Fanfic: A Maldição [TERMINADA]

[OBS: Narração de Anthony James]

Sophie acabou de falar com Nina! Eu ouvi!

Não era exatamente dela e de Trey que ela falava!

Meu Deus!

Tudo parece uma bomba prestes a explodir!

Sinto que o final está cada vez mais próximo!

Talvez Meg Eliade estivesse certa...

Não! Não!

Não irei me iludir!

Já me conformei em viver pra sempre, é a minha maldição!

Pelo menos tenho Sophie...

Apesar das constantes crises da mesma!

E, de certa forma, tenho Jesse!

Que, inclusive, está precisando de mim no momento!

Lembro de quando apareci pra ele pela primeira vez:

Ele tinha 6 anos e tinha acabado de brigar com o pai adotivo. Jess nunca teve temperamento fácil!

Eles estavam na Áustria! O pai o havia levado para a matilha de fim de ano, que estava acontecendo lá naquele ano.

Era uma tortura para Joseph! Ele cresceu indo a essas matilhas por causa de seus pais, que eram um lobo James e uma loba Rivera. E agora ele tinha que ir para levar Jesse, Jake e Mike.

Bem, Jesse quis ir além do caminho e acabou se perdendo.

Eu fui até ele.

-quem é você? –o moleque que se achava gente grande perguntou entre dentes.

-Anthony James! –falei a verdade.

Ele riu.

Então fiz meus olhos brilharem.

-uau! –Jess sorriu.

-já ouviu falar de amigo imaginário? –era a desculpa perfeita!

-se você fosse um amigo imaginário, não estaria me dizendo que é! –ele era esperto.

-é que você não gosta de mentir pra si mesmo! –lembrei.

-é verdade! –ele sorriu.

E então era isso!

Fui seu amigo imaginário que sempre aparecia nos momentos de crise.

Mas não pude estar lá, quando Emily...

Quando aconteceu!

Não vejo Jesse há 5 anos. Não fala com ele há 9!

Ler mentes e não envelhecer ajudam muito na hora do “pai imaginário”!

Mas tive que tomar muito cuidado quando fingi ser Diego Rivera, o médico de Amy!

Fui até a casa dos James

Todos estavam ocupados com suas próprias coisas. Principalmente pela presença dos descendentes de Gustave Fleury, que estavam lá!

Entrei pela janela da sala de meditação.

Jess estava lá.

Deitado sob almofadas. Descansado o rosto sob os braços e chorando. No escuro.

-Jesse! –sentei na frente dele.

-perfeito! Agora enlouqueci de vez! –ele rosnou.

-amigos imaginários aparecem em momentos de crise. –meditei.

-eu não tô em crise! –ele disse em prantos.

Então eu vi em sua mente: ele lembrou de seu primeiro beijo em Amy! Começou a chorar mais ainda.

-se você a quer tanto... –comecei.

-não! Eu a quero viva! É o que importa! –mais lágrimas. Ele da primeira vez que a viu: ele olhou para ela com ódio, ao invés de desviar o olhar ela o ficou encarando!

-Jesse! –falei e fiz carinho em sua cabeça.

-você também amava Sophie, certo? Tive um sonho! –ele falou.

Vi o sonho em sua mente!

-amava! –falei.

-claro! Você saiu da minha mente! Concorda comigo! –ele deu um fraco riso e chorou mais ainda: lembrou do sorriso de Amy.

-amor é uma coisa que dói Jesse. Se não dói, então não é amor. E passar pelos momentos difíceis é a pior parte. Você sempre amará Amy. Se decidiu viver longe dela, saiba que jamais a esquecera. –sussurrei.

-eu sei! –ele murmurou.

E acabou adormecendo enquanto chorava.

Pulei a janela e me joguei mata à dentro, deixando-o lá!

Vê-lo sofrendo era doloroso pra mim também!

Estava na hora de falar com Sophie e com sua atual descendente!

Se Jesse era o “escolhido” ou não, não importava mais!

Estava na hora!

Isso era tudo que eu sabia!!!

[OBS: Fim da Narração de Anthony James]