Fanfics Brasil - 16° Capítulo Manhã de outono {AyA [terminada]

Fanfic: Manhã de outono {AyA [terminada]


Capítulo: 16° Capítulo

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CAPÍTULO 7


 


EIa se atrasou de propósito para o café. Desceu a escada e olhou em volta,
torcendo para que Alfonso j
á tivesse saído. Maude estava terminando uma
torrada, sentada na frente de Christopher, que tomava um gole de caf
é. Alfonso, Dick Leeds e Vivian não estavam à vista.


Nossa, como você está arrumada comentou Maude, contemplando o belo
terninho bege e a blusa de crepe marfim que Anahí vestia. Seu cabelo estava preso
num coque, com cachos emoldurando seu rosto, cal
çava sandálias de salto agulha. Era o retrato
de uma executiva.


Modernosa acrescentou Christopher, piscando o
olho.
Aonde você vai
com sua plumagem mais bela, passarinho?


Vou procurar emprego respondeu com um sorriso frio.


Maude engasgou e Christopher teve que bater-lhe nas costas.


Emprego? perguntou. Fazendo o quê, Anahí?


Depende do que eu encontrar respondeu a jovem, com um brilho de
teimosia em seus olhos verdes.
Não discuta, Maude acrescentou, percebendo a imediata
desaprova
ção
naquele rosto p
álido de olhos escuros.


Não ia fazer isso, querida Maude protestou. Só ia perguntar como você pretendia contar para Alfonso.


Ela já contou disse Alfonso, aparecendo na porta
vestindo um belo terno cinza com uma gravata estampa­da que real
çava seu tom de pele. Vamos, Any.


Estava quase tremendo de emoção, com os grandes olhos verdes
arregalados, mesmo sabendo que n
ão ia brigar. Todas as suas resoluções desapareceram quando ele a
confrontou. De qualquer maneira, depois de on­tem a briga estava encerrada
mesmo. Ela n
ão agüentava mais.


Ela não tomou café observou Christopher.


Ela vai aprender a descer a tempo, não? respon­deu Alfonso. Havia algo
vagamente amea
çador
na maneira com que fitava seu irm
ão menor.


Christopher sorriu, envergonhado.


Só um comentário ele riu.


Os escuros olhos de Alfonso viraram-se na direção de Anahí, examinando-a
possessivamente.


Vamos, eu disse.


Ela se levantou, deixando uma xícara de café fresco e ovos mexidos para trás, seguindo-o apreensiva até o hall.


Aonde vamos?


As sobrancelhas grossas levantaram-se. Abriu a porta para
ela.


Trabalhar, é claro.


Mas ainda não tenho emprego.


Tem sim.


Qual?


Minha secretária.


Desatinada, acompanhou-o para fora, e só conseguiu falar enquanto caminhavam
para a garagem, no passo apertado de Alfonso.


Ouvi direito? perguntou, sem disfarçar sua incredulidade.


Ouviu. Pegou um cigarro e inclinou-se para acendê-lo enquanto dirigia.


Mas, Alfonso, não posso trabalhar para você.


Seus olhos escuros examinaram brevemente o rosto dela.


Por que não?


Não sei datilografar rápido o suficiente respon­deu, aflita. Passar o dia
inteiro perto dele, todos os dias, seria uma agonia, n
ão uma alegria.


Você está dentro da média, pequena. Serve. Ele acendeu o cigarro e pôs o isqueiro no lugar. Disse que queria um emprego.


Sentada tensa ao lado de Alfonso, ela olhava para os carros
que passavam na outra pista, sem realmente v
ê-los.


Onde estava Vivian essa manhã? perguntou, com voz baixa. Vocês chegaram tarde ontem à noite.


É, chegamos.


Não é da minha conta, é claro disse, evitando fitá-lo.


Ele apenas sorriu, concentrado na rua.


O moderno e bem cuidado complexo Herrera Mills ficava no
andar t
érreo
do imenso parque industrial da cidade. Anahí j
á havia estado inúmeras vezes no edifí­cio, mas nunca como funcionária.


Seguiu Alfonso até seu atraente escritório, onde a mo­bília escura era adornada por elegantes
enfeites em tons de chocolate e creme. Um quadro da mesma extens
ão do sofá de couro chamou sua atenção. Observou a paisagem marítima, as cores do pôr-do-sol misturando-se com as nuvens,
a praia e suas palmeiras, em tons de branco e prata. Em primeiro plano, havia
as silhuetas de um ho­mem e uma mulher.


Gostou? ele perguntou, enquanto checava as
mensagens em sua mesa.


Ela assentiu.


E St. Martin, não é? perguntou em voz baixa. Eu reconheço esse lugar.


E bem que deveria. Nós dividimos uma garrafa de champanhe
debaixo dessas
árvores no seu aniversário de 18 anos. Quase tive que carregá-la de volta para a casa.


Ela riu, lembrando do próprio prazer borbulhante da­quela
noite, da companhia de Alfonso e do barulho das on­das. Conversaram muito,
lembrou, caminharam pela es­puma das ondas e beberam champanhe, enquanto Christopher
e Maude perdiam dinheiro num dos cassinos.


Foi a melhor festa de aniversário que já tive murmurou. Acho que não nos desentendemos nenhu­ma vez
durante toda a viagem.


Gostaria de repetir essa viagem? perguntou ele, abruptamente.


Ela se virou. Ele estava de pé em frente à sua mesa, com as pernas ligeiramente
afastadas e as m
ãos sobre os quadris esguios.


Agora?


Semana que vem. Tenho uma viagem de
neg
ócios
para o Haiti
explicou, misteriosamente. Pensei em ficarmos alguns dias em St. Martin e, de lá, eu iria até o Haiti.


Por que Haiti? perguntou, curiosa.


Você não precisa me acompanhar nesta parte
da viagem
ele
respondeu de maneira definitiva.


Ela examinou o quadro novamente.


Nós? perguntou num fio de voz.


Vivian e Dick também, num último esforço para conseguir a cooperação dele.


E a dela? perguntou, com mais amargor do que
imaginava sentir.


Houve uma longa pausa.


Achei que agora você já soubesse por que ela também veio.


Anahí baixou os olhos em direção à moldura do quadro, sentindo-se morta
por dentro. Ele estava final­mente admitindo.


Sim sussurrou. Eu sei.


Sabe mesmo? ele murmurou, franzindo as so­brancelhas.


Alguém mais vai junto? ela perguntou. Christopher?


Christopher? repetiu asperamente. Suas feições endureceram. O que está havendo entre vocês, Anahí Giovanna?


Nada defendeu-se. Só gostamos da compa­nhia um do outro.


Os olhos escuros de Alfonso pareciam explodir em chamas.


Mas é claro que levaremos Christopher.
Assim voc
ê terá alguém com quem brincar!


Sua voz era cortante.


Não sou criança, Alfonso disse, com uma digni­dade
silenciosa.


Vocês dois são crianças.


Ela levantou os ombros delicados.


Você não me tratou assim ontem à noite!


Um sorriso lento e vago apoderou-se de seus lábios tensos.


Você não agiu como uma. Seus olhos vigorosos analisavam aquele
corpo no atraente terninho.


Ela sentiu o rubor subir pelas bochechas ao ouvir as palavras
dele, lembrando a sensa
ção do seu peito quente, aquela textura áspera contra seus seios.


Christopher debochou ele, buscando seu olhar. Você o queimaria vivo. É intensa demais para ele. Para James  também.


Alfonso! brandiu, envergonhada.


Bem, é verdade rosnou, os olhos fixos no rosto
dela, remoendo aquelas lembran
ças. Quase não dor­mi ontem à noite. Sentia suas mãos me tocando... Seu corpo como seda,
se contorcendo contra o meu. Voc
ê pode estar um pouco verde ainda,
menininha, mas tem bons instintos. Quando finalmente parar de fugir da pai­x
ão, será uma mulher e tanto.


Não estou fugindo... sussurrou involuntaria­mente, antes
de perceber o que dizia.


Ficou ali de pé, observando-o, subitamente vulnerá­vel, ávida ao lembrar das mãos dele tocando sua pele nua e da
viol
ência
de suas emo
ções.
Queria toc
á-lo,
abra­
çá-lo,
sentir seus l
ábios
contra os dele... Ele sentiu perfeitamente essa onda de desejo. Seus olhos
escureceram violentamente quando ele levantou e contornou a mesa, caminhando em
sua dire
ção.
N
ão
havia mais fingimen­tos entre eles agora, apenas um fio de desejo ardente.


É melhor que o que vejo nos seus olhos
seja verdade
rosnou ele, ao alcançá-la, lançando as enormes mãos para pegá-la pela cintura e trazê-la para junto de si.


Exultante, ela sentia o peso daquele corpo grande e musculoso
junto ao seu. Levantou o rosto em dire
ção ao dele, e seu coração disparou ao encontrar aqueles olhos
a apenas mil
ímetros
de dist
ância.
Tremeu quando ele inclinou a cabe
ça.


A boca estava faminta e o beijo machucava. Virou-se para
cima, segurando-o, enquanto aqueles l
ábios se afas­tavam e se aproximavam
dos seus, ardentemente.


Alfonso sussurrou sofregamente.


Ele tirara a mão de sua cintura para cobrir-lhe o
seio, pesando levemente enquanto lan
çava a língua para dentro do calor de sua
boca.


Você está envenenando lentamente o meu sangue,
Any
ele
sussurrou asperamente. Seus dedos se contra
íram e ele observava como aquele rosto
rubro reagia, desamparado.
Olho para você e só consigo pensar em senti-la sob
minhas m
ãos.
Lembra de ontem?
cochi­chou contra sua boca. Seus seios apertaram-se contra mim,
sem nenhum peda
ço de pano impedindo que sen­tíssemos a pele um do outro...


Oh, não gemeu, atordoada. Não é justo...


Por que não? Levantou-a até que seus olhos es­tivessem na mesma
altura.
Diga que não
queria que eu fizesse o que fiz. Diga que, quando lhe soltei, seu cor­po n
ão ardia feito o meu.


Não podia, pois o desejava. Isso estava escrito em cada linha
de seu rosto avermelhado, nos grandes olhos verdes que buscavam
desesperadamente os dele, no si­l
êncio do escritório.


Gostaria de levar você sozinha à Martinica. Só nós dois, Any. Eu lhe deitaria na
areia, na escurid
ão, e degus­taria cada doce pedaço do seu corpo com meus lábios.


A intensidade de suas palavras a deixava ofegante.


Eu... não iria...


Até parece que não. Beijou-a avidamente, bus­cando seus
quadris, colando-os aos seus sensualmente, at
é que as sensações fizeram com que Anahí soltasse um
gemido.


Você me deseja, Any? provocou com um suspi­ro. Deus sabe o quanto eu a desejo. Foi
errado tocar-lhe daquela maneira. Agora, s
ó consigo pensar no desejo que sinto
por voc
ê. Me
beije, querida.


Ela obedeceu, pois era tudo o que queria naquele mo­mento.
Senti-lo, o toque, o gosto e o cheiro dele, seus longos bra
ços prendendo-a a cada parte de seu
corpo vigoroso, enquanto sua boca roubava tudo o que a dela podia oferecer.
Levou uma eternidade at
é ele finalmente levantar a cabeça e fitá-la com olhos ardentes.


Com uma rapidez quase dolorosa, a porta foi aberta e a voz
esgani
çada
de Vivian quebrou a emo
ção que os unia.


Olá disse com seu sotaque britânico. Espero não estar interrompendo nada.


Claro que não disse Alfonso, virando-se com um
largo sorriso.
Eu lhe prometi um tour,
n
ão?
Vamos. Any
disse, de costas para ela , venha.


Ela ainda tremia e queria recusar, mas os olhos de Vi­vian já demonstravam suspeita, então não ousou.




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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 407



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  • alessandrabp Postado em 17/01/2013 - 21:03:10

    aaaaaaaaaaaaaaaaaaaai que fic perfeita,fiquei completamente apaixonada. Você é uma ótima escritora e eu adoro suas fics.

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:31:05

    Que pena q acabohhhhh :/
    Simplesmente Perfeitahhhhhh
    ;D

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:59

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  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:36

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  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:29

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  • jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:27

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  • jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:23

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