Fanfic: "Dois em um" (vondy)

Amores aqui está mais um post, sinto muito pela demora.

Esta semana agora eu terei duas provas e por isso não vou ter tempo pra nada, então só vai ter outro post no fim de semana. Eu sei que é ruim, e por isso estou logo avisando pra vocês não ficarem esperando a toa. Mas no fim de semana, podem vir aqui que vai ter post com certeza! Obrigada pelo apoio, bjs a todas e boas provas pra mim! :D

Poncho: não lembra de mais nada mesmo?

Mai: nadinha! Só aquilo mesmo... – estavam na cozinha e ela lhe contava da noite anterior enquanto o ajudava com o almoço.

Poncho: você tá com problemas morena... – brincou e ela sorriu irônica.

Mai: valeu a ajuda! – ele riu – eu nunca mais bebo na vida! – sentou desanimada apoiando a cabeça sobre os braços no balcão.

Poncho: o discurso de todo o bêbado! Anda levanta aí sua pinguça, me ajuda com essas batatas... – lhe passou uma pequena tigela.

Mai: ain eu odeio batatas... – resmungou começando a descascar as batatas e ele apenas sorriu.

Poncho: e não reclama não! – ela mostrou-lhe a língua – mas eu bem que gostei dessa sua ressaca – riu – você na minha casa em plena manhã de sábado? É uma proeza!

Mai: e você não desperdiça uma oportunidade de jogar na minha cara a péssima amiga que eu sou né? – ele assentiu.

Poncho: já virou hábito... mas então... – sentou-se de frente à ela do outro lado do balcão – você vai fazer o que ele pediu? – ela parou o que estava fazendo e o mirou.

Mai: por mais que me doa, eu vou! – suspirou – eu sempre dei espaço pra ele e vice-versa. Um sempre respeitou a decisão do outro, acho que é isso que mantém a nossa amizade por tantos anos... – suspirou pensativa. Esperava que aquelas palavras do bilhete de Christian fosse apenas uma simples expressão, mas sabia muito bem que não eram. Ele precisava de espaço, e não aquele espaço que ela sempre dava, era muito mais que isso... sua mente estava uma confusão e a dele também devia estar do mesmo jeito.

Poncho: escuta Mai... – segurou-lhe a mão direita e ficou pensativo por alguns segundos decidindo se falaria ou não – eu não devia te dizer isso...

Mai: ai Poncho diz logo! – falou impaciente.

Poncho: tá bom, tá bom... – respirou fundo - será que você não percebe? – ela franziu a testa intrigada – acorda Mai, ele é afim de você, todo mundo percebe isso, e você é única que não quer ver!

Mai: o que? Claro que não Poncho! – sorriu incrédula – não pode... ele... ele teve um namorado... – sussurrou aquele segredo, mas Poncho não pareceu surpreso com isso.

Poncho: e o que isso tem demais? – pensou um pouco – é claro! Esse é o motivo dessa confusão toda, por isso ele quer se afastar. – Maite balançou a cabeça ainda se negando acreditar naquilo... fez um leve esforço e de repente algo veio em sua mente, algo que Christian havia lhe dito enquanto conversavam no seu carro.

Christian: mas será que você não entende que é por causa de você! – agora sim ele alterou-se um pouco e ela parou de tocá-lo assustada – eu já havia me decidido, já tinha aceitado o fato de ser diferente, mas aí aconteceu aquilo na nossa formatura e... – fechou os olhos com força segurando as lágrimas.

Mai: meu Deus! – passou a mão pelo rosto tentando assimilar aquilo tudo. – mas eu pensei que... eu pensei que ele tivesse ficado confuso em relação ao que ele queria, e não com relação a mim! – ainda incrédula.

Mai: eu te confundi, mas poderia ter sido outra... eu entendo! – ele olhou nos olhos dela e pensou em falar algo, mas preferiu não falar.

Céus! Se aquilo fosse realmente verdade havia o deixado pior ainda... é claro que já tinha passado pela cabeça a possibilidade de ter algo com Christian, afinal gostava muito dele. Mas com os anos foram ficando cada vez mais ligados, de uma forma tão cúmplice e pura, que aqueles pensamentos foram se distanciando cada vez mais. Levou as duas mãos a cabeça, não sabia nem o que pensar agora, precisava falar com ele? Falar com Poncho? Ficar sozinha? Estava ficando louca isso sim! Poncho levantou-se para deixa-la mais a vontade e ela permaneceu quieta e calada por longos minutos.

Poncho: espaguete ao molho de tomate, a especialidade da casa! – olhou para o prato cuidadosamente decorado a sua frente e sorriu para o amigo.

Mai: a única coisa que você sabe fazer! – ele revirou os olhos e em seguida sorriu – eu fiquei tanto tempo “longe” assim?

Poncho: mais ou menos... – sentou-se e começaram a comer lentamente. Alfonso mirou a amiga disfarçadamente, ela estava distante, devia estar em uma verdadeira guerra interior. Poderia se arrepender de ter dito tudo o que disse, mas não estava. Alguém precisava abrir os olhos dela, já estava mais do que na hora. Era óbvio que aqueles dois se gostavam, e ficarem se enganando daquele jeito, perdendo a chance de serem felizes não era certo. – Mai... – falou meio inseguro.

Mai: lá vem você com isso de novo, fala logo de uma vez!

Poncho: ok... eu não quero te deixar mais confusa ainda do que  você está, pelo contrário, o que eu mais quero é te ajudar... – ela sorriu enternecida com suas palavras e ele também, mas logo ficou sério novamente. – não passa pela sua cabeça a ideia de que talvez, ontem vocês...

Mai: o que? - sobressaltou-se – claro que não Poncho, imagina! – sorriu nervosa – eu não estava em plena consciência, o Christian não faria isso comigo!

Poncho: você acha que não estava em plena consciência, mas quem te garante? Só porque você não consegue lembrar não quer dizer que você estava fora de si. – negou com a cabeça – não mesmo!

Mai: eu não entendo...

Poncho: talvez você pense que seja muito mais fácil não lembrar e fingir que nada aconteceu, mas as coisas não são assim morena. – ela suspirou e observou o amigo a sua frente. Sempre se julgou tão auto suficiente que ouvir conselhos de outra pessoa lhe parecia algo muito estranho, e mais estranho ainda pois sabia que ele estava certo!

Mai: eu acho que vou pra casa pensar um pouco... – falou vagamente.

Poncho: tudo bem, mas antes termina de comer e então você vai. Ah e já sabe, precisando é só ligar! – deu uma piscadinha e ela sorriu.

Mai: obrigada Poncho, de verdade! – terminaram o almoço e ela ainda o ajudou com a louça depois de muito insistir. Era por volta de 1 da tarde quando se despediram e a morena saiu em seu carro.