Fanfic: Manhã de outono {AyA [terminada]
CAPÍTULO 8
— Imagine uma semana em St. Martin — suspirou Maude, estudando a lista de
tarefas que havia deixado para a sra. Johnson e para as outras diaristas
enquanto a família
estaria longe. — Que gentileza de Alfonso levar todos nós, principalmente por ele estar se
dando tão bem com Vivian!
— Ah, é muito agradável — acrescentou Anahí, melancólica.
— Eles mal se separam — a tia suspirou. — E formam um casal magnífico; Alfonso é tão moreno e Vivian tão loura. Acho que ele está levando tudo muito a serio dessa
vez. — Ela
apertou as mãos e
sorriu, radiante. — Eu adoraria planejar um casamento na primavera. Poderíamos decorar a casa com orquídeas...
— Desculpe, Maude, mas acho melhor eu
começar a
arrumar as minhas coisas — disse Anahí alegremente, levantando-se do sofá. — Você se importa?
Maude estava imersa em seus próprios planos.
— Não, querida, vá em frente - murmurou, absorta em
pensamentos.
Anahí subiu as escadas, sentindo-se morta por dentro. Ao
passar pelo quarto de Vivian, seus olhos foram atraídos pelo enorme arranjo de rosas
vermelhas, em cima do toucador, diante da porta aberta. Sem duvida, ela havia
feito isso de propósito. Anahí sentia como se tivesse recebido um tiro. Pelo
menos Alfonso sequer suspeitava sobre seus sentimentos em relação a ele. Isso teria sido insuportável, principalmente depois que elo
começou a
demonstrar um interesse tão intenso e repentino pela loura sedutora. Iam sair à noite e estavam trancados no escritório de Alfonso desde a hora do
jantar. Da mesma forma que ocorrera tantas vezes depois de sua volta a
Greyoaks, Anahí foi atrás de Christopher, buscando companhia. E isso parecia chamar a
atenção
de Alfonso do um modo extremamente violento.
Na manhã seguinte, ele encontrou Christopher sentado a mesa dela e
explodiu.
— Você não tem nada para fazer, Christopher? — rugiu para o irmão mais novo.
— Tenho, sim — respondeu.
— Então, por que diabos não se levanta daí e vai fazer algo — retrucou ele, com uma pergunta
sucinta e irritada.
Christopher levantou-se, colocou as mãos no bolso e, com tranqüilidade e franzindo o cenho, estudou
aquele homem maior e mais velho.
— Ia pedir para Any escolher um filme
para vermos hoje à noite — informou. — Alguma objeção?
— Devia se interessar um pouco mais
pela empresa — Alfonso
retribuiu.
— Eu me interesso — Christopher o relembrou. — Como todos os outros acionistas.
— Tente agir de acordo — ele disse friamente. Seus olhos
saltaram para Anahí. — Venha e traga o bloco; preciso ditar algumas cartas. — Ele voltou para seu escritório e fechou a porta brutalmente.
Christopher ficou olhando para ele, sem se ofender. Conhecia Alfonso
muito bem. Um leve sorriso curvou seus lábios. — Eu juraria que, em um homem menos
poderoso, isso significa ciúme — implicou, fitando Anahí. Ela levantou, exalando um
suspiro e segurando o caderno contra o peito.
— Mas não em um homem praticamente noivo de
uma mulher como Vivian — observou ela. — Melhor irmos trabalhar de uma vez,
antes que nos demita. Christopher deu de ombros.
— Com o temperamento que ele tem
demonstrado ultimamente, não sei se eu não ficaria aliviado com isso.
— Por falar em alívio — começou ela, baixando a voz — você prometeu me ajudar a procurar um
apartamento.
— Não até voltarmos de St. Martin — disse, com teimosia. — E, mesmo assim, só se o humor de Alfonso melhorar. Não tenho instinto suicida, Any, e não vou enfrentar Alfonso por sua
causa. Ela suspirou.
— Isso não vai ser preciso — informou amargamente.
— Ele vai ficar feliz ao me ver ir
embora, e você sabe disso.
Ele a analisou.
— Será que vai mesmo? — murmurou. — Anahí! — Como um trovão, a voz de Alfonso soou pelo sistema
de comunicação
interna. Ela vacilou e correu para o escritório dele. Ele estava sentado à mesa, recostado à cadeira, com os olhos presos nela
enquanto entrava pela porta.
— De agora em diante, não incentive o Christopher a desperdiçar tempo conversando com você durante o horário de trabalho — disse, sem preâmbulos, com os olhos ardentes. — Não pago a nenhum de vocês para que fiquem de conversa fiada.
Ela o encarou, beligerante.
— Preciso de sua permissão para dar bom dia a Christopher
agora? — retrucou ela.
— Nesta empresa, sim — respondeu, sucinto, fitando-a
ferozmente com olhos escuros. — Vocês estão sempre juntos agora. Não podia imaginar que seria um
sofrimento tão
grande para você passar apenas oito horas longe dele!
Ele puxou a cadeira para frente e pegou uma carta; seu rosto
leonino estava tão duro quanto a mesa de carvalho sob suas mãos poderosas. Mesmo sem querer, ela
se lembrou do calor e da ternura daqueles dedos rígidos em sua pele nua...
— Está pronta? — perguntou resumidamente.
Ela se sentou rapidamente, apoiando o caderno no colo.
— Quando você estiver — disse, valendo-se de seu tom mais
profissional.
Durante o restante do dia, Anahí e Alfonso mantiveram um
clima frio e cortante entre eles, o que surpreendeu parte dos funcionários. Já tinham se envolvido em muitas
discussões,
desde o comentário
de Anahí sobre a secretária dele, mas dessa vez era diferente. Estavam se evitando
completamente. Não discutiam porque não estabeleciam contato algum.
— Aconteceu algo entre você e Alfonso? — Vivian perguntou a Anahí naquela
noite, enquanto esperava que Alfonso se vestisse para seu jantar romântico. — Faz alguns dias que vocês mal se falam, Anahí, jogada no sofá, lendo um livro, com um macacão marfim, fitou-a friamente. O
vestido azul que a atriz usava não escondia nada, sem precisar deixar
lugar para a imaginação. No entanto, até mesmo Anahí tinha que admitir que
ele realçava
seu corpo, seu belo rosto e seu cabelo louro, elegantemente penteado. Era
exata-mente o estilo de Alfonso, pensou, amarga.
— De maneira alguma — respondeu Anahí, por fim. — Alfonso e eu nunca fomos muito próximos — mentiu, relembrando dias mais
felizes, quando não havia um olhar ou uma palavra cruzada entre eles, quando os
olhos de Alfonso eram mais carinhosos.
— É mesmo? — sondou Vivian.
Ela sorriu, orgulhosa, admirando-se no espelho que havia na
parede, entre dois elegantes castiçais de bronze.
— Realmente espero que nós duas solucionemos os nossos problemas.
Morando na mesma casa, você sabe... — Ela deixou sua voz sumir,
insinuante.
— Vocês já marcaram a data? — perguntou Anahí, cuidadosamente
despreocupada.
— Ainda não — respondeu a loura. — Mas não vai demorar muito.
— Estou muito feliz por vocês dois — murmurou, fitando-a sem expressão.
— Está pronto, querido? — derramou-se Vivian quando Alfonso
entrou no quarto. — Estou completamente faminta!
— Então, vamos — ele respondeu, com um tom sensual
em sua voz que Anahí não deixou de perceber. No entanto, ela não tirou os olhos do livro, não olhou para ele, nem lhe dirigiu
nenhuma palavra. Sentia-se morta, congelada. Apenas quando a porta bateu,
conseguiu relaxar. Por sorte, pensou, Dick Leeds e Maude também haviam saído, e ela conseguira convencer Christopher
a ir ao cinema sozinho. Não havia ninguém para vê-la chorar. Agora, com certeza, teria
que sair de Greyoaks. Jamais poderia viver junto com Vivian.
O dia seguinte amanheceu radiante e ensolarado, perfeito
para a viagem a St. Martin. Anahí e Christopher foram os últimos a sair. Vivian, com um
terninho branco rendado muito atraente, estava agarrada ao braço de Alfonso como uma hera, enquanto
Dick Leeds e Maude os seguiam, imersos em uma conversa animada. Anahí usava
um vestido simples, em tons verdes e marrons, o que ressaltava o verde profundo
de seus olhos, valorizando seu cabelo escuro, longo e ondulado. Estava vestida
de maneira confortável, e não estilosa; sabia que não em páreo para aquela loura. Nem estava
tentando ser. Havia perdido Alfonso, mesmo sem jamais ter tido a chance de ganhá-lo. Havia uma diferença de idade muito grande entre eles.
— Você está destruindo meu coração — disse Christopher tranqüilamente, observando-a enquanto ela,
por sua vez, olhava para Alfonso e Vivian.
Ela ergueu os olhos tristes, encontrando os dele.
— Por quê?
— Nunca vi uma mulher amar um homem da
maneira como você ama Alfonso — respondeu, também com tranqüilidade, sem a alegria
costumeira.
Ela encolheu os ombros, em um gesto despreocupado.
— Vou superar — murmurou. — Vai... Vai levar algum tempo, só isso. Vou voltar ao normal, Christopher.
Ele a pegou pela mão e segurou-a gentilmente, enquanto caminhavam em direção ao pequeno jato da empresa.
— No início, juro que achei que fosse uma
paixão
passageira — admitiu suavemente. — Mas estou começando a ver que eu estava muito
errado. Você faria qualquer coisa por ele, não? Seria capaz até mesmo de deixar o caminho livre para
ele se casar com outra mulher, contanto que ele esteja feliz?
Ela fechou os olhos.
— Não é disso que se trata o amor? — perguntou, em um sussurro delicado. — Quero que ele seja feliz. — Novamente, fechou os olhos por um
breve instante. — Quero tudo para ele.
Christopher apertou-lhe a mão.
— Não morda o lábio dessa maneira, querida — disse, em voz baixa. — Não o deixe ver que você está sofrendo.
Ela forçou uma risada, que mal conseguiu passar pela garganta
apertada.
— Claro que não — disse, animada. — Nós, revolucionários, somos muito valentes.
— Essa é a minha menina. Mas por que já está desistindo da batalha?
— Quem disse que estou desistindo? — perguntou, fitando-o. — Já tenho o emprego que queria, mas não o apartamento. Para isso, vou
esperar até voltarmos para casa!
Ele riu.
— Realmente, essa é a minha menina. Sabia que você podia resolver tudo.
— Claro que nós podemos — disse, com um sorriso alegre.
— Nós? — ele indagou, apreensivo.
— Você conhece muita gente que trabalha no
mercado imobiliário — ela o relembrou. — Tenho certeza de que vai me ajudar a
encontrar algo que eu possa pagar. Em um bom bairro.
— Agora, espere um minuto, Any...
Mas ela já estava entrando no avião.
Vivian estava sentada no lugar do co-piloto, e Anahí ficou
eternamente agradecida por isso. Não conseguiria suportar aquela
companhia insolente e aquele sorriso maligno perto dela durante toda a viagem.
— Está muito pálida, querida — disse Maude, solidária, esticando o braço para segurar a mão fria de Anahí. — Quer tomar um comprimido para enjôo?
— Já tomei dois — respondeu, com brandura. — Mas eles só me deixaram tonta e sonolenta.
— Um pouco de conhaque pode lhe ajudar — sugeriu Dick Leeds gentilmente, sentando-se ao lado dela.
Anahí balançou a cabeça, sentindo-se ainda mais nauseada.
— Vou ficar bem — assegurou-lhes.
— Deite-se um pouco — recomendou Christopher, quando os
passageiros mais velhos mudaram de lugar. — Tire os sapatos e durma um pouco — sugeriu, ajudando-a a se esticar em
uma das poltronas confortáveis. — Vamos chegar antes que você perceba.
Autor(a): theangelanni
Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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— Assim, Alfonso? — sussurrou, trêmula. Ele mordeu sua boca. — Com mais força — murmurou. — Não consigo senti-la. Eles pousaram no aeroporto Queen Juliana, em St. Martin, na parte holandesa da ilha. Assim que desceram do avião, a primeira coisa que Anahí percebeu foi o ar quente e úmido que a envolv ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 407
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alessandrabp Postado em 17/01/2013 - 21:03:10
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaai que fic perfeita,fiquei completamente apaixonada. Você é uma ótima escritora e eu adoro suas fics.
-
mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:31:05
Que pena q acabohhhhh :/
Simplesmente Perfeitahhhhhh
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mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:59
Que pena q acabohhhhh :/
Simplesmente Perfeitahhhhhh
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mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:36
Que pena q acabohhhhh :/
Simplesmente Perfeitahhhhhh
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mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:29
Que pena q acabohhhhh :/
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jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:27
AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
QUe lindo *o*
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Aguardando mais uma web *--* -
jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:23
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jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:21
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jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:18
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jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:15
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