Fanfic: A Maldição [TERMINADA]

Eu era só uma garota. Sempre tinha sido apenas isso.

Mas, hoje em dia, eu sou muito mais que isso.

Eu era o que pode-se chamar de uma garota fútil e tudo mais.

Meu pai era herdeiro de uma grande fortuna, então sempre tive tudo o que quis.

Eu era a irmã mais velha. Mas tinha duas irmãs mais novas: Peggy e Meg. Elas eram gêmeas. Eu não costumava dar muita atenção para elas, por ser bem mais velha. Eu tinha 16, elas 4. Mas amava-as, do meu jeito, é claro.

O dia em que minha mudança de vida teve início, começou como outro qualquer. Acordei e fui para a escola. Foi um dia cheio na escola. Afinal, eu era líder das lideres de torcida e aquela sexta-feira era dia de jogo. O time da escola venceu. Para comemorar haveria uma festa à noite. Meus pais não deixaram que eu fosse. Porque as gêmeas tinham um recital de balé e eles não poderiam buscá-las depois, pois papai tinha um jantar de negócios e mamãe o acompanharia. Quando eram 22h, eu fugi pela janela de meu quarto. Fui para festa. Meus pais acabaram recebendo uma ligação da professora de dança das gêmeas, e foram buscá-las. Eu estava na festa e finalmente estava com o capitão do time, um garoto lindo que estava se declarando pra mim. Minha mãe ligou, quando vi no celular que era ela, desliguei o aparelho e me concentrei no capitão do time. Cheguei em casa pelas 4h da madrugada. A polícia estava lá. Achei que meus pais tinham mandado-os atrás de mim. Quem dera. O delegado me comunicou a pior noticia que eu poderia ter recebido. Meus pais haviam sofrido um acidente de carro, juntamente das gêmeas, quando estavam trazendo-as pra casa. Um caminhoneiro bêbado havia batido neles. Todos morreram na hora. Toda minha família estava morta. E era tudo culpa minha. Se eu tivesse ido buscar as gêmeas, nada daquilo teria acontecido...  Mas já era tarde, eles estavam mortos e não havia nada que eu pudesse fazer.

Eu ainda era menor de idade, então precisava de um tutor. Meu pai era filho único, assim como meu avô, bisavô e todos na família. A origem de minha mãe sempre foi desconhecida.

O advogado comunicou que a empresa de papai tinha uma grande divida e, por isso, a casa onde morávamos deveria ser vendida.

Quando venderam a casa eu fui para um orfanato.

Fiquei um mês lá. E fui tratada como o lixo do lixo do lixo do lixo. Por ser tudo que as pessoas de lá desprezavam: uma garota da alta sociedade.

Mas o mundo havia caído pra mim. Eu não era mais uma patricinha. Eu nem sabia mais o que eu era.

Foi no exato dia em que completou um mês da morte de meus pais que ela apareceu para me buscar.

Quando avistei aquela mulher toda de preto e com um vestido longo, assim como seus cabelos...eu senti um arrepio, como se ela não trouxesse coisas boas.

Mas ela me resgatou daquele lugar. Em nenhum momento ela olhava para mim ou dizia qualquer palavra.

Entramos em seu carro, que também era preto.

Não era uma limusine, mas tinha motorista. Sentamos no banco de trás e ele foi dirigindo.

Ela tirou o chapéu, olhou para mim e sorriu. Seu sorriso era extremamente acolhedor, todo meu medo passou. Eu apenas sorri de volta. E todas as dores que eu havia sofrido no último mês vieram à tona, através de lágrimas. A estranha mulher me abraçou.

-acalme-se Amy, tudo vai ficar bem. –ela prometeu.

[OBS: Amy = Anahí]

Quando finalmente parei de chorar, resolvi questionar.

-quem é você? –perguntei, ainda com a voz falhando.

-eu me chamo Agatha. Sou sua tia, irmã de sua mãe... –ela respondeu.

[OBS: Agatha = Ninel Conde]

Naquele momento entendi porque nunca tinha ouso falar da família de mamãe: não era uma família convencional.

-pra onde estamos indo Agatha? –perguntei, curiosa, mas nem tanto. Tudo que eu queria era sumir.

-estamos indo para casa querida. Para casa! –ela disse calmamente e fez sinal para que eu descansasse.

Eu sentia uma estranha paz quando estava na presença de Agatha.

Mas eu precisava fazer mais uma pergunta, apenas uma...

-e onde séria “casa”? –essa dúvida me assombrava.

Agatha sorriu. Senti que havia muito mais por trás de seu sorriso. Mas, pelo menos, ela respondeu minha pergunta.

-Bucareste, Romênia. –ela disse e então eu descansei.

Morar em Bucareste não me agradava, mas era melhor do que o lugar onde eu estava vivendo antes. E, pelo menos, eu estaria longe de tudo e todos.

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