Fanfic: "Dois em um" (vondy)

Nos últimos capítulos: Mai descobriu que Christian foi embora e lembrou-se de tudo o que aconteceu na noite anterior. Christopher ligou para ela e percebeu sua voz triste, então a chamou para sair e ela aceitou.

Maite tomou mais um gole de sua água e novamente pôs os olhos no relógio, coisa que seu acompanhante parecia não ter. Minutos depois o viu chegar e ele foi logo se justificando.

Chris: tudo bem, você tá irada eu sei, mas, por favor, não me mata! – apressou-se em falar enquanto sentava-se a sua frente.

Mai: não imagina, você só me deixou esperando uma hora, o que é uma hora? – sorriu irônica.

Chris: eu não sei o que aconteceu, eu resolvi tirar uma sonequinha e acabei perdendo a hora, me desculpa? – falou nervoso e preocupado. Ela riu divertida.

Mai: ai Christopher você é uma graça sabia? – ele riu.

Chris: você diz isso porque ainda não viu a sua cara de brava. Quando eu te vi lá da porta me deu vontade de voltar de tanto medo.

Mai: seu tonto! – ele sorriu aliviado – gostei do lugar viu? Bem tranquilo, sem badalação.

Chris: eu sabia que você ia gostar, eu também gosto de ambientes assim, já basta os que eu sou obrigado a enfrentar.

Mai: pelo visto você e seus irmãos sofrem todos do mesmo mal né...

Chris: nem me fale. Eu e o Luis já nem tanto, agora vai quase tudo pra cima da Hilary – suspirou – eu não entendo sabe, eu sei que eles são nossos pais, que querem o melhor pra gente, mas eu não acho certo isso...

Mai: bom, como você mesmo disse eles são os pais de vocês e eu não sou ninguém pra questionar isso, mas dando a minha opinião sincera, eu acho que eles deveriam ouvir um pouco vocês, conversar, entender o que vocês sentem...

Chris: mas esse é o problema Mai, eles não entendem, nunca entenderam. Só agora que meu pai tá parecendo aceitar a minha profissão.

Mai: é complicado, mas mesmo não aceitando ele teve que engolir, não foi? – ele assentiu – então, com a sua irmã vai ser do mesmo jeito.

Chris: aí é que pega, porque não vai... – suspirou -  a profissão que ela quer seguir, digamos assim, não é muito...

Mai: normal?

Chris: é, mais ou menos. Não que eu pense assim, eu não tenho nada contra, mas é que o meu pai é uma pessoa pública então...

Mai: eu entendo, e ele não vai ser o primeiro nem o último com essa opinião, eu já to acostumada. É uma profissão instável, tem toda uma exposição, mas se é isso que ela quer, o que a gente pode fazer?

Chris: e se não der certo?

Mai: se não der, paciência. O que não se pode fazer é deixar de tentar.

Chris: você sempre foi assim com esse jeito sábio? Sério, porque eu não consigo imaginar uma garotinha falando desse jeito...

Mai: ta me chamando de velha é? – fez cara de brava.

Chris: não, não, por favor não foi isso...

Mai: ta Christopher eu entendi. – riu. – digamos que a vida me obrigou a atingir essa maturidade. – disse mais séria.

Chris: entendo. Quer dizer teoricamente né.

Mai: e por que?

Chris: ah é que lá em casa a gente nunca teve muito esse negócio de independência sabe. Sempre tem alguém por perto dizendo o que a gente tem que fazer, com quem andar, e isso cansa. – suspirou.

Mai: pais super protetores! A minha mãe também era assim, só que ela me deixou cedo. – falou triste.

Chris: sinto muito.

Mai: tudo bem. – sorriu – mas então, você nunca pensou em fazer algo pra mudar isso?

Chris: tipo o que?

Mai: ah qualquer coisa, morar sozinho por exemplo.

Chris: você acha que seria uma boa ideia?

Mai: é uma coisa bem normal né, você já está com quanto, 26?

Chris: 25. Eu já pensei nisso na verdade, mas acabei desistindo, a minha mãe ia ter um ataque – sorriram – e também – parou um pouco - esquece.

Mai: esquece o que? Ah não, começou vai terminar, o que mais?

Chris: não é só que... – sorriu envergonhado – não é nada importante, deixa pra lá.

Mai: Christopher... – o repreendeu.

Chris: ai tá bom, é o meu irmão, satisfeita? – ela fez um gesto para ele continuar – a gente briga de vez em quando, na verdade quase sempre, mas eu não sei, a gente tem uma...

Mai: ligação?

Chris: isso.

Mai: é normal. Irmãos tem isso, gêmeos então. E não se preocupa eu não vou contar pra ninguém. – ele riu.

Chris: obrigado.

Fizeram os pedidos e em menos de vinte minutos o garçom já servia seus respectivos pratos.

Thailaaaa sua linda!

Quando eu penso que você não pode mais me surpreender você me apronta uma dessas. Muitissimo obrigada por ter comentando aqui mesmo na minha ausência flor, saiba que eu li todos os comentários e fiquei mega feliz.