Fanfics Brasil - 11° Capítulo Manhã de outono {AyA [terminada]

Fanfic: Manhã de outono {AyA [terminada]


Capítulo: 11° Capítulo

628 visualizações Denunciar



Os olhos de Any o metralharam.


Isso é o que você pensa! gritou.


Ele apenas riu, gentil e sensual.


Antes de você sair, agarrada ao peito nu e
atraente dele, lembre-se de que n
ão fui eu que tentei seduzi-la. Você já deve ter percebido que adolescentes
safadas n
ão são o meu tipo. Não que você se encaixe nessa categoria acrescentou ele, com um riso sarcástico. Ainda fal­ta muito para você ser uma mulher de 21 anos.


Essa doeu, doeu muito mais do que o sabor arrasador de tê-lo como amante.


Dereck  não concorda com isso informou-lhe.


Ele havia levado o cigarro à boca rígida, seus olhos rindo de Any.


Se eu tivesse a experiência limitada dele, também concordaria com ele menosprezou-a.


Aquela declaração deixou Anahí desconfiada.


E o que você sabe sobre as experiências dele? Ele a estudou por um
longo e est
ático
sil
êncio.


Você achou mesmo que eu ia deixá-la ir para Creta com ele e aquela
irm
ã irresponsável
sem investigar quem s
ão essas pessoas?


O rosto de Any enrubesceu de ódio.


Não confia em mim mesmo, não é?


Muito pelo contrário. Confio totalmente. Não con­fio é nos homens afirmou, arrogante.


Você não é o meu dono gritou ela, enfurecida com aquela
certeza serena.


Vá dormir antes de me tirar do sério outra vez.


Com todo o prazer retrucou ela. Saiu pela porta sem
nem mesmo desejar boa-noite e passou metade da noite sem conseguir dormir.


Aquela noite, os sonhos de Any foram invadidos por Alfonso.
E, quando acordou com o estrondo do trov
ão e o barulho da chuva, tinha em
mente a imagem vivida de si mesma naqueles enormes bra
ços e aquela boca ardendo em sua pele.
Aqueles pensamentos eram t
ão embaraçosos que a atrasaram para o café. Achava que não ia conseguir encarar Alfonso sem
trair as suas emo
ções e se entregar.


Mas suas preocupações eram infundadas. Alfonso já ha­via ido para o escritório quando Anahí desceu as esca­das e
deparou-se com Vivian, sozinha
à mesa do café.


Bom dia cumprimentou Vivian, educada. Suas
fei
ções
louras e delicadas estavam ressaltadas pela blu­sa e saia amarelas. Parecia
magra e ultra-elegante. Ela mirou a cal
ça jeans e o suéter branco de gola rulê com desgosto.


Você não acredita em moda, não é?


Na minha própria casa, não respondeu, apa­nhando o creme para
acrescentar sobre seu caf
é fumegante. A sra. Johnson entrava e saía da cozinha, trazendo mais das
formid
áveis
lou
ças
para a mesa.


Vivian a observou colocar duas colheres de açúcar no café.


E também não conta calorias, não é mesmo? divertiu-se.


Não preciso respondeu Anahí, tranqüila, sem deixar transparecer sua
irrita
ção.
Por onde andam Maude, Christopher e Dick Leeds?


Vivian a observou erguer a xícara até a boca e, com olhos de águia, deteve-se no machucado de seu lábio inferior, que palpitava levemente
esta manh
ã, um
do­loroso lembrete da chocante intimidade que tivera com Alfonso.


Os olhos apertados da loura cravaram-se no prato de Any ao
ver ovos mexidos.


Você e Alfonso ainda ficaram muito tempo
aqui em­baixo ontem
à noite disse em tom de conversa.


Tínhamos assuntos para resolver murmurou Anahí, odiando perceber que
aquela lembran
ça a
ator­mentava novamente. Estava sendo for
çada a ver Alfonso de uma maneira
totalmente nova, e n
ão sabia ao certo se era isso que desejava. Agora, temia-o
mais do que nunca: um medo delicioso e ef
êmero que acelerava seu pulso somente
ao imaginar aquela boca dominando-a. Como teria sido, perguntava-se, relutava
em imaginar, se ele n
ão tivesse se enfurecido...


Você deve ter sentido a falta de Alfonso
hoje de ma­nh
ã comentou Vivian com os olhos
estranhamente desconfiados e monitorando Anahí, que se servia de ovos e
presunto.
Ele
me pediu para descer assim que o despertador tocasse para que tom
ássemos café juntos.


Que simpático.


Anahí estava de cabeça baixa e não viu o sorriso malicioso que se
formou nos l
ábios
de Vivian.


Ele estava louco para sair antes que
voc
ê descesse continuou com a voz fria e baixa. Acho que está com medo de que você tenha interpretado com exagero o que
aconteceu ontem
à noite.


O garfo de Anahí pesou sobre os dedos, colidindo fortemente
com o prato de porcelana e produzindo um som alto e tilintante. Anahí ergueu o
olhar, espantada.


O quê? Ele disse isso? perguntou, incrédula. Vivian era a imagem da
sofistica
ção.


Claro, querida. Estava eriçado de remorsos e dei­xei que
desabafasse. Foi o vestido, claro. Alfonso
é homem demais para não se deixar provocar por uma mulher
seminua.


Eu não estava...!


Ele faz sexo muito bem, não acha? perguntou Vivian com um sorriso
dissimulado.
É um amante tão vivo, tão atencioso e excitante.


O rosto de Anahí estava roxo. Ela tomou um gole de café, ignorando a temperatura da bebida.


Você entende que isso não pode voltar a aconte­cer? perguntou a mulher gentilmente,
sorrindo para Anahí.
Agora entendo por que Alfonso não contou para você a verdadeira razão de eu ter vindo para cá com meu pai, mas... Ela se interrompeu no meio da frase,
insinuante.


Anahí a fitou, sentindo seu mundinho seguro desabar à sua volta. Era como se estivesse
sendo enterrada viva. Mal conseguia respirar, sentia-se sufocada.


Você quer dizer que...


Se Alfonso ainda não contou, não vou contar. Ele não queria anunciar a notícia logo. Não até que sua família ;me conhecesse.


Anahí não conseguia assimilar as palavras. Então era isso. Finalmente Alfonso
decidira se casar com aqueIa perua loura. E, depois de ontem
à noite, ela chegou a pensar que...
Cerrou o rosto. O que importava agora? Alfonso sempre havia sido como um irm
ão, apesar do ar­dor violento da noite
passada. E, segundo ele, aquilo fora apenas para adverti-la. Ele receava que
ela interpretasse demais? Ele ia ver s
ó!


Vivian, presenciando o olhar de desespero estampado no rosto
da jovem, cobriu o sorriso com a x
ícara de café que bebia.


Vejo que entendeu. Não vai contar nada para Alfonso sobre
o que eu disse, certo? Ele ficaria t
ão bravo comigo...


Claro que não respondeu Anahí, em voz bai­xa. Meus parabéns.


Vivian sorriu docemente.


Espero que nos tornemos grandes
amigas. E esque­
ça o que aconteceu com Alfonso. Ele também só quer es­quecer. Afinal de contas,
foi apenas uma distra
ção, nada para se levar a sério.


Claro que não, pensou Anahí, sentindo-se repenti­namente vazia.
For
çou
um sorriso, mas, felizmente, o resto da fam
ília chegou naquele momento e ela
conse­guiu enterrar a tristeza na conversa.


Anahí sempre gostou de aeroportos; os viajantes com suas
bagagens e sorrisos a fascinavam, e ela gosta­va de sentar para observ
á-los e criar histórias. Uma jo­vem loura, alta,
bronzeada e de pernas longil
íneas correu para os braços de um moreno grande e irrompeu em
l
á­grimas.
Ao observ
á-los,
enquanto esperava pelo avi
ão de Dereck James , Anahí se questionava se aqueles
dois estavam fazendo as pazes. Devia ser isso, porque o homem a beijava como se
acreditasse que nunca ia reve­la, e l
ágrimas incontidas escorriam pelas
faces p
álidas
da jovem. A emo
ção daquele beijo ardente fez com que Anahí se sentisse uma voyeuse e ela desviou o olhar. Via em ambos uma paixão profunda que não lhe era familiar. Jamais havia
sentido tamanho desejo por um homem. O mais pr
óximo havia sido quando Alfonso a
beijou pela segunda vez, aquele toque sensual e ardente que incitava os desejos
mais
ávidos
de seu corpo intocado. Se ele a tivesse beijado uma terceira vez...


Enfim, avistou Dereck  James
 vindo em sua dire
ção. Lançou-se em seus braços estendidos e o abraçou, er­guendo o rosto para beijá-lo firme e apaixonadamente.


Os olhos azuis de Dereck  sorriram para os dela, sob o choque do contato
daqueles cabelos ruivos sobre suas sobrancelhas.


Sentiu minha falta? brincou.


Ela confirmou com a cabeça genuinamente.


Você acha que eu teria vindo até aqui, contra a von­tade de toda a
minha fam
ília,
se n
ão
tivesse sentido?


Eu sei. É uma viagem longa, não? Eu podia ter ido de ônibus.


Não seja tolo. Ela entrelaçou seus dedos nos de Dereck  enquanto rumavam à esteira de bagagens. Que tal um tour por Charleston antes de irmos para casa? Os con­vidados de Alfonso
fizeram, e voc
ê tem
o mesmo direito...


Convidados? Eu cheguei em um momento
inopor­tuno?
indagou ele imediatamente.


Alfonso está cortejando um sindicato e uma mulher
ao mesmo tempo. Vamos simplesmente sair do caminho deles. Christopher, Maude e
eu vamos cuidar de voc
ê, não se preocupe.


Alfonso é seu tutor, não é? perguntou, enquanto apanhava a mala
na esteira.


É, e um primo distante. Fui criada
pelos Hamil­ton. Infelizmente o tempo n
ão está dos melhores para um tour ela se desculpou, apontando para o céu cinza e chuvoso ao saírem do aeroporto e dirigirem-se para
o estacionamento.
Tem chovido o dia todo e pode ser que haja inundações. Sofremos muito com os furacões aqui na planície.


É muito baixo aqui? perguntou ele.


É tão baixo que precisamos olhar para
cima para ver as ruas.


A mesma tolinha de sempre provocou ele. É bom estar no sul de novo. Não conhecia ninguém do sul antes de conhecer você. Na verdade, essa é a primeira vez que vou passar um
tempo aqui.


Vai descobrir muitas coisas. Principalmente,
que muitos de n
ós acreditam na igualdade, que muitos sabem de fato ler e
escrever.


Naquele momento, começou a chover torrencialmente. Ambos
correram para o carro, sem conseguir evitar que se encharcassem.


Afastando os cabelos molhados do rosto, Anahí deu ré com seu pequeno Porsche branco e
saiu do estaciona­mento. Ela dirigia com cuidado n
ão apenas por causa do curso que freqüentou, mas também porque, quando recebeu o carro de
presente de Alfonso, ele passou uma sema-na como passageiro, para monitorar
seus movimentos. Quando ele dava instru
ções, ela ouvia; afinal, Alfonso havia
competido em Grandes Pr
êmios por toda a Europa.


Está chovendo muito! riu ela, tentando enxergar por entre
os limpadores de p
ára-brisa. Era difícil identificar os outros carros,
mesmo com os far
óis acesos.


Não me culpe. Dereck  riu. Não trouxe a chuva comigo.


Espero que pare logo desejou ela, lembrando das duas
pontes que tinham que atravessar. Quando ha­via inunda
ção, as pontes ficavam sob a água e era im­possível passar.


Desculpe por não termos ido buscar você de avião, mas o Cessna precisava de uns
reparos. Foi por isso que Alfonso teve de levar seus convidados de carro. H
á um jatinho executivo da empresa também, mas um dos vice-presidentes
precisou voar at
é as usinas na Geórgia.


Sua família deve ser proprietária de várias indús­trias.


Ela desdenhou com os ombros.


Só três ou quatro usinas de tecelagem e
cinco con­fec
ções.


Ele arregalou os olhos.


Só...


Muitos dos amigos de Alfonso têm muito mais ex­plicou ela. Ela seguiu a 26 até pegar a saída e cair na Rutledge Avenue. Vamos passar em volta da Battery e
vou mostrar os principais marcos da Meeting Street.
Se conseguir ver alguma coisa nessa
chuva.


Conhece bem a cidade?


Tinha uma tia que morava aqui e eu
costumava passar o ver
ão com ela. Ainda gosto de vir para cá nos finais de semana, para sair à noite.


Não comentou que nunca havia vindo sozinha, nem que estava
fazendo esse passeio sem a permiss
ão de Alfonso. Maude e Christopher
tinham reclamado, mas ningu
ém conseguia detê-la a não ser Alfonso. E eles não consegui­ram encontrá-lo a tempo, antes de ela sair. Anahí
ain­da podia ver a express
ão presunçosa de Vivian Leeds e seu orgulho
ferido. Se ele estava envolvido com aquela loura, jamais deveria ter tocado em Anahí...
Mas ela o provocou. Ele a acusou de tal ato, e ela n
ão podia negar. Só não sabia por quê.



 


 


Me abandonaram? Decepção



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): theangelanni

Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

— Gostaria de usar essa região como pano de fundo para um livro — declarou ele, enquanto se aproximavam de Battery, avistando o quebra-mar e seguindo para a parte velha da cidade. Ela sorriu ao ver o interesse entu­siasmado de Dereck . — Você conhece a história dessas casas antigas da ci­dade? — perguntou ele. — ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 407



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • alessandrabp Postado em 17/01/2013 - 21:03:10

    aaaaaaaaaaaaaaaaaaaai que fic perfeita,fiquei completamente apaixonada. Você é uma ótima escritora e eu adoro suas fics.

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:31:05

    Que pena q acabohhhhh :/
    Simplesmente Perfeitahhhhhh
    ;D

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:59

    Que pena q acabohhhhh :/
    Simplesmente Perfeitahhhhhh
    ;D

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:36

    Que pena q acabohhhhh :/
    Simplesmente Perfeitahhhhhh
    ;D

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:29

    Que pena q acabohhhhh :/
    Simplesmente Perfeitahhhhhh
    ;D

  • jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:27

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
    QUe lindo *o*
    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
    Aguardando mais uma web *--*

  • jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:23

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
    QUe lindo *o*
    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
    Aguardando mais uma web *--*

  • jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:21

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
    QUe lindo *o*
    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
    Aguardando mais uma web *--*

  • jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:18

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
    QUe lindo *o*
    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
    Aguardando mais uma web *--*

  • jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:15

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
    QUe lindo *o*
    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
    Aguardando mais uma web *--*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais