Fanfic: Biology (Repostagem)
Mantive
meus olhos abertos, observando cada expressão de seu rosto, cuja testa estava
colada à minha e retorcida de prazer, assim como todo o meu corpo. Cada
movimento me dava a sensação de ser levada cada vez mais para perto do paraíso,
distante de qualquer preocupação ou incômodo. Ele abria os olhos de vez em
quando, encarando os meus e sorrindo de leve, até que um gemido mais alto
escapasse de sua garganta e o fizesse contorcer o rosto novamente.
O suor cobria nossos corpos com uma fina camada úmida, numa forma física do
calor entre nós. Não sei quanto tempo durou, quantas vezes finquei minhas unhas
em sua pele, quantas vezes ele apertou minha cintura como se a quisesse
estraçalhar. Só sei que, quando finalmente atingimos o orgasmo - primeiro eu,
depois ele - e nossos corpos relaxaram sobre a cama, a sensação que tive foi de
que eu não conseguiria mais deitar naquela cama sem me lembrar daquele momento.
Estava ficando monótono dizer que tinha sido a melhor transa da minha vida;
todas as vezes com Thomas superavam as anteriores, até mesmo as dele próprio, e
por isso eu já havia desistido de formar qualquer espécie de ranking.
- Me dê... Um minuto - sua voz rouca ofegou, e ele se levantou, um tanto
cambaleante, em direção ao banheiro para se desfazer da camisinha. Sorri fraco,
fisicamente aturdida, e respirei fundo, sentindo cada parte de meu corpo
formigar em êxtase, e minha cintura em especial doer um pouco. Aquilo
provavelmente ficaria roxo, mas nada que eu não pudesse justificar com
esbarrões em móveis ou qualquer outra desculpa. Virei-me de lado numa velocidade
extremamente lenta, puxando as cobertas para cima de mim com algum esforço e
ouvindo a cama ranger mais uma vez; ri baixinho.
- Qual é a graça? - ouvi Thomas murmurar, calmo, enquanto voltava do banheiro e
se enfiava sob as cobertas ao meu lado, virado de frente para mim.
- Acho que
você me deve uma cama nova - sussurrei, com a voz arranhando, e não hesitei em
me aninhar em seus braços quando ele os estendeu em minha direção - Esta aqui
não gostou muito da agitação.
- Podemos resolver isso amanhã mesmo - ele brincou, rindo baixinho também e me
apertando com força contra si - Eu compro a cama e o colchão que quiser, menos
os de água. São muito frágeis a movimentações bruscas.
- Tarado - falei, sorrindo, tão baixo que pensei que ele não fosse me ouvir. Eu
estava errada.
- Obrigado - ele agradeceu, orgulhoso, e eu ergui meu rosto para olhá-lo.
Homens não prestam mesmo.
Revirei os olhos, rindo um pouco, e percebi que mesmo por trás de sua postura
divertida, seus olhos continuavam me observando intimamente, brilhando em
deslumbre. Aquilo me distraiu por alguns segundos, e quando ele finalmente se
deu conta de minha análise, tratou de tirar minha atenção dali.
- Estou muito surpreso com você - ele murmurou, com um misto de humor e
seriedade na voz - Até orgulhoso, eu diria. São poucas as garotas que se
previnem a ponto de guardarem preservativos em locais tão convenientes.
Ergui uma sobrancelha, esperta, e ele sorriu daquele jeito cafajeste que eu
adorava. Sempre soube que aquela gaveta me renderia vantagens morais.
- Eu não sou qualquer uma, Armstrong - falei, com uma certa acidez na
entonação, e ele provavelmente notou que eu omiti o fim da frase. Como algumas
garotas que você come.
- Eu sei disso - Thomas assentiu uma vez, sem alterar sua expressão, e
novamente seus olhos radiantes ardiam sob a camada de disfarce em seu rosto -
Por que acha que escolhi você?
Meu rosto ficou sério, e eu logo o senti esquentar de leve, como se uma brisa
quente o tocasse. Por que ele era tão bom em me envergonhar?
- É claro
que não foi só por isso - ele prosseguiu tranqüilamente, notando minha falta de
palavras, e seus olhos não apresentavam o menor sinal de blefe ao retribuírem
meu olhar - Existe algo de diferente em todos os seus detalhes. Você me intriga
de um jeito que nem eu sei explicar. Eu não sei bem por que, nem como; eu
apenas sigo o que sinto. Só o que sei é que é você que eu quero. Outra pessoa
não serve.
Engoli em seco, com o rosto já ardendo em chamas, e meus olhos não conseguiam
se desviar dos dele, intensamente Azuis e misteriosos. Às vezes, eu era capaz
de ler tudo neles; às vezes, nem o mais simples sentimento transparecia a
barreira invisível de seu olhar. Ele sorriu para mim, notando meu desconforto,
e deslizou o indicador de uma das mãos na base de meu queixo, puxando meu rosto
para mais perto do dele. Sentindo meu coração subir até a garganta, agitado, eu
mesma venci a distância restante entre nossos lábios e os selei num beijo
carinhoso.
Uma vontade de chorar se alojou em meu peito, mas não de tristeza. Ouvir Thomas
dizer tudo aquilo de mim, com uma sinceridade irrevogável, mexeu com a parte
mais sensível de meu emocional. Eu não sabia definir exatamente como tamanho
sentimento havia ganhado tais proporções, nem por que ele significava tanto pra
mim, sendo que mal notei sua chegada e muito menos seu crescimento silencioso.
Eu só sabia de uma coisa.
- Tom... - sussurrei espontaneamente, assim que parti o beijo, e meus olhos se
fecharam fortemente em agonia. Pude senti-lo um tanto agitado diante de meu
murmúrio íntimo, e ele envolveu meu rosto com suas mãos aconchegantes. Só
serviu para estimular o sentimento gradualmente fortalecido dentro de mim.
- O que foi? - ele perguntou, cuidadoso, e eu segurei seus pulsos com
delicadeza, indicando que estava bem. Respirei fundo, engolindo a hesitação, e
me enterrei em seu abraço antes de continuar.
-
Eu acho que... Quebrei nosso acordo - murmurei baixinho contra a curva de seu
pescoço, prendendo o choro com certo esforço - Tom, eu... Eu
estou me envolvendo... Me desculpe.
Ele não disse nada por um momento, apenas respirou fundo, acariciando minhas
costas com sutileza. Eu sabia que ele se lembrava de nosso trato quase mudo de
não nos envolvermos fisicamente; a conversa do último fim de semana, na
Ferrari, ainda estava fresca em nossas mentes. Desejei saber que sentimentos
assombravam seus olhos, mas não tive coragem de encará-lo. A possibilidade de
ver alguma rejeição neles subitamente me pareceu assustadora. Eu não queria
perdê-lo. Eu precisava dele, como já sabia há algum tempo. Eu só não queria
enxergar o tamanho de minha dependência, a força de nosso vínculo, e ter de
aceitar a realidade. Sempre era mais fácil fugir dela, mas agora eu não podia
mais ignorá-la.
- Não se preocupe com isso, Meg - ele sussurrou contra meus cabelos, e
depositou um beijo em meu pescoço - Esse acordo nunca existiu... Desde o
início, eu sempre estive envolvido.
Autor(a): Nique
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Minha respiração falhou diante de suas palavras. Não consegui pensar em nada para dizer, muito menos encontrar minha voz para produzir algum som. Só o que eu conseguia sentir era o batimento descompassado de meu coração, o que ele também devia estar sentindo, e o sentimento subitamente grande dentro de mim, crescendo ai ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 628
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juliaqueiroz Postado em 21/10/2012 - 13:27:14
Amei *-* SEGUNDA TEMPORADAAA :D
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vitoriakarine Postado em 08/08/2012 - 17:03:21
EEI, já terminou que pena :( e a segunda temporada? ;'(
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giovana74 Postado em 11/01/2012 - 00:31:56
Essa web é demais!!!
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susannevondy Postado em 07/11/2011 - 22:08:35
aaaaaaaaaaaaaaaa ja terminou? quero a segundaaaaaaaaa temporadaaaaa
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maah001 Postado em 03/11/2011 - 18:06:06
POsta mais
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maah001 Postado em 03/11/2011 - 18:05:57
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maah001 Postado em 03/11/2011 - 18:05:16
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maah001 Postado em 03/11/2011 - 18:04:48
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maah001 Postado em 03/11/2011 - 18:04:30
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maah001 Postado em 03/11/2011 - 18:04:18
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