Fanfic: "Dois em um" (vondy)

Aqui está o post amores. Espero que esteja bom... Ardilla, querida que bom que vc voltou, estava sentindo sua falta. Me passe o link da web que vc tá postando agora flor, que eu dou uma passada lá ;D

Jujuvondy, obrigada mais uma vez pelo apoio! Bjus para todas vcs minhas leitoras queridas, amo vcs!

Os segundos se arrastavam como minutos, e os minutos pareciam horas. Aquele jogo de pique-esconde já estava deixando-a louca. Christian iria ouvir poucas e boas por deixa-la preocupada daquele jeito. Entrou rapidamente no prédio onde o amigo morava e seguiu para o elevador. E antes que as portas de aço se abrissem ouviu uma vozinha conhecida chamando-a de não muito longe.

- Dona Maite?

Mai: olá Antero! – saudou de forma simpática o senhor que estava atrás do balcão da portaria. Por trabalhar anos e anos como porteiro daquele prédio, Antero conhecia muito bem todos os seus moradores e aqueles que os visitavam com frequência, que era o seu caso.

Antero: eu estava esperando pela senhora! – o homenzinho de cabelos grisalhos lhe sorriu um tanto preocupado e ela se intrigou.

Mai: algum problema? – ele sorriu.

Antero: não propriamente – suspirou – o seu Christian não está.

Mai: ah que ótimo! – revirou os olhos – ele tá fugindo de mim mesmo! – falou entredentes e o porteiro não escutou – bom, então eu vou indo, obrigada Antero! – sorriu agradecida e ele a interrompeu de sair.

Antero: espere! – ela se virou

Mai: o que houve?

Antero: o seu Christian deixou uma coisa para a senhora... – abriu uma de suas gavetas e retirou da mesma um envelope branco fechado.

Mai: uma carta? – olhou intrigada para o envelope enquanto o mesmo vinha parar em suas mãos – quando ele lhe entregou isso?

Antero: hoje cedo! Quando eu estava chegando ele ia saindo...

Mai: e o que mais ele disse?

Antero: mais nada. Só disse que era para entregar isso à senhora e se despediu...

Mai: despediu?

Antero: foi... eu achei meio estranho também. Ele disse “adeus”. Foi muito esquisito e além do mais... – parou de falar e coçou a cabeça nervoso.

Mai: além do mais o que? Seu Antero, por favor me diga eu preciso saber! – implorou.

Antero: ele... tava...

Mai: tava...?

Antero: com uma mala... – suspirou – mas é só isso que eu sei, eu juro! – falou rapidamente. Se não estivesse nessa situação, sorriria da aflição dele. Agradeceu mais uma vez pela ajuda, e saiu caminhando sem rumo... Christian havia deixado-a? depois de tudo que haviam passado juntos? Não ele não podia fazer isso! Christian era o seu porto seguro, principalmente após a morte de sua mãe, ele havia se tornado o seu ente mais querido. Nunca pensou em um dia viver sem ele... agarrou o envelope contra seu peito. Ao mesmo tempo que estava se consumindo para descobrir alguma coisa, estava com medo. Com medo de ler o conteúdo daquela carta. Medo de que aquilo que ela queria que não fosse verdade estivesse estampado lá dentro. Medo, medo... odiava sentir medo. Sentiu a aflição lhe subindo e embargando sua garganta. Ótimo! A mulher madura e decidida havia sumido dando lugar a uma garotinha boba e assustada.

Um sorriso triste se formou em seus lábios ao constatar que involuntariamente havia parado numa pracinha não muito longe, onde costumavam passear nos fins de semana. Sentou-se em um dos bancos de concreto que haviam lá e mirou a carta respirando fundo. Era agora...

Mai,

Desculpa ter sumido assim de uma hora pra outra, você tem toda a razão pra ficar brava comigo. Lembra da nossa conversa quando você disse que queria me ajudar? Pois é, então me ajude entendendo essa minha decisão. Confie em mim querida, eu sei que estou fazendo a coisa certa. Nós dois precisamos desse tempo, você pode não entender muita coisa agora, mas um dia vai, te garanto. Pense menos no amanhã e mais no agora. Fica com Deus. Abraço.

Abraço? Depois de fugir pra sabe-se lá onde e deixar uma dúzia de palavras em um papel, ele diz “abraço”? Ah mais ele estava encrencado, oh se tava. Passou os olhos mais uma vez pela carta e de repente se atentou a uma frase: Pense menos no amanhã e mais no agora. O que ele queria dizer com isso? Respirou fundo e fechou os olhos pensando no conselho de Poncho. Podia ser bobo, mas não custava tentar. Se tinha esquecido de algo iria lembrar...

Christian: talvez nós possamos ajudar um ao outro... – falou num sussurro  – eu acho que vou me arrepender disso amanhã...

Mai: você deve pensar menos no amanhã e mais no agora...

Mai: Meu Deus! – abriu os olhos com rapidez e respirou ofegante. Agora era como se tivesse apertado o play e um verdadeiro filme passava em sua mente. Pra ser mais exata um filme que só tinha um cenário: seu quarto, e apenas uma cena!

Céus! Então Poncho tinha razão afinal. Havia acontecido tudo e mais um pouco... levou aos mãos ao rosto agoniada. Como pode ser tão burra? Christian havia feito bem de ter sumido mesmo, senão o machucaria mais ainda com a sua “amnésia”.

Posto mais amanhã se tiver comentários!

Bjão!