Fanfics Brasil - 19° Capítulo Manhã de outono {AyA [terminada]

Fanfic: Manhã de outono {AyA [terminada]


Capítulo: 19° Capítulo

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CAPÍTULO 8


 


Imagine uma semana em St. Martin suspirou Maude, estudando a lista de
tarefas que havia deixado para a sra. Johnson e para as outras diaristas
enquanto a fam
ília
estaria longe.
Que gentileza de Alfonso levar todos nós, principalmente por ele estar se
dando tão bem com Vivian!


Ah, é muito agradável acrescentou Anahí, melancólica.


Eles mal se separam a tia suspirou. E formam um casal magnífico; Alfonso é tão moreno e Vivian tão loura. Acho que ele está levando tudo muito a serio dessa
vez.
Ela
apertou as m
ãos e
sorriu, radiante.
Eu adoraria planejar um casamento na primavera. Poderíamos decorar a casa com orquídeas...


Desculpe, Maude, mas acho melhor eu
come
çar a
arrumar as minhas coisas
disse Anahí alegremente, levantando-se do sofá. Você se importa?


Maude estava imersa em seus próprios planos.


Não, querida, vá em frente - murmurou, absorta em
pensamentos.


Anahí subiu as escadas, sentindo-se morta por dentro. Ao
passar pelo quarto de Vivian, seus olhos foram atra
ídos pelo enorme arranjo de rosas
vermelhas, em cima do toucador, diante da porta aberta. Sem duvida, ela havia
feito isso de prop
ósito. Anahí sentia como se tivesse recebido um tiro. Pelo
menos Alfonso sequer suspeitava sobre seus sentimentos em rela
ção a ele. Isso teria sido insuportável, principalmente depois que elo
come
çou a
demonstrar um interesse t
ão intenso e repen­tino pela loura sedutora. Iam sair à noite e estavam tran­cados no escritório de Alfonso desde a hora do
jantar. Da mesma forma que ocorrera tantas vezes depois de sua volta a
Greyoaks, Anahí foi atr
ás de Christopher, buscando companhia. E isso parecia chamar a
aten
ção
de Alfonso do um modo extremamente violento.


Na manhã seguinte, ele encontrou Christopher sentado a mesa dela e
explodiu.


Você não tem nada para fazer, Christopher? rugiu para o irmão mais novo.


Tenho, sim respondeu.


Então, por que diabos não se levanta daí e vai fazer algo retrucou ele, com uma pergunta
sucinta e irritada.


Christopher levantou-se, colocou as mãos no bolso e, com tranqüilidade e franzindo o cenho, estudou
aquele ho­mem maior e mais velho.


Ia pedir para Any escolher um filme
para vermos hoje
à noite informou. Alguma objeção?


Devia se interessar um pouco mais
pela empresa
Alfonso
retribuiu.


Eu me interesso Christopher o relembrou. Como todos os outros acionistas.


Tente agir de acordo ele disse friamente. Seus olhos
saltaram para Anahí.
Venha e traga o bloco; preciso ditar algumas cartas. Ele voltou para seu es­critório e fechou a porta brutalmente.


Christopher ficou olhando para ele, sem se ofender. Conhecia Alfonso
muito bem. Um leve sorriso curvou seus l
ábios. Eu juraria que, em um homem menos
poderoso, isso significa ci
úme implicou, fitando Anahí. Ela levantou, exalando um
suspiro e segurando o caderno contra o peito.


Mas não em um homem praticamente noivo de
uma mulher como Vivian
observou ela. Melhor irmos trabalhar de uma vez,
antes que nos demita. Christopher deu de ombros.


Com o temperamento que ele tem
demonstrado ultimamente, n
ão sei se eu não ficaria aliviado com isso.


Por falar em alívio começou ela, baixando a voz você prometeu me ajudar a procurar um
apartamento.


Não até voltarmos de St. Martin disse, com teimosia. E, mesmo assim, só se o humor de Alfonso melhorar. Não tenho instinto suicida, Any, e não vou enfrentar Alfonso por sua
causa. Ela suspirou.


Isso não vai ser preciso informou amargamente.


Ele vai ficar feliz ao me ver ir
embora, e voc
ê sabe disso.


Ele a analisou.


Será que vai mesmo? murmurou. Anahí! Como um trovão, a voz de Alfonso soou pelo sistema
de comunica
ção
interna. Ela vacilou e correu para o escrit
ório dele. Ele estava sentado à mesa, recostado à cadeira, com os olhos presos nela
enquanto entrava pela porta.


De agora em diante, não incentive o Christopher a desperdiçar tempo conversando com você durante o horário de trabalho disse, sem preâmbulos, com os olhos ardentes. Não pago a nenhum de vocês para que fiquem de conversa fiada.


Ela o encarou, beligerante.


Preciso de sua permissão para dar bom dia a Christopher
agora?
retrucou ela.


Nesta empresa, sim respondeu, sucinto, fitando-a
ferozmente com olhos escuros.
Vocês estão sempre juntos agora. Não podia imaginar que seria um
sofrimento t
ão
grande para voc
ê passar apenas oito horas longe dele!


Ele puxou a cadeira para frente e pegou uma carta; seu rosto
leonino estava t
ão duro quanto a mesa de car­valho sob suas mãos poderosas. Mesmo sem querer, ela
se lembrou do calor e da ternura daqueles dedos r
ígidos em sua pele nua...


Está pronta? perguntou resumidamente.


Ela se sentou rapidamente, apoiando o caderno no colo.


Quando você estiver disse, valendo-se de seu tom mais
profissional.


Durante o restante do dia, Anahí e Alfonso mantive­ram um
clima frio e cortante entre eles, o que surpreen­deu parte dos funcion
ários. Já tinham se envolvido em muitas
discuss
ões,
desde o coment
ário
de Anahí sobre a secret
ária dele, mas dessa vez era diferente. Estavam se evitando
completamente. N
ão discutiam porque não estabeleciam contato algum.


Aconteceu algo entre você e Alfonso? Vivian perguntou a Anahí naquela
noite, enquanto esperava que Alfonso se vestisse para seu jantar rom
ântico. Faz alguns dias que vocês mal se falam, Anahí, jogada no sofá, lendo um livro, com um macacão marfim, fitou-a friamente. O
vestido azul que a atriz usava n
ão escondia nada, sem precisar deixar
lugar para a imagina
ção. No entanto, até mesmo Anahí tinha que admitir que
ele real
çava
seu corpo, seu belo rosto e seu cabelo louro, elegantemente penteado. Era
exata-mente o estilo de Alfonso, pensou, amarga.


De maneira alguma respondeu Anahí, por fim. Alfonso e eu nunca fomos muito próximos mentiu, relembrando dias mais
felizes, quando n
ão havia um olhar ou uma palavra cruzada entre eles, quando os
olhos de Alfonso eram mais carinhosos.


É mesmo? sondou Vivian.


Ela sorriu, orgulhosa, admirando-se no espelho que havia na
parede, entre dois elegantes casti
çais de bronze.


Realmente espero que nós duas solucionemos os nossos problemas.
Morando na mesma casa, voc
ê sabe... Ela deixou sua voz sumir,
insinuante.


Vocês já marcaram a data? perguntou Anahí, cuidadosamente
despreocupada.


Ainda não respondeu a loura. Mas não vai demorar muito.


Estou muito feliz por vocês dois murmurou, fitando-a sem expressão.


Está pronto, querido? derramou-se Vivian quando Alfonso
entrou no quarto.
Estou completamente faminta!


Então, vamos ele respondeu, com um tom sen­sual
em sua voz que Anahí n
ão deixou de perceber. No entanto, ela não tirou os olhos do livro, não olhou para ele, nem lhe dirigiu
nenhuma palavra. Sentia-se morta, congelada. Apenas quando a porta bateu,
conseguiu re­laxar. Por sorte, pensou, Dick Leeds e Maude tamb
ém haviam saído, e ela conseguira convencer Christopher
a ir ao cinema sozinho. N
ão havia ninguém para vê-la chorar. Agora, com certeza, teria
que sair de Greyoaks. Jamais poderia viver junto com Vivian.


O dia seguinte amanheceu radiante e ensolarado, per­feito
para a viagem a St. Martin. Anahí e Christopher foram os
últimos a sair. Vivian, com um
terninho branco ren­dado muito atraente, estava agarrada ao bra
ço de Alfonso como uma hera, enquanto
Dick Leeds e Maude os se­guiam, imersos em uma conversa animada. Anahí usa­va
um vestido simples, em tons verdes e marrons, o que ressaltava o verde profundo
de seus olhos, valorizando seu cabelo escuro, longo e ondulado. Estava vestida
de maneira confort
ável, e não estilosa; sabia que não em páreo para aquela loura. Nem estava
tentando ser. Havia perdido Alfonso, mesmo sem jamais ter tido a chance de ganh
á-lo. Havia uma diferença de idade muito grande entre eles.


Você está destruindo meu coração disse Christopher tranqüilamente, observando-a enquanto ela,
por sua vez, olhava para Alfonso e Vivian.


Ela ergueu os olhos tristes, encontrando os dele.


Por quê?


Nunca vi uma mulher amar um homem da
maneira como voc
ê ama Alfonso respondeu, também com tranqüilidade, sem a alegria
costumeira.


Ela encolheu os ombros, em um gesto despreocupado.


Vou superar murmurou. Vai... Vai levar algum tempo, só isso. Vou voltar ao normal, Christopher.
Ele a pegou pela m
ão e segurou-a gentilmente, enquanto caminhavam em direção ao pequeno jato da empresa.


No início, juro que achei que fosse uma
paix
ão
passageira
admitiu suavemente. Mas estou começando a ver que eu estava muito
errado. Voc
ê faria qualquer coisa por ele, não? Seria capaz até mesmo de deixar o caminho livre para
ele se casar com outra mulher, con­tanto que ele esteja feliz?


Ela fechou os olhos.


Não é disso que se trata o amor? perguntou, em um sussurro delicado. Quero que ele seja feliz. Novamente, fechou os olhos por um
breve instante.
Quero tudo para ele. 


Christopher apertou-lhe a mão.


  Não morda o lábio dessa maneira, querida disse, em voz baixa. Não o deixe ver que você está sofrendo.


Ela forçou uma risada, que mal conseguiu passar pela garganta
apertada.


Claro que não disse, animada. Nós, revolu­cionários, somos muito valentes.


Essa é a minha menina. Mas por que já está desis­tindo da batalha?


Quem disse que estou desistindo? perguntou, fitando-o. Já tenho o emprego que queria, mas não o apartamento. Para isso, vou
esperar at
é voltarmos para casa!


Ele riu.


Realmente, essa é a minha menina. Sabia que você podia resolver tudo.


Claro que nós podemos disse, com um sorriso alegre.


Nós? ele indagou, apreensivo.


Você conhece muita gente que trabalha no
merca­do imobili
ário ela o relembrou. Tenho certeza de que vai me ajudar a
encontrar algo que eu possa pagar. Em um bom bairro.


Agora, espere um minuto, Any...
Mas ela j
á estava entrando no avião.


Vivian estava sentada no lugar do co-piloto, e Anahí ficou
eternamente agradecida por isso. N
ão conseguiria suportar aquela
companhia insolente e aquele sorriso maligno perto dela durante toda a viagem.


Está muito pálida, querida disse Maude, soli­dária, esticando o braço para segurar a mão fria de Anahí. Quer tomar um comprimido para enjôo?


Já tomei dois respondeu, com brandura. Mas eles só me deixaram tonta e sonolenta.


Um pouco de conhaque pode lhe ajudar sugeriu Dick Leeds gentilmente, sentando-se ao lado dela.


Anahí balançou a cabeça, sentindo-se ainda mais nauseada.


Vou ficar bem assegurou-lhes.


Deite-se um pouco recomendou Christopher, quando os
passageiros mais velhos mudaram de lugar.
Tire os sapatos e durma um pouco sugeriu, ajudando-a a se esticar em
uma das poltronas confort
áveis. Vamos chegar antes que você perceba.




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Autor(a): theangelanni

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— Assim, Alfonso? — sussurrou, trêmula. Ele mordeu sua boca. — Com mais força — murmurou. — Não consigo senti-la. Eles pousaram no aeroporto Queen Juliana, em St. Martin, na parte holandesa da ilha. Assim que desceram do avião, a primeira coisa que Anahí percebeu foi o ar quente e úmido que a envolv ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 407



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  • alessandrabp Postado em 17/01/2013 - 21:03:10

    aaaaaaaaaaaaaaaaaaaai que fic perfeita,fiquei completamente apaixonada. Você é uma ótima escritora e eu adoro suas fics.

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:31:05

    Que pena q acabohhhhh :/
    Simplesmente Perfeitahhhhhh
    ;D

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:59

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  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:36

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  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:29

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  • jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:27

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    QUe lindo *o*
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  • jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:23

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  • jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:15

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