Fanfic: A Maldição [TERMINADA]

Agatha colocou minhas coisas no quarto de sua filha.

-ela não vai se importar de me ter aqui? –perguntei. Já que o meu antigo eu se importaria!

-Nina vai adorar sua presença. –Agatha sorriu e eu me senti melhor.

Eu havia dormido demais na viagem até aqui. Então só me restava deitar na pequena cama e olhar para o teto. 

Era muito melhor que o orfanato, mas a minha casa de antes da morte de meus pais era maior que esse mini-condomínio.

De repente um vento entrou pela janela, balançando a cortina. Levantei e fui olhar o que era, pela janela avistei o lindo e assustador bosque.

Eu não sabia por que, mas ele me dava medo.

Quando vi, alguém tocou meu ombro. Soltei um pequeno gemido, olhei pra trás e vi Agatha sorrindo.

-aquele lugar é mesmo assustador. –Agatha disse, com sua voz serena e calma.

-aquele lugar me dá arrepios. –confessei.

Agatha sorriu.

-fique longe daquele bosque Amy. É para o seu próprio bem. –sua voz estava sombria novamente.

-por que? –não resisti a perguntar.

Agatha hesitou, e quando ia responder, uma garota de longos cabelos vermelhos, uma saia Jens e uma blusinha azul, adentrou o lugar.

-oh, Nina! Você chegou! –Agatha cumprimentou.

Aquela era a 1º vez que eu via minha prima Nina.

-olá! Você deve ser Amy! –ela cumprimentou, alegre.

[OBS: Nina = Dulce Maria]

-sim. –eu disse, com um sorriso tímido.

Eu nunca havia sido tímida antes, mas as coisas mudam depois que sua família morre em um acidente de carro.

-seja bem vinda à Bucareste! Você vai adorar a escola! –Nina disse, com aquele seu tom alegre.

Escola? Eu não havia pensado nisso! Eu não estava preparada para voltar à escola.

-oh, é verdade. Eu já havia esquecido de avisar. Você já foi matriculada á escola. Amanhã é seu primeiro dia. –Agatha informou e saiu do quarto.

Eu realmente não estava preparada para ingressar ma escola no dia seguinte.

Nina fechou a porta e se jogou em sua cama.

-não se preocupe. Você vai gostar da escola. –ela disse sorrindo.

-espero que sim. –murmurei.

Nina trocou se roupa em uma velocidade incrível e se preparou para pular a janela.

-o que você vai fazer? –perguntei, já que pular a janela desse jeito me dava traumas, porque eu lembrava da noite em que eu pulei a janela para e paguei as conseqüências com a vida de minha família.

-ir à uma festa. É claro! –Nina disse, com um sorriso malicioso. –imaginei que você não quisesse vir junto! –ela disse.

-pois você está certa. –eu disse irritada.

Nina sorriu novamente e pulou a janela.

Por fugir para ir à uma festa que meus pais estavam mortos. Eu nunca mais desobedeceria a uma regra! Pelo menos foi isso que eu jurei para mim mesma naquele momento. Mas algo mais forte do que a culpa faria com que eu quebrasse esse juramento!

Algo faria com que eu quisesse quebrar todas as regras: dos homens e dos amaldiçoados. Um sentimento faria com que eu quisesse mudar o passado, mudar a história, mudar o destino, quebrando todas as regras que aparecessem na minha frente.

Mas eu ainda não sabia o destino que me aguardava, então achei que ia cumprir meu juramento.

Olhei pela janela e vi Nina entrar em um carro, cheio de pessoas. Mas vi algo mais. Vi o estranho bosque. Algo lá me atraia. Talvez fosse apenas porque Agatha havia pedido para que eu me mantivesse distante, ou eu simplesmente queria perigo.

Resolvi dormir. Acabei revirando na cama e tendo pesadelos. Afinal, aquele era o dia quem que fazia um mês que meus pais e minhas irmãs haviam morrido. E eu só conseguia lembrar de brigar com Meg e Peggy, por essas quererem mexer em minhas coisas. Ou de discutir com meus pais, por eles não me deixarem ir à alguma festa. Eu realmente estava...triste.

Eu havia pensando que poderia me isolar do mundo em Bucareste. Mas estava errada. Eu conviveria com uma família e iria à escola do mesmo jeito. Mas ou eu ficava com Agatha ou ficava com a madrasta. A madrasta era a madrasta de meu pai, não minha. Era uma mulher interesseira e da idade de minha mãe. Meu pai nunca concordou com o casamento de meu avô e da madrasta. E quando vovô morreu, ela ficou com a herança. Ela tentou ser minha tutora, pra guardar a minha herança. Que não era muita, devido ás dívidas que ela fez nas empresas da família. Mas eu disse ao advogado que preferia ir para um orfanato.  E era verdade, apesar de eu ter passado maus momentos no orfanato. Qualquer lugar era melhor do que estar com a madrasta interesseira. Até Bucareste!

E, quando eu acordasse, iria para a escola nova.

Eu mau imaginava o que estava por vir...