Fanfic: A Maldição [TERMINADA]

Fui para meu quarto, tomei banho e comi pizza, que parecia ser o único alimento conhecido pelos James. Todos os dias algum deles ia buscar uma! Já que não queriam que ninguém descobrisse onde morar, buscavam mesmo.

Matt e Trey estavam treinando no tatame. Jason havia ido levar as roupas de Veronique para a casa dos Rivera. Marccelo estava vendo TV em na sala principal. Jake estava dormindo e Fleury estava falando com Layla Barak ao telefone.

Depois de jantar –pizza –e tudo mais, resolvi ir para o quarto de hóspedes, dormir.

Passei pela sala de meditação e Jesse estava lá, apenas de bermuda.

-desculpe se eu assustei você. –ele murmurou.

Entrei na sala de meditação e ele foi até mim. Ficamos cara à cara.

-é que Veronique me tira do sério. –ele explicou, com sua voz baixa e calma.

-brigas de amor! –suspirei. Por que o relacionamento de Jake e Veronique me deixava triste?

-não é amor. Nunca foi. Só que...antes eu fingia melhor. –ele deu um sorrisinho meio forçado.

-mas se você não a ama...? –não fazia sentido. Pelo menos não para uma mulher!

-entenda, o amor é uma coisa mais difícil ainda para lobos. Somos 28 homens e 21 mulheres. 7 vão ficar solteiros a vida inteira. Quando eu era mais jovem, tudo que eu temia era ser um desses. Veronique dava em cima de mim e eu achava bonita, então começamos um relacionamento. Aí... –ele hesitou –aconteceram umas coisas que me fizeram mudar e amadurecer. Mas Veronique continuou me procurando. Então aceitei ter um relacionamento do tipo...er...apenas físico, mas ela quer mais de mim. Algo que eu não posso dar. –ele sorriu.

-o que? –a curiosidade era mais forte que eu.

-meu coração. –ele murmurou.

Sem perceber fui ficando cada vez mais próxima de Jesse, para ouvir a história.

Jesse também não tinha percebido. Quando ele percebeu deu uns três passos pra longe de mim!

-desculpe pela pergunta da sua prima! –ele riu.

Fiz cara feia.

-desculpe. –ele repetiu, rindo mais ainda.

-Jesse James! –briguei.

Ele riu mais ainda!!!

-desculpa. É que você é tão...frágil! Acha que pode me ameaçar? –seu tom era zombeteiro, mas suas palavras eram reais.

-não me subestime! –provoquei. Lembrando do meu ex e cruel eu.

Jesse parou de rir, mas me olhou de um jeito...um jeito que fez meu coração acelerar!

E, DROGA! Ele ia ouvir meu coração, é claro.

Felizmente –eu acho –ele interpretou o aumento de meus batimentos cardíacos da forma errado. Achou que tinha tocado em um assunto delicado, como Nina mais cedo...

-não gostei de ver você chorando. –ele murmurou.

E eu não gostei de ver você com a vadia! Quer dizer, com Veronique! –pensei, mas faltou coragem pra dizer e inteligência pra saber o que essas palavras significavam pra mim.

-Nina falou do que não devia. –suspirei.

-sua mãe? –ele arriscou.

-sim. –admiti.

-eu não sabia que Agatha tinha irmã! –ele deu um sorrisinho.

-eu também não sabia que tinha uma tia. Muito menos primos! –confessei.

-isso explica porque você nunca chama Agatha de tia ou Nina e Izaque de primos. –Jesse notou.

-é. –concordei.

-o que fez você se mudar pra cá? –ele não resistiu a perguntar.

Eu não queria falar sobre isso. Doía falar sobre isso! Doía saber que eu era um monstro! Doía lembrar que minha família estava morta e a culpa era minha!

Jesse notou minha relutância em responder.

-desculpe. –ele sorriu.

-Jesse, essa super audição dos lobisome... –Jesse fez uma careta –dos lobos, funciona aqui? –perguntei.

-apenas com a porta aberta. As paredes dessa sala tem proteção à som. –ele respondeu, confuso com a minha pergunta.

Fechei a porta. Jesse me observou.

Eu tinha uma estranha vontade e necessidade de falar com Jesse sobre os assuntos que fizeram com que eu me mudasse para Bucareste.

-meu verdadeiro nome é Amy Bishop. –comecei.

-Bishop? Não me é estranho. –Jesse refletiu.

-talvez porque toda a família Bishop tenha morrido em um horrível acidente de trânsito que saiu nos jornais e tudo mais. –lembrei. –mas o noticiário não deu muita importância ao fato da filha mais velha do casal Bishop não estar no carro. –doía falar sobre isso! Mas também tirava um peso das minhas costas e da consciência.

-Amy... –Jesse começou.

-me deixe terminar. –pedi, ele fez sinal de positivo com a cabeça. –eu matei meus pais e minhas irmãs Jesse. –as lágrimas começaram a escorrer!

Jesse fez menção de me abraçar, mas parou.

-desculpe. –ele sussurrou.

Tentei parar de chorar.

-tudo bem.  Eu tenho que conviver com essa culpa. –era tão bom falar sobre isso.

Jesse ficou calado, então virou seu olhar para a lua, que não era cheia.

-Jesse... –sussurrei.

-o nome dela era Emily. –ele começou, sua voz estava dolorosa.

-namorada? –arrisquei. Ele riu, mas sem vontade.

-não. Minha irmã mais nova. –ele contou.

-fale Jesse. –sussurrei.

PS: Ainda estou à procura de um ator jovem, bonito, com uma cara mais ou menos de mau e que seja chinês ou pelo menos pareça ser para ser Nakamura Mei-li!