Fanfic: Manhã de outono {AyA [terminada]
CAPÍTULO 9
No entanto, assim que ela se deitou, sentiu ainda mais calor.
O ambiente estava muito abafado, muito calmo, e seus pensamentos começaram a assombrá-la. As palavras ásperas de Alfonso voltavam como um
mosquito insistente. Era muito infantil, ele disse. Era muito infantil.
Ela rolou na cama até que a situação tornou-se insuportável. Por fim, levantou-se, colocou o
biquíni e
pegou uma toalha de praia. Uma vez que não conseguia dormir, podia se
refrescar no mar. Pensar na água gelada já a fazia se sentir melhor.
Desceu as escadas da casa escura com facilidade; já conhecia o caminho. Saiu
e rumou para a praia. Machucou os pés ao pisar no cascalho, mas logo
chegou à areia macia, varrida pela espuma das ondas. O ar estava estático, a praia completamente deserta.
Inspirou o aroma delicioso das flores, que se misturava ao cheiro penetrante
do mar.
— O que você está fazendo aqui? — disse uma voz áspera e profunda, emergindo das
sombras.
Viu Alfonso sob a luz do luar. Estava usando uma bermuda
branca e a mesma blusa de seda branca e vermelha que vestia na noite anterior.
No entanto, dessa vez, estava completamente desabotoada, revelando seu peito
enorme.
— Fiz uma pergunta — disse. Mesmo sob o luar, ela podia
ver a ousadia que habitava aqueles olhos escuros, enquanto ele analisava seu
corpo esbelto, coberto apenas pelo biquíni. A maneira como a fitava fazia seu
coração
acelerar.
— Vim nadar um pouco — respondeu, enunciando cada palavra
com muito cuidado. — Estou com calor.
— Está?
Ela observou os contornos de seu corpo, demorando-se em seu
peito forte, coberto por leve camada de pêlos negros, que desapareciam abaixo
da cintura. Entreabriu os lábios, sentindo uma onda de desejo tão forte que a impulsionou na direção dele, sem que ela sequer percebesse,
até estar perto o bastante para tocá-lo.
— Não fique zangado comigo — rogou, com voz rouca. Tocou em seu
peito largo com os dedos, acariciando nervosamente sua pele bronzeada, sentindo
a masculinidade sensual dos músculos que se contraíam ao sentir seu toque.
— Não — disse com rispidez, segurando sua mão com força.
— Por que não, Alfonso? — perguntou precipitadamente. — Você não gosta que eu lhe toque? Sou apenas
uma criança,
lembra? — provocou-o, acariciando-o deliberadamente.
Podia sentir o coração dele se acelerar, até emitir um som duro e
pesado. Ouvia-o inspirar com dificuldade à medida que se aproximava e encostava
seu corpo ao dele. A sensação de suas coxas nuas roçando na perna masculina e musculosa
era intoxicante, e a percepção real daquele tórax forte contra a delicadeza de seu
corpo a fazia suspirar.
— Alfonso — sussurrou, ansiosa. O álcool que tomara a deixou
desinibida; nunca ficara tão perigosamente relaxada com ele antes. No entanto,
agora tocava-lhe os ombros e os músculos fortes de seus braços, guiada por uma ânsia desesperada, afogando-se nele,
sentindo aquele corpo grande e quente sob suas mãos curiosas.
Inclinou a cabeça para a frente e encostou a boca em
seu peito, sorvendo o cheiro penetrante de sua colônia e o aroma de sua pele nua.
Ele inspirou violentamente, e, de repente, agarrou-a pela
cintura.
— Não, Any — sussurrou roucamente. — Você vai me obrigar a fazer algo de que
vamos nos arrepender. Não sabe o que está fazendo comigo!
Ela moveu o corpo com sensualidade, acercando-se ao dele, e
escutou o gemido opressivo que escapou de sua garganta.
— Eu sei — murmurou, erguendo o rosto e
fitando-o. — Oh,
Alfonso, me ame!
— Em uma praia pública? — resmungou ele, antes de inclinar a
cabeça e
beijá-la.
Ela envolveu-lhe o pescoço e ele deixou os braços caírem, até tocar suas coxas. Ergueu o corpo
dela abruptamente contra o seu, moldando-o a todas as suas linhas másculas, formando um conjunto único e arrancando um gemido dos lábios dela. Ele contraiu os dedos, e
ela sentiu um estremecimento percorrer o corpo másculo com a força de um golpe. Os braços que a envolviam começaram a fraquejar, enquanto a boca a
invadia, devorando»! no silêncio da noite.
Oscilaram juntos, como palmeiras enfrentando um furacão, provando, tocando, ardendo. O
apetite que sentiam parecia insaciável. Ela afundou os dedos em seu cabelo
negro e denso, acariciando-o enquanto se entregava à paixão que os dominava.
Sentiu aqueles dedos ao redor da alça da parte de cima do biquíni. Estava muito perdida nele para
entender o que estava acontecendo, até que sentiu o pêlo daquele tórax forte contra a própria pele, suave e completamente nua.
Gritou de prazer.
— Foi isso que você sentiu aquele dia no gazebo, não, Any? — perguntou, respirando em sua orelha,
enquanto apertava seu corpo contra o dela. — Quero sentir todo o seu corpo contra
o meu, quero me deitar na praia a seu lado e deixá-la sentir cada diferença deliciosa entre o meu corpo e o
seu.
Suas coxas estremeceram ao sentir o toque daqueles dedos,
puxando seu quadril para mais perto do dele. Ela afundou as unhas em suas
costas e soluçou
ao sentir aquela onda de emoção, que fez todo o seu corpo estremecer.
— Any, Any, querida, amor — sussurrou ele, tocando seus lábios com a boca repetidamente. Eram
beijos breves e firmes, que a deixavam mais excitada do que podia suportar,
fazendo-a pressionar seu corpo ainda mais contra o dele, sentindo o arrepio que
o percorria.
Ele desceu a boca por seu pescoço. Ela arqueou o corpo quando ele
chegou à curva de seus seios e deixou seus lábios se moverem úmida e carinhosamente por aquela
pele, que jamais fora tocada por um homem.
— Alfonso — sussurrou, desejosa. Amo você, pensou. Amo você mais do que a minha própria vida, e se eu não tiver nada mais além disso, terei esse momento para me
lembrar quando for mais velha, quando você e Vivian tiverem filhos e eu estiver
sozinha com as minhas lembranças. Enrolou os dedos no cabelo dele e pressionou
aquela boca contra o seu corpo.
— Meu Deus, como você é macia — disse em voz baixa, erguendo a cabeça, finalmente, e movendo sua boca
contra a dela. — Macia como a seda, como o veludo contra o meu corpo. Any, eu
desejo você. Eu
a desejo, da mesma forma que desejo ar para respirar. Quero fazer amor com você. — Ele tomou sua boca, sentindo-se
profundamente possessivo. Seus braços a engoliam, embalando-a, enquanto
as ondas varriam ritmicamente a areia branca. Aquele som penetrava em sua
mente, à medida
que o prazer que sentia a deixava mais inebriada do que o vinho que tomara mais
cedo.
— Temos que parar com isso — ele grunhiu, afastando sua boca da
dela e fitando-a naquela escuridão, que já não era tão escura. Seus olhos transmitiram uma
sensação
torturante ao encontrar os dela. — Não posso possuí-la aqui.
Ela passou a mão carinhosamente sobre seu peito,
sentindo a força e
o vigor daqueles músculos tão desenvolvidos. Queria tocá-lo por inteiro, cada centímetro sensual de seu corpo.
— Podemos entrar — sugeriu ela, com um sussurro
atraente.
— É, podemos — respondeu ele, com a voz rouca. — E você acordaria nos meus braços, me odiando. Assim não, Any. Maldição! Assim não!
Ele a afastou e, por apenas um instante, seus olhos fitaram a
pequena curva de seu seio como um homem sedento diante de um copo de água. Então, ele se abaixou e pegou a parte de
cima do biquíni.
Colocou-a naquelas mãos trêmulas e virou-se de costas.
— Vista-se — disse rispidamente. Mergulhou a mão no bolso da camisa, buscando o maço de cigarro e os fósforos. — Deixe eu me acalmar por um minuto.
Meu Deus, Any. Você viu o que faz comigo? — rosnou, forçando um sorriso, enquanto seus dedos
brincavam atrapalhadamente com o cigarro.
Ela colocou o sutiã do biquíni com as mãos nervosas, evitando encará-lo diretamente. De soslaio, viu a
ponta alaranjada do cigarro se acender, após a primeira tragada.
— Desculpe, Alfonso — disse, com pesar. — Eu... eu não tinha a intenção de... de...
— Tudo bem, Any — confortou-a gentilmente. — Você bebeu um pouco além, só isso.
Ela fechou os olhos e cruzou os braços sobre seu corpo trêmulo.
— Estou tão envergonhada — disse, rangendo os dentes.
Ele se endireitou.
— Envergonhada?
Ela se virou.
— Não sei o que deu em mim. — Riu asperamente. — Talvez seja a idade, provavelmente
eu esteja passando pela segunda infância.
— Ou talvez você só esteja muito frustrada — ele disse. Sua voz soou como uma
chicotada. — É isso, Any? Será que Christopher não pode lhe dar o que você precisa?
Chocada, ela deu meia-volta e fitou-o, com os olhos
perplexos. Nunca vira aquele rosto tão duro.
— O quê?
Ele riu brevemente.
— Você não esconde que prefere a companhia
dele, querida — ele
a relembrou. — Mas
ele não é tão apaixonante. Você está apenas descobrindo isso, não? Será que ele não consegue satisfazer seus desejos
animais, Any? Ele não pode lhe dar o que eu posso?
— Eu não... Eu não sinto isso por Christopher — gaguejou.
— Não espere que eu desempenhe o papel
dele de novo — devolveu. — Não gosto de ser usado como substituto.
— Mas eu não estava... Ele virou-se de costas.
— Entre e tente ficar sóbria — aconselhou, tirando a blusa.
Ela ficou observando-o, vendo como caminhava, atirando o
cigarro ao longe, e abruptamente mergulhando na água iluminada pelo luar.
Anahí queria segui-lo desesperadamente. Queria que ele
entendesse como se sentia. Queria dizer que o amava, e não a Christopher.
Queria explicar que daria tudo para representar para ele o que Vivian
representava. Mus sabia que, com aquele humor, ele não ouviria o que ela tinha
a dizer. Talvez nunca mais ouvisse o que ela tinha a dizer, independente de seu
humor. Queria se castigar por ter bebido todo aquele vinho. Havia destruído o
respeito que Alfonso sentia por ela, e, junto com isso, acabara com todas as
chances que tinha de fazer amor com ele. Com um suspiro, virou-se e pegou a
toalha de praia. Carregou-a de volta para a casa, caminhando por entre as árvores.
A brisa floral sussurrava-lhe ao ouvido.
Autor(a): theangelanni
Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Na manhã seguinte, dormiu mais do que devia. Acordou com uma dor de cabeça lancinante. Levantou-se para pegar uma aspirina, lançando um olhar para a janela molhada pela chuva e para as nuvens negras no céu. Quando desceu, Christopher era o único que estava na sala de estar. — Onde estão todos? — perguntou, lev ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 407
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
alessandrabp Postado em 17/01/2013 - 21:03:10
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaai que fic perfeita,fiquei completamente apaixonada. Você é uma ótima escritora e eu adoro suas fics.
-
mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:31:05
Que pena q acabohhhhh :/
Simplesmente Perfeitahhhhhh
;D -
mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:59
Que pena q acabohhhhh :/
Simplesmente Perfeitahhhhhh
;D -
mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:36
Que pena q acabohhhhh :/
Simplesmente Perfeitahhhhhh
;D -
mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 13:30:29
Que pena q acabohhhhh :/
Simplesmente Perfeitahhhhhh
;D -
jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:27
AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
QUe lindo *o*
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
Aguardando mais uma web *--* -
jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:23
AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
QUe lindo *o*
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
Aguardando mais uma web *--* -
jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:21
AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
QUe lindo *o*
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
Aguardando mais uma web *--* -
jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:18
AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
QUe lindo *o*
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
Aguardando mais uma web *--* -
jl Postado em 19/07/2011 - 11:54:15
AAAAAAAAAAAAAAAAAA morta forevemente *--*
QUe lindo *o*
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Final perfeito, web perfeita *--*
Aguardando mais uma web *--*