesse que não tivesse dito nenhuma besteira. Levantou-se devagar segurando-se para não cair pela tontura... viu seu vestido perfeitamente dobrado sobre a poltrona, o que a deixou intrigada. Vestiu seu robe que ficava sempre pendurado atrás da porta e foi ao banheiro. Talvez um bom banho a ajudasse, precisava tomar alguma remédio e... parou com o olhar fixo no bilhete colado no espelho. Deu um leve sorriso, não precisava nem ler para saber de quem era, conhecia muito bem aquela letra.

“Mai, recebi uma ligação do meu diretor e tive que ir. Vê se come alguma coisa. Espere eu te procurar.”

      Fercho.

Sorriu novamente. Aquele era um apelido antigo dele, era o nome do seu personagem na primeira peça que fez ainda na escola, e raras as vezes ela o chamava assim. Releu mais uma vez o bilhete e torceu o nariz. Não queria comer nada, estava enjoada, mas não era nenhuma criança birrenta, sabia que precisava e não brincava com a saúde. Concentrou-se na última frase, “espere eu te procurar”, o que ele queria dizer com isso? Não queria que ela o procurasse... isso era muito estranho. Retirou o robe, e foi entrando no box e de repente mais um flash veio em sua mente.

Ele a colocou em baixo do chuveiro e ela se encolheu ao sentir a água gelada em sua pele.

Mai: tá muito fria!

Christian: amanhã você vai me agradecer por isso.

Ela sorriu boba, Christian havia cuidado dela, realmente não tinha o que reclamar de seu amigo. E com certeza iria agradecê-lo, se não fosse por ele não estaria nem em pé agora. Ligou o chuveiro, dessa vez um pouco mais quente e iniciou o seu banho. Depois das taças de vinho tinha apenas alguns flashes do que tinha acontecido, mas lembrava bem dos ocorridos de antes. A festa, os amigos, o jantar e a conversa com Christian. Era por isso que ele havia escrito aquilo no bilhete, com certeza, ainda precisava refletir sobre o assunto e ela o entendia. Daria o tempo que precisasse. Terminou o banho bem mais disposta, pôs uma roupa leve e foi preparar seu café. Estava um dia lindo lá fora, perfeito para um passeio. Poderia chamar Christian, mas não podia, suspirou. Poderia ir na casa de Poncho, ele estava lá com certeza, sábado e domingo eram sagrados para o moreno, não acordava antes das 11. Era uma ótima ideia, faria isso mesmo, além do mais precisava pegar o seu carro que sem dúvidas estava lá, já que Christian nunca dirigia quando bebia.  

Terminou de comer calmamente e foi em direção à casa de Poncho.

Queridas, eu sei que esse post é quase o mesmo que nada, mas como eu prometi, eu tinha que postar. Saibam que eu estou sempre aqui, mesmo quando estou cheia de coisas pra fazer sempre arrumo um tempinho e venho aqui ver o que vcs escrevem. Quero agradecer imensamente por não terem me abandonado, e tenham a certeza de que não vou abandonar vocês! Nos próximos capítulos coisas importantes vão acontecer, então não podem ser escritos de qualquer jeito, pois sempre busco dar o meu melhor para vocês. Voto amanhã se Deus quiser, beijos a todas, lhes amo!