Fanfic: Manhã de outono {AyA [terminada]
— Ele não acredita no amor — sussurrou, trêmula.
— Alfonso só quer uma coisa das mulheres. E você não poder dar isso a ele.
Ela sorriu, desejosa.
— Mesmo se eu oferecesse, ele não aceitaria.
— Não deliberadamente — concordou. — Mas você poderia fazê-lo esquecer seus escrúpulos, por menores que sejam. Ou não sabe que os homens são especialmente vulneráveis às mulheres que desejam?
— E Alfonso sendo Alfonso, casaria
comigo, não?
Mesmo odiando a idéia e a mim, ele faria a coisa certa.
— É exatamente o que quero dizer. — Ele segurou a mão dela suavemente. — Nada no mundo me deixaria mais feliz
do que vê-la
casada com meu irmão. Mas conheço Alfonso bem demais, e você também. Ele é muito cínico para mudar da noite para o dia.
— Você não acha que ele seja capaz de... se
importar com uma mulher?
Christopher deu de ombros.
— Alfonso é um homem misterioso. Eu morei minha
vida inteira com ele e existem partes de sua personalidade que nunca pude explorar.
Talvez ele seja capaz de amar. Mas acho que, de certa maneira, tem medo disso.
Tem medo de ficar vulnerável. Eventualmente, ele pode se casar
para deixar um herdeiro para Greyoaks. Ele pode até se apaixonar, não sei.
— Você disse que ele é possessivo comigo — lembrou ela.
— Claro, ele passou metade da vida
tomando conta de você. Mas o que ele sente de verdade, ninguém sabe.
Ela mordeu os lábios e assentiu com a cabeça, virando para a calçada.
— Você está certo, é claro — forçou um sorriso. — Vamos tomar um sorvete?
Ele segurou-a pelo braço, impedindo que levantasse.
— Desculpe, não quis magoar você.
— E por que acha que magoou? — perguntou com um sorriso alegre
demais.
— Está apaixonada por ele.
Seu rosto empalideceu. Tinha acabado de começar a admitir isso para si mesma. Mas,
confrontada com a acusação, percebeu que não podia negar. Tentou pronunciar
algumas palavras, mas a língua não ajudou.
Ele percebeu a confusão em seu rosto e se levantou.
— Sorvete. Claro. Qual sabor, Kathy...
Creme ou morango?
Faltavam apenas dois dias para a viagem a St. Martin. O ritmo
do escritório
estava frenético.
Anahí datilografava até seus dedos ficarem dormentes, e o humor de Alfonso, agradável como sempre, parecia estar o
tempo todo por um fio.
—Você sabe muito bem que não deve usar a inicial do meu nome do
meio na assinatura — rosnou, batendo na mesa com as cartas que ela havia acabado
de datilografar. — Refaça tudo!
— Se você não gosta da maneira com que faço as coisas— reclamou, contrariada —, por que não chama Vivian para trabalhar para
você?
— Ela estaria aos prantos agora — admitiu, com um leve sorriso.
Ela endireitou-se na cadeira ao lado da mesa dele, cruzando
impacientemente as pernas bem torneadas sob a saia cinza que combinava com a
blusa de seda.
— Tem medo de manchar sua armadura
brilhante? — ela
perguntou.
Ele examinou-a através da fumaça de seu cigarro, os olhos escuros
estavam pensativos.
— Com você não corro esse perigo, não é, Any? — perguntou com a voz baixa. — Você sabe tudo sobre mim, minhas falhas,
meus hábitos.
— Será que o conheço mesmo, Alfonso? — pensou em voz alta. — Às vezes, você me parece um estranho.
Ele levou o cigarro à boca.
— Como naquele dia no gazebo, Any? — perguntou suavemente, observando o
rubor que invadia seu rosto. Voltou seus olhos rapidamente para o bloco de
papel e seu coração disparou.
— Eu não sei mais o que você quer de mim, Alfonso.
Ficou de pé em frente a ela, levantando seu rosto pelo queixo,
para fitá-la
com um olhar penetrante.
— Talvez isso seja bom para nós dois — disse, rudemente. — Você é muito jovem, Anahí Giovanna.
— Oh, sim, comparado a você sou uma mera criança — retrucou.
— Uma gatinha — censurou-a. Algo selvagem e perigoso
fervia em seus olhos. — Você me arranharia se eu fizesse amor com você, Anahí, ou ronronaria? Ela respirou
secamente.
— Nenhum dos dois!
— Acha que não sou capaz de lhe ensinar a
ronronar, Any? Naquele dia sua boca estava selvagem. Ainda posso sentir o
gosto.
— Eu... não sabia o que estava fazendo — sussurrou num fio de voz,
envergonhada com a lembrança de sua reação naquele dia.
— Na verdade, nem eu — murmurou, vagamente, observando sua
boca de maneira desconcertante. — Toquei em você e perdi a noção das coisas. Só pensava em fazer amor com você até desabar, exausto.
Ela tomou fôlego, encarando-o. Era como se estivesse sendo
atingida por um raio. Com ele, acontecera a mesma coisa, mas Alfonso só admitia a atração física, exatamente como Christopher
havia previsto. Ele perdeu a cabeça por desejo, não por amor.
— Vivian não o deixa exausto? — perguntou com a voz tensa, sofrendo
com a certeza de que seus sentimentos em relação a ele eram em vão.
Silenciosamente, ele buscou seus olhos.
— Não desse jeito. Ela olhou para baixo.
— Você sempre pode achar outra mulher Alfonso — engasgou.
Ele se inclinou, apoiando as mãos no braço da cadeira. A fumaça do cigarro circundou as narinas
dela.
— Não uma como você, meu bem — rosnou. — Ou quer tentar me convencer de que
deixaria outro homem tocá-la da mesma maneira que eu?
Sentia o calor subindo por sua garganta, seus olhos fixaram-se
na gravata dele. Lembrava-se do toque de suas mãos em suas costas nuas, levemente áspero, acariciando os locais certos.
— Você estava com medo porque era a sua
primeira vez. Mas se eu tivesse insistido em fazer amor com você, não teria me impedido. Nós dois sabemos disso.
Sentia-se incrivelmente envergonhada. Odiava-o pelo efeito
que suas palavras produziam nela. Tornava-a vulnerável. Nunca um homem a fizera
sentir-se vulnerável; isso era novo e desconcertante. Para disfarçar seu medo, mostrava-se geniosa.
— Você é realmente convencido, não? — perguntou atrevidamente, fitando-o
com olhos cintilantes. — Como sabe que eu não estava apenas experimentando, Alfonso?
Viu uma sombra surgir em seus olhos. — Como sabe que outros homens não me fazem sentir da mesma maneira?
— Que outros homens? Christopher?
Ela desviou o olhar e fixou-o em seu bloco de papel, Havia
uma raiva contida na voz dele e Anahí sabia que era melhor não alfinetá-lo propositalmente. Se ele a
tocas-se, iria à loucura. Era sua reação natural àquela vibrante masculinidade que
emanava de cada músculo de seu corpo. Estava muito vulnerável agora e a única maneira de evitar que ele
percebesse era mantê-lo a distância.
— É melhor nos livrarmos das obrigações — ele disse friamente, sentando-se em
sua mesa e apagando o cigarro preguiçosamente. — E aquele carregamento de algodão que nossa usina na Geórgia nunca mandou? — perguntou com a voz baixa. — Confira com o escritório de é se foi enviado ou não. Os esticadores precisam dele para
o próximo
corte.
— Sim, senhor — respondeu no seu tom mais profissional. — Mais alguma coisa?
— Sim — disse ele, asperamente, olhando para
ela. — Mande uma dúzia de rosas para Vivian.
Foi um golpe violento, mas ela nem piscou. Anotou metodicamente
em seu bloco e acenou com a cabeça.
— Uma dúzia. Vou ligar imediatamente para o
florista. Como você quer o cartão?
Ele continuava a fitá-la.
— Mande escreverem, "Obrigado por
ontem à noite" e assinarem "Alfonso". Anotou?
— Claro — respondeu. A voz soava um pouco sofrida,
mas não
deixou que transparecesse em seu rosto. — Mais alguma coisa?
Ele girou a cadeira, virando-se para a janela.
— Não.
Ela saiu e fechou a porta silenciosamente. Ao chegar em sua
mesa, os olhos estavam cheios de lágrimas.
Autor(a): theangelanni
Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
CAPÍTULO 8 — Imagine uma semana em St. Martin — suspirou Maude, estudando a lista de tarefas que havia deixado para a sra. Johnson e para as outras diaristas enquanto a família estaria longe. — Que gentileza de Alfonso levar todos nós, principalmente por ele estar se dando tão bem com Vivian! — Ah, é ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 407
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
alessandrabp Postado em 17/01/2013 - 21:03:10
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaai que fic perfeita,fiquei completamente apaixonada. Você é uma ótima escritora e eu adoro suas fics.
-
mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:31:05
Que pena q acabohhhhh :/
Simplesmente Perfeitahhhhhh
;D -
mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:59
Que pena q acabohhhhh :/
Simplesmente Perfeitahhhhhh
;D -
mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:36
Que pena q acabohhhhh :/
Simplesmente Perfeitahhhhhh
;D -
mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:29
Que pena q acabohhhhh :/
Simplesmente Perfeitahhhhhh
;D -
jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:27
AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
QUe lindo *o*
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
Aguardando mais uma web *--* -
jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:23
AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
QUe lindo *o*
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
Aguardando mais uma web *--* -
jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:21
AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
QUe lindo *o*
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
Aguardando mais uma web *--* -
jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:18
AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
QUe lindo *o*
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
Aguardando mais uma web *--* -
jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:15
AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
QUe lindo *o*
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
Aguardando mais uma web *--*