Fanfic: A Maldição [TERMINADA]

Ele se virou para mim e sentou em uma das almofadas. Sentei de frente para ele. Ele continuou falando, mas sem olhar pra mim. Olhava para parede ou para algum lugar, enxergando mais do que eu. Enxergando sua história!

-você deve ter notado que aqui só tem 6 James, e nós somos 7. Eu tenho um irmão da sua idade, 16. Ele tinha uma irmã gêmea, Emily. Quando eu nasci, Arthur James tinha acabado de morrer, ele era nosso tio avô e era lobo. Quando Mike, meu irmão, nasceu nosso avô Martin James é que tinha acabado de morrer. Ele nasceu um minuto antes de Emily. Isso foi o suficiente pra maldição cair nele e não nela. Como ela se lamentou por isso. Ela queria ser uma amaldiçoada. Porque para ela isso era uma bênção. Nossa mãe nos aceitou, mesmo com a maldição, diferente do que algumas mães fazem. Nosso pai era filho de um lobo James e uma loba Rivera, então já estava acostumado com a maldição. Mas ele nunca deixou de se culpar por termos nascido assim. E ele sempre nos olhou com pena, dó e compaixão. Nunca nos viu como filhos. Fomos praticamente criados pela nossa mãe. Quando Mike e Emily tinham 14, há dois anos atrás, morávamos todos os James no mesmo condomínio. Condomínio da família, onde só moravam James. Certa vez um “primo” –sua voz ficou raivosa –primo nosso veio passar um tempo com os James. Era Nakamura Mei-li, um dos sete Mei-li da China. O pior aconteceu. Nakamura e Emily se apaixonaram. No começo eles resistiram, mas era inevitável.

[OBS: A Partir daqui veremos o que aconteceu entre Emily e Nakamura, com narração de Jesse. Ah, Emily James = Emma Watson. Nakamura Mei-li = HELP!!!!!!!!!!]

Nakamura estava sentado em um dos bancos da praça do condomínio fechado da família James, Emily foi até ele.

Ela sentou, próxima à ele, mas evitando tocá-lo, pois sabia o que aconteceria se o fizesse.

-eu amo você. –ela sussurrou, timidamente.

-eu amo você também. –Nakamura evitava olhar para ela.

-então...o que faremos? –Emily perguntou chorando.

-eu não posso ficar perto de você, mas não consigo me afastar. Sempre tem algo que me puxa de volta! Sempre! –Nakamura cuspiu as palavras.

-amor? –Emily arriscou.

-Emily... –Nakamura desviou seu olhar do dela.

-o que Alejandro disse? –ela sussurrou.

-ele disse pra eu voltar pra China! –ele confessou.

-não! –Emily gritou, as lágrimas escorrendo.

Então, em um ato estúpido, ele a abraçou para consolá-la. E...nada aconteceu. Bem, os olhos dele brilharam brancos. Mas ele a soltou logo e o lobo...o lobo não agiu.

Quando conseguiram se recuperar do susto, eles conversaram. Nakamura procurou Alejandro, que o explicou que é possível controlar. Você não pode controlar tudo. Mas, talvez, um carinho, ou um abraçou, ou até um beijo você é capaz de controlar. Mas não pode ter muito contato físico, porque é perigoso. Mesmo sabendo controlar, é perigoso. Afinal,  não se domina uma maldição!

Nakamura passou três meses com os Barak, de Israel. Os Barak são os do nosso povo que melhor vêem essa maldição. Caleb Barak, o líder dos Barak, ama ser um lobo. Ele não considera isso uma maldição, e sim uma bênção. Ele diz que quem decide se é bênção ou maldição somos nós mesmos. Caleb é o segundo mais velho do bando, o primeiro é Alejandro. Ele ensinou Nakamura a controlar o básico.

[OBS: Caleb Barak = Antonio Banderas]

Nakamura voltou e reencontrou minha irmã Emily.

Lembro dele beijando-a apaixonadamente, por pouco tempo, mas sem se transformar. Mas víamos o quanto estava sendo difícil para ele, pois seus olhos ardiam de brilhavam realmente muito. Ele chegava a colocar óculos escuros quando a abraçava, e mesmo assim ainda víamos seus olhos brilharem e suas veias se contraírem.

Tentei convencer Emily a se afastar dele, mas ela acabou me convencendo a deixar que eles permanecessem juntos.

-eu o amo Jess. –ela insistia.

-você vai acabar morrendo Emily. Esse amor vai matar você! –briguei.

-pois eu prefiro morrer a viver sem ele. –ela disse, com lágrimas. Nakamura escutava tudo, do lado de fora da casa principal dos James.

-Emily... –tentei mais uma vez.

-você já amou irmão? –ela jogou.

-não. –admiti.

-pois se amasse me entenderia. Entenderia esse sentimento que faz com que eu não tema a morte. Porque existe algo pior que a morte.                 Pior do que essa sua maldição. Pior do que o abandono de papai e o medo da mamãe. Pior do que toda dor e temor que você possa imaginar. Viver sem ele é o que me assombra e parte meu coração, destruindo minha alma. –ela disse chorando.

-Emily... –eu estava vencido. Não queria ver minha irmãzinha sofrendo daquele jeito.

Então nos abraçamos.

-eu só quero que você seja feliz. –sussurrei.

-então deixe-me ficar com ele. –ela implorou.

-ok. –murmurei.

Ela sorriu e foi ao encontro dele.

[Fim da narração de Jesse]

-Uma semana depois ela estava morta. Por minha culpa! –ele suspirou. –eu devia protegê-la, até dela mesmo, como era o caso. Mas não. Eu me rendi a droga do amor! Eles apenas alongaram o beijo...foi o suficiente. Aquele monstro matou minha irmã por não saber controlar seus impulsos e seus hormônios! –os olhos de Jesse estavam brilhando de raiva.

-no dia em que meus pais morrem, eu discuti com eles por não me deixarem ir a uma festa. Eles pediram para que eu buscasse minhas irmãs mais novas, as gêmeas Meg e Peggy, ao invés de ir à festa do jogo da escola, já que eles tinham um jantar. Eu fugi pela janela e fui ao encontro do jogador modelo, na festa. Minha mãe me ligou certa hora, mas eu estava ocupada demais beijando o jogador, então não atendi. Duas horas depois, quando cheguei em casa, encontrei a policia que me comunicou que um caminhão tinha batido no carro de meus pais, com eles e minhas irmãs dentro, quando eles voltam pra casa com elas. Eles estavam mortos! Por minha culpa! –não segurei as lágrimas, que escorriam livremente pelo meu rosto.

-quando Emily morreu, eu tentei matar Nakamura. Então fiquei trancado no canil dos Rivera por três meses. Quando sai voltei pros EUA e reuni o meu bando. Éramos perigosos demais pra viver entre as pessoas normais. Fiz com que nos mudássemos pra cá, Alejandro deixou, mas ele nos obrigou a ir à escola. Nos isolamos do mundo, com o intuito de protegê-lo. Mas, há uns dois meses, Mike não agüentou mais. Ele nos abandonou. Voltou pros EUA. Mamãe estava sozinha, já que papai fugiu após a morte de Emily. Foi demais pra ele. Canalha! –ele deu um sorrisinho forçado, retribui –então Jake começou a andar com você e isso me enlouqueceu. Outra humana morrendo por culpa dos James? Nós já somos culpados pela maldição, já que foi Anthony James que usou a filha da bruxa. Ainda temos que ficar fazendo besteira? Não! –ele rosnou.

-como você sabia que Izaque estava se apaixonando por mim? –tive que perguntar.

-eu vi nos olhos dele. Ele andava sempre com você, quando nos encontrávamos nas luas-cheias ele ficava preocupado com você. Não sei se você sabe, mas quando estamos transformados em lobos podemos escutar a mente uns dos outros. –interessante! –Ah, ele sempre falava de você. Os sinais estavam lá! E, aquele dia, foi perigoso. –Jesse lembrou.

-eu atraio perigo. É meu castigo, por ter matado minha família. –falei seriamente.

-era você quem estava dirigindo o caminhão? –Jesse desafiou, olhando em meus olhos.

-foram seus dentes que tiraram a vida de sua irmã? –retruquei, olhando em seus olhos.

Ele não esperava por aquilo!

-Jesse... –comecei a me desculpar, mas ele sorriu.

-cada um com a sua culpa. –ele sorriu, mas seus olhos ainda estavam tristes.

-cada um com a sua maldição! –corrigi.

E então Jesse sorriu para mim uma última vez e foi para seu quarto.

Eu me joguei nas almofadas da sala de meditação.

Eu estava começando a entender o que estava acontecendo comigo. Tudo pelo simples fato de eu entender exatamente o que Emily James quis dizer com “Entenderia esse sentimento que faz com que eu não tema a morte. Porque existe algo pior que a morte. Pior do que essa sua maldição. Pior do que o abandono de papai e o medo da mamãe. Pior do que toda dor e temor que você possa imaginar. Viver sem ele é o que me assombra e parte meu coração, destruindo minha alma.”.

“Viver sem ele”? Mas eu nunca tinha tido um ele antes. E eu não tinha agora. Ou...

O jeito que eu me sentia desde que havia conhecido Jesse. A primeira vez que o vi e seu olhar me queimou, não era raiva de mim, era raiva dele mesmo! Eu podia entender Jesse. Mas eu também imaginava o lado de Nakamura Mei-li, que havia matado a pessoa que mais amava.

Séria possível que eu estivesse me apaixonando por Jesse? Logo por ele? O garoto que eu não podia ter! O amor que eu não podia viver! O prazer que eu não iria conhecer! Não! Se bem quem... Amar o proibido? Era a minha cara!

OBS: E então, o que acharam do segredo do Jesse???

Ah, a busca por Nakamura Mei-li, vulgo jovem, bonito, com uma cara mais ou menos de mau e que seja chinês ou pelo menos pareça ser!

Até semana que vem!

Alguma dica sobre o romance de Amy e Jesse (AyU)???

Bjs!

Gaby!