Fanfic: A Maldição [TERMINADA]

[OBS: Narração de Michael James]

Tentem entender meu lado! Eu saio de casa porque não agüento mais meu irmão tentando me isolar do mundo, quando volto ele tá namorando essa loira metida!

Chego em casa, a mansão tá aparentemente vazia, vou até meu quarto e encontro Pierre Fleury e Layla Barak dormindo de conchinha, tô indo pro tatame relaxar e encontro Vitorino James Baggio perto da piscina, com cara de suicídio, vou pra rua com a Mei, de repente meus irmãos de bando chegando sorrindo de orelha a orelha e meu irmão de sangue –que até onde eu sabia odiava viver –tá sorrindo mais que eles. Eles me recebem e me dão meias verdades. De repente, entra a loira de camisola minúscula, ela toca meu irmão, os olhos dele brilham, ele se transforma, ele já esteve com os Barak, com os Mei-li e ninguém me conta nada! Tô pior que corno! O último a saber!!!

Subi pro quarto de hospedes –o pequeno, já que o grande parece que agora é da loira! –e deitei ao lado de Mei, que era a única coisa que poderia me acalmar e alegrar.

-ouvi tudo. O perfeito Jesse James e uma humana! –ela falou quando deitei ao seu lado.

-pois é. Achei que conhecia meu irmão! –mas não conhecia porcaria nenhuma!

-vamos dormir! –Mei sorriu. Eu não sabia dizer não pra ela. A abracei, por cima dos lençóis mesmo, e tentamos dormir.

Ela dormiu rápido, mas eu fiquei repassando minha estranha vida pela minha mente. Tenho só 16 anos e já passei por tanta coisa!

Há dois anos minha irmã gêmea foi morta pelo verme...quer dizer, pelo Nakamura Mei-li. Meu irmão tentou matar ele e depois isolou os James do mundo. Eu cansei! Eu queria viver ao invés de existir! Sai mundo à fora!

Primeiramente voltei pra casa, pra ficar com mamãe.

-Michael! –ela me abraçou.

-mãe! –era tão bom estar de volta!

Mas as coisas não deram certa. Cada vez que ela olhava pra mim ela lembrava da Emily, do Jess, do papai...nenhum deles estava lá! Então a deixei, seria melhor para ela. Ela foi morar com sua mãe, nossa avó paterna. Ela estava mesmo precisando de uma família normal! Espero que case de novo e tenha outros filhos –sem maldição –enquanto pode!

Bem, fui até os Barak para aprender a amar ser um lobisomem! Até que aprendi! Mas Caleb me mandou para o teste mais difícil: Ir à China e encarar o verme...quer dizer, Nakamura!

Topei! Eu queria curar minha alma!

Cheguei lá e convenci Nakamura a me deixar ficar. Afinal, o líder deles já tinha permitido! Mas eu não conseguia perdoar! Não conseguia.

Certo dia estava no quarto e Mei, que eu mau conhecia, foi me levar um chá...

-você deve odiar meu irmão. –ela murmurou certa hora, me dei conta que nem tinha notado sua presença.

-não sei o que sinto. –admiti.

-amor não é algo permitido para nosso povo. Essa é a nossa maldição. Não amar! Se amamos...pagamos um preço! –a dor nas palavras de Mei me surpreendeu.

Será que ela já havia amado um humano?

-você...por acaso...? –o curioso lobo James perguntou! Nunca soube controlar minha língua! Mei riu!

-não. E nem vou. Veja Michael, nós não temos o direito de amar. –ela insistiu. Lembrei dos ensinamentos de Caleb, e de acordo com eles, ela estava errada!

-eu discordo! –falei com convicção.

-por que? –a pergunta me pegou de surpresa!

-realmente não sei! –confessei de novo. Mei riu.

-veja bem Michael, Sophie e Anthony se amaram, mas não podiam, então foram castigados. Mas quem realmente paga pelo pecado deles somos nós. –Mei tinha certa razão.

-eles se odiavam Mei! –lembrei e era verdade. Sophie e Anthony se odiavam.

-eu discordo! –ela insistiu.

-por que? –joguei.

-se eles se odiavam tanto, por que ele ficou em Bucareste depois de...er...ter um caso com ela? Se ele não a amasse, teria embarcado em seu navio e voltado pra casa e pra família com os amigos. Mas ele ficou, e só foi embora depois que a maldição entrou em vigor. –ela tinha certa razão.

-mas você acredita no amor! –eu odeio perder! Então, não desisti!

-eu não disse que não acreditava! Disse que não tenho o direito de amar! –fiquei com pena de Mei.

Nas próximas semanas, nos tornamos amigos e eu me apaixonei. E, pude sentir e ver, que não era o único.

Certa manhã, logo após uma noite de lua-cheia, estávamos chegando à casa dos Mei-li.

-Mei! –chamei, na porta do quarto dela.

-que foi? –ela se virou para mim, hesitante.

-eu...eu queria agradecer. –comecei.

-por? –ela se fez de desentendida.

-por isso! –a agarrei pela cintura e a beijei apaixonadamente.

Dai-lin, o líder dos Mei-li não permitiria nosso relacionamento. Muito menos o verme...quer dizer, Nakamura! Então eu e Mei fugimos!

Eu não podia voltar pra casa, pois meu irmão que “odeia amor, amar, pessoas que amam e felicidade”, me mataria! Mas, de repente, chego em casa e tá essa bagunça!

A única coisa boa que sobrou na minha vida é Mei! Não abrirei mão dele! Se o verme quiser, que venha! Sou capaz de morrer por esse amor! Ou não me chamo Michael James!

Acabei adormecendo, abraçado ao meu amor. Amanhã Jesse não escaparia! Ele tinha muitas coisas pra me explicar!!! Começando, de preferência, pela loira seminua!

[OBS: Fim da Narração de Michael James]