Fanfic: A Maldição [TERMINADA]

Capítulo 27: Izaque

Eu estava sinceramente nervosa em ir para a escola. Será que Zac estaria lá? Será que eu tinha idéia do quanto perigoso ele estava por estar apaixonado por mim?

Fleury me acordou como sempre.

-como foi sua noite de lua-cheia? –perguntei.

Ele simplesmente sorriu, um brilho maligno iluminou seu olhar. Senti um arrepio. Eu ainda custava a me acostumar com o brilho sombrio que pairava sobre os James, os Fleury e todas as outras 5 famílias amaldiçoadas!

-nervosa? –Fleury notou.

-Zac. –sussurrei.

-mon amour, Zac é um ótimo garoto! Quando éramos pequenos, no encontro das 7 famílias, eu, ele e Mike corríamos juntos em forma de lobo. Era demais! –Fleury sorriu.

Era estranho perceber que tudo que eu tinha conhecido era uma farsa. Izaque sabia da maldição, era um amaldiçoado, filho do líder do bando e mesmo assim fingiu ser só mais um cidadão de Bucareste que não sabia da maldição. Lembrei que nas luas-cheias ele sempre saia, ele mandou que eu me afastasse do belo e assustador bosque e...ele tinha o brilho sombrio.

Nisso Jake chegou à porta.

-saia Fleury, quero falar à sós com ela! –ele ordenou. Fleury fez uma careta, mas obedeceu.

Jake sentou na minha cama, me abraçou e deu um beijo na minha bochecha.

-eu quero que você tome muito cuidado. Eu estava tão neurótico ontem à noite, que os caras ficaram pensando que eu até parecia o Jesse! –ele começou.

-deve ser ruim ter alguém na sua mente! –e deveria mesmo.

-pior. –ele concordou e deu o sorriso que eu amava. –evite tocar em Izaque, não fique muito próxima e deixe bem claro seu sentimentos. –ele pediu, realmente preocupado.

Sim, sim e heim?

-meus sentimentos? –questionei confusa.

-sim. Será muito mais fácil pra ele...esquecer você, sabendo que você quer esquecê-lo. Você quer, certo? –agora ele é quem estava confuso.

-eu adoro o Izaque. Como um primo! –informei.

Jake sorriu. E deu um beijo em minha testa.

-sabe, eu sou filho único. Meus pais não me quiseram, quando descobriram que eu havia nascido amaldiçoado. Então me entregaram ao líder dos James, na época. Ele me entregou a Alejandro, a mãe de Zac também tinha acabado de morrer. Acabou que nos tornamos grandes amigos no tempo em que moramos na casa dos Rivera. Lembro de quando Agatha veio buscá-lo e, principalmente, de quando Meg James, a mãe de Jesse e Mike, veio me buscar. Eu não tenho irmãos de sangue, mas Jesse e Mike são como meus irmãos. Emily...Emily era minha irmãzinha. E eu a vi morrer por Nakamura Mei-li. E então eu conheci você, e eu senti por você esse amor familiar, você é como uma irmã Amy. E eu não quero ver outra das minhas irmãs humanas morrer por causa de um dos meus primos de bando. –ele explicou, seus olhos beirando lágrimas.

Não resisti, abracei Jake.

-eu tomarei cuidado! –prometi.

-ótimo! –ele sorriu e, em um salto, já estava no andar de baixo, segurando minha mochila.

Fomos para a escola. Fui para a sala lentamente.

Quando estava quase entrando, nervosa, senti uma mão tocar meu ombro. Meu coração acelerou. Se fosse Zac, eu já era! Mas não! Era...Jesse! Na época não entendi o porquê dele tirar seu toque de minha pele o mais rápido possível. Depois descobri: quando ele me tocou, seus olhos faiscaram!

Ele demorou alguns segundos para se explicar.

-desculpe se assustei você, mas tome cuidado. Estarei aqui do lado de fora, escutando tudo, qualquer coisa, eu entro! –ele prometeu. Me senti extremamente segura por saber que Jesse estaria lá por mim. Olhei para o fim do corredor, próximo ao banheiro dos meninos vi Trey e Marccelo, próximos ao bebedouro vi Jake e Matt. Olhei para sala e vi Fleury, que era da minha turma, sentado atrás de Zac. Jason tinha ficado para dar uma desculpa na sala de aula. E ele, Jesse, estaria parado na porta da minha sala. Ele estava lá por mim! Eles estavam! Chorei.

-o que foi? –Jesse perguntou preocupado. Pude nitidamente em minha mente as orelhinhas de lobo dos outros James e de Fleury levantarem, apenas pelo modo que eles olharam em minha direção.

Como explicar que depois que meus pais morreram não achei que fosse capaz as pessoas se preocuparem comigo daquele jeito, principalmente sete amaldiçoados que tinham me conhecido há pouco mais de um mês.

-obrigada pela preocupação. –agradeci e Jesse entendeu, afinal, ele sabia o meu segredo! Era mágico, Jesse sempre entendia meus sinais!

-boa sorte. –ele sussurrou.

Sorri e entrei na sala.

Izaque, com sua audição de lobisomem, havia ouso tudo, e me esperava em sua classe, eu sentava ao lado dele.