Fanfic: Manhã de outono {AyA [terminada]
— Gostaria de usar essa região como pano de fundo para um livro — declarou ele, enquanto se
aproximavam de Battery, avistando o quebra-mar e seguindo para a parte velha da
cidade. Ela sorriu ao ver o interesse entusiasmado de Dereck .
— Você conhece a história dessas casas antigas da cidade? — perguntou ele.
— Só de algumas. — Ela apontou para uma casa branca de
dois andares. — Aquela ali, por exemplo, data de 1820. Foi construída com madeira de palmeira fincada na
lama, seguindo uma técnica local, contra terremoto. Esse estilo foi utilizado
depois pelo famoso arquiteto Frank Lloyd Wright. Foi uma das poucas construções que sobreviveram ao terremoto de
Charleston em 1886, que destruiu a maior parte da cidade.
— Nossa!
Ele apontou para o White Point Garden, onde um pequeno grupo
de pessoas desembarcava de uma charrete.
— Há vários passeios de charrete pela cidade
velha. São
divertidos. Mas infelizmente não temos tempo hoje.
— Não havia uma nuvem sequer no céu quando saí de casa — suspirou ele.
— É a vida. Olhe para a esquerda. Aquela
primeira casa pertencia a um dos Middleton, que era dono do Middleton Place
Gardens. A segunda casa foi construída num estilo típico de Charleston, tijolos sob
revestimentos de tábuas de cipreste. Data do século XVIII.
— Mocinha, você entende muito de arquitetura — elogiou ele.
— Não como a tia Hattie. Foi ela que me
ensinou. Ali mais abaixo você vê um bom exemplo de construção estilo Adams, a casa Russell. Hoje
ela é a
sede da Fundação
Histórica
de Charleston. Queria ter mais tempo para mostrar a Market Street para você — disse ela, pesarosa,
prestando atenção no trânsito. — Há um lugar em que você pode pedir a comida que quiser em
barracas individuais e há todos os tipos de lojinhas e galerias de arte. Mas acho que é melhor pararmos em um restaurante
perto da minha casa. O vento está forte e acho que a chuva não vai cessar tão cedo.
— Talvez na viagem de volta — sugeriu ele, sorrindo. Ela retribuiu
o sorriso, ligando o rádio em uma estação local. Estavam dando a previsão meteorológica. Previam inundações na área de King`s Fort e a alta dos rios
nas cercanias de Charleston.
— Espero que não esteja com fome. Temos que chegar
em casa antes de a água cobrir as pontes.
— Que aventura — brincou ele, observando a intensa
concentração
de Any ao tráfego.
— E é. Você está com fome? — insistiu ela.
— Estava pensando em um coquetel de
camarão — admitiu ele.
— Vou pedir para a sra. Johnson
preparar um para você assim que chegarmos em casa. Sempre temos camarão congelado, porque é o prato predileto de Alfonso.
Ele olhou para fora da janela para o céu cinza-escuro, para as luzes das
lojas e dos carros.
— Algumas dessas árvores estão inclinando demais — comentou ele.
— Já vi quase encostarem no chão durante um furacão — lembrou ela, aflita. — Estou com medo. Se eu soubesse que
teríamos
tempo, pararia para ligar para casa. Mas não vou arriscar.
— Você é o piloto, querida — declarou ele.
Ela sorriu de soslaio. Se Alfonso estivesse com ela, estaria
na direção,
mesmo que o carro não fosse dele. Ela se endireitou no banco. Comparações eram injustas, e ela não tinha o direito nem de pensar em Alfonso,
agora ele que estava praticamente noivo. Mas não podia parar de pensar no que ia
acontecer quando chegasse em casa. Como Christopher afirmou uma vez, quando
ficava irritado, Alfonso não se importava com as pessoas à sua volta.
A chuva os seguiu até King`s Fort e, apesar das reafirmações periódicas de Dereck , Anahí não conseguia evitar a tensão. O pequeno carro esportivo, a
despeito de seu design e mecânica brilhantes, era leve demais para enfrentar aquela
tempestade. Em um momento, Anahí quase bateu em uma caixa de correio, quando o
carro derrapou. Ela conseguiu desviar, mas ficava cada vez mais nervosa. Não havia onde parar até chegar a King`s Fort, senão já teria parado.
Cerrou os dentes e continuou dirigindo, tentando esconder o
nervosismo. Se ao menos Alfonso estivesse com ela!
Eles se aproximavam da primeira ponte e ela tentava enxergar
se ainda havia passagem.
— E então? — perguntou Dereck . — Ainda estou vendo a rua.
— É — respirou ela, aliviada. Diminuiu a
marcha para avistar melhor o nível da água. Estava apenas alguns centímetros abaixo da ponte. Em mais
alguns minutos... ela se concentrou em atravessar a ponte, sem pensar.
— Ainda falta muito até a segunda ponte? — perguntou ele.
— Uns 30 quilômetros.
Dereck não disse nada, mas ela sabia que eles
estavam pensando a mesma coisa, que aqueles poucos minutos representavam a
diferença
entre conseguir ou não cruzar a ponte.
Não havia quase fluxo nenhum de carros nas ruas. Só viram dois carros e um
deles era da polícia.
— Não queria perguntar isso — Dereck começou. — Mas e se a gente não conseguir atravessar a segunda
ponte?
Ela umedeceu os lábios com a língua.
— Vamos ter que voltar para King`s
Fort e passar a noite em um hotel. — Ela previu a fúria de Alfonso quando a
reencontrasse. — Mas o rio não deve estar tão alto ainda. Acho que vamos
conseguir.
— Só por via das dúvidas, que tipo de temperamento tem o
seu tutor?
Ela pressionou as mãos contra o volante, sem responder.
Quando chegaram à longa ponte, seus piores medos se
confirmaram. Dois homens uniformizados estavam interditando a passagem.
Ela baixou o vidro, assim que um deles se aproximou. Ele
tocou o chapéu
como sinal de respeito.
— Perdão, a senhora terá de retornar a King`s Fort. O rio já alcançou a ponte.
— Mas é a única ponte para Greyoaks — protestou ela, sabendo que a passagem
não
seria aberta por persuasão.
Os homens uniformizados desculparam-se com um sorriso.
— E, senhora, infelizmente. Mas a
passagem não
será aberta
até que
o nível
da água
baixe. Perdão.
Ela suspirou.
— Então terei de voltar para King`s Fort e
ligar para casa...
— A senhora não está com sorte — disse o oficial com um sorriso
pesaroso. — As
linhas telefônicas
estão
mudas. De qualquer forma, o dia está sendo difícil para todos. Gostaríamos de poder ajudar.
Ela sorriu.
— Obrigada mesmo assim. Fechou o vidro
e hesitou por um momento, antes de dar ré, manobrar o carro e voltar rumo a
King`s Fort.
— Estou me sentindo mal com essa história — disse Dereck , gentil.
— Não seja bobo — respondeu ela com um sorriso. — Está tudo bem. Vamos apenas chegar um
pouco atrasados em casa, só isso. Ele observou sua expressão.
— Explico tudo para ele — prometeu.
Ela confirmou com a cabeça. Mas, sob aquele sorriso de
coragem, ela se sentia uma colegial rebelde sendo mandada para o gabinete do
diretor. Alfonso não ia entender. E agora ela torcia para que o rio não baixasse até que Alfonso esfriasse a cabeça.
Autor(a): theangelanni
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CAPÍTULO 6 Anahí parou em frente ao King`s Fort Inn, desligou o motor e permaneceu por um minuto dentro do carro com as mãos no volante. — Ao menos, tentamos — disse, fitando os olhos azuis condescendentes de Dereck . — Espero que o seguro esteja pago. — Acha que ele vai ficar tão bravo? — perguntou Der ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 407
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alessandrabp Postado em 17/01/2013 - 21:03:10
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaai que fic perfeita,fiquei completamente apaixonada. Você é uma ótima escritora e eu adoro suas fics.
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mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:31:05
Que pena q acabohhhhh :/
Simplesmente Perfeitahhhhhh
;D -
mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:59
Que pena q acabohhhhh :/
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mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:36
Que pena q acabohhhhh :/
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mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:29
Que pena q acabohhhhh :/
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jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:27
AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
QUe lindo *o*
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jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:23
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jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:21
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jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:15
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